23 dezembro 2008

Salvemos o planeta!!!

AVISO 1: Os avisos seguintes contêm spoilers. Caso pretenda ler o post sem receber de antemão informação sobre o seu conteúdo, não deve ler os avisos.

AVISO 2: Este post é sobre o Papa. Se é devoto da Igreja Católica Apostólica Romana este post pode provocar reacções adversas.

AVISO 3: Este post pode ser interpretado como defendendo orientações sexuais distintas da heterossexual e não é aconselhado a homofóbicos sem a supervisão de adultos responsáveis.

AVISO 3.14: Este post contém piadas geek dissimuladas. Não se aceitam pedidos de explicação das mesmas.

AVISO 6.28: A numeração dos avisos não é uma piada geek dissimulada. É até bastante explícita.

AVISO 7: Este post é fornecido sem qualquer garantia, expressa ou implícita. Não se aceitam reclamações ou trocas.



/**** OS AVISOS TERMINAM AQUI ****/



Feitos os avisos, aqui vai disto!



/**** O POST COMEÇA AQUI ****/



O Papa Bento XVI comparou a defesa da heterossexualidade à protecção das florestas tropicais. Assim, de chofre! Sem mais nem menos resolve pôr em pé de igualdade uma orientação sexual e uma medida ecológica.

Sem querer entrar em análises técnicas profundas, que percebo pouco de religião (já não vou à catequese há uns bons 200 milhões de anos) nem de ecologia (a última vez que plantei uma árvore foi no dia 21 de Março já não sei de qual ano, mas de certeza em meados dos anos 80, tava eu na primária), queria explorar um pouco esta comparação.

Ora, comparar a protecção da heterossexualidade à das florestas tropicais é como comparar um cozido à portuguesa com uma máquina de costura Singer. Um gajo até pode alegar que há pontos de contacto (decerto que muitos de vós têm avós que fazem um excelente cozido e possuem extrema destreza com a máquina de costura), mas 99,99999998% da população humana (façam as contas para ver quantos faltam) responde a esta comparação com um sonoro "Han?", acompanhado com um olhar esbugalhado a manifestar o mesmo tipo de surpresa que o do primeiro gajo a quem Picasso mostrou os seus quadros cubistas.

Mas, pior que isso, a comparação é TOTALMENTE ERRADA!!! Sim, errada! Factual e objectivamente errada. O Para errou. Ora, o Para é apenas um mensageiro de Deus, pelo que ou ouviu mal ou Deus errou. Espero que tenha sido a primeira, porque caso tenha sido um erro divino lá vem o Apocalipse. E acredito que tenha sido mesmo por ter percebido mal. O Para já é velhote, de certeza que tem problemas de ouvido e nesta idade tão avançada não me admirava que tivesse já sinais de doença de Alzheimer.

Mas em que me baseio eu para dizer que o Papa errou? Numa dedução lógica como a do queijo suiço. Conhecem a dedução do queijo suiço? A coisa funciona assim: o queijo suiço tem buracos; quanto mais queijo, mais buracos; mas quanto mais buracos, menos queijo. Logo, quanto mais queijo, menos queijo. A única conclusão para evitar este paradoxo é que não existe queijo suiço.

Neste caso, a argumentação é mais ou menos esta: A população humana precisa de alimento; logo, quanto mais pessoas, mais alimento; nomeadamente, mais vacas. Mas quanto mais vacas, maior a área de pastagens necessária para as alimentar. E a área de pastagem é roubada sobretudo às florestas tropicais. Logo, quanto mais área de pastagens, menos florestas tropicais. Logo, quanto mais pessoas, menos florestas. Por isso, a protecção das florestas tropicais é, quanto muito, comparável à diminuição da natalidade.

