06 julho 2007

Sugestão cinematográfica para o fim de semana

Há filmes que são verdadeiras obras de arte. Tão bons, tão bons, que dá vontade de vê-los várias vezes.

Há outros que não são assim tãaaaaao bons, mas mesmo assim são filmes que toda a gente quer ver, pelo menos uma vez.

Depois há os filmes assim-assim, que servem para ir ao cinema com os amigos e não pensar muito no caso, ou para entreter numa tarde de domingo em que a preguiça é tanta que nem conseguimos ir buscar o comando da televisão para mudar de canal e ficamos a ver a TVI.

Depois há os filmes maus, aqueles que, se forem vistos no cinema, nos fazem lamentar os 5 euros mal gastos ou, se forem vistos na TV, nos fazem mudar de canal em pouco mais de um quarto de hora.

Depois há os filmes muito, muito maus. Tão maus que nos recusamos a vê-los.

E depois há aqueles filmes que são tão maus, tão maus, que dão a volta e tornam-se bons... num certo sentido. Tornam-se obras de culto e as pessoas querem vê-los apesar de terem algumas das cenas mais inacreditavelmente mal feitas da história, ou terem actores piores que o Rocco Siffredi (protagonista desse ícone do cinema que é Rocco Invades Poland) mas em que, para piorar ainda mais a coisa, ninguém se despe.

Há muitos exemplos de tais filmes, sendo que um realizador em particular se tornou um mito entre os cinéfilos (e não só), por ser tão mau, tão mau, tão mau e apesar disso se considerar um grande realizador. Falo, é claro, de Ed Wood, autor de grandes clássicos como Plan 9 From Outer Space, Glen or Glenda ou Bride of the Monster (não me apeteceu pôr os links sigam os links da página sobre o Ed Wood na IMDB).

Este realizador justificou mesmo que se fizesse um filme (um filme a sério, dos bons!) em sua homenagem. Chama-se (oh, surpresa das surpresas) Ed Wood foi realizado por Tim Burton (vénia, sff) e protagonizado por Johnny Depp (vénia duas vezes) no papel de Ed Wood, contanto ainda com nomes como: Martin Landau, Sarah Jessica Parker, Patricia Arquette, Vincent D'Onofrio ou Bill Murray.

Mas nem era sobre o Ed Wood que eu queria falar e nem estava a pensar sugerir-vos filmes do Ed Wood, até porque alguns leitores se calhar já os conhecem.

Venho falar-vos de outros dois filmes. Que acabei de sacar... err... comprar, e que se chamam Troll e Troll 2. Eu nunca vi o primeiro, mas vi o segundo há muito, muito tempo, num daqueles serões de cinema esquisito da RTP1 ou RTP2, quando tinha uns 15 ou 16 anos e já na altura, apesar de eu ser um jovem com muito pouco conhecimento de cinema, aquilo me pareceu muito, muito mal feito. Apesar disso vi o filme todo, claro, e andava há anos a tentar descobri-lo. Infelizmente não sabia o título o que não ajuda muito.

Sobre o primeiro posso dizer-vos que dois personagens principais tem o mesmo nome: Harry. O pai é o Harry Sr. e o filho é o Harry Jr. E o seu apelido é Potter. Não confundir, sff, com o personagem criado por J. K. Rowling, até porque o primeiro livro da saga Harry Potter é de 1997 e o Troll é de 1990. Quanto muito foi a J. K. Rowling que plagiou o Troll e não o contrário. Acho que só por isso o filme merece ser visto.

Quando ao segundo, o nome Troll 2 indicia que é um filme com trolls, mas não é. Na verdade são goblins e não trolls (e qualquer conhecedor sabe que são bichos mitológicos completamente diferentes) que transformam pessoas numa pasta verde e depois comem-nas. É tão mau, tão mau, tão mau que merece ser visto. Há lá cenas particularmente beras que ficam para a história.

Recomendo vivamente os dois. Eu tenciono vê-los numa Troll party em minha casa muito em breve.

8 comentários:

Ana disse...

Isso faz-me lembrar os primeiros filmes do...possa,agora perdi o nome do tipo e não tou com pachorra para...ah! Peter Jackson! Os primeiros filems do peter jackson...coisas como um gajo estar sempre a agarrar a cabeça para o cérebro não fugir (tinha um alto burco na cabeça), ets que vieram fazer dos humanos uma fábrica de conservas (ou qq coisa assim)...enfim...coisas assim...
Quanto ao Ed Wood, vi o filme. Amei. O Tim Burton é um dos meus preferidos (que tal de noiva cadáver?) e o jonhy deep, quem me dera ser actriz de hollywood, só pa poder casar com o tipo... ;-p

Restelo disse...

Por acaso quem casou com ele foi uma cantora francesa. Também com um apelido Paraíso não deve ser difícil arranjar um BOM marido...

Ana disse...

Sim, a vanessa paradis... maledeta...!!! ladra de johny deeps!!!!

Ana disse...

Mas na faz mali, quem diz que eu não chegava lá e não agarrava o tipo!! MMMMM??? ;-p pois, e depois acordei e caí da cama.

Teté disse...

Estava a achar estranho não conhecer aquele Rocco não sei das quantas e vou ver e tem 320 filmes desde 1987? Que estranho não lhe aparecer a foto e não ter visto nenhum dos títulos... AHN!
Há dias assim, em que as ideias andam muito baralhadas...
Mas esse é o pior actor que conheces???

Nelson disse...

não. é apenas o único nome que conheço naquele género. Até parece que é muito bom naquilo que faz! Quer dizer, conheço outro nome, um gajo chamado Nacho Vidal que esteve há umas semanas no programa do Alvim na Antena 3, mas não sabia o nome de nenhum filme desse gajo. Do Rocco lembrava-me do "Rocco invades Poland" (acho que foi traduzido como "Rocco arrasa a Polónia") e achei que seria um bom exemplo (além disso fiz toda a gente clicar no link e cuscar a sua filmografia, que era o principal objectivo!)

sabes, nesse tipo de "cinema" não costumo prestar muita atenção aos créditos finais e raramente me preocupo com o casting. Bom, isto não é inteiramente verdade, o casting feminino costuma ser relevante.

para ser completamente honesto: andava há anos à espera da desculpa perfeita para falar do "Rocco invades Poland". Finalmente consegui!!! :)

Ana disse...

LOLOLOL, nunca ouvi falar de tal personagem. Para maus actores chega-me o seagal, os morangos com açucar quase em geral (tirando a joana solnado e a benedita), o stallone, os actores portugueses em geral (tirando um ou outro), o swarzzie...e não me lembro de mais. Maus filmes? Os Abandonados, que fui ver ontem. Detestei. Bah. Os X-Men 3. Bah. A Liga dos Cavalheiros Extraordinários. Bah. Os Cantiflas e outros que tais.

Mas por acaso há um Nacho que eu curto bué! O Nacho Libre!!! E os nachos do mexicano, claro.

Pedro Pinheiro disse...

Quanto a filmes do Peter Jackson, se calhar estás à procura do brain dead?

(Nelson, como te disse alinho nessa festarola de trolls, goblins, ou lá que bicharada seja)