28 dezembro 2007

Um dia produtivo é:

Sair de casa às 11 da manhã para ir à Segurança Social. No último dia útil do ano (sim, que segunda-feira não conta)! Chegar à Loja do Cidadão e nem sequer estacionar o carro (pelo menos 6 ou 7 carros na fila para o parque o que implica cerca de 400 mil pessoas lá dentro). Daí ir para A S. Social da Alameda, chegar, estacionar, tirar a senha, esperar.... 1 hora!!!!! E ser atendido! Com isto tudo ainda me despachei antes do almoço!

Claro que a produtividade rapidamente desapareceu: vim para casa e em vez de trabalhar fiquei a jogar computador a tarde toda (já tinha saudades deste jogo, devo confessar). Mas soube bem.

Ah, sim, estou de férias, caso ainda não tenham reparado. Volto ao office na 4ª.

27 dezembro 2007

Prenda de Natal atrasada

Agora que já passou o Natal tá na altura de comprar as prendas de Natal que por uma razão ou por outra não foram compradas (por exemplo, para aquelas pessoas a quem não se tencionava oferecer nada mas como nos surpreenderam com uma prenda de Natal sentimo-nos obrigados a retribuir).

A vantagem de comprar prendas após o dia 25 de Dezembro é que podemos comprar coisas que se adaptem às restantes prendas. Por exemplo, a alguém que recebeu um iPod pode oferecer-se uma bolsa para o iPod ou uns auscultadores melhorzinhos. E a alguém que recebeu um iPhone ou um iTouch oferece-se iPorn!!! (não tenho de explicar o que é iPorn, pois não?) Por exemplo, o RubMyClit, uma novíssima aplicação, muito útil, desenhada especialmente para a interface do iPhone e do iPod Touch!!!

(obrigado Pedro)

24 dezembro 2007

A origem das coisas

Pela primeira vez, um vídeo que vai mudar a vossa forma de ver... bom, tudo! A origem das coisas, apresentado pela primeira vez para o mundo inteiro (tirando os 174 mil que já o viram no Youtube). Este vídeo mudou a minha vida e tenho a certeza que irá mudar a vossa. Pensem nele como o meu presente de Natal!



Ho ho ho!

(obrigado Filipa)

21 dezembro 2007

Puxão de orelhas

O MNE português puxou as orelhas ao embaixador dos EUA, lembrando-o da definição de "decisão soberana por parte de um estado soberano". Tudo isto porque os EUA criticaram a decisão portuguesa de diminuir o contingente militar no Afeganistão, referindo que os líderes portugueses estão mais preocupados com as sondagens que com a segurança global. (notícia no site do Público)

Espera-se a todo o momento que da Sala Oval seja enviado um fax para o governo português com uma nova definição da palavra "soberano".

Impalados

Os funcionários da Impala preparam-se para ser... Impalados durante o ano de 2008. Segundo notícia no site do Público, a administração enviou uma carta de "boas festas" aos trabalhadores a dizer, entre outras coisas, que os postos de trabalho estão em risco se algumas atitudes não se alterarem e chamando a atenção para a falha no cumprimento dos objectivos para 2007.

O Ó faxavor esforçou-se e fez uma reconstituição artística livre da carta enviada aos trabalhadores da Impala.


De: Administração
Para: Todos os trabalhadores, essa corja de chulos
Assunto: Ano de 2007 versus ano de 2008

Caros trabalhadores:

Gostaria de recordar que este ano não atingimos os nossos objectivos. 2007 foi um ano mau e se esta merda não muda o ano que se vai iniciar irá agravar-se. Estou só a avisar! Depois não se queixem. Lembrem-se do que disse Jean-Claude Trichet no Diário Económico no dia 20 deste mês: "Os europeus devem estar preparados para o pior em 2008".

A falta de profissionalismo de alguns colaboradores, em prejuízo dos demais e das empresas não será tolerada no próximo ano. Vocês sabem de quem é que estou a falar. Cambada de preguiçosos é o que vocês são. Se não fosse a merda das leis deste país já vos tinha arreado no lombo!

Fiquem a saber que não vos pago para ficarem com o cú sentado nas cadeiras do café! Querem receber, é favor mostrarem a tromba nas instalações da empresa e estar cá as 72 horas por semana previstas no vosso contrato de trabalho!

E lembro também que a partir de 2008 entra em vigor uma nova lei anti-tabaco. Querem fumar, vão à rua. Se vão à rua no horário de expediente podem ficar por lá e não voltar, tá percebido? Quero ver como é que fumam com o subsídio de desemprego. Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Apelo ao vosso profissionalismo (ao pouco que ainda resta) para que encarem o vosso trabalho com uma atitude diferente daqueles que com as suas atitudes colocam em causa o seu posto de trabalho e o de outros. Já para não falar no meu bónus! Foda-se, já viram bem a cotação das nossas acções? P'ó caralho, tenho filhos mas já são criados e ganham para se sustentar!!!

Despeço-me com votos de boas-festas e bom Ano Novo, a todos os colaboradores e famílias.

A Administração
...


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PS: Gostava de ler o texto da carta para ver se acertei mais ou menos no alvo ou se foi um tiro muito ao lado.

Só coisas boas!

Tirando a primeira parte.

Mas depois do intervalo... eh pá, espectáculo!!!!!

Um golo logo a abrir, num lance de bola parada que habitualmente não é perigoso: um lançamento lateral. Mas com o Binya (aka, Pitbull Jr.) a fazer lançamentos à mão para o coração da pequena área é só aparecer alguém (o Rodriguez) a marcar de cabeça.

Outro golo de penalty, desta vez indiscutível! Penalty sobre David Luiz, serve para compensar o penalty que ele fez contra o Shaktar. Marca Cardozo, claro.

