30 outubro 2005

Como fazer obras - parte IV

Este é o último episódio da saga da construção de um passeio.



Depois de construído, destruído e reconstruido, este é o estado em que estão as coisas: o passeio está feito, os canteiros para as árvores também, o lancil está colocado e até já há capa-cegos a impedir o estacionamento selvagem.



E depois, inexplicavelmente, voltaram a arrancar os capa-cegos. E depois colocaram-nos outra vez!



E assim se concluem obras em Lisboa. Seria mais fácil fazer tudo de uma vez, sem andar permanentemente a assentar calçada e a arrancá-la 2 dias depois, mas há grandes desvantagens em fazer obras de forma bem planeada. Senão, vejam:

  • Se as obras forem devidamente planeadas cumprem-se os prazos e o orçamento inicial
  • Ao estar sempre a construir e destruir cria-se maior oferta de empregos na construção civil
  • Se tivesse sido tudo feito de uma vez o passeio seria plano. Assim, tem relevos que poderão ser incluidos no traçado da próxima Volta a Portugal em bicicleta, contando como contagem de montanha de segunda categoria!
  • Se as coisas tivessem sido feitas bem logo à primeira a água não acumulava em poças o que seria muito mais monótono. Assim quando ando naquela calçada tenho de me desviar das poças de água. E como é assim em toda a cidade, este passeio está devidamente enquadrado no urbanismo lisboeta
  • Se as coisas fossem bem feiras eu teria menos 4 posts no meu blog

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