03 janeiro 2007

Coisas do alargamento

Não sei se já repararam, mas a Grécia finalmente tem fronteiras terrestres com outros estados-membros da União Europeia! Acabou-se o mapa da UE aos bocados. Agora dava jeito começar a preencher os espaços em branco (Andorra, San Marino, Suiça, Liechtenstein), convencer islandeses e noruegueses que a UE é uma boa ideia, a ver se a coisa não estoira quando o alargamento aos balcãs for concluído (sim, a UE quer mesmo que a Macedónia, Croácia, Bósnia, Albânia, Sérvia e Montenegro se tornem estados membros!).

Já agora, sabiam que Marrocos também tentou aderir à UE há uns 30 anos? O pedido foi recusado, porque Marrocos não é um país europeu. Enfim, critérios... a seguir vêm-me dizer que Cabo Verde também não pode entrar, não? (sim, Cabo Verde quer entrar na UE, vá-se lá perceber!). O caso marroquino é ainda o único exemplo de pedido de adesão recusado por critérios geográficos. Há muito, muito tempo, houve outro pedido recusado, mas por veto: o de Gaulle vetou a entrada da Grã-Bretanha; à conta disso a Dinamarca, a Irlanda e a Noruega retiraram o seu pedido de adesão. Os noruegueses voltaram a pedir a adesão 2 vezes, e foi aceite em ambas, mas rejeitaram a adesão em referendo. É pena, estes gajos davam mesmo jeito!

2 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente, acho muito mais próxima a adesão da Turquia do que a da Sérvia: afinal de contas, o "democraticamente eleito" Vojislav Koštunica parece que ainda não conseguiu vender os senhores Radovan Karadžić e Ratko Mladić para se poder candidatar à UE.

Mas há esperança para os sérvios, esse "povo bárbaro". Depois de ser adoptar uma postura de certa indiferença em relação ao recém-deposto Slobodan Milošević (particularmente no que toca aos supostos crimes de guerra cometidos pelo homem), foi importante vendê-lo para financiar a reconstrução do país. A 3ª reconstrução num período de menos de 100 anos.

Na minha opinião pessoal, acho maquiavélico o que aconteceu: destrói-se um país e recorre-se a uma subtil "chantagem" para o ajudar a reconstruir, ficando o destruído em dívida para quem o "ajudou"... Enfim, é complicado de perceber.

Resumindo: Caso o sr. Koštunica reconsidere e decida vender os dois senhores implicados na guerra que destruiu a "indesejável" (por quem, por quem?) Jugoslávia e ainda.... E ainda... O considerado "berço" da nação Sérvia, o Kosovo, talvez aí o mundo ache que os bárbaros sérvios já são respeitadores dos direitos humanos e, quiçá, merecedores de uma adesão à UE.

Nelson disse...

eh pá, isto começa a ficar muito sério. Vai antes comentar para o Abrupto! ;)