Já tínhamos o Metro, o Destak, o Meia Hora, o Diário Desportivo, o Hoje e agora o Mundo Actual. Acabei de ouvir nas notícias que vai aparecer mais um jornal diário de distribuição gratuita. O que, pelas minhas contas, eleva a contagem para 6. 6 jornais diários de distribuição gratuita!!! São a nova praga dos cruzamentos. Depois da multiplicação de pedintes e/ou empreendedores de semáforos agora temos os ardinas.
Já me chateava tar sempre a recusar pensos rápidos e almanaques borda d'água, ou fechar a janela perante a insistência de mulheres com bebés ao colo a pedir dinheiro, miudos de rua a dizer que têm fome e mais umas quantas sub-espécies.
Agora chateiam-me solenemente os distribuidores de jornais gratuitos. Quer dizer, não tenho nada contra eles, mas sim contra os atrasos que provocam ao trânsito. É que a malta tem a mania de coleccionar jornais gratuitos (não faço ideia como conseguem mas vejo pessoas que recebem no mesmo cruzamento o Metro e o Destak e no cruzamento seguinte recebem o Meia Hora! Como terão tempo? Devem ter ainda mais tempo livre que eu...) e por causa disso demora-se uns segundos extra antes de arranjar no verde, à espera para receber o Metro das mãos do ardina dos novos tempos. A brincar, a brincar, por cada semáforo verde temos 1 ou 2 carros que demora uns bons 3 ou 4 segundos extra a arranjar para poder receber o(s) jornal(ais) gratuito(s). Às vezes mais. E em 3 ou 4 segundos passam, à vontade, 2 ou 3 carros. O que quer dizer que por cada pessoa que atrasa o arranque para receber o jornal há 2 ou 3 condutores que vão ter de esperar pelo próximo semáforo verde. Com mais um jornal gratuito aumentam os cruzamentos reclamados como território de distribuição jornaleira. Aumentam os semáforos que perdem parte da sua capacidade de escoamento que neste momento já está a rebentar pelas costuras (até porque a distribuição de jornais acontece sobretudo nos cruzamentos mais movimentados).
Venham-me falar nos transtornos causados pelos radares, venham! Eu digo-vos o que verdadeiramente transtorna os cidadãos que "apenas querem chegar a casa", como um dia destes li. (nota: eu já fiz as contas ao "transtorno" provocado por um radar; dá menos de 6 segundos por radar, ou seja, uma pessoa que passe por todos os radares de limitação de velocidade de Lisboa num único trajecto consegue ser mais afectada pela presença dos distribuidores do Metro, Destak e afins que pela obrigatoriedade de cumprir os limites de velocidade naqueles 21 pontos).
Acho que tá na hora de proibir toda e qualquer perturbação ao trânsito provocada por peditórios, distribuição de publicidade ou jornais ou venda ambulante. Algumas destas já são proibidas, mas parece que toda a gente já se esqueceu.
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11 comentários:
o OJE (O Jornal Económico) não é gratuito. custa 1 cêntimo e não é distribuído na rua. ou não deveria ser. é distribuído apenas em empresas ou estabelecimentos que o queiram ter. e as empresas que têm um expositor e recebem por exemplo 100 jornais têm de pagar... 1 euro mas têm de pagar.
:)
pronto, tá bem. O Diário Desportivo tb não é distribuido nos cruzamentos. Mesmo assim são pelo menos 3 que são entregues nos semáforos vermelhos e agora vem o Mundo Actual. Passa a 4.
Tem toda a razão! Sofro do mesmo mal em Entrecampos, todos os dias apanho carros a parar para receber jornais. Não se percebe para quê...ainda por cima deve ficar um cheiro a jornal no carro.
lembro-me de um daqueles jogos para beber que se fazem quando se é puto e precisa-se de uma desculpa para emborcar shots de vodka que era com limões. E volta e meia dizia-se "meio limão". Deves ter jogado pouco a isso, deves...
Pois, aqui nos semáforos ao pé da minha casa (Faro) temos o pedinte estropiado (o moço está mesmo todo torto...) e os distribuidores de publicidade do Modelo e LIDL. De vez em quando aparece alguém a dizer que é um refugiado tal tal. Faz como eu, fecho o vidro, tranco a porta e finjo que estou à procura de algo no porta luvas (porque é aquilo se chama porta luvas se eu nem sequer uso luvas?? não seria melhor porta-tralha?).
Nos semáforos em Loulé é que costumam estar os Bordas D´Água.
isso faz-me lembrar uma cena, uma vez, na Ericeira, estavamos numa sardinhada numa esplanadita quando nos aparece um daqueles refugiados. Queria dinheiro, pois claro. Como até tivemos pena, um de nós tirou umas moedas do bolso, uma de cinquenta centimos e outra de 2 euros. Obviamente que deu a de 50 ao homenzinho. Homenzinho esse que começou a refilar e a apontar que não queria a de 50, mas antes a de 2!!! Ganda lata!! Resultado: ele estava de mão estendida, o meu amigo fingiu que ia trocar a moeda de 50 pela de 2€ e acabou tirando-lhe a de 50. Bem feita, quem manda ser garganeiro???
ganda lata!!!
o meu problema não é abordarem-me a mim, que eu não aceito jornais gratuitos (não tenho tempo para os ler) nem publicidade. O problema é o pessoal todo que fica à espera do jornalzinho em vez de avançar!
eh páh, agora a sério, estás à espera do que para escrever um livro????? eu prometo que compro!!! (desde que não seja co-homologias e cias)
de editor ;)
Estava a imaginar no único semáforo que temos nesta aldeia um repartidor de jornais gratuitos. 'tadinho. Um conselho, Nelson, já que não trocas o carro pela bicicleta, por que não experimentas a ir de mota? Eu tenho uma e quando vou á cidade ninguém me incomoda nos semáforos.
porque o carro é da empresa. não sou eu que pago! ;)
Pronto. De que está a empresa á espera para pagar uma moto? O Nelson merece milhor trato aí.
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