16 dezembro 2005

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal:



Este ano eu portei-me bem. Quer dizer... raramente comi sopa e não ajudei velhinhas a atravessar a rua. Mas de qualquer maneira, houve quem se portasse bem pior.



Eu não vou pedir prendas para mim, embora, me desse jeito um telemóvel. Vinha só pedir uma prenda para o meu vizinho de cima. Eu sei que o puto é chato como a merda e de certeza que está na tua lista de putos que não vão receber prendas. Mas, por favor, DÁ-LHE UM PAR DE PANTUFAS, daquelas muito fofinhas! Não é que eu esteja preocupado se o puto tem os pés frios ou não, sinceramente, tou-me a cagar para ele. Mas é que não consigo dormir um fim de semana até tarde sem ouvir o puto por cima do meu quarto a correr e a saltar. Eu acho que ele quer ser o Obikwelu, mas também vai treinando salto em altura. E a sério, não há cu que aguente!!! Dá-lhe lá o raio das pantufas, pode ser que a peste deixe de me acordar às 8 da manhã ao fim de semana. Não há pior para a minha tradicional ressaca domingueira que acordar com os saltos daquela besta!



Ah, e à mãe do puto, vê se lhe dás uma caixa de Prozac, acho que a senhora bem precisa e a malta do prédio agradece.



Se resolveres ignorar esta carta, lembra-te: nem toda a gente tem a sorte de morar num sítio isolado sem vizinhos por cima. Mas pode ser que eu use o meu subsídio de férias e pague àquela maravilhosa família uma viagenzita até ao teu bairro, que tal? Aposto que ias gostar de os receber!



Obrigado Pai Natal

2 comentários:

Redus Maximus disse...

Olha lá! Nesta altura não é o subsídio de Natal?

Anónimo disse...

Nesta onde de presentes para os vizinhos de cima, eu oferecia uns headphones ao meu... talvez assim parasse de me acordar cedíssimo por causa da porcaria da música (que ainda por cima é música da morte...)