29 fevereiro 2008

Overdue

Eu sei, eu sei, tenho-me andado a borrifar para os meus leitores e isto assim não anda.

Mas eu explico (até porque tenho uma grande lata e arranjo desculpas para tudo!).

Em Janeiro entreguei a carta. Aquela que diz que dentro de 60 dias quero mudar de ares. Hoje é o dia em que mudo de ares. Vou deixar de fazer aquilo que faço e vou passar a fazer outra coisa. A bem ver, algumas das coisas que vou fazer são iguais a algumas das coisas que faço. Mas há coisas que vou passar a fazer que não fazia e há outras que fazia que deixo de fazer. Tão a perceber? Era isto que eu fazia para ganhar a vida. Fazia coisas, algumas das quais continuarei a fazer e outras não. O que muda, radicalmente, o sítio.

Enfim, resolvi dar um abanão à minha vida profissional.

A partir de hoje ando de transportes (AAAAAAAAAAAAAAAAH!) com o iPod e um livro a fazer companhia. Deixo de ter portátil (e é tão lindo o portátil, pá! Um 12 polegadas com 1,7 kg) mas compenso com um computador de secretária que já comprei (com um brutal LCD de 22" que é um espectáculo para ver a primeira temporada do Dexter que já saquei, errr.... comprei, que comprei). Mas vou passar a trabalhar mais tempo em casa e menos tempo fora, e vou deixar de ter horário fixo. Passo a mandar e desmandar na minha agenda. E posso dar-me ao luxo de dizer que não faço alguma coisa porque não me apetece. Até hoje, se não me apetecia fazer, não fazia, mas tinha de arranjar uma desculpa qualquer semi-válida ;)

E por isso as últimas semanas têm sido mais ocupadas. Tem sido tempo de arrumar a tasca. Finalizar assuntos, documentar procedimentos, passar a pasta aos poucos. O que é possível passar, que há coisas que só se transferem por osmose e a osmose requer muito tempo de convivência entre quem sabe e quem quer saber ou precisa de saber.

A partir de segunda-feira já começarei a reportar ao vivo e a cores a partir do meu novo escritório hi-tech: a minha sala de estar.

Até lá, tenho aqui ao lado um papel com 5 coisas assinaladas às quais devo dar um pouco de atenção, que só me sobram cerca de 2 horas e meia. O Ó faxavor! segue dentro de momentos.

27 fevereiro 2008

O fio do telefone

Há telefones com fios e sem fios. E há vantagens na escolha de um e de outro. Por exemplo, os telefones sem fios permitem-nos maior liberdade de acção e até, dependendo do alcance da transmissão, ir ao café com o telefone fixo no bolso e não perder as chamadas do telefone lá de casa. Geralmente todos têm uma lista telefónica que nos facilita o trabalho de fazer chamadas. Não precisamos decorar ou ter papelinhos com os números de telefone mais importantes. Por outro lado os telefones com fios têm duas grandes vantagens, a meu ver: nunca ficam sem bateria nem sem sinal e são muito mais baratos. Tão baratos que em geral o operador de telefones oferece-nos (aliás, empresta!) um.

Mas há uma diferença que faz toda a diferença, passe a expressão. E que me faz optar por telefones sem fios em detrimento dos telefones com fios: é o fio do telefone. Esta frase pode parecer bastante estúpida (e provavelmente é), mas tem razão de ser. O fio do telefone, aquele que liga o telefone ao auscultador, acaba sempre por ficar amarfanhado. Cheio de voltas e mais voltinhas. O meu telefone no escritório está sempre assim. E não vale a pena desenrolar o fio do auscultador, porque uns dias depois volta à mesma. Acho que já é a posição natural do fio deste telefone: amarfanhado.

O amarfanhamento de fios de telefone é como os nós que aparecem num rolo de fio de nylon. Aparecem por geração espontânea e o máximo que podemos fazer é, após constatar o seu aparecimento, encolher os ombros em resignação e desatá-los. Seria de esperar que, em 2008, com tanta tecnologia disponível, já tivessem sido inventados fios de telefone anti-amarfanhamento e rolos de fio de nylon anti-nós. Mas não, a malta que inventa coisas prefere inventar esquemas para poder ver um jogo de futebol multi-câmaras, mesmo que só se tenha uma televisão, o que só faz com que a malta esteja permanentemente a perder lances por andar a brincar aos realizadores. Inventar um fio de telefone que não se amarfanhe? Não, isso não tem jeito nenhum, não vai servir para nada. E então inventar um esquema para pôr a malta a fingir que sabe realizar um jogo de futebol? Eh pá, isso é que é uma grande ideia!

Foi por razões profundas como esta que decidi deixar de ser cientista. E não me arrependo. Sou contra o amarfanhamento de fios de telefone e a favor dos jogos de futebol com realização feita por profissionais e em canais de sinal aberto.

26 fevereiro 2008

Dia longo...

Dia muito longo.
Ainda não jantei.
Mais novidades após dormir.
Desculpem lá o mau jeito.

A verdade é que estou em processo de mudança de computador, ainda não tenho os bookmarks à mão, não tenho as aplicações necessárias (nem as desnecessárias!) instaladas, e os últimos dias no escritório têm sido uma correria.

Mais novidades para breve.

25 fevereiro 2008

Querer!

Diz Soares Franco, presidente do Sporting que queremos ganhar mais campeonatos que o Benfica, queremos ganhar ao Benfica, queremos ser melhores que o Benfica.

Pois, só que ganhar mais campeonatos que o Benfica, ganhar ao Benfica e ser melhor que o Benfica não é para quem quer. É para quem pode. E o Sporting, está visto, não pode.

24 fevereiro 2008

Não há duas sem três

O Esportém jogou com o Setúbal.
É a terceira vez esta época.

Para a Taça da Liga, perderam.
Na primeira volta do campeonato, empataram.
E hoje, na segunda volta do campeonato, voltaram a perder.

São estas pequenas coisas que alegram os meus fins de semana quando o Benfica não ganha (empatámos com o Braga).

