16 outubro 2009

Crónica de uma morte anunciada

Eu tentei, a sério que tentei. Tentei mesmo a sério recuperar aqui o tasco, que tem andado ao abandono há já bastante tempo por falta de vontade. Mas agora, apesar de a vontade ser ligeiramente maior, falta o tempo.

O Ó faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços já tem 4 anos de idade (feitos o mês passado, nem a efeméride assinalei), é uma idade aceitável, sim senhor, mas a verdade é que já não me dá pica. E isso tem-se notado no último ano. Depois de 2 anos e meio a uma média de 60 ou 70 posts por mês, a produção caiu a pique e assim tem estado. Este ano então a coisa é de uma pobreza franciscana, com uns míseros 73 posts no ano todo, apenas um a mais que os posts de Janeiro de 2008.

Por isso, o blog vai fechar as portas por tempo indeterminado. Não quer dizer que isto não volte a funcionar, um dia, no blogger ou numa plataforma decente, com este ou outro nome, com este ou outro objectivo, com este ou outro(s) autor(es). Mas, para já, o blog morreu.

Por isso, 4 anos e mais uns dias após a grandiosa inauguração, o Ó faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços fecha.


Over and out!

15 outubro 2009

Não há condições...

Uma auto-estrada inaugurada há mais de quinze dias e o google maps ainda não está actualizado??? Como é que eu vou descobrir o caminho amanhã, que preciso de passar por lá?

(para quem não sabe: é a auto-estrada que vai da A5 ao IC19; passa pelo Cascais Shopping, Autódromo, Alcabideche e vai ter ao nó IC19/IC16)

12 outubro 2009

Notícias do CM

O Correio da Manhã tem alguma piada. Não muita, mas alguma. Gosto particularmente dos parâmetros que definem se uma notícia é ou não digna de nota.

Claro que o assunto quente é a eleição de ontem, os resultados das eleições, quem ganhou câmaras e quem perdeu, e por aí fora, mas há sempre aquelas outras notícias de grande relevo que só o CM consegue dar. Por exemplo, alguém na redacção achou que a seguinte notícia era merecedora de publicação: "Cadáver aparece nú em casa". Presumo que o CM não publique notícias sobre todos os cadáveres que aparecem em casa, até porque devem ser bastantes e não haveria espaço para todos, pelo que o que me parece digno de nota é o facto de o cadáver estar nú quando foi encontrado.

E isto fez-me pensar... é que morrer nú deve ser desagradável. Um gajo pode estar morto mas continua a ter algum pudor, pá! Por isso eu acho que as pessoas, quando acham que estão para morrer, pelo menos deviam vestir uma roupa interior lavada e, de preferência, sem buracos. Ao menos isso, que é o mínimo que se exige. A menos que o homem em questão (ou mulher, confesso que não li a notícia, só mesmo o título) quisesse que a sua morte não passasse despercebida e resolveu ficar nú à espera da morte já a contar que o Correio da Manhã falasse no caso...

09 outubro 2009

Crédito

Barack Obama ganhou o Nobel da Paz "pelos esforços diplomáticos internacionais e cooperação entre povos".

Eu sei que toda a gente no mundo anda entusiasmada com a nova liderança dos EUA e já andavam assim ainda antes de ele ser eleito (bom, toda a gente não, os americanos não estão lá muito contentes). Mas... em 9 meses que êxitos diplomáticos é que Obama já teve? Ainda estão por resolver todos os problemas que herdou da anterior administração, ainda há guerra no Afeganistão e no Iraque, Guantanamo ainda não fechou, o Irão continua a ser uma ameaça (e ainda recentemente testou mísseis), o médio Oriente continua com os mesmos problemas de sempre.

Será este um prémio dado a crédito? Pelos sucessos que aí virão? Ou será apenas um reconhecimento das boas intenções da actual administração americana? É que, mesmo que ele fosse extremamente eficiente, 9 meses não dão para nada! Se dessem, se ele tivesse conseguido resolver pelo menos um destes problemas, sem dúvida que o Nobel estava bem entregue. Mas... o prémio foi para quê, mesmo?

Eu sou fan do Obama. Acho-o uma das pessoas mais carismáticas da actualidade, tem qualquer coisa de hipnotizante. A sua eleição deu uma nova esperança a muita gente. Mas tenhamos senso. Uma coisa é ele ser a promessa de se vir a tornar um dos grandes líderes mundiais da história; outra coisa é sê-lo efectivamente. E não se decide com prémios e com reconhecimento de boas intenções quem vai ser o próximo grande líder da humanidade.

