31 outubro 2007

Taça da Liga

A Taça da Liga já tem um vencedor antecipado. Na fase final vamos ter o Sporting, Beira-Mar, Vitória de Setúbal e Penafiel. Com a eliminação do Benfica é óbvio quem é o grande vencedor desta primeira edição da Taça da Liga: Fernando Santos.

Efeméride

Hoje é o "Dia Mundial da Poupança", um dia em que se tenta sensibilizar para a necessidade de amealhar qualquer coisita, em vez de estoirar o guito todo.

É também o Dia das Bruxas e há assombrações por todo o lado.

Será o fantasma do sobre-endividamento que se abate sobre a nossa vontade de poupar?

Esclarecimento da direcção

Parece que ontem houve quem não percebesse a analogia. A do homem a quem parece que aconteceu não sei quê. Devo dizer que fiquei desapontado.



Vá, vejam o vídeo com atenção e que não se volte a repetir!

30 outubro 2007

Analogias

Às vezes sinto-me como aquele senhor a quem parece que aconteceu não sei o quê.

Rápido, rápido!!!

Eu consegui 3.23 de máximo pessoal. E tu? Quanto tempo fazes?

(nota: se se enganarem numa tecla podem continuar. Por exemplo, se escreverem A, B, D, C podem depois voltar ao D; claro que perdem tempo).

Update: mudei de teclado e baixei para 3.08. Duas vezes. Mas 90% das vezes engano-me a meio e tenho de recomeçar.

Update 2: melhorei para 2.89.

Update 3: já melhorei (e bastante), aproximando-me agora da mítica marca dos 2 segundos: vou com 2.13.

29 outubro 2007

Discrição

Aos 7' o Porto ganha 2-0 aos vizinhos do Leixões (Matosinhos, ali mesmo ao lado...). O primeiro golo foi na primeira jogada. O segundo golo foi na segunda jogada. Hmmmm... um bocadito de discrição não ficava nada mal. Sei lá, agora com estas histórias de apitos, nunca se sabe se as contas bancárias dos clubes e jogadores não vão ficar também "sob escuta"... não sei, ao menos esperar p'raí pelo minuto 20 para marcar o primeiro golo e marcar o segundo na segunda parte, que tal? Era capaz de dar menos cana.

Merda de resultado!

O União de Leiria voltou a perder. É a 5ª derrota em 8 jogos; estamos em último, com apenas 3 pontos.

O último jogo foi fora, contra o Guimarães. O primeiro golo foi marcado por Mrdakovic e o segundo golo foi marcado por Rabiola.

De caminho houve p'rali um penalty qualquer a nosso favor que o sôr árbitro fez o favor de não assinalar. Não vi o lance, nem a repetição, nem o resumo. Mas deixar a minha opinião, isenta e ponderada, sobre o lance: É PENAAAAAAALTY!!! CHULO! GATUNO! ZAROLHO!

Novs fora... nada?

O petróleo continua a subir. Já vai nos 93 dólares. O euro também. Já vai em 1,44.

Hmmmm.... alguém sabe como é que consigo arranjar um histórico de cotações do dólar e do barril de petróleo? Gostava de ver a evolução do preço do barril de petróleo em euros para perceber se os sucessivos aumentos da gasolina usando como desculpa o aumento do preço do petróleo são tanga ou não.

Facts and figures

Uma ideia interessante: uma página criada pelo governo brasileiro com um mapa mundo interactivo e diversos dados sobre cerca de 200 países: população, economia, escolaridade, etc. Em cada indicador pode-se consultar o ranking mundial ou ordenar por localização para ver o ranking dentro da mesma região (por exemplo, comparar a taxa bruta matrículas escolares entre os países europeus). E indica as fontes e tudo, para quem quiser validar a informação!

Se estiverem p'raí virados, cliquem aqui.

(obrigado Margot)

Solidariedade canina

Obviamente que ele concorda comigo no protesto contra o tal artista já nem me lembro de onde, um daqueles sítios onde às vezes há furacões e enxorradas.



(gosto do Van Dog "mora" na porta da frente e ao contrário de todos os outros cães do prédio, este não faz barulho)

Procura-se

Avançado capaz de marcar golos decisivos.

Preferência: assim, mais ou menos como o Adu, que entra e marca quando a o jogo está quase a acabar e a equipa se apresenta sem soluções.

Resposta para: Estádio Alvalade XXI, Departamento de Futebol, Secção de Recrutamento e Recursos Humanos.

26 outubro 2007

Hora de Verão, hora de Inverno

Este fim de semana muda a hora. Amanhã à noite, à 1h volta a ser meia-noite. Eu não me chateio nada com a história da mudança da hora na Primavera, que adianta, mas no Outono, atrasar uma hora... faz-me muita confusão!

Senão, reparem: um gajo vai ao cinema. Por exemplo, ao Colombo. Um determinado filme, com 2:15 de duração está em duas salas, a sala 1 e a sala 2. Há um intervalo de 15 minutos entre sessões. Na sala 1 temos uma sessão às 22h. Logo, a sessão seguinte começa à meia noite e meia. Da hora de Verão. Na sala 2 temos uma sessão às 23. Ou seja, a sessão seguinte começaria à 1:30, mas como mudou a hora, começa à meia noite e meia, na hora de Inverno. Só que esta meia noite e meia é uma hora mais tarde do que a outra meia noite e meia.

O cliente chega ao cinema, olha para o nome do filme, é o filme certo, é a hora certa, entra na sala. Quando se dá por ela temos 400 pessoas numa sala com 200 lugares, tudo a berrar e à porrada e na outra sala, 1 hora mais tarde, não está ninguém para ver o filme!

Ainda pior! Um jogo de futebol. Começa à meia noite. Chega-se à 1 menos um quarto e o árbitro apita para o intervalo. 15 minutos depois começa a segunda parte. Mas é meia noite outra vez, por isso, toca de jogar o jogo todo de início. E ficamos com um jogo de bola com 135 minutos, três partes e dois intervalos.

Ou então, uma cena de bófias: um gajo vai para a esquadra. Como não confessa que roubou os caramelos da mercearia, leva um enxerto de porrada. Nisto é meia noite e meia. O gajo fica todo partido, levam-no para o hospital. Chegam lá à 1 da manhã, é meia noite outra vez. O gajo é registado nas urgências à meia noite e 1 da hora de inverno. Como levou um enxerto de porrada valente, na segunda feira apresenta queixa. E agora é que se lixou fortemente: é que está a tentar alegar que a ida às urgências à meia noite e um foi provocada por um enxerto de porrada que levou à meia noite e meia. E fica o meliante com os seus direitos hipotecados.

É por isso que não gosto de mudanças da hora. A menos que seja sempre a somar. Se é a subtrair causa-me transtorno, dou por mim a combinar com alguém para "daqui a 10 minutos" e depois fico uma hora à espera porque esqueci-me de confirmar se eram dez minutos pela hora de verão ou de inverno.

O que se podia fazer, para não haver este tipo de problemas de causalidade, era, em vez de atrasar uma hora, fazer os relógios andar mais devagar. Por exemplo, chegados à meia noite, começavam os relógios todos a andar a metade da velocidade. Assim, quando se passassem 2 horas todos os relógios marcavam 1 da manhã. É que evitavam-se muitas chatices. E eu havia de aproveitar a primeira mudança da hora destas para correr os 100 metros em 8 segundos ou coisa assim e bater o record do mundo! Aaaaah, seria tão bom!

Vai-te foder!

Porque é que se diz "Vai-te foder!" a alguém como se fosse uma coisa má?

