Bom, pelos vistos sou autor de um "famoso manual sobre rendimento académico". Se calhar podia aproveitar e escrevê-lo. Já que tenho a fama passo a ter também o proveito.
E isto vem a propósito do quê? De uma reportagem sobre sucesso (e insucesso) académico que é tema de capa da Visão desta semana. E eu fui um dos "especialistas" ouvidos.
Para que não fiquem a pensar que é tudo uma grande vigarice, sou de facto um entendido na matéria. Mais ou menos. Sobretudo na recuperação de casos de sub-rendimento. Além da minha experiência pessoal (andei uns anos a jogar demasiado às cartas e a faltar demasiado às aulas) também ajudei umas quantas pessoas a recuperar o rendimento depois de uns anos a anhar. E com uma taxa de sucesso assinalável! O grande objectivo é recuperar a motivação e a auto-confiança e isso consegue-se com trabalho, claro, mas sobretudo com o estabelecimento de objectivos razoáveis (nada de ideias parvas como fazer 7 cadeiras num semestre!) e com um esquema de penalizações e compensações. Sobretudo compensações. Sempre que há um bom resultado é OBRIGATÓRIO comemorá-lo! Sem trabalho nada se consegue mas só com trabalho também não vamos lá.
(para saber mais qualquer coisa sobre o assunto, mandem-me um mail; terei todo o gosto em explicar como é que a coisa funciona)
Update: quem quiser ler o artigo mas é demasiado forreta para comprar a revista, pode sempre lê-lo online (obrigado Tecas)
18 maio 2007
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21 comentários:
Tenho mesmo de comprar a Visão...
Não tenhas grandes expectativas. A referência que fazem é só nos últimos dois parágrafos.
Estou curioso. Mandas-me o mail ou queres que te mande um 1º?
manda-me primeiro o mail a dizer porque é que tás curioso. Se és estudante, quando é que começaram os maus resultados, e quantas cadeiras costumas fazer. Se não és estudante mas conheces estudantes (presumo que seja este caso) nessa situação, tenta descrever-me a situação.
dá jeito saber coisas como: percurso até ao 12º ano, qual a faculdade e o curso, etc.
o método é feito à medida, como convém ;)
Eh pá pelo que estás a dizer, era melhor arranjares uns quantos "exemplos" reais e/ou imaginários e fazias um livro.
Tu fazias um livro, e quisesses, Nélson...
LOLOLOLOLOL!! Demais, demais...mas olha lá explica lá isso melhor. És psicólogo, psiquiatra, um informático que desenvolveu um programa qq de indice de mau resultado e diagnóstico de porque de mau resultado, és professor...conta lá isso melhor.
E o que dizer dos casos típicos de meninos prodígio até ao 12º que chegam à universidade e TAU, ganda estampanço???
Falta de objectivos concretos (concretos no sentido do pilinzinho) e auto-confiança são os principais culpados do insucesso. Maus professores, idem. Maus alunos, idem. Borgas a mais, idem. Charros a mais, idem. Stress a mais, idem. Confiança a mais, idem.
Ou seja, já dizia o grande Paracelso (se o gajo era grande não sei, só sei que a máxima dele é a nossa máxima principal), "o que faz o veneno é a dose". Ou, na sabedoria do grande Zé Povinho, tudo o que é demais enjoa.
Eh páh, desenvolve lá isso, estou curiosíssima. Mails pó caneco, desenvolve lá aqui para o Tuga ver e aprender!! Já agora dava umas bitaitadas da minha experiencia de estudante com percurso erróneo... ;-p Mas, amigos, acabar um curso é possível! ;-p E voltar a montar o cavalo depois de ter dado um grande estampanço também é possível. O problema é a falta de objectivos concretos, a falta da sensação de utilidade, a falta de confiança, a burocracia, os idiotas, os reizinhos sentados nos tronos altos que nada vêm para baixo uma vez que o seu lugarzinho já está aquecido e garantido...a competição estúpida, ao invés de uma cooperação saudável...
meninos prodígio do secundário que se estamparam na faculdade? Eu, por exemplo. Sempre excelente aluno até entrar no IST. Comecei a baldar-me, começaram a faltar os resultados e comecei a chumbar a quase todas as cadeiras. Ao fim de 3 anos e pouco assim resolvi dar a volta. E recuperei, acabei o curso com média razoável (não há milagres, já tinha demasiados 10 e 11), e nos últimos anos tinha notas altas nas cadeiras todas.
