30 junho 2009

Anda tudo louco?

No outro dia fui jantar com um amigo ao pé do Campo Pequeno. O jantar correu sem qualquer tipo de incidentes, não é por causa da forma como decorreu a refeição que escrevo este post. Comi grelhada mista e estava muito boa. Bebi Nestea. De limão.

A coisa esquisita, esquisita mesmo, que me faz duvidar da sanidade mental dos meus concidadãos é o que aconteceu depois do jantar. Bom, não foi logo depois, depois do jantar fomos beber café a outro sítio e aí também nada de estranho se passou. Duas bicas, 1,70 euros, 10 minutos de conversa, tudo normal.

É que a seguir fiz companhia ao tal meu amigo até ao carro dele e ele depois deixou-me ao pé do meu. Também não houve nada de extraordinário aqui. O carro dele estava no sítio, não havia riscos de assinalar, tudo perfeitamente normal.

O que aconteceu de estranho mesmo foi quando cheguei ao meu carro. Não que tivesse acontecido alguma coisa ao carro, nada disso. Estava no sítio, sem riscos nem vidros partidos.

Mas à medida que me aproximava comecei a ouvir um barulho ensurdecedor. Parecia que um milhão de andaimes das obras tinham sido largados no cimo da rua e eu olhava para todos os lados à espera de ver uma torrente de peças de andaimes na minha direcção, assim meio à filme (só que nos filmes costumam ser torrentes de água, neste caso seria uma torrente de metal, o que ainda seria mais esquisito - e que por si só justificava um post dedicado ao tema, uma enxorrada de varas de metal a rebolarem rua abaixo). Mas não, nada disso aconteceu. O barulho é que continuava, cada vez mais alto. E eu quase a chegar ao meu carro e o barulho era insuportável e comecei a temer pela minha vida. Medo infundado, está-se mesmo a ver, porque ainda cá estou, a escrever este post. O que eu vi foi...

(Acho que está na hora de fazer um parêntesis congratulatório - palavra linda que não sei se existe, mas se não existe devia existir - a todos quantos continuam a ler neste momento. Têm a minha admiração, senão mesmo inveja, por conseguirem ler um tal chorrilho de nadas sem desanimar, sem perder a fé que algo de único se seguirá, que o tempo perdido, aliás, investido na leitura deste post será recompensado com o relato de um qualquer acontecimento rocambolesco - outra palavra linda, mas esta eu sei que existe - que vos fará pensar "raios, pá, este gajo é um espectáculo; só a mim não acontecem coisas destas que se eu tivesse uma história destas para contar até era capaz de conseguir engatar gajas"; feita a devida vénia aos resistentes, prossigamos - vêm como eu até consigo conjugar verbos esquisitos? sou o máximo, não sou? - para o relato do resto da história que, salvo erro, ia numas reticências)

O que eu vi foi... tão (note-se como após conjugar correctamente o verbo prosseguir me mostro incapaz de conjugar o verbo estar - são os pequenos paradoxos que dão graça à vida) a ver aquelas trotinetes, triciclos, com 50 cm3 de cilindrada que, por regra, andam à nossa frente a 20 km/h quando estamos cheios de pressa e porque ocupam mais de meia faixa não nos dão hipótese de ultrapassar? Coisas como esta? Pois bem, a que vi não era azul, era vermelha (pormenor importantíssimo na história, como verão já a seguir). E estava a ser... rebocada por um automóvel.

Pronto, admito, o último parágrafo foi um bocado anti-climático. Tanta coisa, tanto suspense com o barulho ensurdecedor do metal e no fim de contas era um triciclo a ser rebocado? Talvez seja melhor adiantar um outro pormenor: talvez rebocado não seja o termo certo, o termo mais apropriado será arrastado. É que o tal triciclo tombou e o seu rebocador continuou, impávido e sereno (e a uns bons 40 km/h numa estrada com faixas estreitas e carros estacionados de um lado e do outro) a arrastar aquele peso morto, tombado sobre o asfalto (Ah! daí a barulheira!), mais ou menos a direito. Até que...

Até que as pequenas oscilações do veículo rebocado começaram a aumentar, a aumentar e pouco depois de passar pelo sítio onde eu tinha o meu carro estacionado (e é tão lindo o meu carro, quase sem riscos), o triciclo começou a comportar-se como uma bola de pinball, ressaltando em tudo o que era carro estacionado e fazendo ziguezaguear o seu industrioso rebocador. Que veio depois a perder o controlo da viatura e bateu numa das muitas árvores do separador central.

Por isso eu pergunto: anda tudo louco ou quê? Quem é a besta que se lembra de rebocar um tricilo a abrir e mesmo depois de o fazer tombar não pára? ainda para mais estamos a falar de um a coisa com três rodas relativamente próximas e uma altura considerável, não prima pela estabilidade.

Só sei que havia imensos vidros estilhaçados na rua, um homem em tronco nú (talvez o legítimo dono do triciclo?) corria rua abaixo e o rebocador (um fiat uno com mais de 20 anos ou coisa parecida) lá estava, encostado à árvore. Pelo caminho, carros estacionados com riscos nas portas e nos pára-choques.

25 junho 2009

Limpezas da primavera

Há uma boa razão para que as limpezas a fundo sejam feitas na primavera. A minha casa vai para obras e tive de arrumar tudo na sala (e cabeu*), pôr plástico em cima de tudo para evitar que apanhasse pó, etc.

De caminho mandei uma carrada de coisas fora, umas para o lixo, outras para reciclar, outras ainda para dar, etc.

Com o calor que esteve esta semana devo dizer-vos que não é uma tarefa agradável. Da próxima vez tenho de fazer isto em Março ou coisa assim, quando a temperatura ainda é suportável.


*cabeu, e não coube, porque me apetece. E como o blog é meu, eu escrevo como me apetece.

15 junho 2009

Wolfram Alpha

A Wolfram, conhecida por editar o software Mathematica, criou agora uma espécie de holy graal dos curiosos: fazem uma pergunta e, desde que a resposta seja factual e objectiva, o Wolfram Alpha consegue responder.

Vai daí, resolvi ir ao Wolfram Alpha procurar Deus. Perguntei-lhe "Where is God?", e ele disse-me logo, com um mapa e tudo para eu não me perder pelo caminho!!! Pelos vistos, Deus está na Hungria. O Wolfram Alpha sabe mesmo tudo!

Frustração é

Esperar 20 minutos que o excelentíssimo senhor acabe de consultar os movimentos de todas as contas, pague a água, luz e gás e carregue 8 números de telemóvel para depois descobrir que a máquina... não tem dinheiro.

E por causa disso tenho de ir para o fundo da fila da máquina do lado. Porque é que as máquinas multibanco não têm um sinal luminoso a avisar se não têm dinheiro ou talões? Já têm um para avisar que estão fora de serviço, mas esse nem faz assim tanta falta: se está fora de serviço não há ninguém à espera na fila para usar a máquina. Agora esperar para descobrir que
a) não há dinheiro e por isso não posso fazer levantamentos
b) não há talões e por isso não posso carregar o telemóvel
é muito frustrante...