08 outubro 2009

Meteorologia

Trabalho com vista para o mar. Ao pé do cabo da Roca. O que quer dizer que sou capaz de começar a prever tempestades de véspera olhando para as nuvens. Acho que nos próximos dias o tempo vai melhorar bastante na zona de Lisboa, parece-me que as nuvens negras que nos chegam do mar estão a deslocar-se para Norte.

Alguém em Lisboa é capaz de me confirmar se os aviões estão a aterrar de Sul? (é que se for esse o caso, quer dizer que o vento voltou à direcção normal, de nordeste, o que ajuda a limpar os céus em Lisboa).

A crise

A crise mundial, que de uma forma ou de outra todos terão sentido na pele, está a dar sinais de que o fim estará próximo. As economias começam a recuperar, as bolsas também e gradualmente volta tudo ao normal.

Tudo? Não. O desemprego continua a aumentar, o que também é normal em situações semelhantes, devendo demorar ainda algum tempo a dar sinais de melhoria.

E o futebol não é excepção: 5 treinadores foram despedidos nas primeiras 7 jornadas, um número recorde na última década. E isto mesmo tendo em conta que, ao contrário do que vem sendo hábito, este ano o Benfica ainda não despediu nenhum! Pode dizer-se que esta situação é apenas consequência de maus resultados desportivos, mas a mim ninguém me convence que não é um sinal da crise. E são mais 5 a engrossar o número de desempregados*.


* Curiosamente entre o meio milhão de desempregados em Portugal, não está Manuela Moura Guedes, quando tudo dava a entender o contrário. Mas ainda tenho esperança que ela seja despedida em breve.

07 outubro 2009

Opiniões

Toda a gente opina sobre a selecção. Não há um jogo que não provoque todo o tipo de reacções, vindas de todo o lado, e conjecturas sobre a qualificação ou não para o mundial.

O que até se percebe, já que é uma selecção recheada de estrelas e prestes a ficar de fora do campeonato do mundo.

Mas acho que atingimos os limites quando até o treinador do Bunyodkor, clube do Uzbequistão, vem falar sobre o assunto. Um tal de Luis Felipe Scolari.

06 outubro 2009

Santana apoia Costa?

Diz o título de uma notícia do Público: Santana Lopes: votar no PS nas autárquicas é votar numa cidade sem aeroporto.

Ora, se Santana se candidatasse por Oeiras eu até percebia esta frase, mas sendo que os seus eleitores efectivamente MORAM em Lisboa e uma grande parte ouve os aviões a passar por cima de si a toda a hora, o que raio espera conseguir Pedro Santana Lopes relembrando que o PS quer tirar o aeroporto do centro da cidade? Não creio que haja assim tantos eleitores que viagem com a frequência suficiente para serem sensíveis ao argumento da distância do terminal ao centro da cidade. Para quem viaja 1 ou 2 vezes por ano andar uns km a mais (mesmo que sejam 30) para apanhar um avião para as férias é sacrifício mais que adequado em troca do sossego de uma cidade livre de aviões em voo razante aos prédios. Não?

Se calhar sou eu que não percebo muito disto, mas, e apesar de apreciar ver os aviões da minha janela, troco sem hesitar a vista dos passaritos de metal por tardes e noites sossegadas sem turbinas a acordar meia cidade. Para barulho já me chega bem a linha de Sintra e a Radial de Benfica mesmo aqui ao lado.

Customs

Na alfândega, hoje de manhã (depois de um voo um bocado cocó, uma noite mal dormida e 6h de diferença horária):

O senhor da alfândega: Veio de onde senhor Nelson?
Eu: Dos Estados Unidos. Como é que ficou o Benfica?
O senhor da alfândega, rindo: Ganhou.

É bom estar de volta a casa, onde se pode falar de futebol até com agentes da autoridade que têm de manter um ar sério.

Crónica de uma morte anunciada?

Talvez não!

Acho que está na altura de o blog voltar. Depois de umas "férias" de mais de 6 meses com uma estonteante média de 1 post por semana, acho que já estou pronto para vos aturar mais um bocado.

A ver se a produção sobe, que nos últimos tempos tenho deixado muitos pensamentos para mim e acho que merecem ser partilhados (quando mais não seja para não me aborrecer sozinho).

O espectáculo segue dentro de momentos...

28 agosto 2009

Conslusões precipitadas?

Lembram-se do telemóvel que morreu? Ainda estava na garantia, por isso fui pô-lo a reparar. Recebi um sms há 2 ou 3 dias a dizer que estava pronto e fui hoje À loja buscá-lo. Aquilo passou-se tudo em 4 ou 5 minutos: dão-me o telemóvel, ponho o cartão, encaixo a bateria, ligo-o, o telemóvel pede o PIN e... nada. O teclado não funciona. A queixa inicial era o ecrã. Agora que o ecrã funciona, pifou o teclado. E lá volta o telemóvel à base outra vez... e eu aqui com um Siemens do século XIX à espera que a coisa se resolva (ou que o iPhone que está para chegar chegue mesmo, o que parece que vai acontecer este domingo...)