O que me leva à questão da paneleiragem. É que se há coisa que os homossexuais não conseguem fazer é reproduzir-se! Quanto muito podem adoptar crianças, mas isso não contribui para o aumento da população, limita-se a reciclar crianças já existentes (e estamos sempre a ouvir dizer na televisão que devemos reciclar mais, por causa do ambiente e do Gervásio). Além disso, casais rabetas (ou gajas camionistas) com putos adoptados têm menos probabilidade de vir a adoptar um labrador, o que também irá contribuir para a diminuição dos cães (que também consomem carne de vaca ou produtos derivados dela, logo, contribuem para a destruição da floresta tropical). Além de que, a fazer fé nas opiniões de alguns opositores à adopção por homossexuais, aquilo pega-se, o que irá fazer aumentar a população gay e alimentar o ciclo. Mais homossexuais, menos reprodução, menos necessidade de comida, mais floresta tropical!


Nota final: a minha argumentação pode parecer profundamente imbecil, desprovida de qualquer sentido, irracional, disparatada, absurda, ignóbil, ofensiva, estúpida, mal informada, ilógica, contraditória, falsa. Até pode ser. Mas não mais que a sucessão de dislates lógicos emanados por Sua Santidade.

25 comentários:

Teté disse...

Depois volto para ler com atenção, que já ando aqui a "toque de caixa"!

Para já, só te queria desejar um FELIZ NATAL! :)*

Beijocas!

Nelson disse...

tá bem.

Nelson disse...

;)

Ana disse...

LOOOOL, as coisas que consegues dissecar!! Não sei era se havia nexexidade de usar palavras como rabeta e afins...pode ser mal interpretado, e o sarcasmo passar despercebido.

E que tal esta explicação: o gajo é parvo e deus não existe. Como deus não existe, o seu representante na terra (sem contar com Jesus) não representa nada. Logo, é parvo. Já disse que é parvo?...ah. E imbecil?...

Anónimo disse...

Posso dizer que imbecilidade não falta nem ao post nem à mensagem da van, que podia aprender mais de filosofia, assim como o senhor do post. Mas deixando as impossibilidades de lado, acho que a piada que o post pode ter perde na linguagem. Nem me venham com a defesa de que estavam lá avisos. A boçalidade existe independentemente de se avisar antes que se vai ser boçal. E como há avisos desta natureza, nem vale a pena raciocinar com os presentes, autor e van.
Só para acabar: se Deus não existe e aquele que acredita n'Ele é parvo, então o que dizer sobre quem não acredita n'Ele apesar de Ele existir e até ter falado aos homens? Tá-se mesmo a ver!
O que nos salva é que há mais no céu e na terra do que pensa a vossa vã (não-)filosofia.

Gonçalo

Anónimo disse...

Bela crónica! Inteiramente de acordo.Deus pode ser essas coisa todas que a gente aprendeu na catequese (há uns milhões de anos, é certo), mas no que toca aos seus representantes na Terra só tem feito merda. Recomendo a leitura de ''O Génesis'' in ''A Velhice do Padre Eterno'' do Guerra Junqueiro. Podes ver em http://purl.pt/227/1/P134.html, ou dar um toque aqui ao lado, tenho a 2ª edição.

Nelson disse...

Gonçalo:

Se o post é imbecil ainda bem. Serve de bom acompanhamento ao discurso papal.

Se é boçal, temos pena. Era só o que me faltava pedir desculpas pela linguagem. Já disse bem pior, com muito pior gosto e não o fiz.

Quanto às razões por detrás da crença ou não na existência de Deus, aquilo que aceitas como facto não o é, e é passível de opinião. Tens a tua e lá terás as tuas razões. Eu tenho a minha, é diferente, e exijo respeito por ela. Até porque em altura alguma no post faltei ao respeito quer à tua religião, quer ao teu líder religioso. Mesmo se me é difícil respeitar um líder religioso que diz baboseiras deste calibre.

Teté disse...

Ah, ah, ah, o post está equilibrado com a mensagem papal! Raciocínios partindo de premissas falsas ou ilógicas conduzem a conclusões igualmente falsas ou ilógicas...