Ah, sim, e a cereja no topo do bolo: o Benfica continua com 4 pontos de avanço para o terceiro classificado. Só que agora o terceiro classificado é o Guimarães!

22 fevereiro 2008

Elevador

Elevadores em sítios assim cheios de gente costumam ter dois botões. Um para quem quer subir, outro para quem quer descer. Curiosamente não têm nenhum para quem não quer subir nem descer, mas não deve haver muita procura.

Quero-vos falar de um desses elevadores, que está num determinado sítio que não vou mencionar, e é muito à frente. Tão à frente que os botões até têm a sua função escrita em braile, para que os utentes invisuais possam saber em que botão carregar. É um elevador muito consciente da sua obrigação social, tá-se mesmo a ver.

E num dos pisos reparei que o botão para cima está... virado ao contrário. Para quem vê é fácil perceber que o botão está ao contrário, porque seria estúpido ter dois botões para descer e nenhum para subir. Afinal, uma seta para cima virada ao contrário é uma seta para baixo. Mas... o sinal de subir em braile virado ao contrário é o quê? Às tantas é um insulto qualquer e os cegos até podem ficar ofendidos.

(o elevador em questão encontra-se no Departamento de Física do IST; o botão virado ao contrário está no piso +2)

Auch!

Sem palavras. Sigam o link.

(obrigado Tânia)

Oxímoro

Oxímoro é uma figura de estilo que consiste numa expressão que emprega termos contraditórios (segundo o dicionário online da Priberam).

Exemplo: Autoridades competentes

Snooze

Hoje não precisei de Snooze. Acordei às 7:20, sem despertador (o alarme estava para as 8 horas) e completamente desperto. É um fenómeno que já não acontecia há um ano e tal!

Em regra, o alarme toca ininterruptamente das sete e meia às oito e um quarto, oito e meia, até eu acordar. Depois tenho de me despachar à pressa porque já estou atrasado.

Isto quererá dizer que:
a) finalmente comporto-me como o adulto que supostamente sou
b) antecipava um dia em cheio e por isso acordei cheio de pica
c) os vizinhos de cima resolveram tocar bateria
d) esqueci-me de fechar os estores e levei com o sol na tromba a partir das sete
e) nenhuma das anteriores; a história é pura ficção

21 fevereiro 2008

Jogar à bola

Não jogámos bem. Bom, isto é um grande eufemismo. Fizémos um jogo de merda. Daqueles que às vezes só dá vontade de mudar de canal. Só não mudei porque no outro canal dava o Esportém e não tava p'ra ver a lagartada. Ainda por cima estavam a ganhar e a fazer um grande jogo. Eh pá, ver o Benfica jogar mal dói. Mas ver o Benfica jogar mal sabendo que o Sportém tá a jogar bem, a ganhar com toda a justiça e a dominar o jogo é uma dor que não se consegue explicar. Preferia dar à luz um bezerro com seis meses. Mas vamos ao que interessa: o jogo. Ou melhor, o resultado do jogo. Fizémos uma primeira parte muito fraca mas deu para aguentar o 0-0 (como tínhamos ganho 1-0 na primeira mão dava para safar). Na segunda parte ainda fizémos pior. A 20 minutos do fim estávamos a perder 2-0 e mesmo no fim, no finzinho, marcámos 1 golo que nos dava o apuramento. Era o minuto 90. E depois ainda empatámos já nos descontos.

Podemos analisar o jogo de duas formas distintas.

A primeira é dizer que o Benfica não jogou um cú, que o Nuremberga fez tudo bem feito, que seria um vencedor mais que justo do jogo e da eliminatória. Que os centrais do Benfica meteram férias, que o Luis Filipe é uma nódoa (o lance do segundo golo... bem, nem vos digo nada. Se não viram o jogo vejam o resumo na televisão ou vão ver o lance ao youtube, que contado ninguém acredita), podemos dizer que o Leo, o Petit, o Katsuranis não fizeram grande coisa, que o Maxi Pereira nem se viu, que o Makukula não deu uma para a caixa, que o Nuno Assis só muito raramente acertou uma. Podemos dizer que só o Quim, os postes, muita sorte e uma boa dose de azelhice dos avançados do Nuremberga nos safaram de uma cabazada histórica, que até faria com que o famoso jogo dos 7-0 contra o Celta de Vigo fosse recordado com saudade. Podemos dizer que só no fim, num lance fortuito e com grande intervenção divina é que conseguimos marcar uma cagada de golo. Que só por milagre é que a bola entrou. E até podemos dizer que só a desconcentração do Nuremberga nos descontos, quando precisava de um golo que procurou e que seria justo que obtivesse, permitiu que num lance de contra-ataque fizéssemos o empate.

Esta é uma análise do jogo, decerto terá os seus méritos. Não tenciono discutir qual é a análise certa ou errada, nisto não há certo ou errado. Há análises que servem os nossos propósitos e análises que não servem os nossos propósitos. E essa análise, a que diz que o Benfica levou um banho de bola de um modesto adversário que ocupa somente a terceira posição a contar do fim no campeonato alemão, não me interessa.