Percebo que se diga "Vai à merda", "Vai levar no cú" ou mesmo "Vai p'ó caralho" (embora nos últimos dois casos convenha saber de antemão se o destinatário da mensagem é ou não apreciador de levar no cú ou de caralhos, respectivamente) em jeito de insulto, mas o "Vai-te foder", assim, dito como se fosse uma coisa má... não percebo. A menos que o interlocutor esteja vinculado por um qualquer voto de castidade (notem a forma sábia como evitei a menção explícita a padres e/ou freiras poupando-me assim à ira dos fans de mais uma religião - por outro lado, borrei a pintura ao usar fans em vez de fieis, já que fans é a abreviatura de fanáticos; para mais falei em ira que é, como toda a gente que viu i Seven sabe, um dos sete pecados capitais), nesse caso é sem dúvida algo desagradável para desejar a alguém, mas para a generalidade das pessoas, não sei, parece-me uma tentativa de insulto condenada ao fracasso.

Se alguém me disser "Vai-te foder" eu agradeço! Quanto muito pergunto com quem ou se o sujeito que me tenta insultar está a pensar em alguém em particular, mas não fico minimamente chateado. Para mim, dizer "Vai-te foder" é como dizer "Felicidades" ou "Que corra tudo bem". Mesmo que "Vai-te foder" queira dizer "Vai-te foder sozinho" não é necessariamente mau! Mais vale só que mal acompanhado, sempre ouvi dizer.

O verbo foder é, aliás, muito injustiçado pelo calão português. Já o "Fodeste-te" usa-se muito quando alguém se encavou fortemente. Quando ouço alguém a dizer "Fodeste-te" a primeira coisa que me ocorre dizer ao destinatário de tal frase é "Parabéns! Que tal foi?".

Enfim, são as pequenas incoerências da língua portuguesa que lhe dão a piada toda.

Pub

E por falar em publicidade... sai mais um intervalo, que parece que é fim de semana, ou quase.

Um gajo esforça-se, esforça-se... para isto?

Foda-se, não há direito!

(Acho que qualquer post que comece com uma indignação, sobretudo temperada com um palavrão merece a atenção de qualquer um! Foi só por isso).

Ontem falei na fusão BPI-BCP. No fim do post refiro o sarilho que era uma fusão BES-BCP-CGD, por causa dos protagonistas das respectivas campanhas publicitárias: Cristiano Ronaldo, José Mourinho e Scolari.

Foi ontem, por volta da hora do jantar. Depois disso já passaram por cá milhares... milhares?! MILHÕES! Milhões de pessoas. E NINGUÉM REPAROU QUE ME ENGANEI NA SIGLA? Que devia ter sido BES-BPI-CGD, porque o Mourinho aparece nos anúncios do BPI, não é do BCP? Os do BCP são com o Bruno Nogueira!

Ando eu a dar o litro, a arriscar o coiro, com sérios riscos para a minha saúde, física e laboral e não só, p'ra quê? Para vocês, meus ingratos, que nem sequer corrigem uma gralha?

Ou foi porque não prestam atenção nenhuma à publicidade e não fazem ideia de quem é que aparece nos anúncios do quê? Se for isso, eh pá, desculpem, precipitei-me.

25 outubro 2007

Bruno Nogueira e José Mourinho

O que têm em comum estas pessoas? Pouco. Ou talvez nada. Que se saiba o Bruno Nogueira não percebe nada de futebol e o José Mourinho nunca foi visto a rir ou a contar uma piada.

Mas com a proposta fusão entre BCP e BPI o novo banco, o Millenium BPI vai ter alguns problemas: por um lado o Millenium BCP tem investido na sua imagem junto da malta nova com o Bruno Nogueira a dar a cara nos anúncios televisivos. Por outro lado o BPI tem investido numa imagem de sobriedade com anúncios protagonizados pelo José Mourinho.

Hmmmm... acho que o assunto é bem capaz de dividir os accionistas dos dois bancos e se calhar a fusão não se concretiza. Ou estão mesmo a imaginar o José Mourinho a dizer "parecendo que não, facilita" e o Bruno Nogueira a andar de sobretudo?

Pior seria uma fusão BES-BCP-CGD, claro. Além de ficar uma sigla daquelas chatas de ler, era capaz de haver chatices publicitárias acrescidas: quem seria a principal estrela da publicidade do novo banco? Cristiano Ronaldo, José Mourinho ou Scolari?

Maus presságios

Há frases que provocam em mim arrepios, daqueles de ficar com os pêlos da nuca todos em pé. Querem exemplos?

1. "Desenvolvemos uma ferramenta muito eficaz que te vai ajudar, automatiza o teu trabalho". Regra geral a ferramenta tem bugs e não só não ajuda como ainda estraga, porque depois de fazer as coisas tenho de ir verificar a merda que a "ferramenta muito eficaz" fez, corrigi-la e, nos casos piores, começar tudo do zero outra vez.

2. "Eh pá, não temos isso em armazém, mas não te preocupes que para a semana que vem já mandamos". O que costuma acontecer é que depois de uma semana volto a perguntar e dizem-me que A) já não existe B) está de momento indisponível e ainda vai demorar 2 meses ou C) foi descontinuado e substituido por um produto melhor (ver próximo item)

3. "Ah, esse foi substituido por um produto melhor". É comum que o "produto melhor" tenha todas as características do anterior que não me interessam para nada e lhe falte a única que eu achava importante. E tenho de voltar a procurar.

4. "O cheque já está no correio". Acho que esta dispensa explicações.

5. "Essa informação é importante, vamos tê-la em conta e na próxima versão já haverá diferenças". Pois... regra geral as diferenças são tudo menos o que verdadeiramente interessava.

Hoje foi dia de me dizerem a nº 1. Foi um dia bom. Às vezes chego a ouvir 3 ou mais destas frases antes da hora do almoço. Felizmente sou um adepto da máxima "Se queres algo bem feito faz tu, não peças a ninguém" e por isso caguei para a ferramenta muito útil.

Mulheres ao volante

Duas mulheres estão aos comandos da Estação Espacial Internacional e do vai-vém Discovery. Hmmmmm.... querem apostar que elas não conseguem "estacionar" à primeira?

Sondagem nova, novas sondagens

Fartei-me das sondagens do blogger. Foi por uma coisita de nada, um pormenor insignificante: são uma merda.

Vai daí, comecei a usar o Blogpoll. Até ver parece-me melhorzito. Antes usava o Webpollcentral, mas ele não gostava de perguntas e respostas com acentos. E por causa disso, tinha de escrever coisas como á sempre que queria um á ou ç quando queria um ç. E era chato. E eu não tenho tempo para isso. Ok, e acabei de reparar que o Blogpoll tem o mesmo defeito. Bom, para já ficamos com quadradinhos em vez de caracteres com acentos. Depois logo se resolve isso.

Mas prontos, a sondagem nova tá aí, toca a votar. O tema é, obviamente, futebol!

Na sondagem anterior 23% dos votantes disse que o resultado do Portugal-Cazaquistão seria Quinjajero p'ó Benfica, 26% admitiu que não faz ideia onde fica o Cazaquistão e 50% disse que ganhávamos se o Makukula arranjasse chuteiras, o que se veio a revelar um prognóstico mesmo na mouche! E como podem reparar, nesta sondagem a soma das percentagens dá 99%; na anterior parece que dava 120% ou coisa assim. E isso chateia-me um bocadito, por isso deixei-me das sondagens do Blogger. Porque são uma merda.

Actualização: o Blogpoll ainda é pior que o webpollcentral. Não só os caracteres com acentos ficam marados à mesma, a página de resultados ainda tem mais publicidade e por alguma razão parva que agora me escapa, punha-me o título do blog a castanho. Eu sei que isto é um blog de merda, mas não havia necessidade. Vai daí, voltei ao Webpollcentral até encontrar um substituto à altura. (tou a ver que tenho de o fazer eu... ;)

Mas... não tem 3 olhos! Ooooooooh...