Mas, na verdade, é essa a base de toda a argumentação tendenciosa. Exemplificando com o queijo suiço: quanto mais (quantidade) de queijo, mais buracos - certo; mais buracos, menos queijo - certo; mas quanto mais (quantidade) de queijo, mais queijo também (proporcionalmente)! Ou seja, não foram só os buracos que aumentaram! :)))

Mas ainda me ri com o post e com os comentários! :D

Anónimo disse...

O Papa é um ser humano de idade avançada que não só parece acusar os efeitos naturais da idade avançada como ser uma pessoa estupidamente conservadora de índole no mínimo questionável.

Eu pessoalmente acho que ele é um saco de esterco e esta bela a afirmação a somar a muitas outras a meu ver só o confirma.

Espero que aquando do abandono do cargo, que espero que seja em breve (sim, não presto), publiquem as fantásticas bocas aos árabes, os elogios à Opus Dei e ainda os comentários públicos profundos sobre as questões sexuais.

Quem precisa de humoristas medíocres como o Fernando Rocha, Nilton, Fernando Alvim, etc quando temos o Ratzinger?

Venham essas pedras! Ou será que vão dar a face?

Aécio disse...

Votos de um bom ano!
Não conhecia o "Paradoxo do Queijo" é intuitivo, logo muito fácil de aprender, até para um básico como eu.
Realmente o Papa exagerou na comparação. O Papa é um velhote que já pode estar a ficar caduco. O Papa é um alemão a falar em italiano. Quem se quiser rir um bocado(ou um bocadão mais) só tem que o ouvir falar em castelhano. É um prato.
O "Anónimo" "Gonçalo parace ser um reaccionário inquisitorial primário que se pudesse queimava estes ímpios...
A questão é que estão a discutir em planos diferentes. O "dono" da casa e companhia seguem o paradigma da ciência. Popper e companhia. O Gonçalo, o paradigma da Fé que ou se aceita ou não.
Devendo-se respeitar tanto uns como outros.
Para o ABC, essa p(b)ostagem do "saco de esterco" mereceria naturalmente pedras. Esquecendo que Ratzinger é um líder religios. Que mesmo que não concorde com o que ele diz, é um grande intelectual como reconheceu mesmo Kung.
Sabe que Ratzinger foi(é) um dos teólogos mais consistentes na sua crítica aos actual sistema capitalista-financeiro? Que essas posições explicam em muito a hostilidade e deturpação que a comunicação faz e fez das suas declarações?
Essa das "bocas aos àrabes" só demonstra que fala com base numa leitura apressada de jornais e ouvir uns comentadores dar uns bitaites...

Nelson disse...

sim, o tema religião tem o condão de provocar reacções algo extremas...

T. disse...

Olá!

Já sabem os que me conhecem que sou católica. Coisa da idade adulta, que nem sempre o fui... Sabem também os que me conhecem que sou de formação e apetite intelectual essencialmente matemático-científico, tal como o Nelson, a Teté (olá!) e o Gonçalo. Todos somos gente de pensamento científico "duro" (das chamadas ciências duras), por formação e por tendência pessoal. A Van, o ou a ABC e o Escarapão não conheço, por isso poderão não saber isto. Fico (ficamos) apresentada(os).

Agora os comentários, sem me estender muito que nem li o discurso em causa nem quero escrever outro discurso:

Van: que sejas da opinião que Deus não existe, é teu direito. Que fales como se fosse possível provar cientificamente que Deus não existe com a mesma certeza que temos de que, sei lá, existe gravidade à superfície da Terra, por exemplo, e portanto sendo parvo negar a gravidade seria parvo afirmar Deus, é querer insultar.