Gajas e bola

Se a maior parte dos gajos gosta de gajas e gosta de bola, porque é que o futebol feminino tem tão poucos adeptos?

18 agosto 2009

Zombies

A Matemática tem utilidade prática! Claro que toda a gente admite a utilidade de áreas como a aritmética ou a trigonometria, mas já o estudo de funções, a resolução de equações diferenciais e os métodos numéricos podem assumir formas muito sofisticadas que parecem totalmente desligadas do mundo real.

Pois bem, aqui está a prova da utilidade da matemática, por exemplo no contexto da dinâmica populacional: um artigo sobre ataques de zombies!

O artigo analisa tudo: o ritmo da infecção dos humanos, taxas de crescimento e morte, etc. As conclusões são avassaladoras: num cenário de ataque por zombies, o único cenário possível é a total aniquilação da espécie humana (salvo se existir uma cura, em que uma pequena população humana pode sobreviver entre uma grande população zombie). Ora, como nós ainda estamos aqui e não somos zombies (há zombies na audiência?), isto prova que os zombies não existem!

Pronto, hoje à noite já podem dormir mais descansados!


(obrigado Gonçalo!)

06 agosto 2009

Burrice é...

dar ordem de impressão de um documento em frente e verso manual quando estou loggado com um utilizador e a caixinha que me diz para virar as páginas e clicar no ok aparecer na sessão do outro utilizador.

Eu explico: a semana passada apanhei um virus. Acontece. É raro comigo, mas acontece. Eu até sou um gajo cuidadoso, tenho o anti-virus actualizado, vejo com muita atenção as coisas que descarrego e instalo, mas... pronto aconteceu (aqui para nós, desconfio que é capaz de ter sido (assim hipoteticamente, só um supônhamos) uma aplicaçãozita que a modos que não era muito legal que eu instalei (para quem não percebeu: fui sacar uma cena pirata; daquelas que até são muito populares, de uma determinada marca que começa por Ad e termina em obe; o produto era um Photo qualquer coisa, talvez terminasse em Shop, mas não garanto) e cujo... digamos... programa "companheiro" (um em que a gente carrega no ok e dá uma série de números e letras que depois pomos no outro e depois fica tudo a funcionar, tão a ver?) era capaz de ter qualquer coisita agarrada...).

Parágrafo extra, que não faz parte do texto principal e que só está aqui porque eu queria usar a tag <blockquote>, que nunca tinha usado no blog: admitam que tinham saudades dos vários níveis de parêntesis encadeados, vá lá, admitam. E, já agora, admitam também que tinham saudades que eu escrevesse qualquer coisa aqui no tasco.


Outro parágrafo extra, para passar a duas utilizações sucessivas da mesma tag: ah! e repararam que eu ando muito disciplinado e ponho os estrangeirismos em itálico? Espectáculo!!! Eventualmente deixo-me disso que dá muito trabalho, mas tenho pontos pelo esforço, não?


Continunando... apanhei um virus. Foi um gajo chato, deu-me um bocado de trabalho a limpar, mas lá consegui. E, como em casa roubada, trancas à porta, resolvi criar um user novo no meu xp com permissões de administração e passei a minha conta habitual para conta limitada. Coisa que devia ter feito logo de início, mas só o trabalho de mudar de utilizador para instalar um programa... enfim, agora já está feito. (a propósito, para mudar de utilizador de forma rápida, a tecla de atalho é tecla do windows + L).

Por isso agora costumo ter dois utilizadores diferentes ligados ao mesmo tempo; a conta normal, para usar cenas e afins, tipo mail, e a conta do não sei quê que instala coisas (no caso em questão, da próxima vez que resolver instalar uma dessas coisas, corro uma das cenas na conta xpto e a outra cena na conta que não é xpto).

Vai daí, precisava eu de imprimir um documento e, como sou um gajo amigo do ambiente (até separo o lixo e tudo, só não re-aproveito o óleo alimentar - eu sei que devia - porque uso muito, muito pouco, se fosse a aproveitá-lo demorava 5 anos a arranjar 1 litro de óleo para reciclar), resolvi imprimir em frente e verso. Ora, a impressora não faz isso sozinha, temos de a ajudar: as folhas saem, aparece um boneco a explicar (assim mesmo para gente burra, com desenhos e tudo) de que forma devemos pôr as folhas de volta no sítio e depois clicamos no ok e a gaja imprime o outro lado das folhas. Até aqui, tudo bem. Só que...