Descobriu-se uma espécie nova de peixes no Trancão. Quando li a notícia imaginei logo um peixe com 3 olhos e com pernas em vez de barbatanas, mas afinal não. Tanta merda que o Trancão tava super-poluído e ai, ai, ai, o perigo, e afinal quando se descobre uma espécie nova é um peixe perfeitamente banal. Não tem nenhum veneno poderosíssimo capaz de matar um homem só de o olhar de longe, não tem poderes hipnóticos, não tem dentes de tigre nem cauda como os hipopótamos. É apenas um peixe. Parecido com tantos outros.

A foto do bicho, roubada descaradamente do site do Público:


Ainda não é desta que a realidade ultrapassa a ficção: no lago de Springfield há peixes com 3 olhos por causa da central nuclear do Montgomery Burns.

Conversa entre pai e filho

Jardim Gonçalves Filho: Pai, preciso de 15 milhões de euros.
Jardim Gonçalves Pai: E... já falaste com o teu banco?
Jardim Gonçalves Filho: Não, falei com o teu.

24 outubro 2007

Conselhos úteis

Mas se calhar já vêm tarde.

Fica a história cujo título até poderia ser "Missing Driver's Licence Printer's Missing Drivers". Mas seria uma confusão, e ninguém percebia, né?

(obrigado Pedro)

23 outubro 2007

Arte?

Há gajos para tudo. Com 6,5 mil milhões de pessoas no mundo, há sempre alguém capaz de fazer qualquer coisa de que me lembre, por mais bizarra, asquerosa, revoltante ou nojenta.

Um senhor "artista" resolveu fazer uma "performance" "artística" numa exposição de "arte" na Nicarágua. E para a sua performance o que é que ele resolve fazer? Deixar um cão morrer de fome e sede. Porque é "arte". Porque pode. E porque sim.

Agora, e graças à sua "obra" vai participar numa bienal de "artistas" como ele e de artistas que não serão como ele nas Honduras. E porque o "senhor" "artista" é uma besta imbeciloide cujo único adjectivo que arranjo para descrever é monte de merda (eu sei que não é um adjectivo, mas não nos vamos focar na gramática, ok?), algumas pessoas que não estão para aturar certos tipos de "arte" fizeram uma petição a ver se o comité de organização de tal actividade "artística" volta atrás e retira o convite ao referido "artista". Porque há coisas que simplesmente metem nojo.

Mas... haverá limites para a "arte"? Quem sou eu para dizer que deixar morrer à fome e à sede um animal, seja um cão ou outro qualquer, não é "arte"? Bom, vou pôr a questão de outra forma: se eu resolver construir um campo, podemos chamar de concentração, colocar lá dentro 1 milhão de pessoas, subnutri-las, usá-las como cobaias médicas, torturá-las, executá-las, esquartejá-las, queimá-las vivas, gaseá-las mas cobrar bilhetes para que quem quiser possa assistir a esta manifestação e lhe chamar "performance", passa a ser arte? Ah, claro, mas eu não sou "artista". Tudo bem, conheço uns quantos artistas, vou-me juntar a eles e propor-lhes isto. Que tal? 30 e tal artistas a defenderem a construção de um campo de concentração e um novo holocausto chamando-lhe "arte"? Não me venham com tribunais de direitos humanos, pá! ISTO É ARTE E NINGUÉM PODE CENSURAR UM ARTISTA, QUE É UM ATENTADO CONTRA OS SEUS DIREITOS, PÁ! É UMA VISÃO RETRÓGRADA E CASTRADORA DO DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO DA HUMANIDADE!!!

Houve há uns tempos uma manifestação "artística" que discuti com alguns amigos (alguns dos quais artistas) que consistia em matar um coelho e depois andar pela galeria com o coelho morto ao colo a explicar-lhe a arte. A "mensagem" era que até um coelho morto percebe aquela merda, por isso se as pessoas não percebem é que são estúpidas. Claro que coelhos não discordam nem dizem que não percebem, sobretudo se estiverem mortos, por isso não há grande maneira de saber se o coelho morto percebeu ou não. Já esta manifestação "artística" é muito mas mesmo muito questionável e o coelho até morreu de forma semi-pacífica, sem dor desnecessária e isso tudo. Mas... matar um cão à fome e à sede? É "arte"?

Gostava de encontrar o dito "artista" para lhe propor uma nova manifestação da sua "arte": em vez de matar à fome o cão, que se calhar nem aprecia a "arte" do "senhor", que tal ser o próprio a deixar-se morrer à fome e à sede? Se o objectivo é ver o que acontece, ter alguém com sensibilidade "artística" a sentir tudo na primeira pessoa e a pode descrever e explicar o que sente tem sérias vantagens para a consolidação da "obra", não?

(este deve ser o post com mais aspas na história; e mesmo assim, acho que me falharam umas quantas)

Cuidado com a língua!

Há palavras que me aborrecem. A maior parte delas são advérbios. Mas hoje descobri uma nova: tarado. Não o adjectivo mas o particípio passado do verbo tarar. Eh pá, é que já não se pode conjugar um verbo correctamente sem passar uma vergonha, pá.

Este verbo é uma desgraça. A sua importância é evidente, sobretudo em restaurantes que vendem comida a peso (é preciso tarar a balança para não pagar o prato ao preço da carne), mas tem alguns tempos verbais que podem originar confusão.

Por exemplo, taremos, 1ª pessoa do plural do imperativo do verbo tarar ou 1ª pessoa do plural do futuro do indicativo do verbo estar na sua forma abreviada coloquial, tar. Ou tarem, 3ª pessoa do plural do presente do conjuntivo do verbo tarar e também 3ª pessoa to plural do presente do indicativo do verbo tar, quando mal conjugado ("eles tarem aí", por analogia com "eles andem aí").

Já sei qual é o provérbio que mais me irrita (que é comummente), qual o substantivo que mais me irrita (é substantivo, mesmo) e agora sei também qual é o verbo que mais me irrita. É o verbo tarar.

E não me venham com merdas que tou a conjugar mal o verbo, que fui copiá-lo do Dicionário online da Priberam. Se está mal, reclamem com a Texto.

22 outubro 2007

Alta finança

Não tenho o hábito de reproduzir piadas que ouço no café, mas a esta não resisto: "Se não tens pais ricos vai ao BES; se tens vai ao BCP!"

Telhados de vidro

"It would have been paradoxical if a driver had won with a car that was judged irregular and suspended", disse Luca di Montzemolo, grande chefe da Ferrari, referindo-se à eventualidade de Hamilton ganhar o mundial.

Curiosamente o carro da Maclaren nunca foi considerado ilegal. O que se provou foi que a Maclaren teve acesso a informação confidencial da Ferrari mas também se provou que essa informação não foi usada no desenvolvimento do carro deste ano. Aliás, nem podia, tais as diferenças de premissas base nos dois projectos (maior distância entre eixos no Ferrari implica sérias diferenças a todos os níveis: aerodinâmica, suspensão, caixa, posição do motor, etc.). O carro do ano que vem é que estará sob escrutínio para saber se usa ou não tecnologia roubada - mas não ilegal à luz dos regulamentos técnicos.

Mais curiosamente ainda, o carro da Ferrari _foi_ considerado irregular na primeira corrida. Aliás, o conteúdo dos documentos roubados à Ferrari incluia o desenho de uma peça feita com o intuito de permitir que o fundo do carro fosse móvel (o que é proibido) e que tal característica fosse indetectável nos testes da FIA. Tivesse a ferrari sido desqualificada na primeira corrida e o campeão do mundo seria Hamilton.