E o terceiro a fechar as contas, pelo Nuno Gomes, que assim como quem não quer a coisa, e apesar da contestação permanente, já leva 6 golos no campeonato e é o segundo melhor marcador do a par de Linz do Braga e de Makukula do Marítimo (a anos-luz do Lisandro Lopes que este ano não está a dar hipóteses a ninguém).

E jogámos bem na segunda parte. Mais rápidos, criámos oportunidades, dominámos o jogo (verdade seja dita, contra um adversário de aspirações modestas, mas depois da tristeza que foi o jogo com o Belenenses um gajo contenta-se com qualquer coisinha).

E pronto, vamos fechar a tasca, que é Natal. A bola volta para o ano que vem.

(nota: ainda há alguns jogos menores até domingo, mas já pouco me interessam, a não ser que o Porto perca hoje à noite na Madeira)

20 dezembro 2007

Bom, não. Mas quase



Tenho de comprar uma destas...

(obrigado Pedro)

Tempos de crise

No outro dia fui à Worten. Comprei caixas para CDs e envelopes de papel para CDs. Já não me lembro exactamente do preço, mas as caixas custaram 2 euros e qq coisa (um pack de 10) e os envelopes custaram 1,60 ou coisa assim.

Quando estou na caixa para pagar reparo que a funcionária remove uma etiqueta de cada um dos produtos - é o anti-roubo. Ok, nada de extraordinário, sabemos bem que as lojas usam dispositivos anti-roubo nos seus artigos. Mas... em coisas de 1,60 ou 2 euros??? É preciso um anti-roubo? Uma forma de ver a questão é dizer que a Sonae anda um bocado paranoica com os roubos; outra é dizer que, uma vez que os dispositivos anti-roubo custam dinheiro (muito ou pouco, mas custam), só são colocados se a sua utilização se justificar. O que quer dizer que existe roubo generalizado de coisas tão patéticas como invólucros para CDs. Há mesmo pessoas que vão à Worten e roubam caixas para CDs. Já nem falo dos CDs propriamente ditos, mas das caixas!!! Efectivamente são tempos de crise estes que vivemos.

(perguntei à funcionária se o anti-roubo naqueles artigos se justificava, se havia mesmo quem fosse lá roubar artigos de 1,60 euros. A resposta dela foi "oh! você nem faz ideia...")

19 dezembro 2007

Tic-tac, tic-tac

Há dias que só são bons quando acabam. Melhores dias virão...

Ah é? Ah é?

Então, tá bem!

Ontem fui ao Vasco da Gama. Não há nada menos natalício que ir a centros comerciais fazer as compras de Natal, aturar o trânsito, procurar lugar para estacionar, esperar na fila da caixa e estar sempre aos encontrões às pessoas. Fico logo bem disposto e desejoso que haja Natal mais vezes para eu poder estar sempre a fazer compras de Natal.

Mas como ia dizendo, fui ao Vasco da Gama (aquela coisa parecida com um centro comercial ali p'rós lados da Expo). Entro no parque de estacionamento e deparo-me com aquele aviso alarmante que diz: Piso -1 completo; Dirija-se ao piso -2.

Isto é mau. Se o piso -1 está cheio quer dizer que vou andar ainda mais aos encontrões que o habitual. Mas... que é aquilo? Não é um lugar??? E era mesmo. Era um lugar de estacionamento, ali mesmo a jeito, no piso -1. Caguei de alto (adoro esta expressão, é tão poética!) para o aviso e estacionei no -1. Longe das escadas rolantes, mas não há crise. Tranco o carro e sigo e... começo a ver lugares de estacionamento ali à mão de semear, aos pontapés!

O piso -1 não está nada cheio, pá! Aquilo é só para enganar os totós: o totó vê o aviso e pensar "ai, ai, o melhor é ir estacionar ao piso -2"; o chico esperto vai dar primeiro uma volta ao piso -1 a ver se está ou não completo como dizem. E assim se consegue, de forma muito barata e eficiente, organizar o estacionamento num grande centro comercial quando toda a gente decide fazer compras ao mesmo tempo. No parque Camões não usam estes truques manhosos, têm uns sensores todos sofisticados a avisar se há ou não lugares disponíveis. O que não adianta de muito porque acaba por haver sempre alguém com o carro de tal forma atravessado que na prática ocupa dois lugares.

Já no Colombo não são precisos avisos a dizer que o piso -1 está cheio. É que está mesmo, o aviso seria redundante. Toda a gente sabe que entrar no piso -1 do Colombo equivale a meia hora às voltas sem encontrar um único lugar. Até o piso -2 costuma encher nestas alturas e há quem procure lugar no -3 (que só abre em dias de jogo importante do Benfica e na altura do Natal). Estacionei uma vez no -3. Fiquei descansado. Sabia que em caso de ataque nuclear o Colombo podia ser destruido, mas o meu carro estava bem protegido no bunker.

18 dezembro 2007

O Ataque da Torradeira Assassina

Podia ser o título de um filme de terror de série B, mas não é.

É muito pior que isso: é o negro futuro da humanidade. Um futuro tão negro quanto as crostas das torradas que a Torradeira Assassina irá produzir uma vez concluído o seu maléfico plano para dominar o mundo.

E não pensem que isto é exagero, não senhor. É a mais pura realidade: há por aí electrodomésticos que podem assaltar a nossa conta bancária!!!

