11 setembro 2007

Campanha de regresso às aulas

Está a começar o ano lectivo. E como é habitual nos inícios de ano lectivo, todas as cadeias de lojas têm as suas campanhas de regresso às aulas: propõem livros, dossiers, cadernos, lápis, canetas, material de desenho, material de desporto, tudo, tudo, a preços muito baixos.

Eu não tenho nada contra os livros, aliás, acho que já li um ou dois, nem contra o material de escrita, quer sejam as coisas com que escrever quer sejam as coisas onde escrever, nem o restante material escolar, mas acho que as campanhas de regresso às aulas são insuficientes e deviam ser alargadas a outros produtos que fazem, talvez, mais falta ainda que os habituais.

E os senhores do marketing das grandes superfícies também concordam comigo e há já alguns anos começaram a incluir nas campanhas de regresso às aulas produtos tecnológicos bastante úteis como computadores portáteis e de secretária, impressoras, móveis para computador, etc. E depois alargaram o espectro incluindo outros produtos de aplicabilidade escolar dúbia, como telemóveis ou leitores de MP3.

Mas esqueceram-se do mais importante! É que este marketing só tem em consideração os pais de jovens em idade escolar ou os próprios jovens em idade escolar. Há um segmento muito importante da população que é sistematicamente ignorada nestas campanhas: as pessoas que não andam na escola nem têm filhos, nem irmãos ou outros familiares na escola. E que todos os anos se irritam com o súbito aumento do trânsito logo no 1º dia de aulas! É que chateia mesmo! Os papás já trabalham, mas no 1º dia de aulas o trânsito aumenta de forma inacreditável. É filas e mais filas por causa do regresso às aulas. Porque os papás têm de levar os meninos à escola. Por isso eu acho que as coisas mais importantes neste regresso às aulas, e que ficam de fora de qualquer campanha ou promoção são os produtos de mobilidade: scooters, lambretas, skates, patins, etc. De que é que estão à espera?

12 comentários:

Anónimo disse...

E se morrerem uns quantos na voracidade do trânsito, menos viaturas haverá no futuro a ocupar espaço ante os semáforos. (Isto também se pode etiquetar como mau gosto).

Ana disse...

nelson, já tiveste más experiencias ao aconselhar novas campanhas de marketing, tens a certeza que estás preparado para mais uma???

Nelson disse...

tou sempre preparado para más experiências! ;)

Teté disse...

Essa é boa, pôr a criançada de patinete, para o menino Nelson não apanhar tanto trânsito. Bem pensado!

Nuno Pereira disse...

Podiam dar de oferta, na compra de material escolar, um bilhete duplo para livre trânsito de autocarro no dia de regresso às aulas, ou apenas umas seis viagens (2 de ida para o pai, 2 de regresso para o mesmo, e a ida e volta do filho), para assim ir buscar e trazer o filho.
Era capaz de ser mais eficaz do que ofertas de scates e outros, quer no presente, quer no futuro.

Elora disse...

Não quero ser chata, mas as aulas ainda não começaram. Segunda-feira é que vão ser elas...

Nelson disse...

não quero ser chato, mas o arranque oficial do ano lectivo é já amanhã :P

Teté disse...

Pois é, Nelson, sem querer ser chata, era para ser, o oficial!

Na prática, só lá para a semana que vem...

Ana disse...

toda a gente sabe que o oficial e a prática não se entendem.

Ana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elora disse...

Agora sendo chata: as datas oficiais para o arranque são de 12 a 17 de Setembro. Como normalmente a maioria dos professores tira férias em Agosto (este ano só nos deixavam marcá-las a partir de 20 de Julho), o grosso dos professores só voltou à escola a 3 de setembro(dia 1 foi Sábado). 12 dias não são suficientes para preparar tudo, pelo que a maioria das escolas começa apenas a 17 de setembro. Explicado?

Nelson disse...

pronto, pronto, não te zangues! ;)