Só que depois de a gaja ter cuspido metade das folhas, o tal bonequinho com o botão ok não aparecia. E eu esperei, esperei... desliguei a impressora, voltei a ligar... E nada. E foi aí que descobri: é que como o tal utilizador xpto (sou pouco original, chamei-lhe admin; ah, sim, mas atribui-lhe uma password, ao menos isso!) estava com sessão iniciada, a caixinha com o bonequinho com as instruções apareceu ao utilizador xpto. O que deu imenso jeito, já que eu tinha dado ordem de impressão a partir da outra conta.

Ora, isto é burro. Seria como ter dois números de telemóvel, um da Vodafone e outro da Optimus (eu fiquei alérgico à TMN há coisa de um ano, por isso nem para metáforas os utilizo), ficar sem bateria no Vodafone e quase sem saldo no Optimus, mandar um sms do Optimus a pedir para me ligarem e a pessoa ligar para o Vodafone. E depois reclamar que eu tinha o telemóvel desligado.

É uma impressora da HP, caso estejam com curiosidade.

20 julho 2009

O telemóvel morreu

Não o novo, credo! Esse, vem a caminho (já disse que é um iPhone?). Mas o velho resolveu morrer agora. Quer dizer, morrer, morrer, não morreu. Continua a "funcionar". Só que...
- O visor está todo branco, não dá para ver nada; preciso de saber os números de cor e não me enganar nos botões (coisa a que aquele teclado é um bocado propício) para conseguir fazer seja o que for;
- não consigo ouvir nada (isto só começou ontem, até ontem dava para fazer chamadas, lá está, desde que soubesse o número de cor)

Moral da história: só consigo ler SMS quando estou ao lado do PC: ligo o telemóvel ao computador e consigo abrir a lista de mensagens e até enviar mensagens. Só não consigo é ver a lista de chamadas perdidas e hoje já foram umas quantas.

Pontos positivos:
- o telemóvel velho ainda está na garantia (por uns meses);
- tenho aqui dois telemóveis emprestados para usar entretanto;

Pontos negativos desta história toda:
- o telemóvel velho resolveu morrer um mês antes de chegar o novo;
- não tenho o carregador de nenhum dos telemóveis emprestados.

Ou seja, provisoriamente, estou como no século passado: incomunicável (pronto, tirando o messenger, o email, o telefone fixo e os sms). Vejam lá que hoje até saí de casa SEM TELEMÓVEL, coisa impensável nos dias que correm!

16 julho 2009

iPhone

Já só faltam 35 dias para eu ter o meu telemóvel novo!

10 julho 2009

As coisas que um gajo descobre...

Recebi hoje um mail a informar-me, na qualidade de utilizador do Geocities, que o serviço vai fechar. Eu não fazia ideia que era utilizador do geocities, sou capaz de ter aberto uma conta há uns 10 anos e nunca mais lhe mexi.

06 julho 2009

Madrid

Uma multidão aguardava impacientemente que as portas do estádio Santiago Bernabéu se abrissem. Esperavam impacientes por um qualquer evento que estaria programado para hoje ao fim da tarde e por lá ficaram, várias horas antes da abertura das portas, sem arredar pé.

As televisões responderam à solicitação da notícia e Sic Notícias, RTPn e TVI24 transmitiam em directo imagens do exterior do estádio e iam falando com os adeptos.

Ora como o Real Madrid perdeu a Taça do Rei (eliminado nos oitavos de final), ficou em segundo no campeonato a 9 pontos do Barcelona e não foi além de uma presença nos quartos de final da Champions deste ano, o que poderá atrair tanta gente ao estádio?

Um jogo? A entrega de um qualquer troféu inventado à pressão para que o Real pudesse ganhar qualquer coisa? Eleições para os órgãos sociais? Estariam a dar dinheiro aos adeptos?

Não, nada disso. A razão pela qual dezenas de milhar de adeptos se deslocaram ao estádio aguardando várias horas pela abertura das portas é somente a... apresentação de Cristiano Ronaldo. Evento que conta com uma cobertura mediática inacreditável (a sério, inacreditável - eu vi e mesmo assim tenho dificuldades em acreditar), contando com reportagens da partida de Cristiano Ronaldo de Tires em jacto privado, da chegada ao hotel em Madrid, do almoço de Cristiano Ronaldo, etc.

A pergunta que surge naturalmente é: han? Pois, infelizmente não tenho a resposta a essa pergunta, mas desconfio que seja "duh!"

