31 agosto 2007

Até já

Vou ali ver uma coisa e já venho.

Bolas!

Saiu-nos a fava no sorteio da UEFA. Só o Braga é que tem reais possibilidades de passar à próxima fase. Quanto aos outros... eh pá, a esperança é a última a morrer, mas é melhor não contar muito com isso!

Na Champions a coisa não foi muito diferente. O Porto calhou num grupo mais ou menos, embora não seja fácil, o Benfica também, já o Sporting vai ter de jogar muito à bola, mas mesmo muito, para conseguir passar.

Nem só de provas de pista vive o homem

Também há provas de estrada. Nos 20 km marcha Susana Feitor foi 5ª, Inês Nenriques foi 7ª e Vera Santos foi 11ª. Uma brilhante representação portuguesa, sim senhor! No total eram mais de 40 atletas, terminaram a prova 33.

(convém não esquecer que além do ranking de medalhas há também o ranking de classificações, para o qual contam todos os resultados entre os 8 primeiros; até agora temos 19 pontos o que corresponde a um 14º lugar)

30 agosto 2007

Ambição?

Portugal estreia-se em fases finais do Campeonato do Mundo de Râguebi este ano em França. É a primeira vez que uma equipa amadora consegue a qualificação. Calhámos no grupo da Itália, Escócia, Nova Zelândia e Roménia.

O nosso seleccionador nacional estabelece assim os objectivos para o mundial: contra a Itália e a Escócia o nosso objectivo é perder por menos de 40 pontos. Contra a Nova Zelândia o objectivo é impedi-los de bater o record de resultados em mundiais, ou seja, evitar que cheguem aos 3 dígitos no marcador. Contra a Roménia vamos tentar repetir o feito de há 4 anos quando lhes ganhámos por 1 ponto.

Por mim, tá óptimo! Acho que são objectivos bem delineados e razoáveis. Gostava muito que contra a Nova Zelândia não fôssemos a zero. Se marcarmos um ensaio os bisnetos do jogador que o conseguir hão-de dizer aos seus netos "O meu bisavô marcou um ensaio contra a Nova Zelândia!" e os putos hão-de dizer "Woooooooooh!". Durante 10 gerações os descendentes desse heroi nacional hão-de pôr no seu CV em "Outras habilitações": Descendente do jogador que marcou um ensaio contra a Nova Zelândia.

Se eu fosse jogador da selecção nacional de râguebi, quando estivesse no relvado a ver os All-Blacks a fazer o Haka (a sua famosíssima dança, imortalizada numa publicidade a bebidas alcoólicas) mijava-me todo pelas pernas abaixo. O que vale é que não sou jogador da selecção de râguebi.

Notícia no site do Público

Tyson Gay

Campeão do Mundo dos 100m e agora também dos 200m.


O homem mais rápido do planeta.

Champions League

O Benfica apurou-se (com muita dificuldade, mas ganhámos, é o que interessa!) com um espectacular golo de bola parada, uma daquelas coisas à Camacho. Primeiro desenha-se o lance no papel, depois experimenta-se escolhe-se quem faz o quê, e quando a oportunidade surge, faz-se a sério. Foi um golo muito bem marcado e quase faz esquecer a pobre exibição do resto do jogo.

Mas os resultados é que contam e pelo segundo ano consecutivo temos 3 equipas na Champions League!

E podemos vir a ter 4 equipas na UEFA (conseguindo pela primeira vez 7 equipas nas competições europeias) se o União de Leiria (o meu verdadeiro clube do coração!) ganhar hoje em Israel contra o Maccabi Netanya. Até podemos empatar, desde que seja com golos. Transmissão em directo na Sport TV às 18:30, para quem estiver interessado.

PS: Obrigado ao FCP que recusou o pedido do União de Leiria para adiar o jogo de domingo. A equipa volta num voo comercial (não há guito para fretar um avião) na sexta de madrugada e no sábado têm de ir logo treinar para preparar o jogo contra o Porto. É bom ver a solidariedade institucional a funcionar, sobretudo em clubes com forte ligação, como é este caso.

Inauguração do Sistema Solar

A primeira frase da notícia diz o seguinte: "É evidente que não se trata do próprio Sistema Solar, pois tendo este sido formado cerca de 4 500 milhões de anos antes do Homem, não necessita de inauguração". Ainda bem que avisam, eu julgava que iam mesmo inaugurar o "nosso" Sistema Solar!

Basicamente o que é esta coisa? É um modelo à escala. E ao contrário de tantos outros, este modelo usa a mesma escala para os tamanhos dos planetas e para as distâncias. A escala é 1:414.000.000, ou seja, 1cm equivale a 4140km.

Parece uma ideia gira, não é? Dá para ter uma noção do sistema solar e tal.

Então, antes que se lembrem de ir a Estremoz ver o raio da coisa a conselho do Ó faxavor! e depois virem reclamar que aquilo é uma trampa, eis alguns factos:

1. O Sol tem um diâmetro de cerca de 3 metros e meio;
2. A 140m do Sol encontramos Mercúrio, uma esfera com apenas 1,2cm de diâmetro;
3. A 261m do Sol está Vénus, com um diâmetro de 2,9cm;
4. A 361m está a Terra, com uns espectaculares 3,1cm de diâmetro; A Lua anda lá perto, a 84cm de distância e tem um diâmetro de 8mm, mais ou menos;
5. Depois vem Marte, a 550m de distância do Sol; o seu diâmetro é de 1,6cm;
6. Já fora da cidade aparece Júpiter a 1880m de distância! É enorme, com um diâmetro de quase 35cm!
7. O próximo é Saturno. Fica a quase 3,5km do centro e tem um diâmetro de 29cm (fora os aneis);
8. Urano fica a quase 7km do Sol e tem um diâmetro de 12,3cm;
9. Nepturo tem quase o mesmo tamanho, 12cm, mas fica a quase 11km do Sol;
10. Por último, o recém-despromovido Plutão, é capaz de dar um bocado de trabalho a procurar: fica a 14 km do centro e tem apenas meio centímetro de diâmetro!

E se quiséssemos representar a estrela mais próxima do Sol, a Próxima do Centauro a uns módicos 4.3 anos luz? Bom, infelizmente a Terra não é grande o suficiente. Mesmo nesta escala teríamos de colocar a estrela a 98 mil quilómetros de distância (e o perímetro da Terra é de "apenas" 40000 km, por isso dava duas voltas inteiras e ainda passava um bocadinho. Para colocarmos a estrela a uma distância razoável, digamos... Paris (1500km), tínhamos de usar uma escala 1:27 mil milhões. Nesta escala o Sol teria só 5cm de diâmetro. A Terra teria meio milímetro de diâmetro e estaria a 5,5 metros do Sol. A Lua estaria a uns míseros 1,4cm da Terra e Plutão, esse calhau longínquo estaria a 218 metros de distância. O espaço é, basicamente, uma coisa muito grande e completamente vazia.

Agora, imaginem um bicho tão lento, tão lento, que precisa de 3 dias para fazer uma viagem de 1,4cm (o tempo que demorou a Apolo XI a chegar à Lua). Quanto tempo acham que demoraria a chegar a Paris?

E já nem vale muito a pena imaginar sítios mais distantes... a galáxia mais "próxima" fica a 2 milhões de anos luz de distância, ou seja, "apenas" 465 mil vezes mais longe que a Próxima do Centauro; se a próxima do Centauro está em Paris a galáxia mais próxima fica a 697 milhões de quilómetros, que é mais ou menos 4,5 vezes a distância da Terra ao Sol, ou 1800 vezes a distância da Terra à Lua.

Já perceberam porque é que se diz "números astronómicos" quando se quer dar a ideia de coisas muito, muito, muito grandes?

29 agosto 2007

Outro danoninho

O Obikwelu foi eliminado. Já se sabia que ia ser uma meia final muito complicada, ele esta época não tem feito grandes resultados nos 200m (20.38 é a sua melhor marca esta época) e acabou em 5º lugar a 20 centésimos de segundo do apuramento para a final. Para o ano ele volta, para os JO de Pequim!

Por outro lado, a Jessica Augusto conseguiu apurar-se para a final dos 5000m! Liderou a sua meia final nos primeiros 3 km e no fim conseguiu arrancar um 8º lugar que lhe deu o apuramento por repescagem (apuram-se as 5 melhores de cada série e as 5 mais rápidas entre as restantes) por apenas 4 segundos!

Vou ver a segunda meia final dos 200m (Vai correr o Tison Gay, novo campeão do mundo dos 100m) e depois vou ver se trabalho que não me pagam para ver o Eurosport o dia todo! Nota: apesar de ter apelido de homossexual tem como recordes pessoais 9.84 nos 100m e 19.62 nos 200m, que são marcas assinaláveis. Se lhe chamarem "bicha" é bom que estejam de carro porque a pé não conseguem fugir dele.

Mais próximos de Deus

Os peregrinos católicos já podem peregrinar mais perto de Deus: o Vaticano criou uma companhia aérea low cost, a Mistral, e quer certificar a pista de Fátima para receber voos internacionais, tornando-a no primeiro aeródromo católico apostólico romano da Península Ibérica!

Isto até é capaz de me dar jeito no futuro: Voo Roma-Fátima no dia 11 de Maio e regresso a 15 de Maio. E eu compro os bilhetes do sentido inverso e vou a Roma por meia dúzia de tostões, com a vantagem acrescida de poupar nas taxas de aeroporto, que serão de certeza muito menores em Fátima que em Lisboa! A única coisa invulgar serão as indicações da tripulação a bordo: "Senhores passageiros, sejam bem-vindos, com a graça de Deus, ao nosso voo Fátima-Roma. Chegaremos a Roma, se Deus quiser, dentro de aproximadamente 2 horas e meia. Quando atingirmos a altitude de cruzeiro serão ligadas as televisões a bordo e poderão assistir à eucaristia. Os auscultadores permitem-lhes seleccionar o idioma. Latim no canal 1, Italiano no canal 2, Inglês no canal 3. Os fieis que pretendam confessar-se devem pedi-lo à hospedeira. Que Deus vos abençoe".