Como, pergunta o incauto leitor? Pela net, claro! Possivelmente usando ligações Wireless. É que começam a aparecer os electrodomésticos inteligentes, ligados à rede e prontos a receber instruções. E houve um gajo, que não é nada paranoico, que resolveu usar uma torradeira para aceder ilicitamente a um computador. E pergunta o ingénuo leitor: Mas... p'ra quê? P'ra quê? Para provar que é possível, claro! Tá-se mesmo a ver no futuro a malta a receber torradeiras no Natal e a correr-lhes um anti-virus antes de as instalar na cozinha, não vá o raio da torradeira ligar-se ao servidor do esquentador e desligar a água quente de propósito quando um gajo está todo coberto de espuma.

(obrigado Nuno)

Voodoo Marmalade

Depois não digam que não vos avisei!

Este sábado há mais um grandioso concerto dos Voodoo Marmalade (único e imperdível, como todos) às 23h, na Guilherme Cossoul (colectividade na Av. D. Carlos I).

Para terem um cheirinho, visitem o MySpace da banda.

Se não forem a culpa não é minha, tou a avisar com muita antecedência!

Presente de Natal para os lisboetas

Porque é Natal, abre amanhã o troço do Metro entre a Baixa e Santa Apolónia. Afinal, ficou pronto só com 10 anos de atraso.

Mas dizem os bombeiros que faltam uns testezitos de segurança. Bom, tratando-se de um túnel que meteu água uns anos a fio, percebo a necessidade de evitar esse tipo de testes até à abertura. Faz-se a inauguração e depois lá se fazem os testes todos já com o troço em funcionamento. Se a coisa correr mal ninguém se atreve a mandar fechar aquilo outra vez e lá desenrascamos uma solução qualquer.

O que a malta precisa é de soluções criativas que permitam ao país andar para a frente!!!

E assim fica Lisboa, finalmente, com ligação de metropolitano a ambas às estações de comboio de longo curso, Oriente e Santa Apolónia, bem como às principais estações fluviais. Já não era sem tempo, han?

17 dezembro 2007

Prendas

Tá na altura de fazer as últimas prendas de Natal e se ainda têm prendas para comprar é porque estão sem ideias. É nesta altura que vale tudo e todas as sugestões, por mais parvas que possam parecer, são úteis e podem resolver os vossos problemas natalícios.

Por isso, aqui fica a sugestão: um produto novo e revolucionário que decerto será muito apreciado por qualquer pessoa! E ainda por cima é barato, apenas 9,95 Euros (mais portes de envio, claro!). É o USB Wine e vale a pena uma visita.

Mas para quem não tem tempo a perder, fica o vídeo que decerto será suficiente para vos elucidar. É aconselhável algum conhecimento da paneleira língua francesa.



PS: hoje não falo de bola.

14 dezembro 2007

Ossos do ofício

Ontem, ao princípio da tarde chega um mail com um attach.
- Olha e consegues fazer aí uma revisãozita à tradução disso?
(isso é um software de computador com milhares de funções!)
- Errrr... tá bem, mas para quando?
(isto era eu ingenuamente a pensar em prazos apertados, tipo 2 semanas... até porque hoje [ontem] tou com uma crise entre mãos, se tudo correr bem amanhã [hoje] consigo pegar nisso se for muito urgente)

- Para amanhã. Até às 22h sem falta.
- ...

Mas fez-se. Tão bem quanto a pressa o permitiu. Vou dormir. Até segunda.

(Tão a ver porque é que a produção do blog tem andado mais fraca nas últimas semanas? Pois, é porque estou com projectos suficientes em mãos para encher o horário de 4 ou 5 pessoas e a minha equipa... bem, a minha equipa sou eu.)

Tempo e Espaço

Fui à secretaria de graduação do IST. Fui lá para levantar o diploma de um amigo, já que onde ele está é um bocado complicado tirar uma manhã para ir lá pessoalmente (sempre são 3000 km e só há um voo diário).

A secretaria de graduação do IST é um dos locais mais inóspitos do planeta, a par com a Antártida, o deserto do Sahara ou as chaminés sulfurosas do fundo do Atlântico. É um local onde a vida se esvai lentamente e nada podemos fazer para a agarrar. É por isso que tem um dos piores registos de produtividade do planeta.

E finalmente compreendi a razão de tal agonia enquanto se espera e espera e espera e espera pela vez de ser atendido.

É que a secretaria de graduação do IST é um buraco negro. E nas imediações de buracos negros podemos assistir a fenómonos apenas explicados pela relatividade geral e pela mecânica quântica.

Para já, sendo um buraco negro, à medida que nos aproximamos do horizonte de acontecimentos (para os devidos efeitos práticos, é a superfície do buraco negro, o limiar a partir do qual não é possível voltar para trás), as noções de tempo e espaço deformam-se e o tempo começa a correr mais devagar, mais devagar, mais devagar... até que pára. Dentro da secretaria, dentro do buraco negro, o tempo pára completamente e por isso mesmo qualquer operação, por mais trivial que seja, demora um tempo infinito.

O tempo abranda de tal forma quando esperamos pela nossa vez na secretaria que por vezes os utentes ficam lá tempo suficiente para serem dados como desaparecidas à polícia pelos familiares.

E é nessa região, perto, muito perto do horizonte de acontecimentos que podemos constatar em primeira mão o princípio de incerteza de Heisenberg. Nomeadamente, ΔEΔt≥h/2π. ΔE é a incerteza na medição da energia e Δt é a incerteza na medição do tempo; h é a constante de Planck. Ou seja, quanto maior a precisão na determinação da energia maior a incerteza na determinação do tempo.

Dentro da secretaria a energia das pessoas é exactamente zero. As pessoas perdem completamente as suas energias enquanto esperam pela sua vez. E por isso a incerteza na determinação do tempo é infinita. Nunca se sabe bem quanto tempo se demora lá dentro. Quando saímos e olhamos para o relógio podem ter passado apenas 5 minutos ou 5 horas. Ou 5 dias como reza a lenda de alguém que precisou de 5 dias para se inscrever numa cadeira (ou então não é lenda nenhuma e eu inventei isto agora, mas vai dar ao mesmo). O tempo e o espaço perdem o seu significado e por lá ficamos, eternamente à espera, à espera que chegue a nossa vez.

