25 maio 2009

IRS, parte II

Pronto, já está entregue. E, como podem comprovar pela data e hora de publicação deste post, perfeitamente dentro do prazo! Agora é esperar que as contas batam certo... (espero bem que sim, por uma vez a simulação deu-me boas notícias!)

IRS

Mas porque raio é que isto acontece uns 800 milhões de anos depois de aparecerem as declarações electrónicas? Hoje é o último dia para entregar a declaração de IRS para gente como eu (escravos miseráveis, mas independentes) e o site das declarações electrónicas tá em baixo. Tem sido sempre assim? (eu costumo entregar uns dias antes do fim do prazo, este ano é que me distrai com as datas...)

LEIRIAAAAAAAAAA

Foi quase épico. Só não foi porque se tratava do campeonato da II Liga, se fosse da primeira seria épico.

A União de Leiria (o meu clube do coração) depois de ter descido à segunda na época passada passou as passas do Algarve no início do campeonato. À jornada 12 eram 15º (e penúltimos) e estavam nos lugares que davam acesso directo a nova descida de divisão (coisa que acabou por acontecer ao Boavista por sinal). À 14ª jornada estavam em 14º. E de repente... começou uma extraordinária reviravolta! De 14º para 9º, depois para 7º, 6º, 4º, 3º e na última jornada, precisando de ganhar e que o Santa Clara empatasse ou perdesse... ganhámos, eles perderam e voltámos a subir!

Duas palavras mais sobre o campeonato da II Liga que este ano até fui acompanhando (embora, pelos resultados até meio, em silêncio): para o Santa Clara que esteve nos lugares que dão acesso à I divisão desde a jornada 4 deitou tudo a perder com uma ponta final bastante abaixo do nível inicial; e para o Major Valentim Loureiro que viu os "seus" dois clubes, Boavista e Gondomar, ocuparem os últimos dois lugares e descem ambos à II Divisão B.

P'ró ano há bola à séria em Leiria outra vez. Só é pena o estádio ter uma audiência média de 1000 pessoas (isto já contando com os jogos com Benfica, Porto e Sporting, se tirarmos esses são 500 gatos pingados a ver os jogos). Mas, estádio vazio por estádio vazio, mais vale jogar na I que na II!

20 maio 2009

Atchim?

Estive perto do México (ok, não muito perto, mas consideravelmente mais perto do que estou agora). Até ver não, não estou a espirrar.

Mas vi uma coisa que nunca tinha visto: um avião demorar mais de 1 hora para descolar depois de ter entrado no taxiway (éramos 30º na fila!). Na descolagem anterior (no mesmo aeroporto, que me serviu só para escala nos dois sentidos), quando o avião virou para a pista contei 16 aviões atrás de nós, todos alinhadinhos à espera. Isso sim, são aeroportos movimentados! (na Portela o pior que me aconteceu foi ter 5 ou 6 à frente, mas também não costumo viajar na "hora de ponta").

13 maio 2009

Afinal, cura-se!

E não é que afinal a homossexualidade cura-se!? Ou melhor, há terapias para "reorientação da orientação sexual", diz a notícia.

Sobre os méritos ou deméritos desta posição, não me pronuncio. Seria como pronunciar-me sobre o criacionismo versus evolucionismo ou sobre as teorias que dizem que o Sol anda em torno da Terra. Não me pronuncio sobre absurdos.

Mas acho que devo dizer alguma coisa sobre a expressão "reorientação da orientação sexual": não se reorienta uma orientação. Muda-se uma orientação. Dizer que se "reorienta uma orientação" quer dizer que inicialmente a orientação foi orientada. A orientação sexual pode ser escolhida, assumida, descoberta, mas não é orientada. Quem se orienta é a pessoa que escolhe, assume, descobre uma orientação sexual. Logo, a pessoa que escolhe, assume, descobre uma orientação sexual pode ser reorientada, a própria orientação sexual, não.

Seria bom que, sobretudo em temas tão delicados, houvesse o cuidado por parte de pessoas com responsabilidade em não utilizar expressões que não fazem qualquer sentido, do ponto de vista lógico. Mas acho que isso é um pedido tão absurdo como esperar que os dirigentes políticos discursem com conteúdo e não apenas com chavões vazios de sentido, ou que nos debates sobre futebol a argumentação fosse com base em factos e não acusações repetidas e não fundamentadas. Enfim, eu sou um sonhador...