Também o grafismo do folheto com as indicações de segurança será adaptado. Terá os desenhinhos habituais com as pessoas a pôr as máscaras de oxigénio, ou os coletes salva-vidas, mas no esquema que mostra como as pessoas se devem preparar para a eventualidade de uma aterragem de emergência, os bonecos estarão com as mãos unidas em oração. E de certeza que haverá pelo menos um padre e uma freira.

28 agosto 2007

Danoninho

A Naide Gomes ficou em 4º lugar na final do salto em comprimento. Faltou-lhe um bocadinho "assim". Ficou com 6,87 contra 6,90, 6,92 e 7,03 das três medalhadas. (resultados oficiais no site dos Campeonatos)

4º lugar é o lugar mais ingrato nas grandes competições. Mas alguém tem de ficar em 4º. Está, naturalmente, de parabéns.

Começou em 1º, aguentou o 2º melhor salto até ao 5º ensaio e foi mesmo no último salto que foi ultrapassada na luta pela medalha de bronze.

Amanhã, não percam as meias-finais dos 200m: Francis Obikwelu corre na 1ª meia-final, pista 8, às 22:20 de Osaka (14:20 em Portugal). Transmissão em directo no site do Eurosport.

Oooof!


Beyonce Unhurt After Stray Bullet Miraculously Hits Passerby Instead

Foi por pouco, han?

Jornais

Ontem Nelson Évora sagrou-se campeão do mundo do triplo salto. Salvo erro é a primeira vez que ganhamos um título numa das modalidades de saltos a este nível.

O feito foi notícia de abertura do noticiário da RTP e é manchete no Público e no DN. Quanto aos jornais desportivos... bom, a manchete do Record e do Jogo é Edcarlos o novo defesa central do Benfica; na 1ª página da Bola vemos uma fotografia em toda a página de Camacho e Luís Filipe Vieira.

Há desporto além do futebol?

Actualização: a medalha de ouro do Nelson Évora foi a primeira medalha de ouro masculina ganha por um português nos campeonatos do mundo. Claro que isso não aumenta a importância da notícia para os jornais desportivos.

27 agosto 2007

Descoordenação?

Ando eu para trás e para a frente com reclamações com a TMN. Ainda hoje me mandaram um mail a dizer que estão a esforçar-se por resolver os problemas. Umas horas mais tarde, toca o telemóvel: é o marketing da TMN a propor-me serviços novos. Às páginas tantas a senhora diz "Como a sua satisfação é muito importante para nós..." tive de me conter para não me desbroncar a rir na cara dela. Coitada, não tem culpa...

Nelson Évora

Campeão do mundo no triplo salto. A liderar a final desde o primeiro salto fez uns impressionantes 17,74m no 4º ensaio (cilindrando o record nacional).

Um domínio impressionante, só ameaçado quando o brasileiro Jadel Gregorio saltou 17,59m, que lhe valeu a medalha de prata.

Amanhã: final do salto em comprimento feminino (Naide Gomes) e eliminatórias dos 200m masculinos (Francis Obikwelu).

Bad timing

Nos anos 50 não havia máquinas de lavar roupa. Nem de lavar louça. Nem havia ferros de engomar a vapor sofisticados. Nem aspiradores com tecnologia espacial. Nem varinhas mágicas. Nem fornos micro-ondas. A vida de uma dona de casa nos anos 50 era dura.

Para piorar a coisa, não havia internet, não havia blogs, não havia televisão por cabo. E não havia máquinas Nespresso. Além de ser uma vida dura, havia poucas distracções.

Por isso as mulheres lutaram pela sua emancipação. Lutaram pela igualdade de direitos, pelo acesso ao trabalho em igualdade de circunstâncias com os homens, lutaram por ordenados iguais, acesso à educação, pelo respeito. Lutaram e conseguiram. Agora as mulheres estudam e trabalham em pé de igualdade (sejamos benevolentes neste ponto, sff. Eu sei que há muitas coisas em que a igualdade não é assim tão linear).

Agora, no início do século XXI fazemos refeições no micro-ondas, pomos a louça na máquina para lavar, lavamos a roupa na máquina, passamos roupa a ferro com maior facilidade, é mais fácil aspirar a casa, temos coisas que agarram o pó por electricidade estática. As lides domésticas estão mais fáceis, mais leves.

E agora temos 50 e tal canais de televisão, ligação à internet que podemos usar para ler blogs, ver cartoons, jogar, falar com outras pessoas.

Aposto que agora a situação pré-queima-de-soutiens-dos-anos-60 não parece assim tão má, pois não?

E aí está um provérbio que me agrada: quem ri por último, ri melhor!

O que dizer?

Ontem vi o José Couceiro na praia. Era (felizmente já não é) o nosso seleccionador de sub-21 e sub-20. No campeonato da Europa de sub-21 fomos eliminados e depois perdemos no jogo de apuramento para os jogos olímpicos. No mundial de sub-20 fomos eliminados também. Além dos maus resultados, houve outro factor comum a ambas as competições: jogámos mal que nos fartámos.

O que é que eu devia ter dito ao Couceiro?

a) Pode dar-me um autógrafo?
b) Belo bronze!
c) Bonito serviço com as selecções, han?

24 agosto 2007

Leitura (obrigatória) de fim de semana

É bem provável que este fim de semana não escreva nada. Devo ficar entretido a ler um texto perturbador sobre uma das maiores fraudes alguma vez cometidas: a existência da Bélgica. (obrigado Pedro).

Para descontrair



(obrigado Vanadis)

Ai, os radares

Pois é, a coisa começou a doer há pouco mais de 1 mês, as multas começaram a chegar a casa das pessoas e, obviamente, começou a contestação.

Há até uma petição a defender a passagem do limite de 50 para 80 km/h nalgumas vias (blog do autor da petição) que já conta com mais de 7000 assinaturas. Vai ser entregue ao Presidente da CML, António Costa (eleito na véspera de entrada em funcionamento dos radares) e até parece que o Sr. Presidente mostra abertura em relação à medida.

Citando a petição, "Os radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa, que impõem limites de 50 quilómetros à hora em locais como, por exemplo, a Av. Infante D. Henrique, a Av. de Ceuta, a Av. Marechal Gomes da Costa e a Av. Gago Coutinho são uma verdadeira aberração". O texto continua chegando a argumentar que "dá sono" conduzir a 50, mas quem quiser lê-la é só clicar no link acima e procurar o texto que está na barra lateral!

Acho a frase da petição curiosa. No mínimo, curiosa. Na Av. Gago Coutinho o radar está no sentido Relógio-Areeiro. Depois de um troço com uns 400 ou 500 metros onde não há grandes riscos, chegamos aos primeiros cruzamentos em que há carros a cruzar a avenida. E o radar está IMEDIATAMENTE ANTES do primeiro cruzamento com estas características. Na Av. Marechal Gomes da Costa (do Relógio ao crizamento do Baptista Russo), que começa com um viaduto, a que se segue um túnel sob uma rotunda (e onde não há grande risco de acidente), o radar está apenas após este túnel, a uns 100 metros de um cruzamento NÃO DESNIVELADO, com semáforos e passadeira e onde há um elevado registo de acidentes. Na Av. Infante D. Henrique (da Expo até ao terreiro do Paço ao longo do rio) NÃO HÁ cruzamentos desnivelados. São regulados por semáforos. E há passadeiras. E também há registo de atropelamentos. Por isso há dois radares, um em cada sentido. Finalmente, o caso caricato da Av. Ceuta! Tendo em quase toda a sua extensão ausência de cruzamentos e passadeiras, tem duas passadeiras ao chegar ao Casal Ventoso. Antes das passadeiras há lombas. E como apesar disso continuam a haver atropelamentos, foram colocados dois radares, um em cada sentido, IMEDIATAMENTE ANTES da passadeira!

Estes radares não estão em zonas onde se possa ir a abrir! Estão TODOS imediatamente ANTES de passadeiras.

Mas continuemos com a contabilização dos 21 radares, porque até agora só referi 6.

Se o leitor já está furioso e já quer começar a insultar-me nos comentários peço-lhe um pouco de paciência. Guardei o melhor para o fim (o famigerado prolongamento da Av. EUA).

Túnel do Marquês - 1 radar
Um túnel é, por definição, um local onde é necessário cautela (é o que diz o código); podemos até contestar o limite do radar no sentido ascendente, mas não me parece sensato aumentar o limite no sentido descendente, onde há uma descida com 6% de inclinação e no fim temos uma curva. Este é o único radar que não sei em que sentido está, porque ainda não o consegui ver, mas segundo este mapa está no cruzamento com a Artilharia 1. Presumo que esteja a descer. Mas... e que tal perguntar à CML? De certeza que terão todo o gosto em responder!

Av. Brasília / Av. Índia
2, um em cada avenida. Estas Avenidas não têm separador central; não têm cruzamentos desnivelados; têm semáforos e passadeiras; e imensos peões, por ser uma zona procurada para passear. Há um elevado registo de colisões frontais, sobretudo na Av. Índia.

Av. República / Campo Grande
São três os túneis; há 1 radar em cada sentido, à saída do 2º túnel. Em ambos os casos os radares estão colocados numa zona em que há cruzamento de carros (quem segue nos túneis e quer sair antes do 3º túnel e quem quer entrar para o 3º túnel). No sentido Campo Grande-Sandanha o radar está mesmo à chegada à estação de Entre-Campos.

