06 julho 2006

Vacina contra o tabaco

Inventaram a vacina contra o tabaco. A coisa funciona assim: a vacina produz anticorpos que se ligam às moléculas de nicotina e impedem que estas cheguem aos centros de prazer do cérebro. Quer dizer... a malta continua a gastar dinheiro em tabaco e a coisa deixa de saber bem ainda por cima! Tá-se mesmo a ver... esta gente tem de se lembrar de uma coisa: se o problema do tabaco fosse só a habituação à nicotina era facílimo deixar de fumar! Ao fim de uns dias (não muitos), a dependência física desaparece. O problema é o vício de:
  • Acender um cigarro ao sair de casa
  • Ver se tenho moedas para ir à máquina do tabaco
  • Acender um cigarro com o café
  • Segurar o cigarro na mão (dou por mim a segurar um pau de giz ou uma caneta na mesma posição)
  • Acender um cigarro quando se está à espera de alguma coisa
  • Andar com o maço de tabaco no bolso das calças (sem tabaco parece que falta qualquer coisa)
  • Fumar um cigarro depois da refeição
  • Fumar um cigarro quando outra pessoa fuma um cigarro

Não há vacina contra estes vícios. Um gajo até já nem tem tolerância à nicotina, fica zonzo com o cigarro e tudo, mas sempre que se acende um isqueiro a 50 metros de distância viramo-nos logo. Uma pessoa fuma no restaurante e sente-se logo o cheiro.

Se o problema fosse só a nicotina, bastavam as nicorette, não? Pois, também já experimentei disso. Cheguei a fumar um cigarro entre duas pastilhas! O problema do tabaco é que a memória do prazer que dá não desaparece! Esse é que é o problema!

Ainda por cima a vacina tem um prazo de 30 dias apenas. Tou mesmo a ver a malta a marcar no calendário o dia D, 30 dias passados sobre a vacinação. D de "Deste dia em diante o tabaco vai voltar a saber bem".

E para terminar, o ABC do Tabaco:

Aaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Bom dia! Sai um cigarro para acordar.
Café e cigarro logo de manhã.
Dava tudo por um cigarro.
E lume, já agora.
Foda-se, ninguém tem um cigarro?
Ganda queca. E depois, um cigarro.
Há dias em que fumo uns atrás dos outros.
Isqueiro extra na porta do carro, outro no escritório.
Já tou farto de esperar pelo autocarro. Sai um cigarro.
Lá vem o autocarro. Apago o cigarro.
Merda! Não é o meu. Acendo outro.
Nicotina também alimenta.
O tabaco aumentou outra vez.
Paciência. Gasto mais dinheiro.
Quanto é que é um Português vermelho agora?
Raios partam esta merda! Tanto?
Seja um Pall Mall então.
Tem trocos para a máquina?
Um cigarro depois do jantar.
Vai mais outro.
Xarutada antes de dormir.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

3 comentários:

Issima disse...

Primeiro comentario: porque acendes o cigarro com o cafe? porque não usas um isqueiro como toda a gente??


: ))

(já volto, vou continuar a ler...)

Issima disse...

: )))

pois q amei este post... Não sou fumadora, mas fumei durante 12 anos e sei bem do q falas... Nunca fumei em jejum... arghhhhhh
Mas, sem qq duvida, o cigarro que me faz mais falta é, depois de uma grande queca, num local especifico (n na cama... aí é mais mimo e nem nunca me lembrava de me levantar para fumar) acender um cigarro e deixar-me envolver por aquelas 3 primeiras passas....

(suspiro)

E sp fui de fumar azul... Portista até nisso, valha-me Deus!!! : ))

Grande, grande post!!
Um grande beijo


(e reconsidera lá e acende cigarros SÓ com fogo... Boa??!!)

Nelson disse...

Obrigado pelo sábio conselho. Com o café de facto não dá muito jeito... os cigarros ficam todos molhados ;)