03 abril 2006

T de Lempicka

Sábado foi dia 1 de Abril. O dia em que eu não minto (acho que os profissionais devem reservar este dia para os amadores e aproveitar um dia de folga). Em vez disso fui a Tomar. Ver uma peça chamada Tamara de Lempicka do grupo Fatias de Cá.

Já tinha visto há 2 anos e digo-vos que vale a pena. Muito, mesmo. O bilhete custa 25 euros, mas inclui um aperitivozinho no início, jantar (bom, por sinal) ao intervalo, e sobremesa + café no final.

Não é uma peça como outra qualquer. Em vez de plateia, temos as salas do Convento de Cristo. As salas, os corredores, as escadas. Os personagens andam de sala em sala, e nós seguimos o personagem que nos interessa. Obviamente que por causa disso só se apanha a história pela metade (mesmo assim, dá para perceber o que se passa). Por isso mesmo, quem for a segunda vez só paga 20 euros e da terceira em diante o bilhete custa 15. A peça é muito interessante e esta encenação permite um envolvimento do público muito engraçado. Ouvem uma conversa entre dois personagens. Um deles sai da sala. Agora é o momento de decidir: ficam para ouvir o resto ou saem para ver o que o outro vai fazer? E se no fim não perceberem bem o que se passou, podem sempre perguntar aos actores, que se juntam ao pessoal no café e terão todo o gosto em explicar as partes que ficaram por perceber. Ou então, voltam a assistir e seguem outras personagens!

É importante ter as regras em mente: andem sempre com o vosso passaporte (é-vos dado à entrada) e leiam-no com atenção. Com MUITA atenção! ;) Andem depressa e em silêncio. Não andem por conta própria, sigam sempre alguém. Não fiquem atrás de uma porta (elas são pesadas e podem abrir de repente); não abram uma porta que esteja fechada. E nunca, mas nunca, sigam alguém que vos fecha a porta na cara! Posto isto, planeiem um sábado para ir a Tomar. A peça vai estar em cena até fim de Maio (depois é substituida por uma outra sobre Inês de Castro cujo bilhete inclui um banquete com El-Rei D. Pedro), é aos sábados, às 19:18 (não perguntem; há uma razão, mas não sei qual é), e termina pela meia noite, mais ou menos.

Nota: este post teria sido escrito mais cedo, mas hoje o meu mundo colapsou: um portátil pifou de vez, foi um martírio recuperar os dados do disco, ficámos sem telefone nem internet (mudança de operador, de OPAdo para OPAnte), e daqui a bocado tenho de ir para o Porto. Volto amanhã.

1 comentário:

ana rita disse...

essa peça, sim senhor, me gusta mucho!