08 maio 2009

Fontes fidedignas

Já se sabe que a Wikipedia não é uma fonte fidedigna. Apesar de a quase totalidade da informação nela contida estar devidamente referenciada e ser correcta, porque os artigos podem ser editados por qualquer um corre-se o risco de estar a ler apenas um dos lados de uma questão ou estar a ler apenas parte da informação.

Seria de esperar que os jornalistas soubessem disso: lá porque está na wikipedia não quer dizer que seja automaticamente verdade!

Pois, seria de esperar que todos soubessem mas, pelos vistos, nem todos sabem.

A propósito desta história (que é hilariante, confesso), a senhora que ocupa um cargo parecido com o de provedor do leitor no The Guardian escreve: The moral of this story is not that journalists should avoid Wikipedia, but that they shouldn't use information they find there if it can't be traced back to a reliable primary source. Ao que eu respondo: Nãaaaaaaao, a sério??? Então, a lição de moral que se tira desta história é que os jornalistas devem confirmar as informações junto de fontes primárias? E eu que quase que jurava a pés juntos que esse princípio é ensinado em tudo o que é curso de jornalismo: só se escreve o que pôde ser confirmado! Pelos vistos enganei-me. A obrigatoriedade de confirmar informações é coisa recente, motivada apenas por este caso de fraude que enganou "jornalistas" do mundo inteiro. E limita-se à confirmação de informações da wikipedia. O que estiver num blog, por exemplo, fica aparentemente isento desta obrigatoriedade de confirmação.

Um pormenor delicioso: os tais jornalistas não acharam estranho que a citação não estivesse referenciada numa qualquer nota de rodapé. Já os editores da wikipedia acharam que essa informação, por não indicar as fontes, não era fidedigna e removeram-na. Se calhar devíamos trocar: púnhamos os jornalistas a editar a wikipedia e os editores da wikipedia iam escrever histórias para jornais. Perdíamos uma enciclopédia, mas ganhávamos uma melhor comunicação social.


(obrigado Pedro)

06 maio 2009

Okapi

Fui ao Zoo. Já não ia lá há perto de... 25 anos?! Devo dizer que o Zoo de Lisboa já não tem nada a ver com as recordações que eu ainda tinha. Quando lá fui a última vez era velho, com muitas estruturas em mau estado e o deprimente elefante a tocar a sineta a troco de moedas.

O elevante das moedas já terá morrido, ou pelo menos já não toca a sineta, as estruturas estão recuperadas, os animais têm boas condições de habitabilidade (tanto quanto se consegue ter num Zoo, sobretudo um tão pequeno como o nosso) e o programa de apadrinhamento de animais por parte de empresas está a funcionar. Garante receitas para o Zoo e retorno publicitário para as empresas (adivinhem quem patrocina o jaguar!).

A malta em geral só vai ao Zoo quanto tem miudos pequenos (filhos, sobrinhos, primos, etc). Não façam isso. Vão lá, mesmo que não tenham a desculpa de ir só "fazer compania ao miudo".

Pontos altos da visita:

Vi os okapis ao vivo! Yeeee! Há já uns anos que o Zoo tem anunciado os okapis como as estrelas da companhia e devo confessar a minha ignorância: quando vi o anúncio as primeiras vezes não fazia ideia do que raio era um okapi. É engraçado em fotografia, mais ainda ao vivo.

E fiz festinhas num leão marinho! Parte do show de acrobacias dos leões marinhos e golfinhos (com a participação de uma guest star, uma baleia piloto que deu à costa há uns tempos na Nazaré e que se chama... Nazaré) consiste em levar o leão marinho a passear-se no meio do público e "dar beijinhos" (ou melhor, marradas) às pessoas. Eu ainda levei um beijinho na bochecha do anfíbio gordo (nota: para mim mamíferos que passam a maior parte do tempo na água são anfíbios ou peixes; os golfinhos e baleias são peixes, as focas e leões marinhos são anfíbios). O animal pesa uns 400 milhões de quilos e quando o vi esticar-se na minha direcção fiquei um bocado surpreendido (diria que apanhei um susto, mas sou demasiado macho para admitir uma coisa dessas).

Preço do bilhete: 16 euros. Dinheiro bem gasto!