Av. Descobertas
1 radar, no sentido descendente, no cruzamento que fica entre a Escola Secundária do Restelo e o colégio que agora não me lembro o nome. Elevado registo de atropelamentos e acidentes provocados por carros em extraordinário excesso de velocidade.

Túnel da Av. João XXI
Os radares não estão no túnel. Estão nass saídas. Do lado do Campo Pequeno temos um cruzamento logo à saída, com semáforos; do lado das Olaias temos uma passadeira e um semáforo que apenas fica vermelho para deixar passar peões. O radar do lado do campo pequeno fica exactamente no semáforo; o outro está cerca de 100m antes da passadeira.

Todos os radares indicados acima têm limite de 50. Em qual propõem que o limite passe a 80? Antes de formular uma opinião, passem novamente pelo radar e confirmem a sua localização. Os radares de limite 50 são quase todos (penso que todos mesmo) uma caixa metálica, de cor cinzento metálico e preto, com cerca de 2 metros de altura. É fácil de identificar: andem a 70 e prestem atenção a caixas grandes imediatamente depois de grandes paineis avisadores luminosos a dizer RADAR em letras grandes, com um 50 dentro de um círculo vermelho.

Passemos para os radares de limite 80.

São 2 na Radial de Benfica e 3 na 2ª Circular. Ambas as vias têm total ausência de semáforos, ausência de passadeiras, cruzamentos desnivelados, múltiplas faixas (embora a Radial de Benfica num dos sentidos só tenha 2) e são vias de entrada/saída de trânsito na cidade de Lisboa. Os limites são de 80, e não de 50. Por erro de configuração o radar da Radial de Benfica este uns dias a 50, antes da entrada em funcionamento. Eu vi o flash a disparar, vi o aviso de 50, achei estranho, liguei para a CML e foram averiguar. No dia seguinte ligaram-me a dizer que já tinham detectado o problema e que no próprio dia estaria resolvido. Nestas vias, qual é o limite de velocidade que propõem?

E chegamos finalmente ao caso bicudo. O prolongamento da Av. EUA. Quando os radares foram instalados, em Dezembro de 2006, o aviso dizia 80. Esse troço tinha também a classificação de via prioritária (tal como o Eixo N-S, Av. Lusíada, 2ª Circular e Radial de Benfica; reparem nos sinais de velocidade nestas vias). Essa classificação foi retirada e o limite passou a ser de 50. Estão aqui 2 radares, ambos a limitar a 50. A via tem separador central, 2/3 faixas em cada sentido, não tem peões, nem semáforos e os cruzamentos são desnivelados. Com este caso, eu até concordo! O prolongamento da Av. EUA, desde a Av. Gago Coutinho até à rotunda sei-lá-como-se-chama podia perfeitamente ter o limite de 80 km/h. E não tem. E não tem porquê? Porque quem decide atribuir regimes de excepção a uma ou outra via é a DGV (agora tem outro nome, mas não sei qual é) e não a CML. A CML não tem autoridade para alterar limites de velocidade. E a DGV recusou o estatuto de excepção do prolongamento da Av. EUA com o argumento de que não é uma via prioritária. E eu até percebo. Aquele troço não tem assim tanto trânsito que o justifique (comparem com qualquer das outras 4!).

Fosse a petição sobre o prolongamento da Av. EUA e eu assinava. Mas começa logo mal, a citar 4 exemplos de radares "ridículos" que estão imediatamente antes de passadeiras.

Por último, note-se que TODOS os radares estão devidamente assinalados indicando também a velocidade máxima permitida. E todos os radares dão a tolerância de 10% que seria de esperar (ou seja, disparam a 56 e 89 km/h respectivamente - informação da CML). Definitivamente, não é caça à multa. Caça à multa seria pôr o radar da Marechal Gomes da Costa entre o viaduto e o túnel, pôr um radar na descida para Sete Rios na Av. Forças Armadas, pôr um radar na Av. Calouste Gulbenkian, pôr os radares da Av. Ceuta no início da Avenida (perto da entrada do Eixo N-S), etc. Isso sim, seria caça à multa! São locais sem acidentes (ou quase) que não colocam ninguém em risco se andar a 70 ou 80 mas cujo limite continua a ser, tal como em toda a cidade, 50.

Trabalho futuro: comparar a sinistralidade nesses pontos antes e depois da instalação dos radares. Comparar também os dados globais de sinistralidade antes e depois da iniciativa.

Medidas que proponho à CML: dado que o sistema custou cerca de 3 milhões de euros e que 30% das multas revertem para a CML (o resto é para o estado), proponho que a partir do momento em que o investimento está pago todas as verbas sejam usadas para melhoria da rede de transportes públicos, reparações do piso, semáforos e sinalização, e desnivelamento de passadeiras onde se continuem a registar atropelamentos. Além do pagamento das despesas de manutenção do sistema, é claro.


PS: Sou condutor, passo todos os dias por alguns radares (entre 2 a 5 por dia), tenho carta de condução há 12 anos, nunca tive acidentes e nunca fui multado.

Profecias

Há gajos que tem o dom de fazer com que determinadas coisas aconteçam.

Este post suscitou-me a curiosidade.

Fui ler o artigo, comecei a rir mas ainda o levei a sério 4 ou 5 segundos até reparar no nome do site (para quem não sabe, o The Onion é um site de leitura obrigatória que, como todos os sites de leitura obrigatória, eu raramente leio; mas tenho pena!).

Se não perceberam a piada eu sugeriria a leitura do artigo na Wikipedia sobre Dada, mas se até ser publicado aquele texto no The Onion a Wikipedia podia ser considerada uma boa fonte de informação sobre o dadaísmo, nos últimos dias... bem, vejam com os vossos olhos. O artigo Dada da Wikipedia tornou-se ele mesmo uma obra dada.

23 agosto 2007

Motores de busca

A malta aparece no meu blog pesquisando coisas normais, semi-normais, semi-estranhas e completamente estranhas nos motores de pesquisa. Resolvi fazer a lista, de acordo com o contador, das expressões mais procuradas e acho que é de bom tom corresponder às expectativas dos leitores. Por ordem decrescente de visitantes, vieram parar a este blog pesquisando as seguintes expressões:

"a energia que podemos tirar do lixo"
pegas no lixo, queimas o lixo numa caldeira, fazes ferver água e ligas isso a uma turbina.

"hi5 porcos"
era um blog. tinha piada. fechou.

"bilhetes portugal-polónia"
ainda não estão à venda. também quero, por sinal

"chaves cidade tràs-os-montes"
sim, é verdade. que mais é que queres saber?

"o que significam cão que ladra não morde"
é mentira. Há cães que ladram e mordem. E tens o verbo mal conjugado.

"contra ordenacao grave peao blog"
Acho que um peão ter um blog não é uma contra-ordenação grave, mas vou procurar, tá bem?

"ver sites de pedofilia"
Filho da puta, é o que tu és!

"o faxavor"
É aqui! Parabéns, deves ter sido o único a encontrar o que procurava. Mas o O é para levar acento!

"como abreviar a palavra metros quadrados no computador"
Experimenta m^2, m2 ou m2, deve dar, não?

"tap sempre vai para a portway"
A tap vai para muito lado: Londres, Paris, Madrid, Roma... Portway, não conheço, fica onde? Agora, as bagagens da tap são processadas pela Portway, sim.

"imperial cerveja"
Se fores comprar para ti pede uma para mim também! Com pouca espuma, sff.

"bilhetes portugal-polonia"
Já disse que ainda não estão à venda! E Polónia tem acento no segundo o

"filme sobre a constituição imperial"
imperial os chocolates, a cerveja,...?

"mandar curriculo na empresa compal em Lisboa"
Experimenta www.compal.pt e vê o link de recrutamento

"tremoços"
traz, para acompanhar a imperial!

"putas uruguai"
Hmmmm... se querem saber, nem sei o que diga a este. Mas antes putas no Uruguai que sites de pedofilia.

"enciclopédia explicando o que é e como funciona um auto - transformador"
experimenta escrever "transformador" no site pt.wikipedia.org!

"validade dos cheques"
já não há. isso era dantes.

"caracteristica do civismo"
não cuspir para o chão, por exemplo

"nobel pronuncia"
Nobel acentua-se no O. Seria acentuado no E se o senhor fosse português, mas não é, é sueco. Eu sei que alguns Prémios Nóbel portugueses insistem em dizer em chamar Nobél (os acentos são propositados), mas de certeza esse senhor não se importa de ser chamado "sárámágô" quando vai a Paris. Ah, e pronúncia leva acento.

"eu quero uma musica que tenha o titalo drogas"
O que raio é um titalo? Se for título, experimenta ir ao www.gracenote.com/music/ e no "titalo" põe o nome das drogas todas que te lembrares.

"produtos marca continente"
o melhor é ires ao Continente e começares a contá-los

"vidios gajas porno"
o que é um vidio? bom, antes isto que sites de pedofilia.

"fui apanhado no radar quanto tempo demora"
é fodido, não é? Tendo em conta que os serviços estão sobrecarregados, porque há mais uma meia dúzia como tu, ou mais, um mesito ou dois

"apanhados pr sacar do emule"
Acontece; mas não deve haver azar. Copiar coisas da net não é ilegal, o que é ilegal é pô-las à disposição de terceiros sem autorização para isso.

"carta há menos de 3 anos ficar sem carta"
sim, acontece; basta uma contra-ordenação grave ou muito grave. Se tens carta há menos de 3 anos ainda te deves lembrar de quais são

"weee"
Yeeeeeeee!

"marcas alemaes intercomunicadores de predios"
ora aí está uma coisa que eu nunca me lembraria de perguntar ao google. boa sorte com essa! mas se eu fosse a ti perguntava em alemão. pelo menos em inglês.