02 julho 2009

Michael Jackson morreu

É verdade, já foi há uma semana. Mas achei por bem esperar antes de dar a notícia, porque com ele nunca se sabe... não fosse aparecer um qualquer procedimento cirúrgico experimental que lhe permitisse voltar à vida, como o Frankenstein, ou que se transformasse num zombie, coisa da qual eu suspeitei durante uns anos mas que a sua morte veio desmentir (um zombie só morre se for desmembrado e, à parte o facto de ter sido autopsiado, não me parece que o tenham cortado às postas).

Mas não, até ver já se passou uma semana* e ele continua falecido. Por isso posso dizer com alguma certeza (claro que quando o sujeito é quem é nunca se pode ter 100% de certezas) que Michael Jackson morreu.`


*uma semana é o prazo máximo em que uma pessoa se pode tornar um zombie. Por várias razões, que agora não me apetece explicar...

30 junho 2009

Anda tudo louco?

No outro dia fui jantar com um amigo ao pé do Campo Pequeno. O jantar correu sem qualquer tipo de incidentes, não é por causa da forma como decorreu a refeição que escrevo este post. Comi grelhada mista e estava muito boa. Bebi Nestea. De limão.

A coisa esquisita, esquisita mesmo, que me faz duvidar da sanidade mental dos meus concidadãos é o que aconteceu depois do jantar. Bom, não foi logo depois, depois do jantar fomos beber café a outro sítio e aí também nada de estranho se passou. Duas bicas, 1,70 euros, 10 minutos de conversa, tudo normal.

É que a seguir fiz companhia ao tal meu amigo até ao carro dele e ele depois deixou-me ao pé do meu. Também não houve nada de extraordinário aqui. O carro dele estava no sítio, não havia riscos de assinalar, tudo perfeitamente normal.

O que aconteceu de estranho mesmo foi quando cheguei ao meu carro. Não que tivesse acontecido alguma coisa ao carro, nada disso. Estava no sítio, sem riscos nem vidros partidos.

Mas à medida que me aproximava comecei a ouvir um barulho ensurdecedor. Parecia que um milhão de andaimes das obras tinham sido largados no cimo da rua e eu olhava para todos os lados à espera de ver uma torrente de peças de andaimes na minha direcção, assim meio à filme (só que nos filmes costumam ser torrentes de água, neste caso seria uma torrente de metal, o que ainda seria mais esquisito - e que por si só justificava um post dedicado ao tema, uma enxorrada de varas de metal a rebolarem rua abaixo). Mas não, nada disso aconteceu. O barulho é que continuava, cada vez mais alto. E eu quase a chegar ao meu carro e o barulho era insuportável e comecei a temer pela minha vida. Medo infundado, está-se mesmo a ver, porque ainda cá estou, a escrever este post. O que eu vi foi...

(Acho que está na hora de fazer um parêntesis congratulatório - palavra linda que não sei se existe, mas se não existe devia existir - a todos quantos continuam a ler neste momento. Têm a minha admiração, senão mesmo inveja, por conseguirem ler um tal chorrilho de nadas sem desanimar, sem perder a fé que algo de único se seguirá, que o tempo perdido, aliás, investido na leitura deste post será recompensado com o relato de um qualquer acontecimento rocambolesco - outra palavra linda, mas esta eu sei que existe - que vos fará pensar "raios, pá, este gajo é um espectáculo; só a mim não acontecem coisas destas que se eu tivesse uma história destas para contar até era capaz de conseguir engatar gajas"; feita a devida vénia aos resistentes, prossigamos - vêm como eu até consigo conjugar verbos esquisitos? sou o máximo, não sou? - para o relato do resto da história que, salvo erro, ia numas reticências)

O que eu vi foi... tão (note-se como após conjugar correctamente o verbo prosseguir me mostro incapaz de conjugar o verbo estar - são os pequenos paradoxos que dão graça à vida) a ver aquelas trotinetes, triciclos, com 50 cm3 de cilindrada que, por regra, andam à nossa frente a 20 km/h quando estamos cheios de pressa e porque ocupam mais de meia faixa não nos dão hipótese de ultrapassar? Coisas como esta? Pois bem, a que vi não era azul, era vermelha (pormenor importantíssimo na história, como verão já a seguir). E estava a ser... rebocada por um automóvel.

Pronto, admito, o último parágrafo foi um bocado anti-climático. Tanta coisa, tanto suspense com o barulho ensurdecedor do metal e no fim de contas era um triciclo a ser rebocado? Talvez seja melhor adiantar um outro pormenor: talvez rebocado não seja o termo certo, o termo mais apropriado será arrastado. É que o tal triciclo tombou e o seu rebocador continuou, impávido e sereno (e a uns bons 40 km/h numa estrada com faixas estreitas e carros estacionados de um lado e do outro) a arrastar aquele peso morto, tombado sobre o asfalto (Ah! daí a barulheira!), mais ou menos a direito. Até que...

