Um gajo achou que a vida não merecia ser vivida. Como ele, há muitos. Vai daí, resolveu suicidar-se. E, talvez procurando na morte a notoriedade que não teve em vida, resolveu fazê-lo num sítio que garantisse a cobertura mediática: atirou-se da Ponte 25 de Abril.
Claro que quanto maior a audiência, maiores também os ecos do seu fracasso: atirou-se à água (teria sido muito mais eficaz atirar-se para o chão de Alcântara, embora no fim o resultado fosse mais badalhoco, com o âmago do seu ser espalhado ao comprido na Av. 24 de Julho) e, como entrou de pés, apenas partiu uma costela. Foi levado ao hospital e está livre de perigo.
A única coisa pior que admitir que fracassou na vida e tentar terminá-la é fracassar nesse último projecto. É o derradeiro fracasso. Nem para morrer teve jeito. Ainda por cima com o mundo todo a olhar. Ou pelo menos com a redacção do Correio da Manhã a olhar, a notícia saiu na edição de hoje, lá p'rá página 12.
Meu caro, se me estás a ler, deixo-te 2 conselhos:
1. Já que fracassas em tão grande escala nos teus projectos, começa a tentar fracassar na vida profissional, pode ser que a coisa comece a correr bem (mais ou menos como o George Costanza no Seinfeld que às páginas tantas começou a tentar fracassar em toda a linha e o sucesso veio ter com ele, quer na vida profissional, quer na vida pessoal).
2. Da próxima vez que te atirares da ponte, tenta entrar de chapão. É capaz de doer mais (mas não é mesmo esse o objectivo?) mas as probabilidaes de sucesso são maiores. De pés não vais lá.
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