Na qualificação de ontem (G. P. do Mónaco) o Schumacher travou mal na última curva e parou o carro a bloquear a pista. Isto afectou os outros concorrentes impossibilitando-os de melhorar os seus tempos. Os comissários desportivos chegaram à conclusão (não me apetece alongar sobre se a decisão é correcta ou não, não quero fazer deste blog mais um forum de F1) que ele fez de propósito e desqualificaram-no. Assim, vai partir do último lugar (ao lado do outro Ferrari que bateu logo no início dos treinos). A Ferrari já contestou a decisão e diz que este castigo "abre um precedente sério". Concordo. É inacreditável que um piloto possa ser castigado se se chegar à conclusão que teve um comportamento anti-desportivo! Penso que seria muito melhor, a bem do espectáculo e do desporto (este argumento é muito usado na F1, sempre que alguém faz merda), dar uns açoites ao Schumacher e dizer "Pronto, pronto. Foste um menino mau. Paraste o carro no meio da pista de propósito para ninguém conseguir bater o teu tempo, não foi? Mas olha, levas uns açoites e fica lá com a pole position. Mas que não se repita, tá bem? Devias ter vergonha de te portar tão mal!". E o Schumacher saía desta sessão de açoites (ligeira, claro, não se podem violar os Direitos do Homem) e ia, envergonhado decerto, à sua vida de ganhar corridas, a todo o custo.
Castigar pilotos ou equipas quando se conclui que fizeram de propósito para prejudicar os outros (ou beneficiar-se a si próprios) desrespeitando as regras é tão ridículo como... bem, como desqualificar um tenista, ou retirar medalhas olímpicas a um atleta apanhado com doping, suspender um jogador de futebol por agressão, erradicar um pugilista por arrancar um bocado da orelha a outro, etc. Quer dizer, tá bem, e tal, são culpados. Mas não é preciso andar p'raí a castigar, pois não? Isso é um desrespeito pela verdade desportiva, então!
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