Nelson: Antes de mais: quem é o Para (3 vezes no teu post)? Quanto ao tema: não posso pronunciar-me em pormenor sem ler de facto o discurso (depois do caso do discurso a favor do pensamento racional, que li em pormenor e na totalidade, e que vi distorcido nos media, é boa política). Mas posso desde já dizer que, partindo de pressupostos que são diferentes dos teus, é certo, o raciocínio não é nada ilógico. Exponho: na cosmovisão católica, o acto sexual é algo de bom e belo, se no seu contexto próprio. Que, novamente na cosmovisão católica, é a relação matrimonial entre um homem e uma mulher (há mais "condições", esta é apenas uma condição necessária, não suficiente). Sendo assim, qualquer acto que se desvie disto é exactamente isso, um desvio do bom, do que deve ser para bem do homem.

Finalmente: o discurso, por agora em italiano e em alemão, pode ler-se aqui, dia 22 de Dezembro de 2008. E afinal não diz que "salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição". Quando muito, se quiseres, diz que o ser humano é naturalmente homem ou mulher, e que a o homem, a mulher e a sua relação natural (na cosmovisão católica) precisam de ser protegido, porque a humanidade é naturalmente constituída por homens e mulheres. Não um "género" acidental, mas algo que nos marca ontologicamente, na cosmovisão católica, e desde que existe ser humano, porque para nós o ser humano existe e foi criado "homem e mulher" à imagem de Deus. Não apenas homem à imagem de Deus e mulher à imagem de Deus, mas "homem e mulher". Como estás a aprender italiano, desafio-te a leres o ponto 1., que é aquele a que se referiam os jornalistas... Mas se quiserem posso tentar traduzir.

Aécio disse...

Numa de apresentações importa dizer que venho das Humanidades no secundário e na Universidade Ciências Empresariais/Sociais. Se fôr a dizer mais cai-me a máscara!
Citando livremente Oscar Wilde "resisto a tudo menos às tentações".
À Tânia que não conheço, mas cujo comentário subscrevo, tomo a liberdade de dizer uma laracha(sim bem sei que ninguém usa isto, mas não me lembrei de nenhum sinónimo) do Algarve.
" Ah, Moça Marafada"!!!

Anónimo disse...

Na minha opinião, o aspecto mais interessante deste Papa Ratzinger é a sua similaridade física com o Imperador da Guerra das Estrelas.

Nelson disse...

ter opiniões devidamente fundamentadas dá demasiado trabalho... :P

T. disse...

Escarapão: isso de ser marafada é elogio? (regionalismos algarvios não são o meu forte)

abc: A semelhança é inegável...

Aécio disse...

É elogio sim senhora! Como estava de acordo com o comentário deu-me para dizer aquilo!
O marafado ou marafada é uma palavra cujo sentido muda conforme o contexto em que a dizemos.
Só uns exemplos:
Não me marafes!<=>Não me chateies!
Estou marafado!<=>Estou zangado!
Moça Marafada!<=>Mulher-de-Armas!
Com que não se deve brincar...
Eventualmente o terceiro exemplo pode não corresponder exactamente...Mas não encontrei melhor forma de me safar!
Digo que da próxima vez que saia da capital e vá à minha Albufeira e a Biblioteca Municipal esteja aberta e eu me lembre,(pré-condições cumprir cumulativamente) vou ver o Dicionário do Falar Algarvio (que podem não acreditar mas existe)...

Anónimo disse...

Respondendo ao Nelson, na minha opinião, ter opiniões fundamentadas nem dá grande trabalho. Trabalho dá sim, expor esses fundamentos aos outros.

No que me diz respeito, tenho pouca paciência para expor esses fundamentos sobretudo a pessoas como determinado perfil e como considero que nem fazem grande questão de realmente conhecer esses fundamentos, venham de mim ou de outra pessoa qualquer que não se integre em determinadas esferas de pensamento e como muito sinceramente não estou minimamente interessado em convencer ninguém do quer que seja não vou perder tempo a impor-me de forma alguma.

