03 novembro 2005

Relatividade Restrita no quotidiano

Hoje assisti a um fenómeno relativista!



Tava eu à espera do 16 e de vez em quando olhava para um daqueles écrans que a Carris andou a instalar pela cidade que dizem quantos minutos faltam para o próximo autocarro. Para o 16 faltavam 6 minutos. Eram 9:05.



Às 9:10, mais ou menos, as indicações diziam que faltavam 5 minutos.



Às 9:15 dizia que faltavam 4 minutos.



Então eu pus-me a pensar e cheguei à seguinte conclusão: Aquilo é o tempo que falta para chegar à paragem pelo relógio do autocarro. E como o tempo passa mais devagar para observadores em movimento, só pode ser um fenómeno relativista! Fiz umas contas (na calculadora do telemóvel) e concluí que o 16 anda, portanto, a 0,96 c, ou seja, 287.800 km por segundo!!! Wow, nunca tinha imaginado que os autocarros da carris fossem tão rápidos!



Às 9:20 ainda dizia 4 minutos e apareceu o 16. Continuando na mesma onda, a minha explicação é a seguinte: o GPS do autocarro está na parte de trás. Ou seja, ainda faltavam 4 minutos para a traseira do autocarro chegar à paragem quando chegou a frente. Ou seja, 4 minutos a 287.800 km por segundo dá... 69 milhões de quilómetros. Agora percebo o que quer dizer a placa "Veículo Longo" que é obrigatória nos pesados!



É por estas e por outras que 2005 é o ano internacional da Física!




Nota para quem percebe de física: não se ponham a escrever comentários sobre as inconsistências lógicas do discurso. Eu sei onde elas estão. E tou-me a borrifar.


Nota para quem não percebe de física: ignorem este post e leiam o próximo. Ou então, vão aprender física! :)

2 comentários:

ana rita disse...

ah ah, és mesmo nelson. imaginar-te a fazer as continhas no telemóvel lembra-me quando fizémos as contas à velocidade dos cubos de gelo atirados janela fora nas olimpíadas no algarve para poder ralhar com os participantes com mais convicção! :)

Nelson disse...

Também uso o telemóvel para escrever posts para o blog ;) quando tenho uma ideia tomo nota para não me esquecer dela depois