Mas pronto, a F1 é o sítio onde toda a gente atira pedras, mesmo tendo telhados de vidro. A única coisa que convém garantir é que ninguém descubra. E se descobrirem, que se consegue desviar as atenções rapidamente.

Azarado?

Kimi Raikonnen foi, durante uns anos, o piloto de Fórmula 1 com o maior azar (indiscutivelmente) de todo o pelotão.

Foi por duas ou três vezes vice-campeão, falhando o título por uma sucessão anormal (quando comparado com o seu companheiro de equipa, por exemplo) de problemas mecânicos. Desde partir um motor quando liderava um GP com 30 segundos de avanço a rebentar uma suspensão a 1 volta do fim quando era o líder destacadíssimo, a ser "colhido" logo no arranque por um senhor que tem o mesmo apelido de um certo hepta-campeão do mundo, os azares foram muitos e apesar disso falhou os títulos (que merecia) por poucos pontos. Frequentemente a rondar a meia dúzia.

Desta vez tinha tudo contra ele: ao Alonso bastava-lhe ser segundo e Raikonnen não seria campeão; a Hamilton bastava ser quinto. Mas desta vez, por uma vez, a sorte esteve com ele. O Hamilton teve um problema de caixa (e uma péssima decisão estratégica!*) que o deixou no 7º lugar e com Alonso em terceiro depois dos dois Ferrari, sagrou-se campeão por 1 ponto!

Mas... será mesmo?

É que pouco depois do fim do GP surgiu uma notícia algo... bombástica: a Williams e a BMW eram suspeitas de utilização de gasolina irregular. Se fossem consideradas culpadas e fossem desqualificadas Hamilton passava para o 4º lugar no GP e seria campeão do mundo. O Colégio de Comissários Desportivos não penalizou as equipas por achar que havia dúvidas razoáveis sobre a fiabilidade das amostras recolhidas devido ao calor (36º ontem em São Paulo) mas a Maclaren parece que vai interpor recurso da decisão.

E agora... agora é que são elas!

Eu acho que mesmo que as equipas em questão confessassem que usaram gasolina ilegal, o que só aconteceria num anúncio do B! Maracujá, a FIA nunca iria penalizar os pilotos com o mesmo argumento do costume: os coitadinhos não sabiam de nada; porque não irão tirar um título obtido na pista para o entregar a outro na secretaria. Muito menos tratando-se de um título a um piloto Ferrari.

Raikonnen é campeão do mundo e com justiça. Mesmo se o campeão "moral" é o rookie Lewis Hamilton: se Massa não tem deixado passar o Raikonnen, numa manobra bem disfarçada (para não ferir susceptibilidades como aconteceu há uns anos com o estacionamento do Barrichelo para deixar passar Schumacher), Raikonnen seria segundo e ficava com 108 pontos, a 1 de Alonso e de Hamilton; e a vantagem ia para o segundo por desempate: o desempate é pelo número de vitórias; neste caso são 4 para cada lado; então desempata-se pelo número de segundos lugares e Hamilton tem 5 contra 4 do Alonso.

* A péssima decisão estratégica da Maclaren: com Hamilton a ficar em 18º depois de ter rodado quase meia volta com a caixa encravada decidiram mudar a estratégia de corrida, passando de 2 paragens para 3. A primeira paragem foi à volta 22. Em vez das previsíveis 25 voltas de combustível resolveu pôr apenas 15. Aqui Hamilton perdeu todas as hipóteses de ganhar o mundial de pilotos. Hamilton cai para 14º e tem de recuperar posições. Como os adversários à sua frente já começam a estar longe uns dos outros, o tempo necessário para recuperar é grande. E tratando-se de adversários com bons ritmos de corrida as ultrapassagens são extremamente difíceis, mesmo com o depósito mais vazio. Ou seja, era inevitável que Hamilton passasse, como passou, umas boas voltas atrás de adversários que só o tapavam. Terá passado talvez 10 voltas assim, um segundo ou um segundo e meio mais lento que o seu ritmo normal de corrida. Perdendo portanto 10 segundos ou mais. E acontece que a estratégia de uma paragem extra só ganha em pista o tempo necessário para fazer a terceira paragem. No fim de contas, Hamilton terá perdido pelo menos 10 segundos e foi mais ou menos essa a distância a que ficou do 5º lugar que lhe dava o título.

A situação é bem diferente de quando um piloto de topo tem de fazer uma corrida de trás para a frente desde o início: primeiro troço curto para ultrapassar muita gente até aos primeiros reabastecimentos quando toda a gente ainda circula em pelotão. Dependendo da pista até se pode optar por uma só paragem, mas no Brasil essa hipótese não se coloca por não haver pneu que aguente, sobretudo com o calor que se verificou. Só se faz uma paragem a mais numa situação: saindo da pole position e com o carro afinado para pouca gasolina; aí ganha-se 1 segundo por volta aos adversários até à primeira paragem, fazendo o reabastecimento com uns confortáveis 15 ou 16 segundos de avanço; no segundo troço não se perde tempo no início e ganha-se na parte final; pára-se a segunda vez com cerca de 20 segundos de avanço; a vantagem continua a aumentar até uns bons 30 segundos na terceira paragem, garantindo que se sai à frente.

Sopa dos pobres

A Taça da Liga devia mudar de nome. O seu nome oficial é Taça Carlsberg, mas não me parece que seja um nome adequado a uma competição que mais parece uma Sopa dos Pobres. Taça Sagres, Taça Mini, ou Taça Copo de Tinto seriam nomes mais adequados.

É que depois da eliminação do Porto pelo Fátima, do Belenenses pelo Portimonense e mais umas quantas eliminações surpresa de equipas da I Liga tivémos na 4ª eliminatória resultados... hmmmm... eu diria surpreendentes, mas se calhar não são: o Sportin perde em casa (casa emprestada que o relvado deles tá outra vez na revisão) 2-1 contra o Fátima; o Benfica empata em casa (e sem a desculpa de ser casa emprestada) contra o Setúbal por 1-1 e o Leiria da I Liga (preguiçosos d'um raio!) perdeu fora contra o Penafiel da II Liga por 3-1 (e só marcaram nos descontos!). O quarto jogo foi entre Beira-Mar e Portimonense, mas sendo as duas equipas de II Liga não há grande espanto.

Ou seja, podemos vir a ter uma "final four" com 4 grandes nomes do futebol português: o Setúbal como único representante da I Liga, o Fátima, o Penafiel e o Beira-Mar ou o Portimonense, todos da II Liga. Sim senhor, estão garantidas as audiências televisivas para esta estrondosa competição!

19 outubro 2007

Dia E

Hoje é o Dia E. E de Europa. Porque lá se conseguiu chegar a acordo para o tratado reformador da União. Oba, oba, podemos finalmente deixar a defunta constituição europeia descansar em paz, já ninguém quer saber dela!

O Sócrates está todo contente, já que foi na presidência portuguesa que o acordo foi conseguido, os outros chefes de governo também, porque vão ficar (ou pelo menos querem) na história da União Europeia, mas no fundo, no fundo, tudo se resumiu a um regateio. A Itália contentou-se com mais um deputado no parlamento europeu, a Polónia ficou contente com um lugar no tribunal europeu e é assim que a Europa avança: todos juntos, cada um puxando para seu lado, e bora lá regatear lugares, condições e benefícios, como se estivéssemos a comprar tapetes em Marrocos.

