26 janeiro 2007

Ordem! OOOOOOORDEM!

Lembram-se daquele acidente que tive em Setembro?

Um gajo passou um vermelho e não travou. Acertou-nos na porta do condutor. Ok, é só chapa, declaração amigável e mais não sei o quê. S. Exa., um advogado com demasiado tempo livre, começa com coisas que a culpa é parcialmente nossa e teve a lata de ir dizer à seguradora dele que a culpa não é dele, e pa-ta-ti, pa-ta-ta. Obviamente a seguradora "cagou de alto" e a culpa foi-lhe atribuida. Também, era só o que faltava.

Agora, adivinhem onde estive hoje de manhã: no TRIBUNAL! Sim, o imbecil, que não merece outro nome, não contente com o estado da situação, resolveu pôr a seguradora do carro onde eu seguia em tribunal por não achar que a culpa lhe possa ser atribuida! Porque ele buzinou para impedir o acidente (o gajo ainda me há-de explicar como raio é que buzinar previne acidentes mas travar não) e nós podíamos ter evitado o choque e não o fizémos!

Bem, foi uma experiência. O caso não tem ponta por onde se lhe pegue. A sorte dele é que foi num Julgado da Paz (tribunal arbitral, com competências limitadas, com o objectivo de evitar a sobrecarga dos tribunais comuns), porque se fosse num tribunal comum ainda se arriscava a que o juiz lhe tirasse a carta por achar que o gajo é um perigo ao volante. Se eu fosse juiz multava-o por me fazer perder tempo.

Não sei qual foi a decisão. Pedi a um tipo da seguradora para me avisar do desfecho, confesso que tenho uma certa curiosidade. Nos entretantos, tou mesmo a ver que o gajo ainda vai recorrer da decisão e só pára no Supremo! Ele há gajos muita ursos, lá isso há. E fui eu perder quase 3 horas da minha mui ocupada manhã para isto!

3 comentários:

K@ disse...

Sem querer tornar isto num rol de experiências pessoais e tal... Há uns tempos fui assaltado. Ou melhor, quando cheguei ao meu carro, estacionado num sítio público, à vista de todos, o vidro do "pendura" estava partido em vários milhares de pedacinhos e tinham-me roubado (perdão... "subtraido", é a terminologia da Polícia) umas carteiras de documentos e um telemovel velho (mas que era meu e não dos caramelos que o tinham levado). Os meliantes - eram 2 - foram apanhados com os bens e a minha queixa passou automaticamente de "de desconhecidos" para "de 'individio x' e 'individuo y'". Ou seja, o caso prosseguiu para tribunal porque eu achei que os criminosos (que, no caso, até eram MUITO reincidentes) deviam ser castigados pelo que fizeram. Chama-se justiça. Fiz 200km de Lx a Coimbra para o julgamento e, nesse dia, um dos agentes da PSP que os prendeu vem ter comigo para me pedir para retirar a queixa, porque os tipos estavam arrependidos, eram toxicodependentes em recuperação e que EU ia prejudicar a recuperação deles... eu eu... Olha que porra! Então se eu estiver à rasca e não tiver guito para pagar os impostos... alguém vai acreditar que, se o Estado me castigar, multando, isso vai prejudicar o pagamento das contas da casa ou a aquisição dos mais básicos bens alimentares?!? Não! No entanto, há sempre quem pense (e, ainda pior, quem diga em voz alta - vá lá entender-se...) que a vítima tem culpa no que lhe aconteceu. É extraordinário. A gasolina que gastei de Lx a Coimbra ninguém ma pagou, nem queria que ma pagassem, porque fui fazer o meu dever cívico. Mas, se calhar, deveria ter pago também as despesas de transporte dos arguidos... porque, coitados, eles até são toxicodependentes e têm de pedir uma (só uma) "moédinh's" para o "'tócárre", não é?

Sim. Espero que o "inocente" abarlroador seja/tenha sido posto na linha... a não ser que isso lhe prejudique o uso da Carta para poder abalroar mais malta, claro. A gente não quer privar o moço desse prazer...

Nelson disse...

enfim, apanhamos sempre bestas destas, por mais que nos esforcemos por as evitar.

Anónimo disse...

sabes o que dizem os italianos acerca dos semáforos vermelhos?

"são apenas um conselho"

I rest my case acerca daquela gente a conduzir... Doidos do caraças!!