"qual a abreviação da palavra carrada ?"
é "pouco". Por exemplo: abreviatura tem uma carrada de letras; abr. tem poucas letras. Percebeste?

"enviado entidade reguladora funchal livro de reclamações"
depende; para a maior parte dos estabelecimentos é a ASAE; para bancos é o Banco de Portugal; é para a entidade reguladora do sector. Mas isso tem de estar afixado no cartaz que diz que há livro de reclamações. E se tens dúvidas, pegas na tua cópia da reclamação e mandas tu. não pagas nada por isso.

"urinol de cortesia"
é o urinol que se deixa vazio entre dois gajos; falei disso ontem.

"ferias algarve melhor opçãoo"
ir para o Alentejo

"dan cake coimbra horário"
Experimenta aparecer às 9 da manhã, é capaz de estar aberto.

"os tres porquinhos, resumo en espanhol"
Era una vez tres puercos y un lobo malo. Fin.
Ou querias um resumo alargado?

"maquinas de moedas"
de quê? de tabaco? de bebidas? de preservativos?

"imperial e tremocos"
É aqui mesmo! Os gajos lá de cima já foram buscar.

Esta, nunca tinha visto!

Sem palavras. Só lido mesmo...

Boom

Todaa gente já ouviu falar em aviões supersónicos, certo?

E também sabem que quando é atingida a velocidade do som ocorre uma coisa chamada Boom sónico.

Alguma vez viram?


Acima da velocidade do som o ar não se afasta da frente do avião, é literalmente empurrado por este.

Teaser

Embreve: novidades no blog.

Novo modelo, novas cores e uns... extras.

Preferem cores claras ou escuras, letras grandes ou pequenas, barra lateral à esquerda ou à direita? Digam de vossa justiça nos comentários. Prometo que os vou ler e possivelmente ignorar. ;)

Pergunta de resposta múltipla

Um político que admite, após ter sido apanhado, que recebeu dinheiro ilegalmente é:
a) Correcto
b) Corrupto

Luis Arnaut assumiu a responsabilidade no caso do financiamento ilícito do PSD. E o Marques Mendes diz que esta atitude é uma prova da correcção de Luis Arnaut.

22 agosto 2007

Isto não é para brincadeira!

Ontem fui jantar a um centro comercial. Não é coisa que faça com muita frequência, mas é muito conveniente por vezes. Tento fugir dos locais de comida rápida. Só que às vezes tem de ser.

Mas não vos vou falar sobre comida rápida, nem centros comerciais. Quero falar sobre urinois, mas achei que era preciso um parágrafo que desse pelo menos a ilusão que o resto do texto valeria o tempo dos leitores. E por isso comecei por falar de centros comerciais e comida rápida. Assim em jeito de introdução.

Passando ao que verdadeiramente interessa (estranha escolha de palavras, já que o assunto que se segue são urnois), sentindo o chamamento da mãe natureza (belo eufemismo, han? mais cliché que isto é difícil! Tava à rasquinha para mijar, prontos!) dirigi-me aos lavabos, aproximo-me de um urinol, abro a braguilha e... bom, se calhar vou passar à frente a descrição pormenorizada da mecânica do acto até porque a expressão seguinte seria "tirei a gaita para fora" e a estas horas ainda há crianças acordadas. Em suma: fiz o que tinha a fazer e no processo olho em frente (regra de boa educação: no urinol olha-se sempre em frente! Não se mexe a cabeça. É de muito mau tom olhar para o lado, o vizinho pode-se sentir constrangido e um gajo tá com as mãos ocupadas pode não conseguir defender-se de um acto gratuito de violência) e reparo (por falar em reparar: já repararam que este post tá cheiinho de parêntesis? Fica mesmo difícil de ler, porra!) que este urinol é daqueles modernos onde não é preciso carregar em sítio nenhum para abrir a água. Tem uma célulazinha que detecta quando o utilizador terminou a sua função e se afasta e automaticamente limpa o belo serviço feito fazendo jorrar a água.

Penso que é conveniente mudar de parágrafo, porque com os parêntesis todos isto tava a ficar difícil de ler... e aproveito para esclarecer as senhoras, provavelmente menos informadas sobre a realidade dos urinois, que estes sistemas automáticos para abrir a água são necessários porque a maior parte dos homens não o faz. É por isso que eu abro a água antes (pelo sim, pelo não) e depois de utilizar. Mas, continuemos a nossa dissertação. Noutro parágrafo, claro!

Olhei em frente, como estava a dizer, e vi a coisa cuja função é detectar a presença/ausência de uma pessoa para decidir quando abrir a água. Aquilo tem uma forma rectangular, metálica, com dois pequenos orifícios redondos (onde estão as células fotoeléctricas - a propósito, obrigado ao Einstein, é graças a ele que temos células fotoeléctricas). E aqui reside o busilis! É que os buraquitos são pequenos (1cm de diâmetro, mais ou menos) e estão muito próximos (a uns 2 ou 3 cm de distância um do outro), mas parecem mesmo peep holes. E ontem enquanto estava a satisfazer a minha necessidade fisiológica olhei para a frente (não me canso de repetir que é de boa educação olhar apenas em frente!), vejo aqueles dois buraquinho e tive a estranha sensação que alguém estaria a observar do outro lado. O que até é verdade, está um circuito electrónico a "ver-me". Esta sensação é um bocado parva (ao contrário deste texto), porque ninguém poderia espreitar usando aqueles dois buraquinhos. A menos que tivesse uma cabeça estranhamente pequena, mas a forma dos buracos... parecem dois olhos... e eu ali, com a tralha toda à mostra, preocupado em não olhar para o lado, incomodado quando olho em frente...

Decidi olhar para baixo. A estranha sensação de desconforto desapareceu e pude cumprir o meu objectivo. Até dá jeito porque vou vendo o que estou a fazer e posso fazer pontaria à mosca!

Acho que é necessário mais um parágrafo para explicar a cena da mosca às senhoras: em muitos locais os urinois têm uma mosca, de plástico, presa. É isso e bolas de naftalina por causa do cheiro. Parece uma ideia estúpida, ter uma mosca de plástico no urinol, mas a verdade é que os gajos gostam de fazer pontaria a qualquer coisa e o problema das bolas de naftalina é que salpicam muito. E dá muito mau aspecto sair da casa de banho com os sapatos salpicados. Errr... além da questão da higiene, claro!

A outra alternativa é olhar para cima. Posso ficar ridículo a mijar olhando para o tecto, mas ao menos consigo estar descansado sem imaginar alguém a espreitar do outro lado da parede e não ofendendo o vizinho do lado (por falar nisso: tipicamente o vizinho do lado está a 2 urinois de distância, evitando sempre que possível ocupar o urinol adjacente; é o chamado urinol de cortesia).

Lindo serviço!

Empatámos! E pelo que consegui ver (segui o jogo na net pela RTPi, mas com bastantes falhas) jogámos mal que nos fartámos. Belo serviço, sim senhor...

Ketchup1

Hoje há bola. Daqui a 1 hora Portugal joga contra a Arménia. No grupo de Portugal a classificação é uma confusão: a Polónia vai à frente com 19 pontos mas tem 9 jogos; Portugal, Sérvia e Finlândia têm 14 pontos mas a Finlândia tem 1 jogo a menos e Portugal e a Sérvia têm 2 jogos a menos. São 8 equipas, uma tem 9 jogos, 4 têm 8 jogos e outras três têm só 7 jogos. Hoje há jornada de "catch up"1.


1Perceberam o trocadilho entre "catch up" e "ketchup"? Foi giro, não foi? E deu para disfarçar o facto de o post ser sobre bola! A piada já tinha sido tentada no Pulp Fiction: Uma Thurman, aliás Mia Wallace, contou a John Travolta, aliás Vincent Vega, a seguinte anedota: Mommy tomato, Daddy tomato and little kid tomato are crossing the road and little tomato is falling behind. Daddy tomato goes to him, squishes him and says "Catch up!" (lá está o trocadilho!). Não tinha grande piada na altura, e não tem grande piada agora. Mas era preciso escrever um post, que isto hoje está muito parado. Há que justificar o chorudo ordenado do autor deste blog!

Como ter um blog em três tempos

1. Criar uma conta no blogger

2. Registar o endereço que pretendemos, por exemplo omeunome.blogspot.com

3. Começar a copiar artigos da wikipedia ou de outros sites, corrigir uma ou outra palavra e publicá-los.

Bibliografia
(dado o tema convém deixar bastante explícitas quais as fontes usadas para escrever este post)
[1] Jornal Público
[2] Blog de Luís Filipe Menezes

21 agosto 2007

Crónica de uma morte anunciada

Estou há mais de um mês à espera que os senhores da TMN me mandem a placa de acesso à net que prometeram. Para eu experimentar o serviço. Já liguei 3 vezes. Continuo a aguardar...

Da penúltima vez que lhes liguei, perguntei como estava essa situação e aproveitei para perguntar como faço para me desvincular da TMN e mudar de operador. :D pediram-me para aguardar e passaram para um colega.

O colega lá me deu uma grande tanga, foi ver o meu histórico de consumos, disse "de facto, tem um consumo bastante elevado", ao que eu respondi "pois tenho" e fartou-se de me propor alternativas: tarifários pós-pagos, por exemplo. Sim, sim, é tudo muito bonito, mas e se eu quiser mudar de operador? Ah, e tal, lá me disse que era só pedir isso na nova operadora e seria rápido. "Mas entretanto, posso oferecer-lhe durante 90 dias chamadas a 13 cêntimos para todas as redes". He he he. E "deverá receber uma mensagem a confirmar a atribuição da campanha". Fiquei à espera. A mensagem não chegou. Liguei "ah, a campanha foi atribuida mas foi cancelada. Pode ter sido um erro da base de dados". Pois... lá registaram a minha reclamação e estou à espera da campanha especial. De qualquer maneira, já me decidi: vou trocar os pontos TMN por cheques prenda na FNAC, comprar um cartão Vodafone e mudar para Vodafone Directo. E mantenho o número.

