A economia cresce pouco, cresce muito, não cresce nada, diminui um bocadito, afunda-se, melhora. Os indicadores são regularmente publicados e amplamente discutidos por toda a gente com direito a opinião e também por alguns que não o deviam ter.
Debatem-se os méritos e as responsabilidades, acusa-se e responde-se a acusações.
De um lado apontam-se os erros do passado, os méritos do presente, os sonhos para o futuro. Do outro lado fala-se nas memórias do passado, os erros do presente e os receios para o futuro.
Mas... quem contribui mais para o crescimento da economia? Que medidas concretas podem ser imputadas a um ou outro partido, a um ou outro estilo de governação? O povo, regra geral, fica sempre na mesma porque o discurso político não muda: "se foi feito por nós é bom, se foi feito por eles é mau".
Acho que está na altura de chamar a atenção para um pormenor que está a passar despercebido. Com a conivência, aliás com a contribuição activa, da comunicação social, que escamoteia o facto para tentar manter o povo na ignorância.
E o pormenor é o seguinte: Luís Filipe Menezes faz mais pelo crescimento económico português que muitos dos anteriores líderes, quer do PSD quer do PS, enquando líderes da oposição, todos juntos. Claro que não podemos comparar o seu desempenho com o de um primeiro-ministro em funções, porque está em larga desvantagem. Mas podemos compará-lo com a influência, benéfica ou maléfica dos líderes da oposição do passado: Ferro Rodrigues, Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, entre outros.
E a razão é muito simples: habitualmente os líderes partidários são também deputados, mas Luís Filipe Menezes não é, é autarca, Presidente da C. M. de Gaia. Não é pela diferença de ordenado que há qualquer impulso à economia, porque o número de deputados não diminui, mas é pela acção da comunicação social: é que se, em geral, basta uma ida a S. Bento para recolher as opiniões dos vários líderes partidários sobre uma determinada matéria, agora, com Menezes em Gaia à frente do PSD, de cada vez que o Governo dá um pum, toca de mandar uma equipa de reportagem da Antena 1, outra da TSF, outra da RR, mais uma da SIC, outra da RTP, uma da TVI e finalmente uma equipa da Lusa fazer 300 km, montar o estaminé, perguntar o que for de perguntar, sabendo já de antemão que as respostas não vão variar muito em relação ao previsto, arrumar o estaminé, carregar o carro e toca de fazer os 300 km de regresso a Lisboa.
Só em portagens e gasóleo as opiniões de Menezes são bem capazes de valer umas centésimas de ponto percentual do PIB. Isto já para não falar nos almoços fora, cafezinhos e o monta/desmonta de carros de exteriores e respectivos geradores de electricidade, ligações satélite, etc. Menezes faz, por isso, muito melhor à economia portuguesa que Marques Mendes e só por essa razão já merece algum crédito. Deve ser a primeira vez que um líder da oposição é directamente responsável por melhorar a economia, fazendo ficar bem visto o governo a que o próprio se opõe.
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3 comentários:
lool esta bem visto o teu post... agora isso das distancias, esses orgaos de com. tem estudios no porto, logo sao eles ke cobrem a zona norte... assimcm ha uma delegaçao na zona centro :)
isso é um grandessíssimo disparate, não achas? Se assim fosse, porque é que o Alberto João Jardim está sempre a falar nos cubanos de Lisboa quando se refere aos jornalistas e/ou políticos do Continente? Se assim fosse porque é que as gentes do Norte alegam tanta discriminação na comunicação social favorecendo Lisboa? É óbvio que é por uma única razão: as "delegações" noutros locais só cobrem histórias de caca, como a velhinha que esteve 6 horas À espera de uma consulta e o médico não apareceu porque estava de diarreia, a as coisas mesmo importantes, assim tipo opiniões de líderes da oposição são todas tratadas centralmente, dentro do círculo de influência do terreiro do paço. Não é?
Só sei que nada sei...
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