Bem-vindos ao primeiro post documental sobre vida selvagem do "Ó faxavor!".
Hoje venho falar-vos do animal que na minha opinião tem a vida mais estúpida do planeta: a lagosta de aquário de restaurante! Reparem bem nos bichos da próxima vez que forem a um restaurante que tenha um aquário com lagostas. Os aquários são minúsculos, e estão sobre povoados com lagostas. Conseguem ter uma densidade populacional maior que o IC19 às 8:30 da manhã! Os pobres bichos quando resolvem ir dar uma voltinha chegam ao fim do aquário em menos de 1 minuto andaram a pisar as outras lagostas todas! Se elas falassem, estávamos sempre a ouvir "ai, desculpe" de cada vez que uma lagosta se mexesse... e depois, chegam ao fim do aquário, e fazem o quê? Voltam para trás!
É claro que as lagostas depois ficam deprimidas e sonham com poder sair do aquário e ver o mundo! De vez em quando uma delas consegue sair! O que se seque é uma transcrição dos pensamentos de uma lagosta que foi retirada do aquário, obtida com equipamento muito sofisticado ao qual tive acesso: "Eia, boa, vou sair daqui! Xauzinho palhaços! Fiquem p'raí a andar para trás e para a frente, eu vou embora!!! Eia, tanta gente no restaurante... gente bem vestida... olha, uma porta. Ah, é a cozinha. Se calhar a saída é por ali. Hey! A saída da cozinha não é por aí totó! Isso é o fogão. O quê? vais-me dar jantar? porreiro. Tira lá a tampa da panela para eu ver o que é que vou comer. Ó bacano! Isto só tem água a ferver meu! E a comidinha, tá onde? Han? Oh, foda-se!". E isto é o ponto alto da vida de uma lagosta!
Mesmo assim os peixes conseguem divertir-se mais. Como não têm memória, nadam para trás e para a frente e quando chegam ao fim do aquário, viram-se para o outro lado e vão explorar o desconhecido... outra vez. Mais uma vez segue-se uma transcrição dos pensamentos de um peixe num aquário: "Tra la la.... olha, vidro. Vou voltar para trás. Olha um castelo! Que fixe! Tra la la.... olha, vidro. Vou voltar para trás. Olha um castelo! Que fixe! Tra la la.... olha, vidro. Vou voltar para trás. Olha um castelo! Que fixe!". E depois, encontram sempre amigos novos. Um peixe passa por outro e têm este diálogo: "Olá, eu sou o João. E tu?" e o outro responde "Eu sou o Jeremias, muito prazer". Chegam ao fim do aquário, voltam para trás e quando se cruzam o primeiro diz "Olá, eu sou o João. E tu?" e o outro responde "Eu sou o Jeremias, muito prazer". E assim andam sempre a conhecer gente nova!
A propósito de peixes, esta história dos peixes não terem memória é complicada para quem tem peixes em casa. Se derem comida demais a um peixe ele pode morrer porque continua a comer até rebentar. Basicamente, o peixe nada, olha para cima vê coisinhas a flutuar e pensa: "olha, coisinhas a flutuar. será bom para comer? hmmmm, é bom!". E passados 30 segundos, ele continua a nadar, olha para cima e pensa "olha, coisinhas a flutuar. será bom para comer? hmmmm, é bom!". E assim continua enquanto houver coisinhas a flutuar...
É por isso que os peixes, ao contrário das lagostas, não ficam deprimidos: estão sempre a descobrir coisas novas!
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