(uma imagem vale por 1000 palavras e em vez deste título enorme mais valia pôr o desenho do sinal de trânsito; mas não é possível, em parte porque não me apetece e em parte porque não estou p'raí virado)
Há coisas que me fazem muita confusão. Muitas até, que eu sou gajo para ficar confundido umas 20 vezes por dia. Mas algumas fazem-me mais confusão que outras.
Uma delas é o facto de os restaurantes chineses não usarem todos a mesma ementa. Um gajo habitua-se aos números, mas depois vai para outro restaurante e tem de olhar para a ementa outra vez para saber que número é que é. Deviam criar uma Alta Autolidade dos Lestaulantes Chineses, a AALC para decidir a ementa de uma vez por todas e criar um standard.
Mas a coisa que me faz mesmo, mesmo confusão, é a assimetria que se observa nas estradas, sobretudo em circuito urbano. Há estradas de sentido único e há muitos cruzamentos onde só se pode virar à direita, por exemplo. O que incomoda.
Incomoda porque, por exemplo, para ir de minha casa ao supermercado faço o seguinte trajecto, supondo que tenho o carro parado à porta: seguir até ao fim da rua, virar à esquerda; a seguir ao segundo semáforo virar à direita para entrar no parque de estacionamento.
Mas para voltar, olhem bem o caminho que tenho de fazer: sair do parque de estacionamento; virar à direita, até porque não posso virar à esquerda (o que me daria imenso jeito em termos de trânsito, mas inutilizava esta tentativa de dissertação); no semáforo virar à esquerda; voltar a virar à esquerda no cruzamento seguinte; seguir pela faixa da direita e ao fim de n ruas (não me peçam para contá-las, o dia foi cansativo), virar à direita; chego ao asqueroso sentido proibido que existe na minha rua; viro à esquerda; contorno o quarteirão, viro à direita no próximo semáforo e logo de seguida volto a virar à direita e estou na minha rua. Tudo isto porque quer em torno do meu prédio quer do supermercado as ruas são todas de sentido único e há separadores centrais ou traços contínuos que me complicam a vida.
Ainda por cima, devia ser ao contrário! Quando volto do supermercado tenho iogurtes e coisas dessas a precisar de frigorífico, dispenso as voltas e mais voltinhas para conseguir voltar para casa.
É por essas e por outras que quando alguém me pergunta "Mas esse caminho demora quanto tempo, de carro?" eu respondo com outra pergunta: "À ida ou à vinda? É que À ida são 2 minutos, mas à vinda são 5 a 15, dependendo dos semáforos". E ficam a pensar que sou parvo. O que nem está muito longe da verdade, mas é uma conclusão precipitada e injusta, porque neste caso, excepcionalmente, até tenho alguma razão.
E para complicar ainda mais a vida, às vezes troco esquerda com direita, por isso é possível que o trajecto acima não faça sentido nenhum.
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7 comentários:
Olha, não quero incomodar, porque não nos conhecemos e até pode ser que ficasse mais bonitinha calada, mas não tens pernas? Se não tens, pronto, não tens, não disse nada, mas se tens, para que é que as tens? Dois minutos de ida de carro demoram quanto a pé? E se levares um carrinho, imagina a quantidade de iogurtes que entram lá dentro. Va, experimenta!
Podes dizer, podes: E eu não terei mais que fazer do que estar aqui destas horas?
"seguir pela faixa da direita e ao fim de n ruas "
LOL! Pois é pá! É uma bela merda esta zona. Contemos as ruas:
-a ten.cor.ribeiro dos reis (califa)
-a outra a seguir (onde tava a taverna do obelix)
-a entrada da praceta frente às bombas de gasolina da nova era
-a saida da praceta frente às bombas de gasolina da nova era
-a tua rua com um canto feito a ferro de engomar
E com isto tudo, so faltava ter-me esquecido de alguma...
mas tu ainda ligas aos contínuos? passa por cima! (ou agarra num balde de alcatrão e tapa-os)
Passa a andar de bike, em vez de carro, e podes cagar nos sentidos únicos (como fizemos em Paris).
LOLADA GIGANTESCA!!! O que eu já me ri com vocês todos!!!!! Mas é bem verdade, as idas e as vindas não são iguais, o que por um lado até é bom para treinar as capacidades cerebrais (inovar, evitar a rotina), mas por outro, há sempre uma que chateia mais do que a outra...
Traços continuos, mmm, eu tento sempre respeitá-los!
Quanto, aos "eles" à chinesa, cuidado! No Carnaval a minha irmã mascarou-se de chinesa e passou a noite a dizer obligado obligado...no dia a seguir foi a um rest chinês e saiu-lhe um obligado para a simpática empregada...ah pois, cuidado com os "lês"!!
Nem me lembrei de comentar antes pero agora que fala nisso a Vanadis, vou-vos ilustrar un bocado. Sabiam (mas o que digo, é óbvio que não sabem) que o "problema" co 'erre' dos chineses não é deles, mas do nosso ouvido? Eles têm 'ele' e têm 'erre' mas este é tão suave que nós (i-lusos) percebemos como 'ele'. E, olha, Nelson, quando tiveres dificultades no restaurante chinés é só mandares um SOS -e um convite (^_^).
Ah é??? Bem, se é assim tão "suave" é porque não o sabem dizer e ponto final.
E, afinal, ninguém tem tantos erres e maneiras de dizer erres como os tugas!!!! A verdade é que a fonética portuguesa é muito rica e, por isso mesmo, difícil. Até para a maioria dos tugas, quanto mais para os chineses...
Mas o que é engraçado, é que quando estive a trabalhar em Badajoz, o pessoal só me entendia se eu pusesse um sotaque brasileiro!!! Demais!! Mas acho que até me safei bem com o meu portubrasinglesnhol!!
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