Até que as pequenas oscilações do veículo rebocado começaram a aumentar, a aumentar e pouco depois de passar pelo sítio onde eu tinha o meu carro estacionado (e é tão lindo o meu carro, quase sem riscos), o triciclo começou a comportar-se como uma bola de pinball, ressaltando em tudo o que era carro estacionado e fazendo ziguezaguear o seu industrioso rebocador. Que veio depois a perder o controlo da viatura e bateu numa das muitas árvores do separador central.

Por isso eu pergunto: anda tudo louco ou quê? Quem é a besta que se lembra de rebocar um tricilo a abrir e mesmo depois de o fazer tombar não pára? ainda para mais estamos a falar de um a coisa com três rodas relativamente próximas e uma altura considerável, não prima pela estabilidade.

Só sei que havia imensos vidros estilhaçados na rua, um homem em tronco nú (talvez o legítimo dono do triciclo?) corria rua abaixo e o rebocador (um fiat uno com mais de 20 anos ou coisa parecida) lá estava, encostado à árvore. Pelo caminho, carros estacionados com riscos nas portas e nos pára-choques.

25 junho 2009

Limpezas da primavera

Há uma boa razão para que as limpezas a fundo sejam feitas na primavera. A minha casa vai para obras e tive de arrumar tudo na sala (e cabeu*), pôr plástico em cima de tudo para evitar que apanhasse pó, etc.

De caminho mandei uma carrada de coisas fora, umas para o lixo, outras para reciclar, outras ainda para dar, etc.

Com o calor que esteve esta semana devo dizer-vos que não é uma tarefa agradável. Da próxima vez tenho de fazer isto em Março ou coisa assim, quando a temperatura ainda é suportável.


*cabeu, e não coube, porque me apetece. E como o blog é meu, eu escrevo como me apetece.

15 junho 2009

Wolfram Alpha

A Wolfram, conhecida por editar o software Mathematica, criou agora uma espécie de holy graal dos curiosos: fazem uma pergunta e, desde que a resposta seja factual e objectiva, o Wolfram Alpha consegue responder.

Vai daí, resolvi ir ao Wolfram Alpha procurar Deus. Perguntei-lhe "Where is God?", e ele disse-me logo, com um mapa e tudo para eu não me perder pelo caminho!!! Pelos vistos, Deus está na Hungria. O Wolfram Alpha sabe mesmo tudo!

Frustração é

Esperar 20 minutos que o excelentíssimo senhor acabe de consultar os movimentos de todas as contas, pague a água, luz e gás e carregue 8 números de telemóvel para depois descobrir que a máquina... não tem dinheiro.

E por causa disso tenho de ir para o fundo da fila da máquina do lado. Porque é que as máquinas multibanco não têm um sinal luminoso a avisar se não têm dinheiro ou talões? Já têm um para avisar que estão fora de serviço, mas esse nem faz assim tanta falta: se está fora de serviço não há ninguém à espera na fila para usar a máquina. Agora esperar para descobrir que
a) não há dinheiro e por isso não posso fazer levantamentos
b) não há talões e por isso não posso carregar o telemóvel
é muito frustrante...

25 maio 2009

IRS, parte II

Pronto, já está entregue. E, como podem comprovar pela data e hora de publicação deste post, perfeitamente dentro do prazo! Agora é esperar que as contas batam certo... (espero bem que sim, por uma vez a simulação deu-me boas notícias!)

IRS

Mas porque raio é que isto acontece uns 800 milhões de anos depois de aparecerem as declarações electrónicas? Hoje é o último dia para entregar a declaração de IRS para gente como eu (escravos miseráveis, mas independentes) e o site das declarações electrónicas tá em baixo. Tem sido sempre assim? (eu costumo entregar uns dias antes do fim do prazo, este ano é que me distrai com as datas...)

LEIRIAAAAAAAAAA

Foi quase épico. Só não foi porque se tratava do campeonato da II Liga, se fosse da primeira seria épico.

A União de Leiria (o meu clube do coração) depois de ter descido à segunda na época passada passou as passas do Algarve no início do campeonato. À jornada 12 eram 15º (e penúltimos) e estavam nos lugares que davam acesso directo a nova descida de divisão (coisa que acabou por acontecer ao Boavista por sinal). À 14ª jornada estavam em 14º. E de repente... começou uma extraordinária reviravolta! De 14º para 9º, depois para 7º, 6º, 4º, 3º e na última jornada, precisando de ganhar e que o Santa Clara empatasse ou perdesse... ganhámos, eles perderam e voltámos a subir!