Por falar em Marrocos, eles também queriam entrar na União Europeia. Até fizeram o pedido de adesão formal e tudo. Foram chumbados porque... não são um país europeu. É pena que por um pormenor técnico de somenos importância se tenha chumbado a entrada de Marrocos na, na altura, CEE. Afinal, a sua vasta experiência seria útil para regatear acordos no futuro. Com 15 já era complicado assinar um papel, com 27 está a tornar-se um pesadelo e no futuro com uns 30 e tal vai ser mesmo preciso pedir ajuda a Marrocos, Tunísia, Mauritânia e Argélia para conseguir pôr as assinaturas todas no papel.

Valha-nos a Alemanha que continua a pagar e não reclama.

18 outubro 2007

Não vás por aí!

A Turquia resolveu invadir o Iraque. Parece que agora é moda.

E no meio de perto de 200 países que decerto terão opinião sobre o assunto qual foi que lhes disse "eh pá, não te metas nisso que é capaz de dar buraco"? Os Estados Unidos. Claro. Mas quem melhor que eles para alertar sobre os perigos de uma invasão ao Iraque?

Tudo isto porque os turcos querem rebentar com os curdos, que esses gajos também parece que volta e meia põem bombas em sítios e isso. E diz Bush que há outras formas de enfrentar o terrorismo (pronto, pronto, já podem parar. Só teria piada se não fosse coisa séria! Eu também me ri um bocado, mas depois senti-me mal com isso) A sério? Há outras formas??? Sem invadir ninguém? E AGORA É QUE TE LEMBRAS DISSO, Ó MINHA BESTA?

Primitivos, mas com gostos requintados!

Parece que a malta gosta de camarão e lagosta há bué tempo!!!. Pelo que diz a notícia, na altura (há 165 mil anos) África era um enorme deserto (fechem-se as bocas de espanto! Depois deixou de ser e só voltou a ser um deserto há meia dúzia de milhares de anos) e como não havia grande coisa de vegetais para comer nem muita carne, os nossos avós peludos da África do Sul viraram-se para o mar. E nem tudo o que vem à rede é peixe.

O mundo científico ficou muito espantado. Eu não! Aposto o que quiserem que se eu fosse homo sapiens a viver algures em África há 165 mil anos atrás uma das primeiras coisas que fazia era ir morar para a beira-mar. Eh pá, já que sou parecido com um macaco peludo que só fala com grunhidos e lasca as unhas a tentar fazer lanças, ao menos que apanhe uma corzinha e umas ondas! E em África qual é o melhor sítio para apanhar ondas? África do Sul, toda a gente sabe isso. Daí a pegar num bicho cor-de-laranja com casca rija e uns bigodes meio esquisitos, parti-lo a meio e provar a ver se é bom, é um saltinho. Ainda por cima temperado com água do mar... ui, ui!

Deve ser daí que veio o nome dos camarões. Não o país, o bicho mesmo, que na altura ainda não tinha nome. Os homo sapiens começaram a apanhar Sol e com o Sol vêem, já se sabe, os escaldões. Inventou-se a expressão "ganda escaldão, pareces um camarão". Na altura isto não queria dizer nada, era só uma expressão. É como "quanto mais prima, mais se lhe arrima", que toda a gente sabe que "arrima" não é uma palavra, é só para rimar. Depois quando descobriram o primeiro camarão notaram que tinha cor de homo sapiens escaldado pelo sol e baptizaram o bicho!

Só muitos anos mais tarde é que descobriram um sítio onde havia muitos camarões e chamaram-lhe Camarões.

Bora fazer contas

Agora já está tudo com as contas certas, faltam 2 jogos a cada equipa.

Polónia: 24 pontos
Portugal: 23 pontos
Sérvia: 20 pontos
Finlândia: 20 pontos.
E o resto já não interessa.

Na próxima jornada joga tudo em casa; na última temos Portugal-Finlândia e Sérvia-Polónia. Afinal, a coisa não está tão preta quanto chegou a parecer...

E pronto, ontem ganhámos o jogo, não parece que tenhamos jogado grande coisa, mas não interessa muito, o que importa mesmo é ter ganho. E ganhámos um novo heroi, o Makukula! 20 minutos depois de se ter estreado com a camisola da selecção (com a camisola da selecção principal, que ele já joga nas nossas selecções desde os sub-15) marcou o seu primeiro golo!

17 outubro 2007

Os perigos dos Prémios Nobel

Os Nobel da Economia são useiros e vezeiros em intervenções sobre tudo o que diga respeito à economia mundial, sejam ou não especialistas no assunto. E haja ou não algum fundamento no que dizem.

Saramago, Nobel da Literatura, defende a união política Portugal-Espanha, criando um novo país, a Ibéria (por coincidência o mesmo nome de uma determinada companhia aérea)

Alguns Nobel da Física foram pioneiros na investigação nuclear com vista à obtenção de armas atómicas, o que mais tarde veio a revelar algumas consequências pouco agradáveis.

E agora é James Watson do duo Watson&Crick, os cientistas creditados com a descoberta da dupla hélice do DNA e vencedores do Nobel da Medicina, a fazer uma intervenção algo... invulgar.

Só me resta uma conclusão: o facto de Portugal contar com apenas 2 prémios Nobel em cento e tal anos de história só pode ser sinal de progresso. Se fôssemos assim tão atrasados já tínhamos uns 20 ou 30.

Hmmmmm...

Chegou-me às mãos uma notícia que me deixou muito, muito contente e acredito que vos deixará contentes também!

Segundo a Society for the Brutal Abuse of Misleading Statistics, até hoje menos de metade dos seres humanos nascidos morreu. Por isso, é provável que vivamos para sempre! YEEEEEEEE!!!!!

(obrigado Pedro)

16 outubro 2007

Este post foi deixado em branco intencionalmente

Sondagem nova!

A pergunta da sondagem anterior era: "Ter Sudoku num blog é"

E as respostas foram:
Essencial, como o oxigénio que respiramos 14%
Se todos os jornais têem, porque raio um blog não há-de ter! 22%
Pronto, é desta que vou para o desemprego, quando o chefe me vir a jogar sudoku num blog 6%
E tudo isto quando eu achava que não era possível tornar os blogs ainda mais inúteis... 29%
Hey, espera lá! As sondagens também estão diferentes!!! 60%

Conclui-se portanto que o tema da sondagem foi a forma da própria sondagem e não o seu conteúdo. Coisas da vida.

Planos para o futuro: apresentar as sondagens e sobretudo os resultados de forma decente. Este "widget" do blogger é um bocadinho cocó.

Preso por ter cão

e preso por não ter.

Sempre que há notícias em relação a condenação de um criminoso (a notícia de hoje é pela morte de um chefe da PSP numa barreira policial no Algarve há uns anos) há dois tipos de comentários: os directamente relacionados com o caso e os que não têm nada a ver com isso.

Em relação aos comentários que não têm a ver com o caso, há duas opiniões expressas simultaneamente:

1. Vão para a cadeia e aquilo mais parece um hotel e quem paga somos nós.
2. Daqui a uns anitos já estão cá fora, deviam era ficar lá dentro para sempre.

A incoerência só se safa pela defesa, simultânea também, de duas coisas:

1. Obrigatoriedade de trabalhar na cadeia, por exemplo a limpar matas e coisas assim.
2. Prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena.

Mas depois levanta-se o problema: como se garante que presos perpétuos não vão fazer tentativas desesperadas de fuga? Afinal, o que tem a perder um preso perpétuo?

E as soluções também não tardam:

1. Guardas de metralhadora que disparam primeiro e fazem perguntas depois
2. Pena de morte que assim ninguém foge

E neste ponto as opiniões fundem-se. Afinal, ter presos com penas pesadas a trabalhar no exterior ao lado de guardas de metralhadora é quase como uma sentença de morte à espera de acontecer. Mas, não há crise, que era só um criminoso. Aí sim, seríamos uma sociedade civilizada!