E quando nos dizem que fizemos tudo mal, que os impressos estão mal preenchidos, que temos de ir preenchê-los novamente e depois voltar para o fim da fila e aguardar novamente, apáticos e sem energia, aceitamos a informação que nos é dada, pegamos nos impressos e, despidos de qualquer capacidade de reagir, preenchemos novamente, voltamos ao fim da fila e damos início a novo processo.

E a "vida" continua...

13 dezembro 2007

Grunhices

Esta semana houve actualizações. Daquelas actualizações automáticas do Windows. Uma das actualizações foi o tão esperado e desejado Internet Explorer 7. Não tava com grande vontade de o instalar, mas tudo bem, instalou-se. Não há-de ser por aí, certo? ERRADO!

Agora quando imprimo mails do Outlook Express a impressão é com letra pequenina, mal se consegue ver. Mas não é sempre!!! Às vezes a impressão é em tamanho normal. E às vezes é só ligeiramente mais pequena. E às vezes é minúscula, não dá para ler nada.

Ah, como são boas as actualizações do software Microsoft!!!

Incoerência fiscal

Ouvi ontem nas notícias que a Liga deve não sei o quê no valor de 1 milhão de euros ao fisco. Acho mal, o futebol não devia pagar impostos. Porque é que algumas religiões têm isenções fiscais e outras não?

12 dezembro 2007

Miguel Veloso é gay

No outro dia falava-se de bola e alguém comenta que o Miguel Veloso é gay. Claro que as reacções não se fizeram esperar. Havia quem concordasse, havia quem discordasse. Eu não gosto muito destas cuscuvilhices e evito formar juizos a priori. Por isso, resolvi tirar as coisas a limpo e encontrar uma resposta definitiva à questão "Qual a orientação sexual de Miguel Veloso".

E para conseguir respostas definitivas não há nada melhor que o Google!

Por isso pesquisei as seguintes expressões:
"Miguel Veloso é heterossexual": 14.500 resultados
"Miguel Veloso é gay": 174.000 resultados
Como eu imaginava, tudo indica que o Miguel Veloso é mesmo gay. Mas para comprovar fiz outro teste. Pesquisei:
"Miguel Veloso come gajas": 992 resultados
"Miguel Veloso come gajos": 21.800 resultados

A resposta do Google é contundente: o Miguel Veloso é mesmo gay.

11 dezembro 2007

Eficiência

Há um ano assaltaram-me o carro. A 14 de Novembro de 2006. Apresentei queixa na polícia, naturalmente.

Ontem recebi uma carta do Ministério Público a dizer que o processo foi arquivado a 29 de Novembro. De 2006!!!

Demoraram uns espectaculares 15 dias a arquivar o processo, mas mais de 1 ano a enviar a notificação do arquivamento! Bravo!

Quem com ferro mata...

(tem-me dado para isto ultimamente: provérbios. Não sei bem porquê, deve haver alguma explicação plausível, mas agora não me ocorre qual)

James Watson, da dupla Watson & Crick, creditados como descobridores da estrutura da molécula de DNA, pôs-se a jeito de alguma polémica quando afirmou que os brancos são mais inteligentes que os pretos.

Claro que ninguém gostou do comentário, choveram críticas e o Sr. Watson acabou por se demitir do laboratório que chefiava.

Agora veio uma empresa, a DeCODE Genetics, afirmar que Watson tem 16 vezes mais genes de origem africana que a média dos europeus (notícia no site do Público), após análise do seu genoma, que havia sido sequenciado a pedido do próprio.

Seriam os comentários sobre a inteligência e a sua correlação com a raça uma espécie de auto-crítica que passou despercebida?

10 dezembro 2007

Pão-pão, queijo-queijo.

Éramos 9 ou 10 a jantar no restaurante.

No fim veio a conta. E um de nós reparou que tinham sido debitados 25 pães. A 50 cêntimos cada um, dá 12,50 euros em pão.

Chamamos o rapazito e perguntamos como pode ser possível facturarem 25 pães se apenas vieram 2 cestas de pão, cada uma com 4 pães. Ainda por cima pequeninos.

O empregado levou a conta para trás e passado um pouco (demasiado que naquele dia o serviço tava lento) trás novamente a conta. Com 20 pães. Chamamos o gajo e eu pergunto se ele tá a brincar com a gente "Atão, são 2 cestas, cada cesta traz 10 pães...". Tive vontade de lhe partir os óculos (já não me lembro se ele tinha óculos ou não, que isto foi no dia do Benfica-Porto, o jogo já tinha acabado e eu estava com um bocado de azia, mas, para ajudar à reconstituição, imaginemos que tinha óculos). É que só um equilibrista conseguiria trazer 10 pães naquelas cestas sem deixar cair nenhum!

À terceira foi de vez e a conta já veio certa.

Agora, a pergunta que é natural fazer-se: terá sido de propósito? Haverá gente burra ao ponto de tentar enganar o cliente à segunda, depois de o cliente ter dado pelo engano à primeira? E valerá a pena enganar os clientes em 10 euros de pão (aliás, 8 euros e 50 cêntimos) num jantar de 170 ou 180 euros? Espero que sim, que valha a pena. É que, por por causa das merdas, em vez da habitual conta "dá 17,60 a cada um, arredonda-se para 18 e fica de gorgeta" passou a "é 17,60 a cada um" e como trocos são sempre complicados, quase toda a gente foi pagar com multibanco (acrescentando uns 20 ou 30 cêntimos em despesas de comunicação, mais a comissão de 0.5% da SIBS ou lá quanto é que eles cobram.