Escrevo esporadicamente e quando tenho paciência para tal, opiniões aos meus olhos mais que fundamentadas com raciocínios lógicos, referências sociais, históricas, pessoais, perspectivas de diferentes ângulos em contraste, etc mas só quando considero que o tema merece a minha devida atenção.

Quando se discutem certas questões, dilemas ou neste caso afirmações que considero disparates completos, não vejo qualquer motivo para me cansar a tentar sublinhar aquilo que pessoalmente me parece óbvio.

Podia ir buscar certas citações muito oportunas e no mínimo ambíguas relativamente ao Islão e à Igreja Ortodoxa Russa para justificar a minha opinião arrojada sobre este Papa (e para que não haja dúvidas, não falo da semelhança física que atrás referi). Mas esbarrando no segundo ponto, penso que mais vale ficar por aqui até porque já perdi demasiado tempo para não dizer nada na realidade.

Interpelo apenas a Tânia para dizer que tudo o que ela disse, por mais bem redigido que esteja e por mais consistente que seja e esteja com a tal "Cosmovisão Católica", (que nem considero que exista na própria Igreja Católica dessa forma tão una como a Tânia pareceu implicar mas isso é outro assunto...) há pessoas que, se quiseres, consideram essa "Cosmovisão Católica" uma secular e elaborada construção intelectual social e religiosa baseada em premissas falsas ou pelo menos inconclusivas (eu pessoalmente prefiro a expressão "load of crap", é mais rápida e como é metafórica, revela a minha a emoção pessoal sobre ela).

Ora, essa opinião é perfeitamente válida tendo em conta os próprios pilares da crença religiosa como experiência humana e como tal, o desprezo por essa "Cosmovisão Católica" não interfere em nada com a pureza da crença religiosa e da fé de cada um.

Por aqui me fico porque corro o risco de entrar em contradição com o que referi sobre a justificação da opinião sobre o Papa actual. Só termino para dizer que não é por os outros não exporem os seus motivos e fundamentos que significa que as suas opiniões não sejam reflectidas e ponderadas.

Nelson disse...

abc: é notável a quantidade de paradoxos em que entras no teu próprio comentário. Já nem falo dos paradoxos em relação aos restantes.

1. Dizes que não dá trabalho ter opiniões fundamentadas, mas sim expô-las aos outros.

2. Vens com lições de moral a acusar outros de não quererem ouvir os teus argumentos, e como tal nem te dás ao trabalho.

3. Manifestando total desinteresse, nem queres saber o que foi que Bento XVI disse e como está redigido, em resposta à alegação (com indicação de fontes) que as frases foram descontextualizadas e distorcidas pela imprensa.

4. Acusas a cosmovisão católica e/ou doutrina católica de uma série de defeitos sem no entanto fundamentares nenhum.

Resta-me concluir que te acusas como preguiçoso, e como tal não te dás ao trabalho de fundamentar as tuas opiniões e afinal as "pessoas de certo perfil" a que te referes és tu próprio!

Os teus comentários padecem de todos os defeitos que encontras nos comentários alheios.

Mas o tema religião tem esse condão, o de suscitar extremismos de ambos os lados.

PS: sou ateu. Mas não considero que a minha profunda crença na inexistência de Deus me dê o direito de dizer alto e bom som que só a estupidez justifica uma crença religiosa. Nem acredito que me dê o direito de dizer de alguém, sobretudo alguém que não conheço, que a sua visão nalgumas questões (mesmo que seja em todas) o qualifique como "um saco de esterco".

Mas isso sou eu.

Anónimo disse...

Avisei que não me ia justificar, não me apetece e não vou fazê-lo. Não sinto a mínima obrigação de justificar a minha posição, e muito menos aqui.

Quanto à acusação de não "quererem ouvir os meus argumentos", não foi bem isso que disse e não me referi em particular a ninguém aqui. Sou assumidamente preconceituoso relativamente a pessoas com determinado perfil porque a experiência ensinou-me que o tempo é precioso e não vale a pena gastá-lo a dar atenção a quem acha que sabe o que é melhor para os outros.

