04 janeiro 2007

10 milhões de abortos

O título é um bocado sensacionalista, mas a estratégia está a ser usada com bons resultados no 24 horas e eu imaginei que no Ó faxavor! também funcionasse.

O referendo sobre o aborto vai custar 10 milhões de euros. Eu acho que isto é um bocadito caro. Por isso, proponho duas alternativas muito mais baratas:

1. Escolhemos aleatoriamente um eleitor português e o que ele decidir, está decidido.
2. Faz-se uma sondagem telefonica, daquelas que as televisões costumam usar e usamos o resultado da sondagem. Vai dar quase ao mesmo, porque continuam a ser sorteadas as pessoas que respondem à sondagem, mas os números ficam mais bonitos, tipo 52% ou 46,7%. É um bocadito mais caro, mas vale a pena pela estética dos gráficos de barras.

E o que fazemos com os 10 milhões de euros que sobram?

Bom, se ganhar o Não, o aborto continua a ser proibido, e podemos usar os 10 milhões de euros para financiar sítios para meter as crianças indesejadas (assim orfanatos, ou contentores ou assim) ou para pagar viagens a Badajoz para quem não quer mesmo ter a criança.

Se ganhar o Sim, como as pessoas do Não andam preocupadas com o financiamento dos abortos se forem feitos no Serviço Nacional de Saúde, usamos os 10 milhões de euros para pagar os abortos. Em vez de serem verbas dos impostos, são economias pela não realização do referendo.

Os 10 milhões devem dar para uns 3 anos (independentemente do resultado), e por essa altura convoca-se outro referendo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ou então fazem uma webpoll!?
Não seria ainda mais barato? E poderia ainda ter mais votos!

Ou então decidiam muito simplesmente que SIM e acabávamos com esta macacada toda que já se arrasta há não sei quanto tempo e tempo também é dinheiro!!

Nelson disse...

olha, uma webpoll é engraçado! Vou fazer uma no Ó faxavor e depois mando os resultados para o Cavaco, pode ser que ele ache boa ideia e poupam-se 10 milhões. Eu só peço uma comissãozinha de 3,2 milhões, como o João Pinto. E não me importo de pagar 40% disso em IRS.