Em Portugal, o limite de álcool no sangue permitido para conduzir é de 0.5 g/l. Mais que 0.5 e o condutor comete uma contra-ordenação muito grave e acima de 1.2 g/l de álcool no sangue é crime.
Em relação às velocidades, andar a mais 20 km/h que o limite de velocidade é contra-ordenação grave e a mais 40 km/h em relação ao limite de velocidade é contra-ordenação muito grave.
A diferença entre as duas situações é esta: a conduzir basta-me olhar para o velocímetro e sei se estou a cumprir o código, se incorro numa contra-ordenação leve (salvo erro, com multa de 25 euros), grave (multa até 120 euros e inibição de conduzir) ou muito grave (multa até 600 euros, ou coisa no género, e inibição de conduzir). Infelizmente, não disponho de um alcoolímetro portátil que me diga, antes de pegar no carro, se estou acima ou abaixo dos 0.5 g/l que me podem tirar a carta! Em geral, sou adepto da máxima "Se conduzir, não beba". Mas volta e meia bebo um bocado. Uma, duas imperiais, ou então um copo de vinho ao jantar. Se a noite se alonga, bebo mais qualquer coisa. Eventualmente 3 ou 4 imperiais. Às 6 da manhã a imperial que bebi às 23h da véspera há muito que desapareceu do organismo (pelo menos em parte), a das 4h da manhã provavelmente ainda por lá anda. Mas, sinceramente, quando acabo a noite e pego no carro não faço ideia se tenho 0.0, 0.2, 0.4, 0.5 ou mais!
Uma vez, há já alguns meses, resolvi perguntar numa esquadra da polícia ao pé do Bairro Alto se podia fazer o teste do balão, para ter a certeza que estava em condições (tinha bebido 2 imperiais pouco antes). Disseram-me que não podia, porque não tinham lá testes. Só se parasse ao pé de uma patrulha que estivesse a fazer uma operação STOP. Quer-se dizer: se quero saber se estou a cumprir o código vou a conduzir até uma brigada e ofereço-me para fazer o teste do balão. Se por acaso dá mais de 0.5 recebo logo uma linda multa! Bonito, han? Quando disse isto ao polícia ele encolheu os ombros.
Como raio é que um condutor pode saber se está à vontade ou se se arrisca a ficar sem carta? Porque não vender testes de alcoolémia que um gajo pudesse guardar no porta-luvas para os dias duvidosos? Posso sentir-me em condições, mas se arrisco a ficar sem carta por ter 0.5 prefiro pagar um taxi para casa!
Ou então, melhor ainda e muito mais fácil: ponham o limite de alcoolémia a 0.0 e acabam-se as confusões! Bebeste, tás fodido. Não bebeste, safas-te. E acabam-se as discussões sobre quanto vale uma imperial bebida 1 hora antes e as contas ao volume de álcool ingerido, peso do indivíduo, qual o volume de sangue de uma pessoa, etc. (experimentem começar a discussão ao pé de 2 ou 3 bêbados e aparecem logo dezenas de teorias, todas elas originais e contraditórias!).
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3 comentários:
Li algures que, na Suécia, à saída dos baares, existem máquinas (tipo máquinas de cigarros) que vendem dispositivos descartáveis para dar a informação do nível de alcolémia no sangue.
Pois! A Suécia, essa bela localidade, cheia de suecas altas, louras e fáceis... um verdadeiro paraíso!
Já fiz o mesmo no que toca a ir falar com a policia depois de ter bebido uns copos.
Já os apanhei na estrada. Pararam foram ter comigo e eu pedi para soprar no balão, ao que me responderam que não tinham... nessa altura eu já estava mais para lá do que para cá e caguei neles.
Outra vez fui mesmo à esquadra, pedi para soprar no balão e disseram-me que não podia porque eles não tinham aparelhos... onde raio se guardam os aparelhos se não é na esquadra? Eu depois perguntei o que acontecia se passasse alguem num estado alcoolizado visivel a conduzir. Eles disseram que tinham de chamar a brigada de transito...
Viva Portugal
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