Interessa-me antes outra. Interessa-me antes analisar o jogo sob este prisma: o Benfica entrou no jogo com vantagem de 1-0 na eliminatória. Empatar chega, até perder por 1 serve, desde que se marquem golos. O adversário era modesto e, a julgar pela imensidão de oportunidades falhadas, merece bem a posição que ocupa no campeonato. Falta de técnica, falta de frieza no momento da finalização, enfim, falta de qualidade de jogo. E por isso andámos nas calmas, a recuperar dos últimos jogos que têm causado algum desgaste na equipa, poupando os principais artistas do plantel, com ordens para não se esforçarem demasiado e, a bem da competitividade da taça UEFA que é, como todos sabem, o parente pobre da Liga dos Campeões, dar alguma esperança aos alemães. Olhem, terá dito Camacho aos jogadores no balneário ainda antes do jogo começar, isto é tão cagativo que se vos apetecer, se estiverem p'raí virados, até lhes podem dar a primeira parte de avanço que estes gajos não percebem nada de bola. E os jogadores, obreiros e obedientes, assim o fizeram e deixaram que os jogadores do Nuremberga se cansassem, correndo insistentemente atrás da bola, em repetidos lances de ataque, ora pela esquerda, ora pela direita, ora pelo centro, sem nunca conseguirem marcar um golo. Foi um jogo de gestão de expectativas brilhantemente orquestrado por Camacho, que aos poucos foi enervando os jogadores do Nuremberga. Ao intervalo, estando o plano a correr de feição, Camacho apostou uma cartada forte e escolheu a táctica da desmoralização: eh pá, deixem-nos jogar p'raí meia hora, sofram um ou dois golitos se for preciso e virem o resultado no fim! E assim foi! Sob a precisa batuta do Maestro Rui Costa, a equipa foi deixando jogar e até marcar! Aos 75 minutos, foi o golpe de mestre! O Benfica sai para o ataque, domina completamente o jogo, deixando o Nuremberga cada vez mais aflito, a ver que a sua magra vantagem de 2 golos provavelmente não daria para ganhar sequer o jogo, quanto mais a eliminatória e aos 90 minutos, no auge da expectativa alemã, Cardozo, com um lance de génio, vendo a boa posição do guarda-redes resolve rematar frouxo com uma bola saltitante e enrolada com um efeito caprichoso que só o seu maravilhoso pé esquerdo consegue imprimir faz a bola ressaltar duas vezes na relva antes de se aninhar, de forma justa, no fundo da baliza dos alemães. E neste ponto o Benfica domina as operações, foi só esperar 2 minutos e novo golo, desta vez deu para tudo, até para parecer que o Di Maria já tinha perdido ângulo e teria sido melhor passar a bola ao Cardozo. Mas não, tudo fazia parte do plano. O plano de não só eliminar os alemães mas destruir por completo a sua moral, a sua capacidade de resistência, até mesmo a sua vontade de viver.

É, gosto mais desta análise. Podem dizer o que quiserem, mas ver o jogo assim é muito menos frustrante.

Eclipses

A foto é do eclipse do ano passado, não foi desta noite. Não está grande coisa, mas é o que se arranja sem tripé e com uma máquina com algumas limitações (é uma Konica-Minolta Z5; as fotos com baixa iluminação ficam com muito ruido e por isso tive de usar ISO 50 e úma exposição de 4 segundos).



O eclipse de ontem não o pude ver. Ao menos podiam ter marcado o eclipse para horas decentes! Por exemplo ao fim da tarde, teria dado muito mais jeito ao pessoal todo. Não percebo esta mania de fazer os eclipses da Lua sempre a altas horas da madrugada. Ao menos os eclipses do Sol costumam ser de dia!

(acho que fiz a mesma piada no ano passado; desculpem lá, mas estou com falta de imaginação/tempo/vontade - riscar o que não interessa)

20 fevereiro 2008

Apetites

Coisas que me apetece fazer agora:
1. Dormir
2. Comer
3. Ver TV
4. Ler blogs
5. Beber café
6. Fumar um cigarro

Coisas que não me apetece fazer:
1. Trabalhar


Prontos, basicamente é isto

A coisa mais chata

O Porto ontem perdeu. É chato. Eu torço, por regra, a favor das equipas portuguesas nas competições da UEFA. Mas quando perdem aproveito para gozar com eles e dá-me uma certa satisfação ver os golos que sofrem.

Só que ontem o Porto perdeu 1-0 e o golo foi logo aos 4 minutos. Não vi o jogo, só soube o resultado no fim. Hoje ao almoço tava em pulgas à espera do resumo para ver o golo do Shalke 04, que parece que foi um frango. E assim podia gozar com os portistas.

Mas não. O golo foi logo no primeiro lance e por isso, como estava de costas para a televisão, não dei por ela. Quando me virei para ver o resumo já tinha sido o lance do golo.

Mas pronto, nao se perde tudo. Deu para ver as oportunidades de BALIZA ESCANCARADA que os tripeiros falharam.

19 fevereiro 2008

Bancos

O BCP apresentou resultados mauzitos (eh pá! o espanto!!!) e anunciou um aumento de capital de mil milhões de euros.

Errrrrr... tá bem, mas olhem que desta vez não é para financiar a compra das acções com crédito do próprio banco, ok? Esse truque já se usou uma vez e deu buraco.

Atraso

Atrasei-me e a oportunidade passou. Queria visitar Cuba ainda durante o reinado de Fidel (para depois poder visitar Cuba após Fidel e comparar em primeira mão) mas já não vou a tempo.

Fidel é o último dos grandes revolucionários. Daqueles que fizeram as revoluções por convicção. Com a sua saída, as revoluções do mundo ficam a cargo dos Chavez que por aí andam. E entre Chavez e Fidel, venha Fidel.

18 fevereiro 2008

A culpa da chuva

O Ministério do Ambiente diz que a culpa dos estragos provocados pelas chuvas é das autarquias (no fim da notícia pode ler-se que em Lisboa registaram-se 30 mililitros de precipitação em Lisboa entre as 4 e as 5 da manhã. Bom, 30 mililitros não é muito. Agora... se fossem 30 MILIMETROS... alguém que explique ao jornalista do Público que mililitros é uma unidade de volume e que 30 mililitros é o equivalente a um cálice de bagaço enquanto que a precipitação se mede em milímetros, ou seja litros por metro quadrado. UPDATE: também escrevi um comentário à notícia; o comentário não foi publicado, em vez disso mudaram o texto da notícia; e assim o Público, órgão de comunicação social de referência, vai fingindo que não mete a pata na argola; já não é a primeira vez que acontece, acho que vou começar a guardar PDFs das várias versões das notícias).

Mas... de quem é a culpa da chuva? Lê-se no último parágrafo desta notícia que a culpa é de uma depressão instável a oeste da Península Ibérica. Mas... quem? Quem é que tá com uma depressão instável capaz de fazer chover como se não houvesse amanhã? Descubram-no e resolvam o problema de uma vez por todas! (Se fosse uma depressão estável resolvia-se com Prozac 2x ao dia durante uns meses ou anos. Uma depressão instável resolve-se com 2 ou 3 frascos de uma só vez!)