Duas palavras mais sobre o campeonato da II Liga que este ano até fui acompanhando (embora, pelos resultados até meio, em silêncio): para o Santa Clara que esteve nos lugares que dão acesso à I divisão desde a jornada 4 deitou tudo a perder com uma ponta final bastante abaixo do nível inicial; e para o Major Valentim Loureiro que viu os "seus" dois clubes, Boavista e Gondomar, ocuparem os últimos dois lugares e descem ambos à II Divisão B.

P'ró ano há bola à séria em Leiria outra vez. Só é pena o estádio ter uma audiência média de 1000 pessoas (isto já contando com os jogos com Benfica, Porto e Sporting, se tirarmos esses são 500 gatos pingados a ver os jogos). Mas, estádio vazio por estádio vazio, mais vale jogar na I que na II!

20 maio 2009

Atchim?

Estive perto do México (ok, não muito perto, mas consideravelmente mais perto do que estou agora). Até ver não, não estou a espirrar.

Mas vi uma coisa que nunca tinha visto: um avião demorar mais de 1 hora para descolar depois de ter entrado no taxiway (éramos 30º na fila!). Na descolagem anterior (no mesmo aeroporto, que me serviu só para escala nos dois sentidos), quando o avião virou para a pista contei 16 aviões atrás de nós, todos alinhadinhos à espera. Isso sim, são aeroportos movimentados! (na Portela o pior que me aconteceu foi ter 5 ou 6 à frente, mas também não costumo viajar na "hora de ponta").

13 maio 2009

Afinal, cura-se!

E não é que afinal a homossexualidade cura-se!? Ou melhor, há terapias para "reorientação da orientação sexual", diz a notícia.

Sobre os méritos ou deméritos desta posição, não me pronuncio. Seria como pronunciar-me sobre o criacionismo versus evolucionismo ou sobre as teorias que dizem que o Sol anda em torno da Terra. Não me pronuncio sobre absurdos.

Mas acho que devo dizer alguma coisa sobre a expressão "reorientação da orientação sexual": não se reorienta uma orientação. Muda-se uma orientação. Dizer que se "reorienta uma orientação" quer dizer que inicialmente a orientação foi orientada. A orientação sexual pode ser escolhida, assumida, descoberta, mas não é orientada. Quem se orienta é a pessoa que escolhe, assume, descobre uma orientação sexual. Logo, a pessoa que escolhe, assume, descobre uma orientação sexual pode ser reorientada, a própria orientação sexual, não.

Seria bom que, sobretudo em temas tão delicados, houvesse o cuidado por parte de pessoas com responsabilidade em não utilizar expressões que não fazem qualquer sentido, do ponto de vista lógico. Mas acho que isso é um pedido tão absurdo como esperar que os dirigentes políticos discursem com conteúdo e não apenas com chavões vazios de sentido, ou que nos debates sobre futebol a argumentação fosse com base em factos e não acusações repetidas e não fundamentadas. Enfim, eu sou um sonhador...

08 maio 2009

Fontes fidedignas

Já se sabe que a Wikipedia não é uma fonte fidedigna. Apesar de a quase totalidade da informação nela contida estar devidamente referenciada e ser correcta, porque os artigos podem ser editados por qualquer um corre-se o risco de estar a ler apenas um dos lados de uma questão ou estar a ler apenas parte da informação.

Seria de esperar que os jornalistas soubessem disso: lá porque está na wikipedia não quer dizer que seja automaticamente verdade!

Pois, seria de esperar que todos soubessem mas, pelos vistos, nem todos sabem.

A propósito desta história (que é hilariante, confesso), a senhora que ocupa um cargo parecido com o de provedor do leitor no The Guardian escreve: The moral of this story is not that journalists should avoid Wikipedia, but that they shouldn't use information they find there if it can't be traced back to a reliable primary source. Ao que eu respondo: Nãaaaaaaao, a sério??? Então, a lição de moral que se tira desta história é que os jornalistas devem confirmar as informações junto de fontes primárias? E eu que quase que jurava a pés juntos que esse princípio é ensinado em tudo o que é curso de jornalismo: só se escreve o que pôde ser confirmado! Pelos vistos enganei-me. A obrigatoriedade de confirmar informações é coisa recente, motivada apenas por este caso de fraude que enganou "jornalistas" do mundo inteiro. E limita-se à confirmação de informações da wikipedia. O que estiver num blog, por exemplo, fica aparentemente isento desta obrigatoriedade de confirmação.