Alguém quer comprar um Sony Ericsson com ano e meio e marcas visíveis de uso, bloquado à TMN? Vou ter um à venda daqui a 2 mesitos. Custou-me 180 euros na altura, mas sou capaz de o vender semi-barato (depende do que houver na montra da Vodafone quando for comprar o telebicho novo).

Ora bem, a TMN já está, quem é o senhor que se segue? Ah, sim, vou reclamar com a AR Telecom. A televisão volta e meia "congela" durante um segundo e À conta disso já perdi duas ou três tiradas do Dr. House. O que será que lhes vou exigir pedir? Ah, já sei! Um desconto de 5 euros por mês, que tal? Parece-vos bem?

É que é preciso ser burro, han?

Em Portugal existem automóveis. E paga-se imposto sobre os automóveis. E depois paga-se o IVA. Até aqui, tudo bem. Ou tudo mal porque, como toda a gente sabe, o IVA incide também sobre o IA. Bruxelas não gosta, multa-nos mas o dinheiro extra dá muito jeito e a coisa aguenta-se assim.

Agora, há uma nova tributação sobre os automóveis. O imposto muda de nome, mudam as regras e o IVA continua a incidir sobre o agora denominado Imposto Sobre Veículos (ISV). E Bruxelas continua a dizer que é ilegal e vai continuar a multar-nos. Já para não falar na quantidade de dinheiro que é preciso devolver se um dia um tribunal dá razão aos compradores e/ou vendedores de automóveis.

Eh pá, se fizeram uma lei toda nova, toda moderna, porque é que não aumentaram logo o ISV em 21% (que, por pura coincidência, é a taxa do IVA) e passavam a incidir ambos os impostos apenas sobre o preço base? Só mudava o cheiro, a merda era a mesma, o dinheiro era o mesmo, mas deixava de haver ilegalidade! É que é preciso ser burro, han?

Eu exemplifico: uma determinada viatura tem um preço base de 10 mil euros e paga 5000 de IA. Ao todo dá 15000, ou seja, somando-lhe o IVA, 18150 euros. Tá mal, porque tamos a cobrar IVA sobre o IA. Então, mudamos as regras, e a mesma viatura passa a pagar 6050 euros de ISV! Agora temos 10 mil de preço base, 2100 de IVA e 6050 de ISV o que soma 18150. Com a benesse extra de, quando baixarem o IVA (daqui a 400 anos, mais ou menos), o ISV mantém-se!


Nota para não matemáticos mas que se interessem pelos pormenores técnicos: isto vem de uma propriedade extremamente avançada que diz que, nos números reais, A*(B+C)=A*B+A*C. Chama-se distributividade e é (ou era) ensinada aí pelo 5º ano de escolaridade. Ora acrescentar o IVA é nada mais, nada menos que multiplicar por 1.21. Han, que é complicado de perceber esta merda!

Outra na ferradura

Não gosto de pedófilos. Bom, não gosto de criminosos em geral: carteiristas, assaltantes, assassinos, violadores, etc. Mas pelos pedófilos nutro particular asco. Alguém que abusa da sua força e/ou autoridade para agredir sexualmente uma criança enoja-me.

Mas também não gosto de políticos. Sobretudo políticos imbecis que aparecem munidos da cura para as maleitas do seu estado/país/planeta/clube de futebol.

Sarkozy anunciou uma medida que me arrepia. Assim ao de leve, arrepia-me. Após cumprir pena por pedofilia o condenado será submetido a uma avaliação médica. Se esta avaliação concluir que ele é um perigo para a sociedade, será internado num hospital fechado. Ou seja, preso. Num hospital, mas preso à mesma. Porque foi considerado que havia risco de reincidência. Como disse, não gosto de pedófilos. Não tenho nada contra as pessoas que sentem atracção sexual por crianças, tenho-o apenas contra pessoas que põem em prática essa atracção sexual e violam crianças. Tal como não tenho nada contra quem se sente sexualmente atraído por mulheres, apenas por quem as viola.

E não consigo perceber como é que podemos viver bem com a nossa consciência implementando um sistema que permite que uma pessoa seja presa para o resto da vida (chamem-lhe o que quiserem, um tipo que é internado num hospital fechado por tempo indeterminado é preso!) por haver o risco de crimes futuros. Sempre achei que as sociedades ocidentais (e não só) só julgavam e condenavam apenas a prática de crimes e não o risco de crimes futuros. Mesmo tratando-se de pedófilos. De quem eu não gosto nem um bocadinho.

A interpretação da constituição francesa que permite prender pessoas pelo risco de crimes futuros pode ser usada também para justificar todo o tipo de atropelos aos direitos de cada um: um condutor embriagado, depois de passar algum tempo sem carta, ao lhe ser perguntado se tem vontade de consumir bebidas alcoólicas responde que sim; em seguida, perguntam-lhe se tenciona conduzir e ele responde que sim. Mesmo que diga que não tencione conduzir sob o efeito do álcool, não existe o risco que ele conduza bêbado novamente? Se calhar deve ser-lhe retirada a carta de condução para sempre. Bêbado uma vez, bêbado sempre. É como o provérbio: Quem mente uma vez, mente sempre. E mesmo que diga verdade, todos dizem que ele mente. E lá se vai a crença (consagrada nos diversos códigos que nos regem) que o sistema penal é uma forma de castigar e reabilitar quem comete crimes.

Uma no cravo

Não gosto de coisas trangénicas. Eh pá, não me levem a mal os senhores da genética, mas ainda percebemos demasiado pouco do assunto para andar a brincar aos deuses.

Também não gosto de ambientalistas. Mas sobretudo não suporto delinquentes. E não percebo como raio esperam os senhores delinquentes ambientalistas que alguém concorde com eles depois de destruir uma plantação de milho trangénico. Aquilo era o ganha pão de alguém. E eles chegaram lá e partiram aquilo tudo. Não gosto dos Morangos com Açúcar e ninguém me vê por aí a partir televisões.

Querem ser simbólicos? Comprem a produção ao homem (toda) e queimem-na! Mas comprem-na! Destruam o que é vosso de direito e chamem a comunicação social para marcar a vossa posição. Decerto terão apoio financeiro de um ou mais partidos políticos ou organizações com ou sem fins lucrativos.

20 agosto 2007

Em U

Há provérbios que me chateiam, que são quase todos. Lembro-me vagamente de aqui ter escarrapachado dois, há uns tempos, e agora lembrei-me de outro: Virar o bico ao prego. Virar o bico ao prego pode ser interpretado de duas formas:

1. Virar o bico e o prego ao contrário. Não dá muito jeito para pregar quadros.

2. Torcer o prego até ficar em forma de U. Tem os mesmos defeitos da anterior.

Ainda estou para decidir sobre a qual destas situações se refere o provérbio.

Mas lembrei-me do provérbio após ler que Fernando Santos está "surpreendido" por ter sido posto a andar. Diz o Senhor Engenheiro que "Nenhum treinador que ganhou o Torneio do Guadiana há 15 dias, que ganhou um jogo para a Liga dos Campeões e que fez o 22.º jogo sem derrotas no campeonato estaria à espera de sair.". Eh pá, quando li isto ia-me mijando todo pelas pernas abaixo. A sério! Atão o gajo tem a distinta lata de contar com torneios particulares de pré-época (mesmo tendo ganho ao Sporting) entre as suas vitórias e fala em "jogos sem perder" depois de empatar contra uma equipa que ambiciona a pouco mais que aguentar-se sem descer?!

Quanto à vitória para a eliminatória da Liga dos Campeões, se calhar o Fernando Santos não viu o jogo, limitou-se a ler as gordas nos jornais desportivos do dia seguinte e viu que ganhámos. Só isso explica que durante o jogo o esquema da equipa quase não se tenha alterado e se tenha insistido num jogo sem rumo nem ambição, denunciado, lento e sem substituições que o alterassem de forma significativa. Se calhar foi esse o problema do Fernando Santos: apesar de estar no banco os jogos todos ele não os via. Lia a notícia no jornal do dia seguinte, e se o Benfica tivesse pelo menos empatado, copiava o nome dos jogadores e escolhia os mesmos para o jogo seguinte. Se calhar também era por isso que as substituições eram sempre as mesmas, mais ou menos na mesma altura do jogo e sempre com os mesmos resultados quase nulos.

Sim, este senhor engenheiro é que me podia explicar o verdadeiro significado da expressão "virar o bico ao prego". Se alguém tiver o número de telemóvel dele mandem-mo por mail para eu lhe mandar um SMS a perguntar.

Será desta?

Já se fala em crise n'O Glorioso. E se viram o jogo de sábado concordam de certeza! Os 90 minutos foram uma verdadeira tristeza. Sem tirar o mérito à equipa do Leixões, motivada e bem organizada, não se admite que um candidato ao título nem tenha conseguido dominar o jogo! O empate é o resultado justo e a haver um vencedor seria o Leixões (de regresso à I Liga após 18 anos por escalões secundários)! A cereja no topo do bolo foi o empate ao 4º minuto dos descontos, depois de o Benfica ter marcado o 0-1 ao minuto 89. Foi a confirmação do que se tinha visto contra o Copenhaga: até se recuperam bolas na defesa mas depois é preciso meter um requerimento a solicitar que os companheiros de equipa avancem para dar início a uma jogada de ataque, o que demora um bom quarto de hora. E 1 em cada 2 vezes perde-se a bola num passe idiota e a equipa volta a recuar. Sim senhor, este Benfica vai bem lançado para garantir o acesso directo à Taça UEFA, ficando em 4º ou 5º no campeonato. E para poder lutar, quem sabe, por um lugar honroso nos quartos de final da Taça de Portugal.