Tens aí um milhão de euros?

Se tiveres aí um milhão de euros a mais, que não te faça falta, dispensa-mo, tá bem?

É que eu quero um destes, mas agora não me dá jeito pagar este guito todo.

Há outros carros anfíbios, claro, mas... ESTE ANDA DEBAIXO DE ÁGUA, MAN!!! DEBAIXO DE ÁGUA!

Kosovo

O Kosovo declarou a independência. A Sérvia não gostou. A maioria dos estados da UE parece que gosta. Mas... se reconhecemos o direito do Kosovo à independência, porque não reconhecemos o mesmo direito ao Chipre do Norte?

Afinal, se o Kosovo é uma região da Sérvia habitada maioritariamente por albaneses, o chipre do Norte é uma região de Chipre habitada maioritariamente por turcos.

Não tenho opinião sobre a independência do Kosovo. Não sei se concordo ou se discordo. Mas não gosto da forma como a UE começa a desenhar as suas intervenções em matéria de política externa.

And now, for something completely different... AJJ diz que a situação do Kosovo não tem nada a ver com a situação da Madeira. Mas... alguém disse que tinha? Ou foi ele que sonhou?

Dilúvio

Ora bem, por onde é que começo?

Tá a chover. Muito. Tanto que inundou várias estradas. Já ouvi falar em carros com água pelas portas na segunda circular, algo que é muito, mas mesmo muito raro. Os sítios do costume (Algés, Alcântara) estão debaixo de água e só se passa de barco a remos. A linha de norte está cortada na Bobadela, não há comboios. O IC 19 alagou no Cacém. A marginal foi cortada em Caxias. O Eixo N-S tem lençois de água. Na Av. de Ceuta houve uma derrocada. Os túneis do Campo Grande e Campo Pequeno fecharam. Nos acessos da A1 e IC2 o trânsito esteve condicionado com faixas cortadas por causa da água. A fila para a Ponte 25 de Abril começava no Fogueteiro. A radial de Benfica ficou completamente parada. O nó de Frielas da A8 foi cortado. Os semáforos em Sete Rios estão desligados, para ajudar à festa. Diz a PSP que eles até queriam sugerir vias alternativas, mas não há. Alternativa mesmo, só tirando o dia de férias.

Eu até que não dei por nada! Achei que havia menos trânsito que é habitual. Muito menos. É a vantagem de morar dentro de Lisboa. Quando a coisa tá complicada fica tudo parado fora de Lisboa a tentar entrar e quem já está dentro da cidade até se safa bem.

Na semana passada li uma notícia que dizia que a chuva estava nos valores mínimos dos últimos 90 anos ou coisa no género. Acho que só com este fim de semana já conseguimos recuperar a média de precipitação.

14 fevereiro 2008

Conflito Institucional

É muito complicado quando as instituições se confrontam. Sobretudo quando são instituições sérias e com forte influência na vida das pessoas. Podem gerar-se situações muito difíceis de gerir (só quando reli o post à procura de gralhas, coisa que sempre faço embora com taxas de sucesso lastimáveis, é que reparei na bela sonoridade desta frase em que são usados quase consecutivamente os verbos gerar e gerir. É lindo, pá! É lindo, é o que é!)

Hoje é Dia de S. Valentim. Dia para passar com o(a) namorado(a) ou esposo(a). É o dia em que se celebra a união entre pessoas, representada no seu escalão máximo pela instituição do matrimónio. Podemos dizer que é uma espécie de dia oficioso do casamento (sejam ou não casamentos com papeis e tudo).

E hoje joga o Benfica para a Taça UEFA e o jogo dá na televisão em canal aberto (20:45, RTP1).

É a segunda vez consecutiva em que os portugueses são confrontados com este dilema: harmonia conjugal versus Benfica. Eu tenho sorte. A minha namorada é benfiquista e também gosta de ver bola (desde que haja golos; se chegarem ao intervalo a 0-0 não dá para a convencer a ver a segunda parte). Mas nem todos são igualmente afortunados...

(obrigado ao mano pela chamada de atenção)

Dar é melhor que receber

Há dois tipos de pessoas que nos abordam na rua (tirando as pessoas que conhecemos, claro!). São os que estão a pedir alguma coisa (geralmente dinheiro, e por regra com a justificação que têm fome) e as que estão a dar alguma coisa (jornais de distribuição gratuita, panfletos...).

A reacção típica quando uma pessoa é abordada por alguém que está a pedir qualquer coisa é ignorá-la. Ou então dizer-lhe que não. A reacção típica quando alguém está a dar alguma coisa é aceitar. Mesmo que não nos interesse. Podem ser folhetos de uma loja de móveis ou de mais um astrólogo/vidente diplomado, pode ser uma promoção a uma qualquer exposição ou peça de teatro, podem ser amostras de perfume ou os tais jornais de distribuição gratuita. Aceita-se tudo.

Aborrecem-me uns e outros. Não aceito os jornais gratuitos porque não tenho tempo para os ler, não aceito panfletos de coisas que não me interessam (já aconteceu receber o panfleto, olhar para ele, ver que não me interessava e voltar para trás para o devolver. "Ou lho devolvo ou mando-o para o lixo" disse-lhe eu). Também não tenho o hábito de dar dinheiro a pedintes. Se me querem enganar vão ter de ser mais imaginativos. Dizer que têm fome, ou apresentar uma criança pequena e dizer que não a conseguem alimentar já não pega (e no que diz respeito à exploração de crianças para a mendicidade, não só não me impressiona, como a pouca boa vontade que poderia ter desaparece).

