Superbowl

O Superbowl foi esta noite. Não me perguntem quem ganhou, nem se foi um bom jogo. Não percebo nada do jogo, não gosto, não me interessa muito.



O que interessa são os anúncios dos intervalos feitos de propósito para o Superbowl e em geral bons (obrigado pelo link Tiago).



Já agora, no intervalo do jogo actuaram os Rolling Stones. Só que parece que das 3 músicas tocadas apenas 1 passou na televisão. É que as outras duas foram... censuradas! Parece que o "Start me up" tem linguagem sexualmente explícita e por isso não passou na TV, porque o Superbowl é um programa familiar.



Esta história levanta duas questões:

• Para quando a censura aos "6 o'clock news" que passam o tempo a mostrar homicídios? Ah, pois, não é sexualmente explícito. São apenas histórias de seres humanos que matam outros seres humanos por meia dúzia de dólares, por drogas, por desavenças comezinhas. Violência, ok. Sexo, ko. E eu que sempre achei que ser civilizado implicava, em certa medida, ver o sexo como uma coisa natural (salvo raras excepções penso que toda a gente foi concebida com recurso a sexo) e a violência uma coisa anormal (salvo raras excepções devemos passar a totalidade dos nossos dias sem assistir a eventos violentos).
  
• Para quando as tradicionais e tão apreciadas fogueiras para bruxas? Queimávamos as gajas vivas (para ver se são mesmo bruxas ou não) e a Fox transmitia em directo, em pay-per-view, via satélite para o mundo inteiro, que tal? Olha, podia ser que isto desse um sinal claro ao Islão que também conseguimos ser brutos e ver pessoas a arder vivas era capaz de servir para "arrefecer os ânimos" dos sírios e libaneses que andam numa onda anti-viking! Como a história do Adolfo Luxúria Canibal (vocalista dos Mão Morta) que uma vez em concerto cortou-se propositadamente na perna. Segundo ele o público estava muito excitado e ver sangue era capaz de os acalmar um bocado.