Acabámos por não pedir o livro de reclamações. Mas foi só porque pela cara do gerente, quando veio falar conosco, percebemos que se o empregado estivesse à mão de semear tinha sido o próprio gerente a partir-lhe os óculos (já disse que não me lembro se tinha óculos ou não, mas ajuda à reconstituição).

Maiooooooooooooor!

E fazer um backup integral do disco do portátil? Han??? 3 horas e pico para fazer o backup de 50 e tal gigas. Brrrrr....

Graaaaaaaaaande!

Já me tinha esquecido como era formatar um disco. Hoje estive 1 hora à espera que um disco externo de 300 Gb acabasse de formatar. Convenhamos que é algo aborrecido...

07 dezembro 2007

Serviço público

Alguém apareceu aqui por ter pesquisado diminutivo carro no Google (por alguma estranha razão o Ó Faxavor! aparece em 2º lugar nesta pesquisa...)

Como não gosto de deixar ninguém sem resposta, aqui fica a informação: é Popó. Ou carrinho, mas popó fica mais querido.

Fins de semana chatos

Detesto quando me aparecem problemas que não consigo resolver. Regra geral é raro. Os problemas que me aparecem à frente são de solução mais ou menos fácil, mais ou menos conhecida, mais ou menos possíveis de resolver.

E chega-se a um ponto em que é complicado fazerem-me perguntas às quais ainda não sei a resposta.

Mas de vez em quando, muito raramente, lá aparece uma pergunta à qual não tenho resposta imediata. E fico a remoer, a remoer, até conseguir encontrar uma solução. O que, até agora, aconteceu quase sempre. Ou sempre. Sinceramente não me lembro de uma pergunta que não tenha conseguido responder. É o que dá ser-se bom naquilo que se faz ;)

Mais chato ainda é quando estas questões aparecem na sexta-feira. Já sei que vou passar o fim de semana todo a pensar nisso.

Raios partam isto, pá, já não se pode passar um sábado sossegado...

93249

Este tasco já conta com 93249 visitantes. Será que passo dos 100 mil ainda este ano?

Vou ter de criar um prémio Ó Faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços para o visitante número 100 mil. Mas, o quê? O que pode ser um prémio aliciante??? Ah, já sei! O prémio é: UMA IMPERIAL E UM PIRES DE TREMOÇOS!!!

Nota: Visitar o blog várias vezes de seguida só conta como 1 visita. Escusam de premir 7000 vezes o refresh que além de não ganharem a bela da imperial vão-me irritar profundamente porque fico com um gráfico de "page views" marado durante 30 dias.

Ó Faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços

Constato que o nome do meu blog é demasiado comprido para as barras laterais dos templates do blogger, wordpress e outros. E que, por causa disso, há quem abrevie "Ó Faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços" para um sensaborão "Ó Faxavor..." quando decidem criar um link.

Eh pá, é bué marada essa cena, pá! Ouve lá, tu nem tás bem a ver...

Para já noto, com alguma estranheza, que a tradição imperialesca e tremoceira portuguesa de nada vale: os linkadores abreviam invariavelmente para "Ó Faxavor" e não para "Imperial e pires de tremoços" ou "Uma imperial e um pires de tremoços". O que é pena. Acho mais piada à segunda parte do nome que à primeira. Além disso, um gajo na esplanada só diz "Ó faxavor!" se for preciso, porque se o empregado nos prestar a mínima atenção, limitamo-nos a dizer que é "uma imperial e um pires de tremoços", sem necessidade de chamar a atenção do moço. Ou moça.

Mas fico aborrecido por ver o meu tão querido ponto de exclamação substituido por umas reles reticências. Ao menos que fosse "Ó Faxavor! ..." ou "Ó Faxavor! (...)", mas please, please, não me tirem o ponto de exclamação ao blog, pá!

E a menos que haja razões práticas prementes para abreviar, não abreviem este nome, que me é tão querido e tem tanta tradição na blogosfera portuguesa, chegando a registar 3 (sim, três!) visitantes simultâneos! Um blog que já foi linkado PELO MENOS, umas 4 vezes.

Cordas e roldanas

Passei agora por um pedreiro que estava a içar telhas para o cimo de um prédio com uma corda e uma roldana: ata as telhas à corda, puxa a outra ponta e as telhas sobem. Lá em cima um colega seu recebe as telhas.

Foi um momento enternecedor. Lembrei-me da famigerada história do assentador de tijolos de Cascais, que é uma das histórias mais famosas dos primeiros anos do Homem que Mordeu o Cão.

Andei um bocado à procura e encontrei a versão do texto que está no livro (encontrei-o no perfil de Hi5 de alguém de nome jael).

Mas vamos ao que interessa. A história é vendida como verídica, o que eu duvido, mas pode eventualmente ser inspirada em factos reais.

É a famigerada história do assentador de tijolos de Cascais:

«Sou assentador de tijolos, e no dia do acidente, estava a trabalhar sozinho no telhado de um prédio de 6 andares. Ao terminar o meu trabalho, verifiquei que tinham sobrado 250 kg de tijolos. Em vez de os levar à mão para baixo (o que seria uma asneira), decidi, num acesso de inteligência, colocá-los dentro de um barril, e com a ajuda de uma roldana, a qual felizmente estava fixada num dos lados do edifício (mais precisamente no sexto andar), desce-lo até ao rés-do-chão.