Mas devo dizer que me aborrecem ainda mais os que dão do que os que pedem. É que eu gosto mais de dar do que de receber (sou assim, pá! o que querem, sou praticamente um santo...). Além disso, é muito mais fácil explicar a alguém que não quero dar do que não quero receber. Para dizer que não quero dar, basta fazer cara de mau e mostrar-me insensível. Mas para dizer que não quero receber alguma coisa é mais complicado. Às vezes quando encontro alguém a distribuir amostras de sei lá do quê e digo que não quero dizem-me "Mas é de borla" (grande poder de argumentação! É de borla, logo toda a gente deve querer; um pontapé nos tomates também é de borla!) ao que eu respondo "Sim, e depois? Não quero, nem dado. Se insiste, eu levo um e ponho-o no lixo logo a seguir". Invariavelmente a pessoa aproveita e diz que quer que eu leve um exemplar à mesma e eu deito-o no primeiro caixote do lixo disponível, preferencialmente à frente da pessoa. Deixei de usar esta técnica porque não dava o resultado pretendido.

13 fevereiro 2008

Coltura

Ela chama-se Lara Torres é designer de moda e faz umas roupas bastante originais (e até bastante vestíveis).

E no mês que vem vai ter uma exposição na Av. da Liberdade, nº 211, 3º Dto. (Espaço Avenida). De 6 de Março a 15 de Abril. O projecto chama-se Mimesis|Fac Simile e merece uma visita.

E mais não digo, quero suscitar curiosidade ;)

12 fevereiro 2008

Borbulhas

Eu acho que o karma existe. Se acontecem coisas más a pessoas boas é porque as pessoas boas não são assim tão boas e alguma fizeram para o merecer. Ou elas ou os seus antepassados (Ora aqui está uma informação que só pode ser verdadeira! Tão a ver? É assim que, afirmando coisas controversas e, no mínimo, duvidosas, se consegue ser factualmente correcto! Se tal for afirmado perante uma audiência com pouca segurança nas suas convicções em menos de um quarto de hora temos toda a gente a concordar conosco. Daí a instaurar uma ditadura e decretar o extermínio de uma etnia inteira é um saltinho!)

Mas há uma coisa que acho exagerada nisto do karma. As borbulhas. Não tanto a existência de borbulhas, mas o sítio onde elas aparecem. Pronto, um gajo ter uma borbulha na cara, não tem problema, espreme-se. Mas... e nos ombros? O que poderá ter feito alguém para merecer uma borbulha nos ombros? É que não dá jeito nenhum para espremer porque só conseguimos chegar lá com uma das mãos. E acreditem que espremer borbulhas com apenas uma mão é complicado e pode ser doloroso. Com duas mãos usa-se um dedo de cada mão para apertar a borbulha com controlo sobre o local preciso em que aplicamos pressão. Mas se usamos dois dedos da mesma mão, tipicamente o indicador e o polegar, é bastante complicado e corremos o risco de esmagar a borbulha sem conseguir excretar o seu conteúdo para o exterior, limitando-nos a provocar dor sem obter os resultados pretendidos.

Mas pior, pior mesmo... são borbulhas a meio das costas! Eh pá, é que não dá para sequer pensar no assunto. Uma borbulha no meio das costas vai incomodar sempre que um gajo se encosta na cadeira, o que obriga a uma posição cansativa ao longo do dia. Pega-se no carro para ir para casa ao fim de um dia de trabalho, tentando descontrair um pouco e... lá está a borbulha a chatear. E não dá para fazer nada! Não se consegue, por mais que um gajo se torça todo, espremer a puta da borbulha. Claro que se tenta. Aperta-se um pouco, dói que se farta, tenta-se esfregar as costas na cadeira a ver se alivia e, obviamente, só faz pior. E assim ficamos durante 2 ou 3 dias, até que a borbulha desaparece por si só.

Porquê? O que pode justificar este tipo de vingança cósmica? Só mesmo alguém muito mau, mas mesmo mau, assim mau como as cobras, pode justificar que tamanha desgraça se abata sobre si.

Ontem apareceu-me uma borbulha nas costas. E passei a noite em claro, a tentar lembrar-me de todas as coisas más que fiz. Devo dizer que ainda são umas quantas, mas não há nada de muito sério. Deve ser por causa de alguma coisa de que não me lembro. Seja o que for, gostaria de dizer que estou muito arrependido e que não volto a fazer. E a partir de hoje vou ser melhor, vou ajudar os pobres e os fracos e os famintos e os feios. E vou deixar de contar piadas sobre minorias étnicas. E vou deixar de gozar com os lagartos. E esperar que não me volte a aparecer uma borbulha no meio das costas, que a pior coisa que já me aconteceu, se excluirmos aquela vez em que dei um pontapé na mesa da cozinha quando estava de chinelos e parti o dedo mindinho do pé.

11 fevereiro 2008

Correcção factual!

Se há coisa que aprecio é rigor jornalístico. Por isso apreciei bastante a notícia do Mais Futebol, que afinal serve para mais que apenas futebol, dando conta da lista de atletas portugueses já apurados para os Jogos Olímpicos de Pequim. Isto por ocasião do apuramento de Marcos Fortes, no lançamento do peso.

Gostei de ler a notícia, sobretudo a parte que diz que também se apurou para os mundiais de pista coberta que decorrerão em Março, também na capital chinesa. Que, segundo a IAAF (International Association of Athletics Federations) vai decorrer em Março, sim, mas em Valência.

Tanta coisa e a China é aqui tão perto...

Onde fica?

Na primeira edição da nossa rubrica, Onde fica? deixo-vos a seguinte pergunta: Onde fica Dakar?

Opção a: Algures em África
Opção b: Mais concretamente, é a capital do Senegal
Opção c: Eu pensava que era ali p'ró lado do Mosteiro dos Jerónimos
Opção d: Onde fica não sei, mas ouvi dizer que p'ró ano que vem vai ficar na Argentina.

(esta pergunta poderia ser uma sondagem nova, mas o coiso das sondagens tá armado em parvo. A modos que deixou de funcionar há uma semana e ainda estou para saber porquê... preciso de um serviço de sondagens novo. Aguardo as vossas sugestões!)

Imperiais e amendoins

Não havia tremoços (e é cada vez mais difícil arranjar tremoços, pá...)


Foi entregue na sexta-feira o justíssimo prémio Ó Faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços à assídua leitora e comentadora Teté. A cerimónia contou com a presença da televisão e foi algures na cidade de Lisboa ao fim da tarde.