E depois vemos os outros casos menos dramáticos, em que se pode invocar o "azar" como desculpa. Por exemplo, o caso do fulano que atropelou uma criancinha porque conduzia bêbado: deve ser logo condenado à morte, claro. Afinal, era uma criancinha. Se fosse um adulto a situação era capaz de ser diferente. E o caso do vizinho que ficou sem carta por conduzir com um copito a mais que devia ser perdoado, porque até é boa pessoa.

Gosto da opinião popular! É pragmática a apresentar soluções e a resolver toda e qualquer incoerência, nem que para isso tenha de abrir uma excepção para cada caso e legislar cada situação a posteriori.

Chuteiras

O Makukula foi à pressa ter com a selecção nacional e nem levou um par de chuteiras na mala. Foi um sarilho, porque o homem não pode jogar sem chuteiras e tiveram de encontrar um par que servisse meio à pressa. E parece que já encontraram e até ficaram baratas.

Mas não percebo qual era o problema. Afinal o forte do Makukula não é o jogo de cabeça?

15 outubro 2007

Aaaaaaaah brincalhões!

Os gajos da TMN (eh pá, é uma história comprida, quando tiver tempo volto a contá-la) ainda não resolveram nada (e do centro de arbitragem não responderam ao meu mail, acho que tenho de ir lá).

Em jogo estão duas reclamações. Uma por quase 30 euros cobrados em excesso, por causa de uma campanha prometida e nunca cumprida e outra por uma factura de roaming indevida, no valor de 9 euros. Mas, passado tanto tempo a tentar que a situação se resolva, acho que tenho direito a indemnização, por isso estou a reclamar 80 euros (ou seja, a totalidade de valor debitado em comunicações em 2 meses e meio) mais a anulação da factura de roaming em que conseguiram cobrar 9 euros em coisas que não fiz e 0 euros em coisas que fiz! Han, qualidade de serviço à séria!

Recebi agora um sms deles: como não me conseguiram contactar telefonicamente (pois não, ligaram-me no sábado e não podia atender, tava numa conferência! Liguei-lhes de volta a dizer para me ligarem segunda; o que fizeram eles? Ligaram domingo! E eu não pude atender outra vez, tal como tinha dito, duh!? hoje não ligaram, os cabrões!) mandaram um sms a confirmar o crédito de 4 euros a meu favor. Já não é mau. Ou por outra, é péssimo: é que já preenchi os papelitos para mudar para Vodafone. Eu não quero crédito no meu saldo seus chulecos, quero é o guito! Pode ser em notas, em cheque ou transferência!

Acho que a nova campanha da TMN devia ser assim:
Yo, kita o teu telemóvel! Compra já um cartão da Vodafone que eles até te oferecem crédito em chamadas! Até jáaaaaaaa.

Ó vozes dissidentes da minha terra

Calai-vos, porra!
Primeiro foi o Deco que tantos não queriam; depois foi o Pepe que foi convocado e voltou a trazer o caso Deco à baila; depois foi o Scolari, com os dois empates em casa mais o pêro no sérvio e já se gritava pelo euro que o víamos cada vez mais longe; agora, que a coisa voltou a estar devidamente controlada, volta-se a barafustar porque o Makukula (nascido na Guiné) foi chamado à selecção. O Makukula é internacional português desde os sub-15. Eh pá, calem-se um bocadinho que já não vos posso ouvir!

Sabem o que faz falta à Federação Portuguesa de Futebol? Ter o Sócrates a Presidente! A ver se não apareciam logo uns agentes à paisana a elucidar estas opiniões.

12 outubro 2007

Presente, passado e futuro

Al Gore e o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas ganharam o Prémio Nobel da Paz.

Já por duas vezes o prémio tinha sido atribuido a um Presidente dos Estados Unidos da América (Theodore Roosevelt e Woodrow Wilson) e por uma vez a um ex-presidente dos Estados Unidos da América. Agora foi premiado um ex-futuro-presidente dos Estados Unidos da América (Al Gore costuma apresentar-se como "I was the next President of the United States of America). É um facto que merece ser assinalado.

A cerimónia de entrega dos Prémios Nobel de 2007 terá lugar em Estocolmo a 10 de Dezembro, em Estocolmo e Oslo. (só por curiosidade, a 4 de Outubro foram entregues, a quem compareceu, os prémios Ig Nobel).

Site Oficial dos Prémios Nobel

11 outubro 2007

Oooooooof!

Depois de uma noitada ontem (até às 2h), e de mais um esticãozito hoje (que acabou agorinha mesmo), consegui actualizar uma carrada de coisas no site que mantenho porque faz parte das minhas funções enquanto pessoa que quer ganhar a vida (é aquele tal site que eu não digo qual é porque corresponde à minha vida real e se os leitores do Ó faxavor! soubessem quão pouco interessante e glamourosa é a minha vida desapareciam de vista e passavam só a ler blogs de gente fixe e que aparece em coisas, tipo o Bruno Markl ou o Nuno Nogueira - nunca tive grande jeito para nomes próprios e ainda por cima estes são parecidos).

Pronto, já posso ir para casa aquecer uma merda qualquer no micro-ondas ou assim, que um gajo só se consegue alimentar exclusivamente a tabaco e café por períodos nunca superiores a 3 dias.

Ah, não, pera lá, que hoje parece que é dia de sorte grande! Vou grelhar um bife! Sim, às vezes também faço disso, carne e coisas. É que o prazo de validade expira a modos que hoje (a propósito de prazos de validade... bem, fica para o próximo parágrafo, senão isto fica uma balbúrdia!) e como amanhã vou-me de fim de semana (esta é uma daquelas situações em que a conjugação reflexa só se pode usar num sentido; dizer "venho-me de fim de semana" ficava muito mal num blogue respeitável como este que até escreve blogue assim, aportuguesado e tudo. às vezes) (em trabalho, claro, que cada um só tem o que merece) (e acabámos de assistir a uma estreia: é a primeira vez documentada na história em que se encadeiam parêntesis sem qualquer texto no meio! Han, han? É só inovação, caralho! olha, nem de propósito, com tanta inovação, este post vai estrear uma "tag" nova; ou etiqueta, se preferirem. só que não é autocolante) e só volto domingo, por essa altura já o bife se estragou. (E por esta altura já ninguém sabe do que estou a falar à conta de tanto parêntesis; pera lá, vou escrever o parágrafo todo outra vez, mas sem parêntesis, pode ser?)

Ah, não, pera lá, que hoje parece que é dia de sorte grande! Vou grelhar um bife! Sim, às vezes também faço disso, carne e coisas. É que o prazo de validade expira a modos que hoje e como amanhã vou-me de fim de semana e só volto domingo, por essa altura já o bife se estragou.

Viram, viram? apesar dos parêntesis todos eu não perco o fio à meada!

Bom, isto foi apenas um exercício de estilo, daquelas coisas que um gajo faz só para provar que consegue. É como beber uma garrafa de litro e meio de água toda de uma vez por causa de uma aposta. No fim até deita água pelos ouvidos e pelo nariz, mas ganha 2 euros que sempre dá para pagar a garrafa e ainda sobra para um café. É pena é que já não haja espaço para o café, depois de litro e meio de água. (eh pá! alguém tá a perceber o que se passa aqui? O que raio é que me deu hoje? Eu agora queria mesmo era falar de prazos de validade, porra!)