Desci ao rés-do-chão e atei o barril com uma corda, e subi para o sexto andar, de onde puxei o dito cujo para cima, colocando os tijolos no seu interior. Regressei de seguida para o rés-do-chão, desatei a corda e segurei-a com força para que os tijolos (250 kg) descessem lentamente (notar que na alínea 11 informei que meu peso oscila em torno de 80 kg).

Surpreendentemente, porém, senti-me violentamente alçado do chão, e perdendo a minha presença de espírito, esqueci-me de largar a corda. Acho desnecessário dizer que fui içado do chão a grande velocidade. Nas proximidades do terceiro andar, dei de cara com o barril que vinha a descer. Ficam pois explicadas as fracturas no crânio e das clavículas. Continuei a subir a uma velocidade um pouco menor, somente parando quando os meus dedos ficaram entalados na roldana.

Felizmente, nesse momento já recuperara a minha presença de espírito e consegui, apesar das fortes dores, agarrar a corda. Simultaneamente, no entanto, o barril com os tijolos caiu no chão, o que partiu o seu fundo. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 kg (novamente me refiro ao meu peso indicado na alínea 11). Como podem imaginar, comecei a cair vertiginosamente agarrado à corda, sendo que, próximo ao terceiro andar quem encontrei? O barril, que vinha a subir. Ficam pois explicadas as fracturas dos tornozelos e os ferimentos das pernas. Felizmente, a redução de velocidade da minha descida veio minimizar o meu sofrimento quando caí em cima dos tijolos, em baixo, pois felizmente, só fracturei três vértebras e cortei-me todo com os pedaços afiados dos tijolos.

Lamento, no entanto, informar que houve agravamento do sinistro, pois quando me encontrava caído sobre os tijolos, incapacitado de me levantar, e vendo o barril em cima de mim, perdi novamente a minha presença de espírito e larguei a corda. O barril que pesava mais que a corda, desceu e caiu em cima de mim, partindo-me as pernas. Pensei que o meu sofrimento já tinha acabado, quando o outro lado da corda, com aproximadamente 18 metros, continuou a subir, passou pela roldana e caiu na minha cara, cegando-me do olho direito.

Esclareço ainda que este relatório foi escrito pela minha enfermeira pois os meus dedos ainda guardam a forma da roldana e estou cego de um olho e com o outro bastante inchado o que faz com que não consiga ver nada.»

06 dezembro 2007

Actualização de expressões

Volta e meia a língua portuguesa adquire expressões novas. E não me refiro a palavras, como bué, mas a expressões idiomáticas, como "mais velho que a Sé de Braga", expressão essa que só terá aparecido muito tempo após a conclusão da construção da Sé de Braga. Ou "isso vai dar uma ganda volta", expressão que ganhou nova expressão, passe a expressão (he he he; adoro figuras de estilo parvas), com os sketchs da série Lopes da Silva do Gato Fedorento.

Pois bem, por vezes é também necessário actualizar expressões já existentes. Por exemplo, a expressão "Obras de Santa Engrácia" que se refere a obras que nunca mais acabam vai mudar! E os dicionários brevemente já incluirão a nova expressão, que vai ser "Obras de Santa Apolónia". Já se passaram 10 anos desde a primeira data prevista de conclusão, e aquilo ainda está para durar! Acho que a última previsão é para 2008, mas já ninguém arrisca um palpite.

Este fim de semana vamos voltar a ter alterações à circulação na linha azul em virtude das obras da "futura estação de metro de Santa Apolónia". Eu acho até que o nome definitivo da estação devia ser "Futura Estação de Santa Apolónia", em vez de "Estação de Santa Apolónia". Tal como no caso de Palhavã, posteriormente rebaptizada Praça de Espanha, ou Socorro, rebaptizada Martim Moniz, o nome corriqueiro dado a uma estação deve também ser adoptado neste caso.

Critérios de desempate

A Taça da Liga, essa nobre competição repleta de tradição futebolística (sim, sim, este desdém todo é porque o SLB foi eliminado. E depois?), teve o seu sorteio.

Estão presentes 4 grandes vultos do nosso futebol, o Beira-Mar, o Penafiel, o Vitória de Setúbal e o Sporting, todos eles contando com diversas participações no escalão máximo do campeonato e alguns até com meia dúzia de títulos, devidamente guardados em salas que ainda fazem um pouco de eco.

A notícia em si nem me interessou muito, mas dei uma olhada aos critérios de desempate e achei-os curiosos... A coisa faz-se em mini-campeonato a 1 volta (ou seja, todos contra todos, 3 jogos para cada equipa no total). A vitória vale 3 pontos, o empate vale 1 e a derrota vale 0. No final, os dois clubes com mais pontos passam à grandiosa final, que, aposto, até deve contar com transmissão televisiva e fogo de artifício.

No fim das 3 jornadas, em caso de igualdade pontual entre duas equipas, valem os seguintes critérios de desempate:

1. Maior número de golos marcados.
2. Número de pontos alcançado no jogo que entre si realizaram.
3. Maior diferença entre o número de golos marcados e o número de golos sofridos.
4. Maior número de vitórias.
5. Menor número de golos sofridos.
6. Menor número de cartões vermelhos e cartões amarelos exibidos durante toda a competição

Vamos analisar os primeiros 5 critérios. Deixamos de lado o 6º que é puramente disciplinar.

E para que a análise seja mais eficiente, vamos analisá-los em dois grupos distintos: os de ordem par e os de ordem ímpar.

Assim, temos:
1. Maior número de golos marcados.
3. Maior diferença entre o número de golos marcados e o número de golos sofridos.
5. Menor número de golos sofridos.

Alguém é capaz de me explicar a relevância do critério 5? É que se temos de chegar ao 5º critério quer dizer que os clubes estão empatados em golos marcados e em diferença entre golos marcados e sofridos. Sejam portanto M1 e M2 o número de golos marcados pelas equipas 1 e 2 respectivamente e da mesma forma, S1 e S2 o número de golos sofridos.

