29 setembro 2006

O Sol e o Expresso

O Sol e o Expresso já andam a chatear.

Táva a malta descansada, habituada a comprar o Expresso ao fim de semana e de repente aparece um segundo galo para o mesmo poleiro e baralha as contas ao pessoal! O Expresso até já oferece DVDs (e bons!) e agora vai começar a sair, pasme-se, a Bíblia, juntamente com o Expresso (mas esta paga-se à parte, que os católicos têm de se despojar de toda a riqueza se querem a salvação eterna).

Andam a publicitar as suas tiragens record (mais de 200 mil exemplares cada um), e cada um deles diz que está a ganhar a guerra. Só não dizem, claro, qual a percentagem desses 200 mil exemplares que foi vendida e qual a percentagem que ficou a ganhar pó nos quiosques, mas isso já é assunto para outro dia.

O Sol diz que "é a forma mais clara de iluminar", mostrando as suas garras de pretendente ao trono do Expresso. O Expresso usa anúncios na TV com um gajo que tem a voz muito parecida que o dos anúncios do Pingo Doce (é o mesmo gajo? parece, mas não tenho a certeza) já a puxar a brasa à sua sardinha e a dar-se ares de "sítio do costume".

Ainda por cima, para complicar mais as coisas, há um filme chamado Sol da Meia Noite e há outro chamado Expresso da Meia Noite. Claro está que quem se lixa é o pobre leitor que no meio de tanta confusão já não distingue um do outro (se calhar o facto de estarem no Sol vários antigos funcionários do Expresso também ajuda...).

E quem ganha com isto? O Santana Lopes. É que da próxima vez que o Expresso publicar qualquer coisa mazinha sobre o homem duplicam as probabilidades de as pessoas não lerem a notícia, apenas porque compraram o Sol.

(e não, não vou fazer a piada acerca do volume dos jornais; toda a gente sabe que um Expresso dos novos mais um Sol gastam menos papel que um Expresso dos antigos, é escusado)

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