Li na íntegra o que o Papa disse e acho que a imprensa não distorceu coisa nenhuma. Enfatizou e sensacionalizou mas os podres estão todos lá. Além de que certas referências, termos e expressões (como a "ecologia humana") não podem ser empregados publicamente de forma leviana por figuras de certa proeminência, como aliás a Manuela Ferreira Leite aprendeu há dias...

Quanto ao P.S., pois, mas tal como dizes e bem, isso és tu. Fico contente por saber o grau com que respeitas toda a gente num espírito verdadeiramente cristão apesar de seres ateu.

No entanto e lembrando-me do Confúcio:

"O Homem sábio, não fala, actua e só depois do acto fala em conformidade com este."

Tendo em conta a forma como te diriges à fé alheia, os termos que utilizas, não só neste post, mas inúmeras vezes neste blog, ninguém diria que respeitas os outros com esse elevado grau que afirmas.

Que raio de respeito é esse que consiste apenas em não te referires de forma, digamos, insultuosa a ninguém mas em achincalhar tudo aquilo que esse alguém professa, simboliza, acredita?

Sinceramente, acho 1000x pior esta última, mas isso sou eu...

Anónimo disse...

Escarapão, mudando de assunto, esses termos que utilizaste não são exclusivos do Algarve. São aliás extremamente comuns no Alentejo, sobretudo nas zonas mais rurais.

Nelson disse...

hmmmm... é um pouco diferente escrever um post sobre o que diz um papa (ou, como fiz há uns tempos, sobre o que dizem as testemunhas de jeová) e sobre aquilo em que acreditam.

Não me recordo de alguma vez ter insinuado, directa ou indirectamente, que ser crente é equivalente a ser estúpido ou algo nos mesmos moldes.

E, mesmo assim, quando o assunto é religião, a tag costuma ser "escárnio".

Em resposta a esse tal de Confúcio: num blog só há palavras. As palavras são as acções de cada um. Seja nos posts, seja nos comentários.

Aécio disse...

Moços não vale a pena a malta "marafar-se" por causa disto. O barbeiro do Cavaco no Apolo 70 diz que há 3 assuntos com que não fala com os clientes,a saber:
Política, Futebol e Religião!
Não querendo fazer o papel de Nações Unidas que como se vê em Gaza não riscam nada.
ABC: Aquela do "esterco" foi demais. Não confundir as opiniões, com as pessoas. As primeitas atacam-se, as segundas respeitam-se mesmo que digam as maiores alarvidades. Ainda há poucos dias fiz isto inadvertidamente, quando um Amigo me explicava a posição dele com a qual eu discordo totalmente. Fiz cara como se ele estivesse a alucinar.
Ao taberneiro: Isto quando é religião bate cá no fundo. As reacções são instantâneas e o "calor" da caixa de comentários gera sempre coisas que não se escreveria normalmente a frio.
Há que manter esses postais verrinossos e sumarentos que nos trazem todos aqui!às vezes e terá sido o caso de alguns de nós de nos esquecermos que os textos são carregadinhos de IRONIA!


Aos dois: Há que dar um passou-bem, senão ficam de castigo e não vão ao jantar de Natal 2009!

Aécio disse...

Nunca disse que eram exclusivos. Aliás tenho raízes no Baixo Alentejo e é espectacular a diversidade do linguajar e dos falares de terra para terra. É por estas e por outras que adoro o Alentejo.
Até digo a quem me conhece, se um dia encontrar um talão do Euromilhões premiado, arranjo um monte em na serra entre Almodôvar e Loulé! Só saio de lá uma vez de semana para ir comer à casa da mamã!
Se quiseres passar por lá estás à vontade...

Anónimo disse...

Fico honrado pelo convite, mas já recebo queixas suficientes por não passar mais tempo na minha terra natal em Beja.