A premiada disse que foi "o prémio mais original e inusitado que já me atribuiram". A redacção do Ó Faxavor! agradece.

(na verdade estavam lá duas televisões; uma estava na Sport TV e a outra no Eurosport)

Ramos Horta

Presidente de Timor Leste e prémio Nobel da Paz. Foi baleado e está em estado crítico (link). Um atentado concertado que visava quer o presidente de Timor Leste, quer o primeiro-ministro, Xanana Gusmão. Fiquei tão aparvalhado com a notícia que nem consigo esboçar uma opinião...

08 fevereiro 2008

Um já está, fica a faltar o outro...

O Túnel do Rossio, fechado há 3 anos, vai finalmente reabrir à circulação ferroviária!

Resta saber se as obras na estação propriamente dita, que já decorrem desde o início da década de 90, estarão também (finalmente!) concluídas.

É já dia 16 que o tunel volta ao serviço. E muito agradecem as populações da linha de Sintra.

Já há dados

O referendo faz um ano, mais ou menos. E o "holocausto do século XXI" já tem números: 6000 abortos legais realizados em 2007. Extrapolando dá cerca de 12 mil ao ano. Não é, nem de perto nem de longe, o cenário catastrófico que se augurava quando em plena campanha havia quem alertasse para os perigos de uma corrida desenfreada ao aborto (chegou a parecer que se alegava que haveria mulheres a engravidar de propósito só para poder fazer um aborto).

Como comparação, porque um número destes assim solto diz pouco, há cerca de 110 mil nascimentos por ano em Portugal (fonte: Wikipedia). Visto assim o número é um bocado grande. Quer dizer que mais ou menos 1 em cada 10 concepções é indesejada.

E para evitar comentários a dizer que 6000 é pouco ou que 6000 é muito, convém lembrar que abortos sempre se fizeram. Legal ou ilegalmente. Ao menos estes 6000, que teriam sido feitos de qualquer maneira, não foram feitos em vãos de escada. Foram feitos sob supervisão médica e sem riscos desnecessários.

06 fevereiro 2008

Séries de culto

Sou fan de séries. De algumas. Não me falem de 24, Lost ou Prison Break, nenhuma delas me diz nada. Dos grandes sucessos do momento só gosto de House. Mas sou fan incondicional de algumas séries de culto como Six Feet Under (dava na RTP2) ou Oz (dava na SIC Radical).

A nova série de culto, que já mereceu um agendamento semanal denominado "ver televisão" chama-se Dexter, dá na TV2 às quartas-feiras das 22:30 às 23:30. E mais não digo, se querem saber mais vão ter de procurar. Estreou hoje. Só consegui ver os últimos 10 minutos do episódio, mas na verdade bastaram 10 segundos para ficar agarrado ao ecrã. Por isso, quarta-feira que vem às 22:30, na RTP2. Depois não digam que não avisei.

A tradição ainda é o que era

Afinal, e contrariamente ao que alega o anúncio da tal marca de uísque (a palavra uísque é um ponto a favor do acordo ortográfico; passa a poder-se escrever whisky) e cujo nome não me apetece dizer agora (até porque não me lembro, mas acho que era o Johnny Walker Red Label), a tradição ainda é o que era.

E a tradição diz que:
- Não perdemos contra a Inglaterra, Espanha e Holanda
- Não ganhamos contra a França nem a Itália

Hoje foi com a Itália. 3-1. E, diga-se em abono da verdade, metemos um bocado de nojo. Sobretudo aquele lance de 3 contra um em que o Quaresma faz o passe com demasiada força e perde-se um golo praticamente feito.

Biqueirada na gramática

Volta e meia ouvem-se verdadeiros atentados à língua portuguesa. Não é nada demais, irrita, às vezes arrepia, mas pronto.

Só que às vezes é ao contrário: apetece dar biqueiros na gramática para não ter de dar biqueiros nos ouvidos.

Há uns tempos tive necessidade de conjugar o verbo submergir. Não é coisa que aconteça com muita frequência, mas presumo que num submarino seja mais ou menos comum. O presente do conjuntivo deste verbo é horroroso, não tanto de dizer mas sobretudo de escrever. Por exemplo, submirja. Credo, que coisa tão feia, aquele J é horrível!

Hoje tive necessidade de conjugar o verbo polir. E este, apesar de ter um conjuntivo também muito feio, começa logo a dar chatices no presente do indicativo. Senão, reparem:

Eu pulo
Tu pules
Ele pule
Nós polimos
Vós polis
Eles pulem

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH! Credo, até arrepia.

O presente do conjuntivo, tempo verbal onde normalmente aparecem algumas das formas mais estranhas, dá nisto:

Que eu pula
Que tu pulas
Que ele pula
Que nós pulamos
Que vós pulais
Que eles pulam

E para terminar em beleza, olhem para o imperativo, que começa na segunda pessoa do singular:

Pule tu
Pula você
Pulamos nós
Puli vós
Pulam vocês

Quer dizer que, quando eu quiser que a minha empregada pule o fogão (blagh!) devo dizer-lhe, em bom português, "Pula o fogão". A mulher lê aquilo e chama-me parvo, que tou a mandá-la saltar!

Ah, querem confirmar? Então vão ao dicionário da Priberam, escrevam "polir" na caixinha de procura e depois cliquem em "conjugar". E preparem-se para algumas das frases mais feias da língua portuguesa quando tentarem aplicar as formas verbais lá apresentadas.

Sentença transitada em julgado

Há uns tempos falei nisso. Na isenção de taxas moderadoras a vítimas de violência doméstica (e com um exemplo ilustrativo e tudo!).

Mas agora fiquei a saber que em alguns hospitais não basta dizer que se trata de um caso de violência doméstica, é preciso apresentar um documento que o comprove! Não admira, num hospital que, segundo diz a notícia do Público, "nem sequer isenta de taxa moderadora uma grávida de sete meses, a menos que ela tenha um documento médico a atestar a gestação". Parece que a proeminente barriga, a ecografia e a ficha médica não servem de prova suficiente para o serviço de contabilidade deste hospital. Ó malta: e descomplicar, não? Ainda não ouviram falar do Simplex? (devem ser os únicos, que já anda toda a gente farta de ouvir falar de coisas "na hora").