Bom, chegamos ao assunto que interessa: os prazos de validade (Outro assunto que interessa de momento é o jogo de sábado da selecção, mas tendo em conta os últimos resultados prefiro fingir-me desinteressado que assim, se perdermos, posso sempre dizer "ah, não vi, não ligo muito a futebol"). O que acontece de tão dramático no momento em que passa o prazo de validade? Ou é uma coisa que vai acontecendo, como a recuperação económica? E como raio é que um gajo sabe de antemão qual vai ser o prazo de validade de uma coisa? E porque raio é que nada parece durar tanto tempo quanto indica na embalagem? Tou para ver o lindo estado em que está o meu rico bife (é do pojadouro; podia ser do lombo, mas só sou aumentado para o mês que vem). É que começo a ficar levemente farto, nomeadamente, do pão de forma. Chego a meio da embalagem, ainda falta uma semana e tal para o fim do prazo, tenho o pão bem acondicionado e com o mínimo de ar, e as últimas fatias tenho de as mandar fora porque já estão cheias de bolor. A menos que esteja com uma infecção e aí como o pão com bolor que sempre evito a injecção de penicilina (esta foi só para o efeito, nunca recebi uma injecção de penicilina na vida; mas não seja por isso, nunca estive na cama com duas gajas ao mesmo tempo e é ouvir-me a falar de ménages à trois como se o meu mestrado tivesse sido sobre o tema!). Eu acho que a ASAE devia começar a fazer inspecções dentro de casa das pessoas. Corria os armários todos e se apanhasse qualquer coisa ainda dentro do prazo mas já assim em fracas condições de coiso, pumba! multava logo a marca, o distribuidor, a loja e o consumidor final! A menos que fosse bolor no pão de forma e o consumidor fosse farmacêutico; aí seria inspeccionado pelo IRS para ver se não estava a destilar o bolor para depois ir vender injecções de penicilina na farmácia dele.

Mas tudo isto porquê? Onde é que quero chegar?

Ah, sim, à sugestão bloguística "du jour". Recém-chegado ao ecléctico universo de comentadores do Ó faxavor!, que isto é para quem pode, não é para quem quer, temos o Kruzes Kanhoto, que além do péssimo defeito de escrever títulos com K, é uma daquelas pessoas que escreve com mais gralhas que eu (já conheço 3 ou 4 assim, devem-me faltar meia dúzia) e também parece ser sujeito com algum tempo livre. Mas pelos vistos mora no Alentejo, não admira.

Vá, vão-se lá embora, que eu também vou. Amanhã sou capaz de passar por aqui, mas não garanto.

10 outubro 2007

Ascensão e queda

O doping é uma coisa chata. É um acontecimento global, corriqueiro, muitos são os atletas que se dopam e volta e meia lá temos um escândalo. O pior mesmo é quando se descobre alguma coisa a posteriori.

Por exemplo, nos anos 80 o velocista canadiano Ben Johnson foi desqualificado por doping. O record mundial dos 100m foi-lhe retirado e ficou 1 ano suspenso (ou mais, já não me lembro). O seu grande adversário da altura, Carl Lewis, veio assumir-se como um paladino da verdade desportiva e condenou a batota do canadiano. O Ben Johnson voltou a ser apanhado, quando regressou à competição e foi erradicado do desporto. Carl Lewis sempre teve um comportamento exemplar, nunca foi apanhado com coisas esquisitas no organismo e ganhou 9 medalhas de ouro em 4 edições dos jogos (velocidade, estafeta e salto em comprimento). Mas até sobre este "atleta exemplar" veio a saber-se, mais tarde, que tinha acusado positivo em testes anti-doping na preparação para os JO de Seul (aqueles em que o Ben Johnson foi eliminado e o Carl Lewis veio defender o atletismo limpo). Resultados esses escondidos pela USADA (US anti-doping agency).

O caso do momento é o da menina de ouro do atletismo americano: Marion Jones. Depois de uma carreira brilhante, com 5 medalhas nos JO de 2000 (Sidney), sendo 3 de ouro e 2 de bronze, foi apanhada nas malhas do escândalo da BALCO (laboratório de "suplementos alimentares" para atletismo de alto rendimento, sediada em São Francisco). Um esteroide desenhado à medida e que durante alguns anos foi ministrado a atletas sem que fosse detectável nas análises. Curiosamente a substância, a THG ou Tetrahidrogestrinona, foi descoberta depois do treinador de Jones e um dos principais promotores do consumo e tráfico da substância, ter enviado uma amostra para a agência mundial anti-dopagem. Começaram a fazer análises a amostras já recolhidas e começaram a chover resultados positivos. Quando se descobriram os primeiros não faltaram atletas a dar a cara pelo atletismo sem batota e a condenar os que competiram dopados. Entre os quais, a menina de ouro Marion Jones. Campeã mundial e olímpica dos 100m, casada com o "homem mais rápido do mundo", Tim Montgomery, também ele um exemplo de trabalho, dedicação, esforço e honestidade. Logo nas primeiras análises aos resultados dos mundiais de 2003 foram apanhados cerca de 20 medalhados mundiais com THG!

Mas depois o conto de fadas acaba-se: Marion Jones acusou positivo num controlo à THG, Tim Montgomery foi apanhado também e o seu record dos 100m (9.78) foi removido. Marion Jones sempre afirmou que não tinha tomado conscientemente substância alguma proibida. Veio agora desdizer-se e admitiu o consumo de THG entre 1999 e 2003. Devolveu as suas medalhas olímpicas (e as suas colegas de equipa nas estafetas 4x100 e 4x400 terão de fazer o mesmo!) e admitiu o logro que durou todo o auge da sua carreira. Vai ter inclusivé de devolver os prémios, só que agora não lhe dá jeito porque está falida (tsc, tsc, tsc... tanto dinheiro que ganha um atleta de alta competição, tanto dinheiro que se gasta em batalhas legais por causa do doping...).

E agora sim, começam os problemas! É que se a Marion Jones devolve a medalha de ouro nos 100m é de esperar que a 2ª classificada a receba à troca pela medalha de prata. Mas a 2ª classificada é... Ekaterini Thanou. Se não sabem quem é, aqui fica uma história: nos JO de 2004, em Atenas, Thanou e o seu colega de treinos Kostas Kenteris (campeão mundial de 200m) faltaram a um controlo anti-doping porque tiveram um acidente de mota e foram parar ao hospital. Só que... o acidente nunca aconteceu e o internamento foi forjado. Eles faltaram ao controlo porque era habitual fazê-lo. A sua estratégia consistia em obter más classificações nos rankings para não serem alvo de controlos surpresa, ir para parte incerta para não serem facilmente encontrados e, se necessário, faltar aos controlos com uma desculpa esfarrapada qualquer. Retiraram-se (para não serem desqualificados e suspensos) dos jogos de 2004. Deixaram o atletismo de velocidade grego com uma péssima imagem e não deixam saudades ao atletismo.

E agora temos um problema: quando se vem a descobrir que um campeão é batoteiro, tira-se-lhe o título. Aconteceu nos europeus de 100m e 200m em que o Obikwelu veio a ganhar, 3 anos depois, as medalhas de ouro. Mas... o que se faz quando o vice-campeão é apanhado mais tarde a fazer a mesma batota, como no caso da Thanou? (e provavelmente também estaria "impregnada nos jogos de 2000)

O COI tem sérios problemas para resolver. O atletismo de velocidade é um antro de esteroides feitos à medida, o ciclismo é um paraíso para as sustâncias esquisitas, o halterofilismo também, as modalidades que perdem a credibilidade são cada vez mais. O que se faz numa situação destas?

Eu acho que as penalizações deviam ser mais graves. Se um atleta, que representa um determinado país, for apanhado com doping, as agências anti-doping desse país devem ser responsabilizadas, nomeadamente desqualificando o PAÍS TODO dos Jogos ou dos mundiais. Se vier a ser provada a conivência das autoridades, a desqualificação pode ser complementada com uma suspensão de uns anitos, impedindo o país de participar nos jogos seguintes. E retirando-lhes a possibilidade de receber os Jogos nos próximos, digamos, 20 anos. Só assim se consegue que os batoteiros tenham a protecção dos seus treinadores, colegas de equipa e dirigentes. Porque se um atleta for apanhado, só ele é que é prejudicado, o resto da equipa não.

