- O Pavarotti e o Carvalho Rodrigues têm aproximadamente o mesmo peso
- Ambos têm barba
- Quase ninguém tem pachorra para os ouvir cantar
- Nenhum dos dois percebe nada de física
E como Lisboa e o Porto são mais ou menos simétricas, a coisa compensa.
Simetrias entre Lisboa e o Porto:
- Lisboa é uma cidade com avenidas largas, espaço para crescer, e servida por uma decente rede de auto-estradas e vias rápidas. O Porto é um buraco escuro e feio, e nas ruas mais largas os autocarros têm de fazer manobras para dar as curvas
- As cidades dormitório de Lisboa têm menos população que Lisboa. Gaia, cidade dormitório do Porto, tem mais população que o Porto. Aliás, até a Amadora, a maior cidade dormitório de Lisboa tem mais população que o Porto.
- Em Lisboa paga-se portagem para atravessar o rio. As travessias do Douro são pagas pelos contribuintes, a maioria dos quais nunca vai ao Porto.
- O Pinto da Costa está no Porto e o seu arqui-inimigo, José Veiga, está em Lisboa
- No Porto comem-se francesinhas, em Lisboa comem-se francesas (e não só!) mas só no Verão, quando há turistas.
- Em Lisboa há muitos bares no Bairro Alto, no cimo de uma colina. No Porto há muitos bares na Ribeira, que fica abaixo do nível da água entre Novembro e Abril.
- No Porto há placas que dizem "A1 - Lisboa". Em Lisboa as placas dizem "A1 - Porto"
- No Porto têm o mercado do Bolhão, em Lisboa temos a Lapa.
Semelhanças entre Lisboa e o Porto:
- A velocidade média durante a hora de ponta é de 2 km/h
- Em ambas as cidades há imensas ruas com carris mas onde já não passam eléctricos
- Ambas têm 2 estádios-euro, pagos parcialmente pelos contribuintes, incluindo os que não são nem de Lisboa, nem do Porto
- Os alfacinhas não gostam dos tripeiros e vice-versa, mas continuam-se a inventar maneiras de fazer a viagem mais depressa entre as duas cidades (é a A1, é o Alfa pendular, é a ponte aérea da TAP e da Portugália, vai ser o TGV...)
- São as únicas cidades onde há clubes que já ganharam o campeonato
- Ambas têm importantes e quase falidos portos de mar
- Ambas têm importantes e quase arruinadas estações de comboio
- Ambas têm mais centros comerciais que hospitais. Bem, esta característica é comum a todas as cidades portuguesas...
- Em ambas as cidades a política de urbanismo dos anos 80 e 90 incluiu destruir edifícios históricos do século XIX e substituí-los por mamarrachos de vidro. A política de urbanismo do século XXI tá a ser substituir os edifícios históricos de habitação por edifícios históricos com centros comerciais lá dentro.
E, talvez a maior diferença entre as duas cidades: as gentes do Porto acham que o Porto é uma cidade melhor que Lisboa. As gentes de Lisboa sabem que é ao contrário, mas preferem não chatear os tripeiros e não falar muito nisso.
6 comentários:
GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR.......................
Então, Maria dos Prazeres, onde está o teu sentido de humor?
Já agora, o teu nome completo por acaso não é Maria Gustava dos Prazeres e Morais, não? (a piada é reles, mas é o melhor que se arranja às 9 da manhã...)
Quem é o Pararotti??
Primo do Pavarotti?
E também é tenor?
Este blog é mesmo informativo!
Obrigada. ;)
Era para comentar.
Mas a pobreza franciscana, como sempre disfarçada de snobismo de bairro de lata (deves morar em Algés) não justifica
Até sempre
Só para esclarecer (embora não seja meu hábito justificar-me perante os meus leitores)
1. Até gosto de ópera e se os bilhetes fossem a preço razoável iria ver o concerto.
2. Moro em Benfica. Ao pé do Fonte Nova. Já agora, Algés nem é grande zona. Se dissesses Lapa, Restelo, Parque das Nações... Também não sou pobre e muito menos franciscano. Sou de classe média. Não que isso tenha alguma coisa a ver.
3. Gosto muito da cidade do Porto (e vou lá com bastante frequência). Como francesinhas, vou à Ribeira, passeio (quando tenho tempo) por Serralves. Também sou fácil de encontrar no "Maus Hábitos" quando fico uns dias no Porto.
4. Todas as opiniões deste blog (lê o primeiro post caso te interesse) são propositadamente não fundamentadas. Não é minha intenção fazer manifestos nem convencer ninguém de absolutamente nada. Quando falar a sério, aviso. Mas penso que uma leitura rápida à descrição do blog já era capaz de mostrar isso mesmo.
Mas pronto, cabe a mim escrever sem me preocupar se os leitores gostam. Cabe aos leitores gostar ou não e comentar (ou não) em consonância.
O Carvalho Rodrigues é professor de física (estava na Universidade Independente, agora não sei se lá continua ou já mudou de ares) e costuma ser referido como "o pai do satélite português", o PoSat1. Também lhe costumam chamar "o Pavarotti português".
Bom concerto, diverte-te!
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