É pena o Correia de Campos já se ter demitido, porque o serviço de contabilidade do Hospital de S. Marcos já justificava um encerramentozito.

Pensamento do dia: e se a funcionária zelosa que só passa isenções mediante apresentação de comprovativos apanhar um enxerto de porrada do marido? Não que deseje mal algum à senhora, é só um supônhamos... (escusam de comentar a grafia da palavra "supônhamos". eu sei.)

Tudo ao mesmo tempo...

Ontem foi dia de primárias nos EUA. São mais de 20 estados a escolher os seus candidatos preferidos, quer do lado democrata quer do lado republicano.

Entre os republicanos, Mccain já tem a nomeação quase assegurada, lidera com uma vantagem confortável. Já entre os democratas... bom os eleitores devem ter ficado indecisos entre eleger a primeira mulher ou o primeiro negro para a presidência. A isto chama-se má gestão! Muito má gestão. O que o partido democrata devia ter feito era assegurar que Clinton ganhava, adiando a candidatura de Obama, e nas próximas eleições, caso ela tivesse algum assunto delicado a tratar com o primo da Monica Lewinski, por exemplo, tinham o Obama para continuar este caminho de inovação num dos cargos mais importantes do planeta (a seguir ao cargo de presidente da OPEP, claro).

Depois de elegerem a primeira mulher e o primeiro negro para presidente, o partido democrata tinha o caminho livre para eleger o primeiro presidente gay, o primeiro presidente menor de idade, o primeiro presidente imigrante clandestino, o primeiro presidente chimpanzé (aqui já há margem para alguma discussão, há quem alegue que seria o segundo) ou mesmo o primeiro presidente transexual!!! (a Felicity Huffman é democrata? Era uma boa aposta)

E ninguém poderia acusar a democracia americana de ser um sistema político estagnado e sem evolução.

04 fevereiro 2008

Provérbio novo

Em homenagem ao nosso actual PR:

Em ano pré-eleitoral
Feriado na terça-feira de Carnaval.


Afinal, há erros que cada regime só comete uma vez.

Eh pá, decidam-se!

Atão o problema com o Irão não é o receio que desenvolvam armas nucleares e mísseis capazes de transportar ogivas nucleares?

Então, alguém que me explique onde está o acto lamentável citado pela administração americana em reacção ao teste de um foguetão concebido para colocar satélites em órbita?

Eu acho que seria de louvar esta manifestação do governo iraniano de investimento em tecnologia não bélica! Ou será que o problema não é esse e andaram a inventar desculpas atrás de desculpas só para justificar uma invasão a outro país com mais petróleo que água e logo em ano de eleições, eleições onde poderemos ter como candidato democrata um negro anti-belicista, que só tem a perder com um cenário de guerra a distrair o povo dos assuntos internos?

Gostava que alguém me explicasse, porque tenho uns trocos de lado que queria investir na bolsa e gostava de saber, quando leio uma notícia destas, se é de esperar que o índice suba ou desça. Assim não me entendo! Vejo uma notícia que me parece bastante neutra, que pode ajudar as acções de empresas que vendam tecnologia espacial ao Irão, mas logo a seguir vem a administração americana e as acções da tal empresa vão por água a baixo e é a Lockheed-Martin que sobe 3 ou 4 pontos.

Infiltrado

Nos vídeos do Público está uma notícia sobre o A380 e a utilização de combustíveis menos poluentes.

No vídeo vemos várias imagens do A380, que é de facto muito bonito. É uma unidade da própria Airbus, uma das que terão sido usadas nos primeiros testes, talvez. E perto dos 30 segundos do vídeo, ilustrando o que está a ser dito na notícia, vemos um... Boeing 747 da British Airways a aterrar. Um ponto para o Público, por conseguir pôr um Boeing numa notícia sobre a Airbus.

Continuando a ouvir a notícia, fico a saber que Richard Branson, o dono da Virgin, anunciou testes idênticos com um Boeing 747 da companhia. E para ilustrar esta parte da notícia, o que vemos? o mesmo Boeing 747, da British Airways. Outro ponto para o Público por conseguir usar um avião da BA quando fala na Virgin.

(nota: recentemente a British e a Virgin foram consideradas culpadas de cartel devido à subida astronómica das sobre-taxas de combustível; mas acho que ainda não compram aviões em time-share...)

Produtividade

Diz o Público que Telmo Correia, ministro do Turismo do governo caricatural de Pedro Santana Lopes, assinou 300 despachos numa noite. Mais concretamente, na última noite antes da tomada de posse de José Sócrates.

Nem quero começar a pensar no que constaria nos despachos... vou-me limitar a analisar este número: 300. Mesmo supondo que já tinha conhecimento do seu conteúdo, o que revela uma extraordinária capacidade de memória, e supondo que os textos finais foram lidos por assistentes e assessores, mostrando uma extraordinária eficiência dos mesmos, 300 assinaturas numa noite, supondo 10 horas de serão, dá 30 despachos por hora, ou seja, 1 despacho a cada 2 minutos. Quer dizer que, quase sem parar, era receber um despacho de um assessor, ouvir uma frase sobre o texto, assinar, entregar, receber o seguinte.

Só espero que não tenha desenvolvido uma artrite no pulso à conta de tanta assinatura. E que as despesas das massagens ou sessões fisioterapia necessárias para recuperar de tão titânico esforço tenham sido pagas pelo seguro de saúde do Ministério.

Por isso, o Ó Faxavor tem o privilégio de atribuir o prémio Ozonol 2005 a Telmo Correia pelos extraordinários serviços prestados à nação naquela que foi a sua noite mais longa do ano.

Atchim!

Tinha de ser. Já andava há uns dias meio esquisito. Ontem fiquei gripado. É uma sensação bastante parva. Porque não tenho febre nem estou impedido de sair de casa e trabalhar, mas fico o dia todo sem vontade de fazer nada. E quando dá vontade de não fazer nada não vale a pena lutar. É esperar que passe...