Se M1 = M2 e M1-S1 = M2-S2, o que se poderá concluir em relação à comparação entre S1 e S2? Hmmmm.... será?... Vamos resolver a coisas passo a passo, e alguém que mande o link deste post ao Laurentino Dias (presidente da Liga, logo grande chefe desta pseudo-taça):

M1 = M2
M1-S1 = M2-S2
Substituindo a 1ª equação na segunda, obtemos
M1-S1 = M1-S2
Subtraindo M1 a ambos os membros da equação,
-S1 = -S2
Trocando o sinal de ambos os lados,
S1 = S2
E chegamos à extraordinária, complexa e profunda conclusão que se dois clubes marcaram o mesmo número de golos e a diferença entre golos marcados e sofridos também é igual, então SOFRERAM O MESMO NÚMERO DE GOLOS! Fantástico, não?

Olhemos agora para os critérios de ordem par:
2. Número de pontos alcançado no jogo que entre si realizaram.
4. Maior número de vitórias.

Supondo que é necessário recorrer ao desempate e que os critérios 1, 2 e 3 não conseguem desempatar, temos os seguintes factos:
- Os clubes têm o mesmo número de pontos
- Os clubes empataram entre si.

Portanto, nos outros dois jogos conseguiram o mesmo número de pontos.
Em dois jogos um clube pode conseguir:
0 pontos: 2 derrotas
1 ponto: 1 empate, 1 derrota
2 pontos: 2 empates
3 pontos: 1 vitória
4 pontos: 1 vitória, 1 empate
5 pontos: não é possível obter 5 pontos em 2 jogos
6 pontos: 2 vitórias

Dito de outra forma:
0 vitórias: o clube pode conseguir 0, 1 ou 2 pontos
1 vitória: o clube pode conseguir 3 ou 4 pontos
2 vitórias: o clube pode conseguir 6 pontos.

Não havendo pontuações possíveis a aparecer em mais que um cenário, qual é a relevância deste critério de desempate?

E depois ainda há quem me tente convencer que os jogadores da bola é que são burros. Eh pá, ao menos os jogadores da bola têm desculpa: foram pouco às aulas porque jogavam nos júniores e jogam muito de cabeça o que é capaz de danificar os neurónios.

Qual será a desculpa dos digigentes?

05 dezembro 2007

Filho de peixe...

Um estudo interessante: comparação do nível de conhecimentos dos alunos com 15 anos dos diversos países da OCDE. Ao todo, 57 países. Portugal ficou em 37º lugar, um pouco abaixo da média da OCDE e também da UE-27 (notícia completa aqui - merece uma leitura atenta).

Os resultados não são inesperados e também não são desesperantes.

Estamos abaixo da média europeia, certo, mas também é certo que os alunos cujos pais têm formação superior conseguiram resultados acima da média, enquanto que os outros ficaram abaixo da média. Também se lê na notícia que entre os repetentes o nível de conhecimentos é muito mais baixo que nos que nunca chumbaram.

Conclusões?

1. Filho de peixe sabe nadar: ou seja, filho de ignorante, ignorante será. A nossa situação terá tendência a melhorar (?) com a universalização do ensino secundário e superior mas notícias de elevado valor político têm resultados a cada 4 anos e não a cada 40.

2. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és: se chumbas é porque és burro e burro continuas a ser. Se passas é porque percebes o mínimo da coisa e até te safas bem; Se há muito quem chumbe (e parece que aqui vamos encostados à liderança com 5 vezes mais taxa de retenção que a média), os resultados gerais caem.

3. Os cães ladram e a caravana passa: com base neste estudo muitas reformas e contra-reformas serão propostas e aplicadas; todas à pressa, de todas serão esperados resultados no ano lectivo seguinte ou, preferencialmente, durante o próprio ano lectivo da aplicação. Serão criadas muitas comissões de acompanhamento e muitos paineis de especialistas, todos com opiniões principescamente pagas. No final a melhoria, a existir, será pequena, como é sempre.

4. A ocasião faz o ladrão: Não vai demorar até à hora do almoço de amanhã para que a oposição apresente as soluções miraculosas capazes de resolver o problema de vez. Todas elas já terão sido testadas antes e com maus resultados, mas já ninguém se lembra.

5. Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar: Por seu lado o Governo vai olhar para os 20 que ficaram piores que nós e realçar os méritos do nosso sistema de ensino quando comparado com os restantes e apontar a melhoria nos resultados desde os estudos anteriores, mesmo que as melhorias sejam apenas sectoriais.

6. Galinha de campo não gosta de capoeira: este não faz sentido nenhum aqui, mas como estou numa de provérbios, aproveitei a embalagem. Até porque este provérbio está a perder aplicabilidade. Já quase não há campo onde as galinhas possam andar à vontade. Maiores ou menores, todos vivemos em capoeiras.

Consumo desenfreado de crédito ao consumo desenfreado

Diálogo numa loja de electrodomésticos a propósito da aquisição de um aparelho de cerca de 1000 euros:

- Queria pagar em prestações. Vocês fazem 10 vezes sem juros, não é?
- Sim, sim. Preciso só do seu BI, Contibuinte e NIB.
- Só?!
- Sim, só.
- Não precisa da declaração de IRS, de um recibo de vencimento, nada no género?
- Ah não, não é preciso.
- Nem um comprovativo de morada???
- Não, não, isso não é preciso.
- Errrr.... ok.

Depois queixem-se, ó senhores da Cofidis e Credial e outras que tais. Queixem-se! Venham bradar aos céus que há muito crédito mal parado, venham...

(obrigado pela história mano)

UEFA

Jogar mal nunca soube tão bem!

