10 dezembro 2008

Equívocos

Hoje cheguei ao carro e dei com um papelito preso no pára-brisas. Detesto papelitos no pára-brisas, irrita-me este meio de promoção de serviços. Obriga-me a tirar o cinto de segurança e sair do carro para tirar o papel (em geral só reparo que tenho algo preso nas escovas depois de me ter instalado devidamente) ou, pior, se apanha chuva fico com papel derretido colado ao vidro.

Saio do carro para tirar o papel e olho para a mensagem publicitária. O título dizia: "Farto de gastar dinheiro? Venha ao Papoxeyo". Isto em maiúsculas, com a palavra "dinheiro" em letras maiores que o resto. Desconhecendo o que raio é o Papoxeyo, continuo a ler. De relance olho para os produtos em promoção e vejo: Coelho: 1,40€, Cão: 4,80€, Gato: 2,10€, Peixe: 2,50€.

Digam-me: pensaram imediatamente no mesmo que eu? É que quando li "coelho", pensei imediatamente num talho; depois, lendo "cão" e "gato" assustei-me. Eu sei que a crise anda aí, mas se a coisa já estivesse assim tão mal nem sei o que pensar...

Afinal, não, não é um talho. Lendo as letras pequenas, descobri que os preços referidos são para a ração dos ditos animais. A loja vende alimento para bichos, não vende bichos como alimento... Confesso que fiquei aliviado.

Na parte de trás, uma tentativa algo incipiente de mensagem humorística tinha um desenho do Garfield a dizer "Eu até aproveitava se lá servissem lasanha". Pois, lasanha, não. À primeira vista parece que servem coelho, gato, cão e peixe. Mas não falam em lasanha.

10 comentários:

Margot disse...

Venho só deixar um "hello"! :D

Meg disse...

Tambem venho deixar um "hello", numa tentativa de me redimir da falta de assiduidade. É que estive a tratar de uns assuntos políticos...

(Na verdade os assuntos políticos são só uma desculpa altamente esfarrapada para não chegar aos ouvidos da comunicação social que andei a fazer projectos noite dentro e a intervalar dos ditos cujos a jogar Wii com os meus colegas de grupo. Ah, e fazer testes de hipóteses às 4h da madrugada. (Às quatro da madrugaaaada... um passarinho cantoooouuuu....! (Buéda fixe, cantigas alentejanas. (Gosto bués. (Bués de bués!)))))

Bem, eu só vim aqui cantarolar porque já entreguei 3 dos 4 projectos do semestre, e o que falta é só o que envolve fazer testes de hipóteses às 4h da madrugada, o que acaba por ser uma actividade tão interessante como ir à caça de gambuzinos, e por isso prefiro vir ler as tuas divagações, que sempre são mais giras, para além de que rir com os comentários das escalfetas sempre treina um pouco os abdominais, até porque depois destes dias a fazer projectos engordei uns três quilos visto a minha mãe se ter esmerado a encher os estômagos famintos dos informáticos que vieram para aqui acampar nos meus sofás, o que, juntamente com o facto de não tomar duche uns três dias seguidos e ainda da minha roupa gira estar toda para lavar o que me resta uns trapos no fundo da gaveta me transformou numa daquelas bolas de sebo desgrenhadas e maltrapilhas que costumam ser o estereótipo de um gajo de informática tipo o Stallman, só que eu sou uma menina e não tenho barbas, por isso o efeito nojo é exponenciado (isto existe em português?) em algumas ordens de magnitude (adoro estas expressões vagas que soam seriamente graves) e neste momento já não sei se esta frase é gramaticalmente correcta e espero que os meus profs de português me perdoem (por acaso, por falar nisso encontrei há uns dias a stôra Ana Paula ao pé da Biblioteca Municipal, aquela com os pavões que vêm sentar-se no muro a dar uns gritos escandalizados), mas não a vou reler e corrigir.

Parabéns, se chegou aqui, vá para a cadeia, vá imediatamente para a cadeia, sem passar pela casa da partida e sem receber qualquer conhecimento interessante que lhe pague os segundos de vida que desperdiçou a ler as minhas tretas.

Meg disse...

Falando em papelinhos irritantes e não sei quê, pela primeira vez de que há memória, um crente de um professor Mambo qualquer infiltrou-se hoje no prédio e colocou os ditos papelinhos irritantes nas caixas dos condóminos.

O outro papelinho irritante na caixa do correio era uma carta do IST a dizer para pagar as propinas (cujo prazo de pagamento termina já na 6ª-feira).

Anónimo disse...

Qual o problema de comer gato ou cão?

Nelson disse...

Margot: hello!

Meg: bem-vinda de volta! Apesar de ter dado trabalho, acho que os segundos que passei a ler os teus comentários foram muito bem gastos! Sobretudo os parêntesis encadeados. Ah, e "seriamente grave" é redundante; se é grave já é sério e vice-versa. É como dizer "escanzeladamente magro".

Anónimo: problema? Bom, uns quantos. Mas nem é por aí. Mais que saber que há quem coma cão e gato, só mesmo a surpresa de imaginar que haveria talhos a vender carne dos bichos para comida.

Ana disse...

Comé que o Xô Nelson adivinhou que iriamos pensar em talho de imediato?... :D

ps-puuuuuuuuuf, aliviiiiiooooo!

Ana disse...

Olhá MEEEEG!!!!! PUUUUUUUUF. Dificil comentário. Já se pode respirar? :D

kanjas disse...

eu pensei em restaurante chinês... devo ser especial :P

um abraço homem :D

Meg disse...

Olha eu. É verdade. Vou tentar aparecer por aqui mais vezes. Desde que o Nelson não faça comentários de futebol durante uma semana inteira, sem nada realmente giro pelo meio, devo conseguir :P

// Hão de me desculpar a conversa longa, já parecia uma grafonola (nada contra a Sra. Van). É que passei os últimos dias a pontuar as minhas frases com convulsões de tosse, e por isso aproveitei e libertei de forma condensada as últimas coisas que se me atravessaram na mioleira.

Kruzes Kanhoto disse...

O segredo está no "Papo..."