Foi a Raínha que abraçou Michelle ou Michelle que abraçou a rainha?. Dá que pensar. A importância dada a este episódio pelos media britânicos (e não só, como o comprova o texto do Público) diz-nos que a crise já acabou! Afinal, num país cujo sistema financeiro foi de tal forma abalado pela crise do subprime, com bancos a falir, despedimentos em massa e uma desvalorização sem precedentes da sua moeda, se este episódio não protocolar provoca tamanhas reacções, só se pode concluir que tudo vai bem, a crise já passou e nada mais preocupa os súbditos de sua Majestade, além de quem são as pessoas que abraçam ou são abraçadas pela sua soberana.
É bom saber que pelo menos num dos países da UE os fait divers já assumem esta importância, depois de um ano em que só se ouviu falar em falências, crise hipotecária, despedimentos, subida dos preços do petróleo e coisas afins. Espera-se para breve uma qualquer especulação acerca da marca da cera depilatória de Angela Merkl ou sobre o tamanho da copa dos soutiens de Carla Bruni para que se possa anunciar oficialmente que a crise acabou, a tranquilidade volte aos mercados financeiros e a retoma seja uma realidade.
Ah, e também parece que houve uma fulana qualquer que morreu há 15 dias e vai amanhã ser enterrada... em directo na TV! (não perguntem, não faço ideia de quem é, nem que história é esta ou porque é que é tão importante assim; apanhei uma meia conversa na diagonal, e ainda não percebo grande coisa)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Por acaso acho que a ideia é um pouco a contrária à tua: quando a coisa está preta, toca a falar de trivialidades, pode ser que a malta nem note nada... :S
É uma das antigas concorrentes do Big Brother que morreu de cancro. Presumo que a ideia seja, se viveu na tv então morre na tv também. Como se não tivemssemos chegado baixo o suficiente....
Enviar um comentário