Dizem os jornais desportivos que a coisa pode estar para se resolver, com a possível saída do Sr. Engenheiro e o seu famigerado 4x4x2 (a equipa joga tão bem em 4x3x3 o homem põe-se a inventar p'ra quê? o 4x4x2 já era, pá!) e até há quem fale no regresso de Camacho, o homem que devia ter sido campeão pelo Benfica em 2005 mas não foi porque o Real Madrid não deixou (era treinador do Benfica, deixou as bases da equipa que veio a ganhar o campeonato no ano seguinte, e só não foi ele o treinador do Benfica porque o Real convidou-o para treinar a galáxia de estrelas e não se recusa uma oferta do clube do coração). Volta Camacho! Mas rápido, que no próximo sábado jogamos contra a outra equipa que subiu de divisão e eu gostava que conseguíssemos, pelo menos, lutar pela vitória.

Actualização: Fernando Santos já não é treinador do Benfica! Yeeeeeeeee! Camacho é o preferido para o seu lugar.

Actualização da actualização: o Record diz que Camacho já foi escolhido como novo treinador do Benfica e será apresentado amanhã. A TSF também está neste momento a noticiar o mesmo.

Entretenham-se!

Lembram-se do jogo das músicas de filmes? Já tá online outra vez, aqui. 64 músicas, têm de adivinhar o nome do filme. Podem usar o nome original ou o nome em brasileiro (hey, não reclamem! o jogo foi feito por brasileiros. Querem os nomes em portugês? façam vocês!)

Mas agora têm dois novos! O Fausto mandou-me ontem o link para a parte 2. Mais 64 músicas correspondentes a 64 filmes. É mais difícil, já que os óbvios estavam quase todos no primeiro. Comecei bem (identifiquei o primeiro filme em menos de meio segundo) e depois comecei a não adivinhar nenhum. Quando tiver tempo volto a tentar...

E porque não há duas sem três, fica a terceira sugestão dos mesmos autores: Programas e séries de TV! Notem que algumas das músicas podem ser de programas brasileiros ou programas que nunca tenham passado na TV portuguesa, mas a maior parte reconhece-se bem.

17 agosto 2007

Fotos? Naaaaaa

Fotos das férias não me tá a apetecer pôr online. Quem quiser, que apareça lá por casa para as ver e beber uma bejeca (se souber onde é; se não souber escusa de perguntar porque eu não digo). Mas fica um vídeo do abastecimento de um Canadair em pleno voo para ir apagar o incêndio.


(se escutarem com muita, muita atenção, poderão ouvir-me a dizer "Shhhhhh")

Provérbio

Sempre ouvi dizer que "o que arde cura". Acho que este provérbio se refere a água oxigenada e coisas assim para desinfectar. Mas... será mesmo assim?

No tempo da caça às bruxas as mulheres (e homens) que eram considerados culpados de bruxaria eram queimados vivos. E a verdade é que ficavam curados, nunca mais faziam uma bruxaria! Será que isto funciona para outras maleitas, tipo dor de costas? "Ah, doem-me as costas, é do reumatismo". Chega um gajo com um maçarico, queima-lhe as costas todas e o tipo em princípio fica curado do seu reumatismo. Ou pelo menos deixa de se preocupar com isso.

Semanas quase perfeitas

Ontem para mim foi segunda-feira (primeiro dia após as férias). Hoje já é sexta. De caminho entreguei a tese. E logo à noite começa o campeonato. Às vezes a vida roça um tal nível de perfeição que até assusta...

Checklist

Tese concluída? Sim!
9 exemplares impressos e encadernados? Sim!
CD com cópia da tese e resumo em PDF? Sim!
125 Euros? Sim!

Bora lá entregar esta merda que já tou farto disto.

Nota curiosa: acabou-se a ditadura das disketes e a ditadura do Word! (para quem não acompanhou o meu calvário: quando entreguei a versão provisória as regras diziam explicitamente que tinha de entregar duas cópias em diskette com o resumo e o abstract em formato Word. Não podia ser em CD, não podia ser em PDF, tinha de ser em Word. Independentemente do formato em que a tese é elaborada)

Nota curiosa 2: hoje é dia 17 de Agosto; faltam 14 dias para o fim do prazo. É o meu record pessoal de antecedência de todos os tempos! Tou maravilhado comigo mesmo.

História e as suas histórias

Num momento em que tanto se fala sobre as tentativas de escrever e re-escrever a História (ver os vários posts sobre o assunto no Zero de Conduta; contudo, não se fiquem por aí. No meio daqueles posts todos há algumas trapalhadas que não são propriamente factuais e que eram escusadas, sobretudo sendo o assunto o que é) apareceu uma coisa melhor ainda: a tentativa de escrever a História ANTES DE ACONTECER!

Sim, toda a gente sabe que há muitas tentativas para alterar os factos passados. Seja para justificar uma ou outra posição sobre o aquecimento global, seja a negação do Holocausto, seja o branqueamento de alguns acontecimentos durante a inquisição... enfim, toda a gente gosta que a história se lembre de si, da sua instituição, do seu país, de forma melhor e alguns levam este esforço um nadita longe de mais.

Mas... escrever uma biografia do Lewis Hamilton (piloto de Fórmula 1 da Maclaren, a fazer a sua época de estreia e actual líder do campeonato do mundo de pilotos) dizendo que se sagrou campeão do mundo em Outubro de 2007 no GP do Japão??? Tá bem que o livro ainda não está à venda, mas a sinopse já está no site da Amazon para ser lida por quem quiser! Se não acreditam em mim e não vos apetece seguir o link, destaco esta frase que está na sinopse do livro: "Lewis Hamilton crowned his 2007 debut season by winning the title in Japan in October". Que dia é hoje, mesmo? (notícia obtida a partir do fórum do Autosport)

16 agosto 2007

Hrvatska e Crna Gora

Bom, já voltei dos balcãs há uma semana, já fui embora outra vez, já voltei outra vez, já comecei a trabalhar, tá na altura de dizer como correram as férias, certo?

Este post é grande mas está didivido por capítulos. Podem lê-lo aos bocados, ou ignorar um capítulo por completo se vos apetecer. Ou ignorar o post. Ou ignorar o blog.


Capítulo 1 - A ida

Tudo começou nesse solarengo dia 1 de Agosto do ano da graça de 2007. Voo marcado para a Dubrovnik Airlines, esse nome tão bem conhecido da indústria da aviação. Como passageiro semi-frequente de companhias regulares de grande dimensão e já tendo voado algumas vezes em companhias mais pequenas (daquelas com aviões de 50 lugares como a Portugália ou a Régional ou a SATA), estava algo receoso do meu primeiro contacto com um voo charter. Mas não fiquei nada surpreendido. O serviço a bordo é fraco, o avião é algo velhote (embora bem conservado, mais ou menos), é um Macdonald-Douglas (nunca gostei muito destes aviões e continuo a não gostar), os lugares são apertados e há cadeiras em qualquer lado em que caibam. Ao todo éramos 163 tugas (talvez alguns croatas) a caminho de umas férias nas costas do Adriático (aquela coisa cheia de água que parece que é Mediterrâneo mas que não é bem, encravada entre a sola da Itália e as montanhas dos Balcãs). Não há revistazinha da companhia aérea (oh, surpresa!) e o café é a pagar, como já vem sendo hábito de há uns anos para cá mesmo entre os grandes senhores dessa coisa dos aviões.

Chatear, chatear, só chateou mesmo a manobra de aproximação à pista. Tal como tantas vezes acontece em Lisboa aproximámo-nos pelo lado oposto àquele em que queremos aterrar. A aterragem fez-se de este para oeste. E por isso lá tivémos de fazer uma voltinha. A única diferença entre a aproximação a Lx num voo regular e a aproximação a Dubrovnik num charter é que em Lisboa a volta é larga e feita a uma altitude razoável. Os voos charter põem a economia de combustível acima de qualquer outra prioridade: a volta foi apertadíssima e já muito, muito perto do chão. Consequentemente, a velocidade muito reduzida, já com os flaps completamente estendidos, só faltava o trem de aterragem aberto. E voltas apertadas a baixa velocidade não inspiram muita confiança... é que se por acaso há azar, o que é mais provável numa volta apertada que numa volta larga, não há altitude, nem velocidade, para recuperar do susto. E os pilotos de voos charter não têm a fama de se contar entre os mais experientes do mundo. Para que tenham uma ideia, se já deram a volta à Caparica para aterrar em Lisboa, imaginem que o avião entra por Telheiras, dá a volta sobre Santa Maria e Alvalade e aterra na pista da Portela e faz esta manobra à altitude e velocidade com que costuma passar sobre a zona de Entrecampos.

Mas pronto, o susto lá passou, aterrámos sem problemas, carimbámos os passaportes, recolhemos a bagagem e seguimos para o transfer para o hotel. O aeroporto de Dubrovnik é muito movimentado. Talvez isso explique os cerca de 45 minutos à espera de bagagens (mais ou menos o mesmo tempo que se espera em Lisboa). Durante esses 45 minutos chegou outro voo! Wow, fiquei abismado! Dois voos diferentes em menos de uma hora!!! Dubrovnik é um grande centro da alta finança mundial, tá-se mesmo a ver...


