19 dezembro 2008

Crónica de uma morte anunciada

Como se esperava, o Benfica foi eliminado da Taça UEFA. Precisava de ganhar por 8 golos de diferença e ainda dependia do resultado do Olimpiacos-Hertha, que teria de acabar empatado.

Como se esperava, não ganhámos por 8 golos; como se esperava também, no outro jogo não houve empate, o Olimpiacos ganhou 4-0; logo, como se esperava, fomos eliminados.

O que não se esperava é que tendo a "obrigação" de ganhar 8-0, ou pelo menos a obrigação de tentar, tenhamos passado 90 minutos sem marcar um golo sequer e ainda tenhamos sofrido um.

E o resumo desta participação na Taça UEFA faz-se em quatro momentos, que podem ser ordenados cronologicamente ou do melhor para o pior, o que vai dar ao mesmo:

1º momento: a ganhar por 1-0 na Alemanha frente ao Hertha, deixámo-nos empatar a 15 minutos do fim; podíamos ter logo ali somado 3 pontos muito importantes para assumir a candidatura à liderança do grupo e perdemos a oportunidade.

2º momento: jogando em casa com o Galatasaray tínhamos a oportunidade de nos assumirmos como principais candidatos ao apuramento; mas perdemos 2-0 e ficámos em sérias dificuldades.

3º momento: sendo obrigados a ganhar fora ao Olimpiacos para poder continuar com aspirações ao apuramento, já que as contas estavam a correr mal, levámos uma cabazada e perdemos 5-1.

4º momento: como conclusão de uma época medíocre a nível europeu, recebemos o Metalist e tivémos a oportunidade de salvar a face e pelo menos mostrar que os jogos com Olimpiacos e Galatasaray foram infortúnios; não tivémos engenho para o fazer, e ainda fomos perder o jogo ao cair do pano, como se empatar não fosse já mau o suficiente.

Em suma, acabámos o grupo com 1 ponto em 4 jogos; perdemos ambos os jogos em casa, onde nem conseguimos marcar um golo; o único jogo que não perdemos foi contra o Hertha que também não tem razões para se orgulhar da sua campanha (2 empates e 2 derrotas, 1 golo marcado, 6 sofridos). E de caminho ainda levámos uma abada para mais tarde recordar.

Eu sei que jogar na Taça UEFA não é tão motivante como jogar na Champions, mas... era preciso frisar isso tão enfaticamente?

3 comentários:

Teté disse...

Para mais tarde recordar??? O melhor é esquecer (ou servir como lição)!

Nelson disse...

nunca se devem esquecer as lições da história, para evitar repetir os erros do passado...

Ana disse...

Mmmmm, mas como a História nos ensina, os erros do passado estão condenados a ser repetidos interminavelmente...