24 setembro 2007

Empreendedorismo

Muito se fala sobre empreendedorismo. Sobretudo fala-se de como em Portugal isso não há. Faltam empresários dinâmicos, faltam ideias novas de negócio, faltam empresas com ideias frescas capazes de competir no mercado global,...

Pois, eu discordo!

Há sectores da economia portuguesa que sempre se pautaram por um extremo dinamismo empresarial, originalidade e sobretudo coragem de defender ideias novas.

Falo, como já devem ter percebido, dos agarrados.

A necessidade aguça o engenho e os agarrados encontram sempre novas formas de conseguir os preciosos euros que lhes permitem satisfazer as suas necessidades diárias.

Há uns anos começaram a arrumar automóveis. Hoje os arrumadores são uma praga na quase totalidade das cidades. Conseguiram impor um serviço que ninguém quer, ninguém precisa, que só incomoda (principalmente em carros com sensores de estacionamento) mas que quase toda a gente paga. Eu, por sistema, nunca pago a um arrumador. Há excepções, claro: pago a um arrumador se ele me conseguir avisar de um lugar que de outro modo não teria encontrado.

No supermercado onde costumo ir há um parque de estacionamento carregado de arrumadores. De arrumadores e de lugares vagos, o parque só enche quando há jogo do Benfica. E os gajos têm a lata de me vir pedir uma moeda depois de eu estacionar, não tendo tido qualquer intervenção activa no processo.

Depois apareceram os arrumadores a vender coisas. A vender almanaques Borda D'água, a vender pensos rápidos, etc. Também é daqueles serviços de que ninguém precisa, mas há que tentar. Felizmente essa moda não pegou! Imaginem os agarrados a açambarcar os pensos rápidos dos supermercados e a malta a ter de comprá-los na candonga!

Mas agora descobri uma actividade nova! E é brilhante, devo confessar: venda de figos! Vão roubar figos às várias figueiras que existem por essa Lisboa fora, e depois põem-se à porta dos centros comerciais a vendê-los! É uma ideia excelente e estou certo que, se bem lavados, os figos em questão não devem causar mais que uma ligeira diarreira e talvez um pouco de febre.

6 comentários:

Teté disse...

Credo, Nelson, tu és meu vizinho!

Ainda dizem que não há coincidências...

Nelson disse...

eu e mais uns 200 mil caramelos que moram naquelas duas freguesias...

Sun Iou Miou disse...

Já a seguir devia era haver outros arrumadores a vender fortasec e aspirina (e lenços -higiénicos-, claro).

Teté disse...

Não, Nelson, estás enganado!

Mas está descansado, que só se voltares a convidar para uma cervejinha te bato à porta. Levo uns figuinhos, para não ir de mãos a abanar. Estes, claro, precisam de ser bem lavados... Ah, ah, ah!

Nelson disse...

hmmmm... só espero que não sejas a minha vizinha de cima! ;)

Ana disse...

LOLOL, olhem-me estas coincidencias... realmente. Bem eu cá sei que não sou vizinha de nenhum...acho eu! LOL! mas já dei por muitas coincidencias por aqui...eh páh, isto devia ser comment ao novo post da tete...lá iremos! =)
Esses sacanas de agarrados...no outro dia quase que atropelei um...qd vi quem era (mas é um agarrado fino) tive pena de não lhe ter passado por cima...
Figos??? essa é nova...
Por norma só dou moedas aos de loulé, que realmente tentam manter o parque em ordem e arranjam lugarzinhos,avisam sempre dos vidros abertos, luzes acesas...bem, aqueles até trabalham. Qd aparece um ou outro que nada faz e depois estica a mão...leva com berro nas trombas. Loulé é pequeno, todos se conhecem, e eu sei muito bem quem voces são!!! muahahahah!
será que para se ser arrumador é obrigatorio descontar?...mmmm, acho que vou mudar de ramo.