Capítulo 2 - O hotel, a praia, essas coisas

Na Croácia há poucas praias de areia. O Adriático tem uma costa muito recortada e acidentada e as praias são calhaus. Não são praias de calhaus, são calhaus. Grandes como pequenos automóveis ou como pessoas grandes. Os hoteis à beira da água (como aquele onde estávamos) têm acesso directo ao mar: uma plataforma de cimento com escadas tipo piscina. E o mar, azul, límpido, logo ali ao lado. Como não há areia a água é muito, muito límpida, vê-se o fundo mesmo a razoável profundidade. E a vista é soberba, com ilhas um pouco por todo o lado a decorra o horizonte e a costa com os seus montes altos a envolver o quadro.

A água é fria. Tem esse defeito. E tem ouriços do mar. Eu sei porque trouxe um ouriço no pé. Bom, não foi o ouriço todo, mas foram bocados. Piquei-me num ouriço logo no primeiro dia. Consegui tirar um espinho no dia seguinte, outro só saiu há 2 ou 3 dias (e foi preciso aleijar um bocado o gajo tava a gostar da estadia) e ainda tenho um terceiro. Tou à espera que ele se farte de habitar no dedo grande do meu pé esquerdo para o sacar de lá para fora.

O hotel é bom, embora tenha alguns defeitos provavelmente consequência da falta de experiência generalizada da mão-de-obra croata. Não podemos esquecer que o país foi assolado por uma guerra, breve mas destruidora, em 1991/1992. Só em 2000 é que o investimento turístico regressou e começaram a aparecer hoteis mais ou menos como cogumelos (não é bem como cogumelos porque às vezes aparecem cogumelos em cima de outros cogumelos e com os hoteis não é bem assim que lá a câmara municipal ou o equivalente a isso não deixa).

A moeda oficial é a kuna, que se divide em 100 lipas e vale aproximadamente 1/7 de euro. Mas o nível de vida não é propriamente barato. Sendo uma zona turística, os preços são p'ra turistas. Pelo menos nas zonas mais procuradas.

Capítulo 3 - os dias a passar e eu a não fazer nenhum

A rotina era um manancial de inactividade, pontilhado aqui e ali por algum consumo de energia para ir à casa de banho ou para as refeições. O trajecto era: acordar - pequeno almoço - "praia" (vou usar aspas para falar de praias com calhaus; quando falar de praias de areia não uso as aspas) - almoço (um hamburger ou assim) - praia - duche - jantar - dormir. Mas também fiz outras coisas, que eu sou moço intelectual e gosto de ver prédios e assim. Fiz duas incursões ao centro da cidade (com mais de 1400 anos, mas bem recuperada da guerra) que fica dentro de muralhas; uma durante o dia para ver os turistas todos e comprar suvenires e tralhas e postais e assim. A outra à noite para ver uns gajos a tocar coisas com cordas, tipo violinos e pianos e assim, para me armar em fino. Não tocaram nenhuma peça que eu conhecesse e não conhecia os músicos. É bem feito, porque eles também não me conheciam de lado nenhum e as peças também não.

Para aplacar tanto tédio volta e meia resolvi jogar pingue-pongue. Mas fico-me por aqui e não vou falar dos resultados porque ainda estou a digerir uma ... bom, digamos que uma cabazadazinha que levei. Tinha piada jogar pingue-pongue até começar a perder jogos de empreitada. Aí fartei-me um bocado e amuei. Como os putos. Só que eu não batia os pés porque tava descalço e aquilo aleija.

Capítulo 4 - Calhaus no meio da água. Acho que se chamam ilhas

Um belo dia resolvemos ir numa daquelas excursões organizadas, cheias de turistas. A umas ilhas. Bem nos lixámos. Quer dizer, as ilhas até eram engraçadas, mas quem vê uma vê todas, e levámos com 3 ilhas ao longo do dia. O barco era muito giro, uma espécie de galeão do século XVI (embora a guia turística lhe tenha chamado caravela, mas para ela caravelas e catamarans deve ser tudo a mesma coisa; é como eu: se anda na água é um barco e fico-me por aí; com os animais é a mesma coisa: se anda na água é peixe. Por exemplo, as sardinhas, carapaus, tubarões, golfinhos, baleias, pinguins e cágados). Esta coisa dos barcos reconstruídos a fingir que são coisas velhas tem muita piada, gostei muito. Durante 10 minutos. Depois fartei-me. Principalmente à medida que nos íamos cruzando com outros barcos, menos charmosos, mas cujos passageiros estavam de fato de banho e volta e meia o barco parava para a malta mandar um mergulho. Isso é que é serviço!

Uma das ilhas, a terceira, já eu deitava ilhas pelos olhos, tinha uma praia de areia, que nos anunciaram como sendo "espectacular". Chama-se Sunj Beach (deve ler-se Suni Beach, penso eu; é adequado). "É do outro lado da ilha, mas vai-se bem a pé". Vai, o caralho! Vai tu! Se eu soubesse tinha roubado uma bicicleta a um puto! Não é muito difícil, mas é meio a subir e meio por um caminho entre as árvores (segundo dizia a placa, era um "Shortcut through the forest - the fairytale path". Mas não vi o lobo mau, só vi três porquinhos a passar a correr). Mas pronto, armámo-nos em fortes (embora não tanto quanto um espanhol que ultrapassámos que estava a fazer o caminho pelo menos das pedras descalço!) e lá chegámos ao nosso destino: uma tira de areia com 100 metros de comprimento, 15 metros de largura, areia fina e algo suja e 394 pessoas por metro quadrado. 45 minutos depois távamos a voltar para trás e outros 15 minutos depois tava a afogar as mágoas numa esplanada. Com a cerveja local que não é nada má.

Capítulo 5 - o Montenegro, esse desconhecido

Outra das excursões que fizemos foi ao Montenegro. Crna Gora na língua deles. E aí, digo-vos, fiquei impressionado! Para já porque na terra de ninguém, entre as duas fronteiras, parámos no Duty-free e consegui comprar volumes de LM vermelho a 6 euros o pacote! São 60 cêntimos por maço!!! (nota para quem não fuma: em Portugal é 3 euros). O Marlboro já era diferente, era uma pequena fortuna: 1,20 euros o maço (em Portugal é 3,25). E qualquer país que tenha tabaco barato tem o meu apreço! A viagem começou por uma cidade chamada Herzeg Novi, algo feiosa (e brinda os seus visitantes vindos da Croácia com o Instituto Dr. Milosevic, logo à entrada da cidade) mas encostada à água, a uma baía lindíssima. Continuamos e vemos que a seguir a essa baía há outra e depois outra, e depois outra. São 4 baías em sequência (só a primeira é que dá para o Adriático) ladeadas de paredes de rocha com centenas de metros de altitude, chegando a 1000 m de altitude na última baía (baía de Kotor)!!! 1000 metros de calhau ali encostado à água. A vista é fabulosa, digo-vos já. Merece uma visita atenta.

Paragem obrigatória: a cidade de Kotor, com umas belas muralhas (e resistentes também, ao que parece), muito engraçada e sobretudo... barata! É verdade, o Montenegro é barato! É preços de cá. Mas não é preços de cá como são no Algarve na época alta! É preço normal! Bebi um café em Kotor por 60 cêntimos (a moeda oficial do Montenegro é o euro; como os gajos vão aderir à UE de qualquer maneira não adiantava muito tar a inventar uma moeda só por 10 anos). Por esta altura eu estava fascinado com o Montenegro. E quem também está fascinado é o Abrahamovic, que parece que já comprou metade do país. O barco dele tava atracado em Kotor. É grandito, sim senhor...

A partir daí foi sempre a descer. Quer dizer, primeiro foi a subir, mas foi a subir a montanha. Estrada acima, 1000 metros em altitude (recuando talvez 200 ou 300 metros a partir da linha de costa), podendo ver quilómetros em redor! A estrada é estreitíssima (dois carros ligeiros cruzam-se com alguma dificuldade) e tem dois sentidos. E dezenas de autocarros por hora! A regra para os cruzamentos é a seguinte: o maior passa. O menor é bom que faça marcha-atrás rapidamente até um local onde dê para se cruzarem, senão vai lá parar abaixo. Haviam de ver a cara de um turista alemão que foi quase literalmente empurrado pelo nosso autocarro ao longo de uns 200 metros até conseguir encostar o carro à berma!

Lá em cima despedimo-nos do mar e chegamos à cidade de Shnhé-shnhé-shnhé (escrece-se Cetinje e lê-se cétinhe ou parecido, mas o nome que lhe dei é mais adequado). Entrámos no Montenegro rural. Aquele que eu esperava encontrar: cidades de interior, no meio das montanhas, velhas e semi-sujas, e uma população que não fala inglês. Mas são muito prestáveis, e assim que percebem que somos estrangeiros e não falamos sérvio começam logo a falar em russo! O que ajuda imenso, porque ao ver a nossa cara de espanto mudam logo para a linguagem gestual (aquela que permite até que um polinésio consiga pedir um bife num restaurante de Budapeste). Uma coisa é certa: os recuerdos naquele sítio são baratos. T-shirts a 4 euros, pulseiras e bugigangas a 1 euro, coisas assim. Fora isso, nesta cidade parece que a única coisa que há para fazer é ver museus e morrer devagarinho. Era a antiga capital do Montenegro e parece que só vive disso. De ser a antiga capital do Montenegro. Até a ilha do Corvo deve ter mais agitação que aquela pasmaceira.

