A minha digressão bloguística de hoje: espreitei o Blasfémias para ver o que diziam sobre o referendo; vi um post algo enigmático, segui os links e fui parar ao Causa Nossa. E lá encontrei este post, assinado por Vital Moreira (por coincidência, uma das poucas pessoas que gostei de ouvir falar na campanha do referendo, mas isso já são contas de outro rosário).
Segui os dois links, deveras curioso, e fiquei verde de inveja! Porque nem eu conseguiria de forma tão espectacular distorcer a lógica em prol da minha tese. Eu nunca me lembraria de dizer, nunca, jamais, em tempo algum, que uma abstenção superior a 50% no referendo proíbe a alteração legislativa proposta no mesmo referendo. (muito embora já tenha conseguido dizer, e com cara séria, que com o Sim no referendo o aborto passa a ser obrigatório e quem não o fizer arrisca-se a uma pena de 3 anos de prisão). O meu novo herói é Luis Delgado, pessoa cuja lógica e capacidade de virar o bico ao prego já admiro faz tempo mas que agora se assumiu como uma espécie de semi-deus.
O meu outro novo heroi é, sem dúvida, o homem simples, Luis Filipe Menezes. O próprio. O homem que consegue somar abstencionistas, brancos, nulos, nãos, gente que não pode votar porque ainda não tem 18 anos e imigrantes ilegais e extrapolar isto tudo para um cartão amarelo ao governo de Sócrates, dado por 80% da população. Sim, porque o Sim teve 59% dos votos expressos; teve um pouco mais de 25% dos eleitores registados e teve cerca de 22% da população portuguesa. Para que os descontentes com o governo consigam somar os 80% de Menezes só mesmo somando aquela gente toda! É que 2.2 milhões de votos são 20% de 11 milhões de pessoas, o que me parece ser mais ou menos a quantidade de gente que mora neste cantinho à beira mar plantado. Se Menezes é candidato a liderar o PSD Sócrates tem todo o interesse em financiar a sua campanha.
Quanto a mim, espero humildemente pela publicação das obras completas destes dois grandes homens, que lerei com avidez tentando sorver os seus ensinamentos para, quem sabe, um dia poder atirar com bacoradas destas e ter a lata de aparecer em público no dia seguinte.
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