Para quem não viu: ganhámos ao Shakhtar Donetsk por 2-1 ontem na Ucrânia na última jornada da Champions (tão a ver a importância do "quem, o quê, onde, como, quando e porquê" logo na primeira frase? assim escusam de perguntar de onde é essa equipa com nome esquisito). Os jogadores ainda mal tinham aquecido os pés (estavam 10 negativos!) e já o Quim aquecia as mãos com boas defesas a lances de perigo dos ucranianos. Mas aos 6 minutos, uma paragem cerebral colectiva dos jogadores do Shakhtar deu a Cardozo a hipótese de marcar o 1-0; passaram-se mais uns minutos e continuando a nada fazer para o merecer, novamente Cardozo e ganhamos por 2-0. Eles reduzem para 2-1 de penalty (continuo com sérias dúvidas sobre a existência de falta, pareceu-me mais teatro) e o 2-1 resistiu até final, apesar do domínio do Shakhtar, das oportunidades criadas e das falhas de passes sucessivos pela parte do Benfica.

Por mim, tudo bem, ganhar sem merecer não me chateia nada. Afinal, toda a gente sabe que o futebol é um jogo de estratégia colectiva; é preciso rigor táctico, acertar nas marcações, bons movimentos atacantes, rápidas arrancadas pelos flancos, boa técnica, domínio do meio-campo, posse de bola, mas no fim, no fim, ganha quem marcar mais golos.

E agora, a piece de resistance: o resumo do jogo! Vejam bem a forma como foi construido o primeiro golo: primeiro a espectacular abertura, aliás atraso, do médio ucraniano; depois os centrais a olhar um para o outro e nenhum vai buscar a bola; finalmente o guarda-redes que ficou ali parado a meio caminho, sem saber se havia de ir ao lance ou ficar na baliza. Este golo é um hino à táctica!

04 dezembro 2007

Budapeste, França

Não acham adoráveis as pessoas que respeitam integralmente os estereótipos?



(obrigado Vítor)

A frase do dia

"A melhor democracia – a democracia efectiva – é aquela em que todas as opções continuam em cima da mesa"
George W. Bush, sobre a situação nuclear iraniana, quando questionado se a opção militar continua em aberto.

Faz todo o sentido! Uma democracia só é efectiva (e portanto melhor) se usar a força para resolver os seus problemas! Um estado que, em vez de usar as suas forças armadas, recorre à ONU para aprovar resoluções que visem a resolução do problema é uma ditadura ou, quanto muito, uma democracia insuficiente. A democracia ideal é aquela que não recorre a instâncias internacionais obsoletas e autoritárias como a ONU para resolver os seus problemas e trata do assunto por outros meios, mais eficazes e sem dúvida mais democráticos.

Se calhar a UE devia ter seguido esta filosofia para o Tratado de Lisboa. Em vez de andar a negociar mais um deputado para aqui, outro comissário para acolá, desatava a bombardear quem levantasse a garimpa e pronto! O tratado era assinado num instante! Democraticamente.

Ameaças

Dizem as agências de "intelligence" americanas que o Irão suspendeu as actividades do seu programa nuclear em 2003.

Mas George W. Bush não parece muito convencido disso.

Hmmmm... onde é que eu vi isto antes?

Muito a propósito, há eleições nos EUA daqui a 1 ano. Será que... naaaaa, ia dizer uma coisa, mas é tão absurda que não digo. Eh pá, seria tão ridículo! Claro que não, não é assim que funciona o mundo e a paz mundial não depende de questões políticas internas.

Treçolho

Deve ser uma das maleitas mais parvas que se pode ter. E foi com um desses que acordei hoje. Ó vida mais estúpida...

Preciso de férias

Tou a dar as últimas... preciso de férias. O que vale é que vem aí o Natal, época propícia à descontracção. Há pouco trânsito, a escolha de presentes de Natal é pacífica, o tempo também ajuda, com as temperaturas amenas e o sol... é só coisas boas!

Quem é que teve a triste ideia de marcar o Natal para pleno Inverno, han? Quem?

03 dezembro 2007

Objectos de colecção

No referendo na Venezuela ganhou o "não" à reforma constitucional proposta por Átila Chavéz.

A manchete do Público de hoje diz que ganhou o "sim".

Os selos impressos com erros têm mais valor para coleccionadores. Será que o mesmo se aplica aos jornais?

Crueldade do destino

Esportém-Leiria. Só vi a segunda parte. O Esportém até começou bem e marcou cedo. 50 e poucos minutos e estavam a ganhar 1-0. E o Leiria cada vez mais último.

Mas depois vieram as duas partidas do destino que me fizeram rir como se o Benfica não tivesse perdido na véspera:

1. penalty para o Esportém, sim senhor, bem assinalado, mas como já estavam a ganhar e tudo, toca de deixar o Polga marcar. Afinal, ainda não tinha marcado para o Esportém no campeonato e o rapaz anda a merecer. E... falha! Pois, deve haver boas razões para ele ainda não ter marcado no campeonato.

2. livre para o Leiria; 2 jogadores de fora a receber assistência. Logo, toca de defender uma bola parada só com 9 jogadores, o que não é muito bem pensado. Mas até se safavam, que o livre foi mal marcado, a bola ia para fora. Mas o jovem guarda-redes Esporténguista resolve, em vez de dar uma sapatada para canto, amparar a bola que foi encontrar a cabeça de Toñito, ex-Esportém e Esporténguista de coração. Um dos jogadores que em 2000 ganhou o Campeonato para o Esportém, acabando com o jejum de 18 anos.

Ao menos o jogo serviu para ajudar à digestão do jantar de sábado que me tinha caido um bocadito mal.