De bom grado saímos dali e seguimos, novamente para o Adriático, para a cidade de Budva. Por uma estrada diferente, felizmente! Estava satisfeito por sair daquela cidade que parecia tirada de um filme de terror de série B, povoada de dizeres fantasmagóricos em cirílico e seres que falam sérvio e russo e parecem zombies. A caminho de Budva, numa descida, plena estrada de montanha com curvas apertadas e um precipício à direita, 2 faixas a subir, 1 a descer, traço contínuo (mas porque raio é que ele tá a descrever a estrada, pá?), paramos num engarrafamento. Tudo parado! E eu a pensar mas que raio, há assim tantos carros no Montenegro? E depois comecei a ver os carros ligeiros a ultrapassar a fila (fora de mão, pois claro), a descer a todo o gás, e a meterem-se mais à frente. Mais ou menos como na A5 ou no IC19 naquelas sextas-feiras más, mas fora de mão e sem ver se há carros de frente! E depois... o autocarro moveu-se. Mas não foi para a frente, foi para a esquerda! E desatou a descer furiosamente fora de mão, a ultrapassar a fila também! Eu só rezava a todos os santos (porque não sei o nome de nenhum em particular, eu rezava ao primeiro que me ouvisse!) e só queria é que houvesse uma explicação lógica e razoável para o facto. E havia. Era lógica. Razoável é que não. Havia um incêndio e o trânsito estava condicionado. O trânsito a subir estava cortado (mas não havia maneira de saber isso de antemão) e vai de descer à chico-esperto que nalgum sítio haverá um buraco. Fácil de dizer, fácil de fazer quando se conduz um autocarro: um chega p'ra lá subtil e aparece logo sítio para voltar a entrar na fila.

Budva é uma cidade de férias enorme, a parte antiga é bastante bonita, e tem boas praias de areia (sobrepovoadas, pois claro) muito próximas. Bem vistas as coisas a costa do Montenegro tem um imenso potencial turístico! Esperemos que o saibam aproveitar. Enquanto não souberem, vão passar férias lá que é razoavelmente barato!

Capítulo não sei quantas - danos colaterais

Dubrovnik teve em chamas durante uns 4 dias enquanto estive lá. O incêndio começou na Bósnia, passou para a Croácia e chegou quase ao Montenegro. Dado o facto de o terreno ser muito acidentado o acesso aos bombeiros era difícil e o incêndio alastrou ameçando bastantes aldeias (e queimando algumas casas). O combate foi feito por via aérea com aviões Canadair que atestavam os seus depósitos de 9000 litros de água mesmo à frente do meu hotel. Fiquei impressionado com a brutalidade da manobra! O avião abranda de forma brusca quando toca na água e sobe de forma extremamente lenta depois de carregado. E fazia este ritual de 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos. às páginas tantas eram 3 aviões em simultâneo a combater o incêndio. A coisa caricata era o facto de usarem água salgada. Além de provavelmente não ser muito saudável para o avião também não será muito saudável para os terrenos. Mas pronto, eles lá saberão e provavelmente não havia água doce à disposição. E quem não tem cão...

Capítulo último e tal - disposições finais

Na Croácia fala-se croata. Na Sérvia fala-se sérvio. As duas línguas são muito parecidas. Um sérvio e um croata entendem-se perfeitamente. O que não deixa de ser irónico tendo em conta que não se entendem nem à lei da bala.

No Montenegro fala-se montenegrino. Que é sérvio mas com sotaque. Só que eles não gostam que se diga isso.

E... ninguém pensou que... talvez...

o culpado seja o gato??? (cliquem no link abaixo)

Miau, miau

(obrigado Mariana)

Palavras para quê?

Sem comentários: Destruidor de papel alimentado por hamster.

(obrigado Pedro)

14 agosto 2007

Sondagem de regresso de férias

40% dos leitores do Ó faxavor! não tem férias este ano. É normal, cada um tem o que merece. Para o ano que vem passem menos tempo a ler blogs que logo vos sobra tempo para ir de férias :P

Para comemorar o regresso, fica aí a sondagem nova. Toca a votar.

Ante et post

Antes de ir de férias quase não se falava na Maddie. Depois de vir de férias não se fala de outra coisa. Ela por acaso não foi raptada outra vez enquanto estive fora, não?

A tese...

Os relatos das férias ficam prometidos para breve, porque agora estou a reler a tese para entregar durante esta semana. E quero despachar esta coisa que já começa a ganhar mofo.

Comecei há bocado a reler tudo e já me deparei com uma dificuldade: quando se trata com objectos matemáticos chamados "formas diferenciais" tem de se evitar usar frases lindas como "Dito de outra forma, a forma w toma a seguinte forma", usando o seu equivalente "De outro modo, a forma w tem a seguinte expressão". São as limitações da língua portuguesa...

(nota: não perguntem o que são formas diferenciais a menos que queiram mesmo saber a resposta; é que se perguntarem eu explico!)

05 agosto 2007

Coisas de férias

(em directo de Dubrovnik, a cerca de 18 metros do Mar Adriático)

Em primeiro lugar gostaria de salientar que tenho o Blogger em Croata. O que me dificulta um bocadito a vida. Por exemplo, para fazer Publish tenho de clicar num botão que diz "objavi post" que, como a parca experiência me diz, não se lê como se escreve. E para guardar um rascunho tenho de clicar em "Spremi sad". Adiante...

Tou de férias há uma semana e devo dizer que não estou a gostar nada. Um gajo de férias sente-se quase que obrigado a divertir-se e isso tira a piada toda à diversão. Se a diversão é obrigatória deixa de ser diversão e passa a ser uma espécie de trabalho, não é? 11 meses por ano temos um emprego onde fazemos coisas que supostamente não nos divertem e no 12º mês temos outro emprego onde é suposto divertirmo-nos! É uma pressão completamente desnecessária e digo-vos que isto de um gajo se divertir por obrigação não é nada divertido. Por outro lado, quando nos divertimos por diversão diverte bastante.

Mas as férias têm uma coisa boa. Permitem-nos pensar em coisas às quais habitualmente não dedicamos muito tempo. Porque em férias não há rigorosamente nada a fazer excepto satisfazer as nossas necessidades fisiológicas (a propósito, detesto a semelhança entre as palavras fisiológica e fisionómica; tou-me sempre a enganar o que me provoca significativos transtornos). Além de comer, dormir, ir à casa de banho, não existe nenhuma outra obrigação. O resto faz-se porque apetece. Dorme-se ao Sol, bebem-se margueritas, tiram-se fotografias, etc. Mas sem qualquer obrigação especial de o fazer. Por exemplo, hoje não bebi margueritas, bebi um mojito. Porque não me senti obrigado a beber uma marguerita. Por outro lado, de manhã fui fazer chichi, senti-me como que obrigado a ir.

E numa das minhas sestas ao Sol, entre sonho e delírio, tive uma visão. Uma visão, não, foi quase como que uma epifania! Apareceu-me o Darth Vader em sonhos. E disse-me "Don't forget the stormtroopers!". Devo dizer que na altura fiquei um bocado alheado da coisa e não liguei a devida importância. Mas depois, quando me levantei do bar depois de beber 3 mojitos e bater com a cabeça numa trave, ocorreu-me o que o Darth Vader queria dizer!

O que é que acontece aos stormtroopers (para quem não sabe: os stormtroopers são as tropas do exército imperial; aqueles dos capacetes brancos que tanto jeito davam para camuflagem, mas só em planetas gelados, como no The Empire Strikes Back) no fim da saga Star Wars? Sim, toda a gente viu que o Han Solo ficou com a Leia, o Chewie ficou a fazer de pau de cabeleira, o Luke deve ter fundado um mosteiro Jedi ou coisa assim, o Vader morreu, o imperador também, mas... o que é feito do exército de stormtroopers que existem em todos os planetas dominados pelo Imperador? Eram milhões deles! E não pensem que a resposta "então, foram à sua vida, voltaram para as famílias, alguns casaram e tiveram filhos e começaram um negócio de transportes" é satisfatória! Não senhor! É que (ver Episode II: The Clone Wars) os stormtroopers são todos clones de um único indivíduo, o Jango Fett. E ninguém se importa com isto? Quando cai o império não é só um reinado de terror que desaparece! É também o ordenado de uns milhões de gajos que não sabem fazer nada a não ser disparar tiros de pistolas laser contra árvores (são os piores atiradores da galáxia, em toda a saga Star Wars vi-os acertar uns 2 ou 3 tiros; e dispararam centenas!) e tendo como única características distintiva o facto de serem a cara chapada de um conhecido criminoso há muito morto! São todos iguais uns aos outros! O que é que eles vão fazer no fim? Pior, imaginem que um deles, por não encontrar emprego, começa a roubar coisas, tipo naves e assim. Vão fazer o quê? Afixar posters a dizer "Wanted" com a fotografia do suspeito? Há milhões de gajos com a mesma cara! Uma atitude dessas é coisa para dar merda, ouçam bem o que vos digo.

Naquela galáxia não há, obviamente, comités de ética que proibam a clonagem de pessoas como temos por cá. São muito avançados, mas comités de ética é coisa que não têm. Ainda fiquei umas horas a pensar nesta questão, mas como não cheguei a nenhuma conclusão resolvi voltar a dormir. Até porque ainda me doia a cabeça da porrada que dei na trave. A trave ficou bem, não ficou com marcas do impacto.

01 agosto 2007

Falar sobre o tempo

Quase de partida. Compras feitas, mala quase pronta, bilhete na mão. Xauzinho malta, vou apanhar sol para a Croácia. Depois mando um postal de lá. Ou não.

E parece que o tempo por lá vai tar bom. Solzinho e uns agradáveis 30ºC de máxima (mínimas de cerca de 20ºC). Melhor que os 36º que o weather.com prevê para Lx para daqui a 3 dias, han?

PS: ontem houve um desbocado que resolveu denunciar a minha presença no IST em pleno período de férias. Pois, há coisas que têm de ser feitas, e o raio da tese era uma delas. Tava quase feita há demasiado tempo. Ontem acabou-se o quase. Falta a última leitura à procura de gralhas, formatar a capa, entregar na secretaria e esperar pela defesa.