20 maio 2006

Fui a Braga, mas já voltei.

Hoje fui a Braga. Arranquei às 8 da manhã, cheguei lá ao meio-dia, arranquei de volta para baixo à 1 da tarde, almocei no Porto (uma francesinha, pois claro), e às 6 e meia já estava de volta a Lisboa. Basicamente passei 8 horas dentro do carro (com ar condicionado, valha-nos isso), para passar 1 hora em Braga e outra no Porto. Podia ser pior, podia ter ido a pé.

Pelo caminho, notei que a A1 tá em obras nalguns troços. É natural, em mais de 300 km de auto-estrada há sempre obras nalgum ponto. Continuo com a mesma dúvida de sempre: porque é que se continua a pagar por inteiro um troço que está com circulação limitada, faixas mais estreitas e ladeadas de muros provisórios, limite de velocidade a 100 km/h na melhor das hipóteses e um piso mais irregular que o relvado do estádio do Dragão nos primeiros tempos? Se um troço da auto-estrada está em obras não deveria ser pago. Ponto final. Se tem obras só numa parte a portagem devia ser paga a 50%. E mais nada! A portagem serve para pagar a manutenção da auto-estrada, mas acima de tudo é o pagamento por um serviço. Se tenho o direito a desconto na assinatura de serviços como telefone ou TV cabo se houver interrupção de serviço superior a 48 horas (não sabiam desta, pois não?), porque não tenho direito a desconto na portagem quando há interrupção ou limitação do serviço?

Uma das obras é caricata. É um novo nó de auto-estrada, perto do Carregado. Estão a fazer uma saida nova, com viadutos por todo o lado. E está a ser construído às peças. Há viadutos com 1 ou 2 secções do tabuleiro já no sítio e alguns pilares soltos pelo meio, há outros quase completos, há outros que ainda estão a começar. Aquilo parece um jogo de Lego. Eu imagino os engenheiros responsáveis pela obra a ver uma fotografia aérea da construção num grande hangar com as outras peças todas, a resolver o puzzle. De repente um grita "Olha, aquela entra aqui!" e pegam na peça de helicóptero ou com um guindaste, transportam-na para o sítio de camião e ficam com uma peça a menos para encaixar.

De vez em quando enganam-se a encaixar as peças (acontece sempre nos puzzles) e ficamos com viadutos a mais, viadutos a menos ou viadutos no sentido oposto ao pretendido, como aconteceu no extraordinário nó da Ponte Vasco da Gama-CRIL/A1-2ª circular-IC2. Se repararem bem, há lá um ou outro acesso esquisito (há 2 acessos repetidos, um deles está fechado desde sempre, e falta o acesso homólogo em sentido oposto).

1 comentário:

Rosita disse...

E cuidado que o limite de velocidade é 80kmh, e tem radar.....