As razões são muitas, mas não é com as causas que estou preocupado. O problema existe. As causas não são soluções. São apenas causas. O que é preciso é uma solução. No fundo não interessa se o professor é bom ou mau. Não se pode mudar o professor e a cadeira tem de ser feita.
Filipe: é uma ideia. Vou começar a escrever o texto, quem sabe qual será o tamanho final...
Ehehehe, já fui ler o artigo. Online, claro. Sou forreta, confesso! Lololol, ná, na verdade prefiro ler estas cenas em papel, pelo que saltei até à parte do famoso manual sobre o rendimento académico. Pois, já agora, e porque não. Quem melhor do que quem já foi/é académico, de quem já caiu e se alevantou, para ajudar quem está a cair e se quer levantar.
Agora por falar em eng fisica e tecnologica, acho que já sei quem és...por acaso tiveste um explicador chamado Hélio, de Loulé??????
Mmmm...acabei de chegar à conclusão que não és esse Nelson, o Nelson que eu conheço era de Eng Fisica e Tecnologica, mas da FCT da Uni da Perdigota.
pois, nunca tive explicadores chamados Hélio. Nem conheço nenhum Hélio, se queres que te diga (e aqui entre nós que ninguém nos ouve, nem gosto do nome. blagh!)
"meninos prodígio do secundário que se estamparam na faculdade? Eu, por exemplo. Sempre excelente aluno até entrar no IST. Comecei a baldar-me, começaram a faltar os resultados e comecei a chumbar a quase todas as cadeiras."
Estas linhas também me descrevem e infelizmente ainda não posso dizer o mesmo em relação às que escreveste em seguida.
Independentemente do meu perfil académico e achando-me por agora sem autoridade para falar sobre este tema, concordo com isto:
"O grande objectivo é recuperar a motivação e a auto-confiança"
Apesar de não teres nenhum livro publicado, parabéns pela citação. Isto quando começamos a ser associados a obra que não fizemos, é porque somos pessoas assinaláveis... :P
se a coisa tá a correr mal, toca de tentar recuperar os resultados perdidos! Vai demorar, mas consegue-se.
Já viste, o mundo é mesmo pikeno...qtos Nelsons licenciados em Eng Fisica e Tec pensavas tu que existiriam???? Mas pronto, autor de um famoso manual, há só um...só falta escreve-lo nei??? Força!!!! Tipo crónicas!! Se lhe incutires o humor com que salpicas diariamente o Faxavor, tens bestseller garantido!
Nelson de Eng. Física Tecnológica? Só do IST conheço 3. :)
Qto à frase que usaste para descrever o teu percurso académico...bem, acho que me incluo também. Estampei-me à grande qd entrei para a universidade. Fiz muitas más escolhas. Perdi totalmente a confiança. Estive para desistir infinitas vezes. Mas pronto, com persistência e empurrões lá consegui acabar a porcaria do curso, e por acaso o ultimo ano foi aquele em que tirei melhores notas.
Um puto que vem do liceu habituado a ter vintes a tudo e a ser o menino bonito e protegido dos professores e dos papas, chega á selva académica, onde é apenas mais um e onde os professores se estão pura e simplesmente a cagar para ti (nem todos, felizmente tive a sorte de encontrar uns bem bons e genuinamente preocupados em apoiar e ensinar), tem a primeira negativa da sua vida, não sabe lidar com isso, e ganha fobia aos exames, deixa de ir aos exames...bem, a minha historia é mais ou menos assim, com uma ou outra agravante pelo meio.
É possivel recuperar a confiança perdida e os resultados, é. Mas tb é possivel voltar a perde-la...eta vida é uma constante luta...
Bem, já vi que há nelsons até dar com um pau! Hélios já não há tantos!!!! LOLOL.
No mínimo, extremamente interessante... Bem que eu precisava de ter vindo antes a este blog... Para onde queres que mande o mail a apresentar o (meu) caso? Quase 10 anos depois ainda não acabei o curso, por falta de motivação, entre outras coisas... Começa lá a escrever isso, que ainda vais a tempo do fim deste ano! :P
manda para o mail do blog (link no canto superior direito).
Quanto ao manual... bom, um livro não se escreve em duas semanas! Vai demorar.
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