É por estas e por outras que eu gosto de F1: toda a gente faz batota, eu sei disso, e não conto com honestidade de ninguém. Sempre que leio uma notícia tento ler também as entrelinhas. Mas no atletismo ainda tinha a esperança que a batota fosse uma excepção e não a regra, que o desporto podia ser visto como tal, uma competição entre seres humanos em que ganha o mais forte, o mais rápido, o mais alto, o melhor. Mas não, é outra daquelas modalidades que continuarei a ver mas que deixarei de admirar. Porque os atletas não me merecem confiança.

Notícias sobre doping no desporto e coisas afins no Podium site de desporto do Público.

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Não havendo tempo para mais, vai-se para intervalo.


(obrigado Mariana)

E porque este intervalo é capaz de ser maior que o habitual, segue-se o segundo exemplar da Kiwi Attitude!


Para acabar, o maior anúncio de sempre, feito pelos vizinhos do lado:

09 outubro 2007

Será possível?

Não escrevi nenhum post hoje. Sinceramente, já não há respeito pelos leitores. tsc, tsc, tsc...

08 outubro 2007

Pequenos pormenores

Sou um tipo simples. Contento-me com pouco. Abriu a semana passada o supermercado da minha rua. E eu fico feliz por isso. Desde que fecharam, há uns seis meses (não me perguntem para que raio foi preciso tanto tempo; que tenha percebido, pintaram as paredes e mudaram os cestos de compras), via-me obrigado a fazer compras longíssimo de casa, a pelo menos 200 metros! Era coisa que me irritava solenemente porque tinha de ir de carro, e com os sentidos proibidos todos demorava uns 10 minutos extra a chegar a casa quanto tinha de ir ao supermercado (só para que tenham uma noção, que nestas coisas é importante contextualizar, vejam o post que escrevi sobre os caminhos aqui ao pé de casa). E quase inevitavelmente quando chegava a casa já só apanhava o primeiro episódio dos Simpsons a meio. Agora sim, posso disfrutar dos episódios completos dos Simpsons já com as compras feitas, aproveitando o intervalo entre os dois episódios que dão todos os dias na Fox para arrumar as coisas no frigorífico e assim.

Nota: sacar coisas da net é proibido, por isso tenho de ver os Simpsons na TV. É que vi no outro dia um anúncio a ameaçar que me mandavam para a cadeia se sacasse coisas da net porque não sei quem ia morrer de fome, um actor ou assim. Além disso são 19 temporadas, demora imenso tempo e depois é preciso verificar que os episódios são bons, que não há um ou outro com má qualidade ou com um qualquer codec esquisito que eu não tenha (e tem de ser mesmo esquisito, tenho codecs que nunca mais acabam) e, se estiver p'raí virado, sacar as legendas, eventualmente sincronizá-las, corrigir algumas gralhas nos nomes dos ficheiros, etc. Mas sobretudo porque é proibido. É por isso que não saco.

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Em homenagem aos All Blacks que foram eliminados sábado do mundial de rugby, deixo aqui um anúncio que caracteriza o espírito neozelandês.



Nota: o kiwi é o animal nacional da Nova Zelândia.
Nota 2: não, não é o fruto. É o pássaro; vejam o artigo da wikipedia antes de dizer disparates.

Agora, não é?

Em Outubro é que o anti-ciclone dos Açores resolve aparecer e trazer-nos bom tempo. Em Outubro, quando já toda a gente gozou as suas férias é que aparecem dias bons para não fazer nenhum. Se Deus existe, o que raio lhe está a passar pela cabeça, han?

Valerá a pena?

Tudo vale a pena, se a alma não é pequena, dizia o Pessoa, ou outro qualquer daqueles que morava dentro da cabeça dele.

Bom, nem tanto. Cheguei àquela fase da vida em que se pondera a possibilidade de produzir descendência. Estava a pensar, a pensar, a pensar, e resolvi que afinal não.

Não quero trazer uma criança a este mundo. Este mundo é um lugar horrível. Recuso-me a dar vida a um novo ser humano que possa testemunhar coisas como aquilo que vi no sábado: a França a ganhar à Nova Zelândia em rugby. De que serve fazer separação de lixo, produzir carros menos poluentes, investir em energias renováveis? Queremos mesmo preservar um planeta em que os franceses ganham coisas em eventos desportivos? E logo contra a Nova Zelândia, um daqueles países que nunca fizeram mal a ninguém (bom, tirando terem servido de cenário à trilogia do Senhor dos Anéis). Que mundo é este que nos priva do Haka logo nos quartos de final?

Será que vale a pena? Nem tudo vale a pena, não.

07 outubro 2007

Realidade e ficção

Agora que a ressaca já passou, e porque as férias acabaram-se, tá na hora de retomar a programação habitual.

Acho que é útil por vezes relembrar aos leitores a diferença entre realidade e ficção.

Por exemplo, a cena retratada neste vídeo é ficção:


Este, por outro lado, é a mais dura realidade:


Por vezes é difícil distinguir uma da outra... Sobretudo quando o Nuno Gomes marca dois golos num só jogo.

04 outubro 2007

Errrr.... Mestre, ó faxavor!

Já tá. A partir de hoje, por volta das 15h, ganhei o direito, consagrado por lei, a ser tratado por Mestre. A tese intitula-se Cohomologia Equivariante e Mecânica Quântica Supersimétrica. É matemática, se ficaram sem perceber o que raio quer isto dizer.

Agora desculpem lá, mas vou apanhar uma grande bebedeira!

Parceria estratégica

A Microsoft e o Benfica vão anunciar em breve uma parceria para um novo produto. Seguindo a estratégia empresarial do Benfica a nova parceria terá vantagens especiais para sócios e tem como objectivo aumentar as receitas do clube e a visibilidade da marca Benfica.

O primeiro produto desta nova parceria é uma edição especial do Microsoft Excel; o nome ainda não é definitivo mas será provavelmente Exselb (lê-se "ex-el-bê") e em relação à edição normal inclui algumas novidades, nomeadamente um conjunto de macros especialmente criadas para ajudar os sócios e adeptos a fazer as contas ao apuramento da Champions League logo a partir da segunda jornada.

O ícone do novo produto já está escolhido e tudo!

03 outubro 2007

A não esquecer no futuro:

desligar o telemóvel do trabalho quando estou de férias. Hoje acordei com um telefonema às 9:30. Tudo bem que até queria acordar não muito tarde, mas ter de atender o telemóvel logo a acordar e disfarçar o ar de sono é um bocadito complicado.

02 outubro 2007

Chulice é:

Pagar 2000 euros por ano de propina;
Pagar 75 euros por um diploma de caca a dizer que acabei a parte escolar;
Pagar 15 euros por um certificado com as notas discriminadas;
Pagar 150 euros quando se entrega a tese provisória;
Pagar 125 euros pelo diploma após a defesa da tese;
E ainda ter de pagar pelo certificado a dizer que concluí o mestrado, que é a única coisa que interessa mas que só posso pedir depois de pagar o resto.
Afinal, os 2000 euros por ano incluem o quê?

E pensava eu que para acabar a licenciatura já tinha sido chulado o suficiente (100 euros pelo diploma mais 50 pelo certificado com as cadeiras discriminadas); só espero que a carta magistral demore menos tempo que o diploma de conclusão da licenciatura, que demorou 3 anos! Deve ter sido porque foi assinado pessoalmente por 6 pessoas muito importantes (e muito ocupadas, pelos vistos) e foi preciso esperar que a tinta secasse.