O Magalhães é a nova grande aposta de José Sócrates. Todos os anos tem uma. Uma empresa pioneira, um projecto tecnológico, o choque tecnológico todos os anos tem uma nova coqueluche.
Este ano é o Magalhães, o tal "computador português". Uso aspas porque o Magalhães é apenas um projecto da Intel em dezenas de países, um dos quais Portugal, e o nome é escolhido localmente por questões de marketing. O mesmo produto tem outros nomes noutros países.
Mas não venho cá para discutir os méritos, ou falta deles, do projecto Magalhães. Independentemente da euforia governamental, é um bom projecto (embora não excepcional) e irá permitir aos mais pequenos um contacto mais precoce com a informática (coisa de que necessitamos bastante, a iliteracia informática em Portugal é gritante).
Outra das bandeiras do governo Sócrates é o combate à evasão e fraude fiscal. Desde há uns anos que os controlos do fisco e segurança social têm apertado, o encaixe fiscal tem aumentado em parte graças e esse maior controlo e o governo, desde que tomou posse, declarou guerra à economia paralela. E nem se tem safado mal, as medidas têm dado resultados. Bons resultados, mesmo que não sejam excepcionais.
A ironia do destino é o facto de a JP Sá Couto, empresa que irá produzir o Magalhães, ser arguida num processo de fraude e evasão fiscal.
Ó senhor Primeiro-Ministro: há dias em que um gajo mais valia não ter saído da cama, pá!
07 outubro 2008
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6 comentários:
Será iletracia governamental??? :)
Já para não falar de que o comput é fabricado pela Intel. Não por portugal. Acontece a intel ter uma fábrica em portugal, tal como tem noutros países. Mas a comunicação social alardeou-o como o primeiro computador portugues.
É fabricado em Portugal por uma empresa portuguesa, licenciada pela Intel. Não é bem a mesma coisa. A fábrica não pertence (no que concerne ao capital) à Intel, não é uma sua subsidiária. É uma parceria entre instituições.
O que faz com que a engenharia seja portuguesa? Duvido.
E tem sido feito muito alarde em redor desta história do Gamalhães (do verbo gamar), pois o que falta em Portugal, para além de pensar, é pensar bem, no que concerne aos miúdos e aos políticos, se bem me exprimo.
Este governo declarou guerra à economia paralela? O Paulo Macedo já lá estava. Mérito de ter continuado? Sim. Mérito de asfixiar PMEs? Também, ainda para mais quando o estado deve entre 2 e 3 Giga€ a PMEs. Etc e tal. Abraços.
Eu não disse que não era fabricado EM portugal. Disse POR Portugal. O alarde que foi feito era que se trataria do primeiro computador português, como se tivesse sido criado por portugal ou a engenharia (comodiz o gonçalo) fosse portuguesa. Era nesse sentido que eu estava a escrever.
Em Portugal é fabricado possivelmente o design do logotipo do magalhães.
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