Pequenas alegrias

O que vale é que sempre que o Benfica empata, o Sporting perde. São as pequenas alegrias da vida! E em tempo de vacas magras, qualquer coisita serve para enganar a fome.

01 fevereiro 2008

Mais uma palavra odiosa

Querem saber outra palavra que detesto? E não é um advérbio (ao contrário de comummente ou veementemente, provavelmente as mais horrorosas da língua portuguesa se não contarmos os palavrões mais cabeludos). É álcoois, plural de álcool. Yuck! Coisa tão horrível de dizer e de escrever.

Os cães ladram e a caravana passa

Pois é, no Público só se fala nos projectos assinados pelo Sócrates há tanto tempo que ainda se usava numeração romana.

É no DN que se encontram as notícias mesmo importantes! E diz o Público que é um órgão de comunicação social de referência. Pffff... Note-se que a favor do Público pesa o facto de nem a Bola, nem o Record, nem sequer o Mais Futebol falarem no assunto.

Já não há decência em Portugal.

PS: sobre a notícia propriamente dita: espero que o Nuno Gomes não saia. Digam o que disserem, mas é dos jogadores mais influentes do plantel, é o capitão de equipa e com todo o mérito e é o segundo melhor marcador do Benfica. Não fosse o golo anulado contra o Leixões e teria 7 no campeonato, tantos quanto o Cardozo (que só o ultrapassou na última jornada com os 2 que marcou em Guimarães). Acho que tem espaço no Benfica e também na Selecção, embora não como titular indiscutível. Tudo depende do adversário. Se jogamos contra uma equipa mais ofensiva e mais aberta o Nuno Gomes é uma boa opção para o ataque. Sabe buscar jogo, sabe cruzar para a área se for preciso e sabe desmarcar-se bem quando há espaço. Não é um ponta-de-lança típico, sempre na pequena área, por isso contra equipas que defendem mais que atacam não é a melhor escolha e o Makukula ou o Cardozo são melhores. Mas marca, dá a marcar e sobretudo atrai as atenções de dois defesas adversários ajudando a abrir espaços nas suas costas (na selecção o Cristiano ou o Nani decerto os saberão aproveitar; no Benfica aproveitam os espaços o Rodriguez ou o Maxi Pereira).

O rei morreu. Viva o rei!

Faz hoje 100 anos.

Versão monárquica: faz hoje 100 anos que o nosso amado Rei D. Carlos e o Príncipe Real D. Luis Filipe foram brutalmente assassinados pela canalha republicana.

Versão republicana: faz hoje 100 anos que uma revolução popular libertou o povo português dos parasitas que o governavam.

Versão do príncipe Luís Filipe: Oh, mataram o meu pai. Eh pá, então o rei agora sou eu! Oh, mataram-me. Merda! Bom, fui rei durante uns bons 5 segundos. Agora o rei é o totó do meu irmão. Dou-lhe 2 ou 3 anos, no máximo.

Hot Shots

Hmmmm... as primárias republicanas dão sempre muito que falar. A coisa fica muito mais fácil depois de escolhidos os candidatos de cada partido (a propósito: a mascote dos Democratas é um burro, a mascote dos Republicanos é um paquiderme; acho que isso diz muito sobre os méritos de cada um) porque toda a gente sabe bem para que lado cai. Mas isto de ter de escolher um favorito entre os democratas e um favorito entre os republicanos chateia imenso. É como escolher um candidato nas eleições do Benfica. Eu costumo escolher para que lado me inclino mais consoante o benfiquismo das pessoas, mas quando se trata de eleições para a presidência do Benfica não dá para desempatar...

Mas, adiante. O grande tema do momento é a desistência de Giuliani em favor de Mccain e o apoio do Excelentíssimo Exterminador, aliás, Governador da Califórnia ao mesmo candidato. Mccain neste momento reune o favoritismo do lado republicano. Sempre é melhor que um candidato mormon, dirão uns, mas eu acho que a coisa é pior que se imagina.

Façamos a comparação com um outro caso sobejamente conhecido da literatura: o presidente dos EUA nos filmes Hot Shots (Ases pelos Ares). O Mccain é um veterano de guerra. O Pres. Benson também. O Mccain é velhote. O Benson também. Acho que um candidato que consegue uma tão próxima relação com um personagem de um filme de humor nonsense dificilmente perde. Há que saber tirar partido disso, e falar nas inúmeras próteses que o próprio terá conseguido à custa de ferimentos de guerra. O tal Benson do Hot Shots estava sempre a falar na sua anca de titânio, placa de aço na testa, olhos de pôr e tirar e por aí fora. Se o Mccain fizer o mesmo a eleição está ganha!

Por outro lado, nos Democratas, a escolha é complicada: uma gaja ou um preto. A Hillary tem tudo a ganhar se se colar à imagem da Geena Davis na série sobre a presidenta, que nunca me lembro do nome. O Obama deverá tentar a colagem ao Jack Bauer e ao presidente das primeiras temporadas (não me perguntem quantas que eu nem sequer vejo a série) do 24.

Afinal, toda a gente sabe que as eleições são apenas sobre televisão. Olhem o caso Nixon vs. Kennedy.

Choque

Tou chocado!

Atão não é que andam por aí a dizer que o Sócrates assinou projectos de outros? É uma vergonha...

Sim, porque toda a gente sabe que nos 300 e tal municípios do país são os verdadeiros autores dos projectos que os assinam e submetem para aprovação nas Câmaras Municipais, não há casos de engenheiros a assinar projectos realizados por pessoas que, por falta de habilitações ou outros impedimentos legais, não o podem fazer! Ninguém assina projectos alheios, não senhor! Não se pagam assinaturas a engenheiros e arquitectos. Não, não, em Portugal não há corrupção na submissão de projectos, não há funcionários camarários a receber por projectos que não podem submeter, não há desenhadores técnicos a fazer projectos que depois levam a casa do senhor arquitecto ou do senhor engenheiro só para recolher a assinatura. O caso do Sócrates é único e excepcional. Pede-se uma punição exemplar!