Um pormenor delicioso: os tais jornalistas não acharam estranho que a citação não estivesse referenciada numa qualquer nota de rodapé. Já os editores da wikipedia acharam que essa informação, por não indicar as fontes, não era fidedigna e removeram-na. Se calhar devíamos trocar: púnhamos os jornalistas a editar a wikipedia e os editores da wikipedia iam escrever histórias para jornais. Perdíamos uma enciclopédia, mas ganhávamos uma melhor comunicação social.


(obrigado Pedro)

06 maio 2009

Okapi

Fui ao Zoo. Já não ia lá há perto de... 25 anos?! Devo dizer que o Zoo de Lisboa já não tem nada a ver com as recordações que eu ainda tinha. Quando lá fui a última vez era velho, com muitas estruturas em mau estado e o deprimente elefante a tocar a sineta a troco de moedas.

O elevante das moedas já terá morrido, ou pelo menos já não toca a sineta, as estruturas estão recuperadas, os animais têm boas condições de habitabilidade (tanto quanto se consegue ter num Zoo, sobretudo um tão pequeno como o nosso) e o programa de apadrinhamento de animais por parte de empresas está a funcionar. Garante receitas para o Zoo e retorno publicitário para as empresas (adivinhem quem patrocina o jaguar!).

A malta em geral só vai ao Zoo quanto tem miudos pequenos (filhos, sobrinhos, primos, etc). Não façam isso. Vão lá, mesmo que não tenham a desculpa de ir só "fazer compania ao miudo".

Pontos altos da visita:

Vi os okapis ao vivo! Yeeee! Há já uns anos que o Zoo tem anunciado os okapis como as estrelas da companhia e devo confessar a minha ignorância: quando vi o anúncio as primeiras vezes não fazia ideia do que raio era um okapi. É engraçado em fotografia, mais ainda ao vivo.

E fiz festinhas num leão marinho! Parte do show de acrobacias dos leões marinhos e golfinhos (com a participação de uma guest star, uma baleia piloto que deu à costa há uns tempos na Nazaré e que se chama... Nazaré) consiste em levar o leão marinho a passear-se no meio do público e "dar beijinhos" (ou melhor, marradas) às pessoas. Eu ainda levei um beijinho na bochecha do anfíbio gordo (nota: para mim mamíferos que passam a maior parte do tempo na água são anfíbios ou peixes; os golfinhos e baleias são peixes, as focas e leões marinhos são anfíbios). O animal pesa uns 400 milhões de quilos e quando o vi esticar-se na minha direcção fiquei um bocado surpreendido (diria que apanhei um susto, mas sou demasiado macho para admitir uma coisa dessas).

Preço do bilhete: 16 euros. Dinheiro bem gasto!

30 abril 2009

Conflito de interesses?

Serei eu o único a achar que não deve ser o Parlamento a decidir sobre assuntos que directamente influenciam os partidos políticos? É que, não sei, mas parece-me que há assim um ligeiro conflito de interesses.

Por exemplo, o Parlamento aprovou um aumento do valor máximo permitido de donativos em dinheiro de cerca de 22 mil euros para mais de 1.25 milhões. Assim de repente, sem olhar para em pormenor para as motivações dos vários partidos representados no Parlamento que decerto serão as mais honestas e bem-intencionadas, mas assim de repente parece-me, sei lá... pouco transparente.

27 abril 2009

email descartável

Quando me registo num site qualquer penso sempre se devia ou não dar o meu endereço de email. É que há sempre o risco de começar a receber spam à conta desse registo. Mas agora há a solução ideal: o mailinator!

Como funciona?

1. Inventam um endereço de email qualquer. A sério, qualquer um serve. pode ser abracadabra@mailinator.com.

2. Registam-se no tal site do qual contam receber spam com alguma frequência dando o endereço do mailinator como se fosse o vosso endereço de email.

3. Vão ao site do mailinator ver o mail. Não há registos, não há passwords, não há nada. Assim que um mail chega a uma conta de email, a conta é criada.

Depois podem esquecer-se desta conta e da próxima vez inventam um endereço novo.

Ah, sim: é bem possível que encontrem mails nessas mailboxes que não eram para vocês. Outras pessoas podem ter dado o mesmo endereço num qualquer site. Mas como à partida estas contas só servem para receber lixo...

(obrigado Pedro)

14 abril 2009

Fool me once

Há um ditado em inglês, tornado célebre por George W. Bush, que diz qualquer coisa como "Fool me once, shame on you, fool me twice shame, errr..., fool me once, shame on me, fool me... errr... well, you can't fool me twice!"

Ah não?

(Nota: o ditado na verdade diz "Fool me once, shame on you, fool me twice, shame on me", mas o GWB às vezes tinha estes problemas de fluidez no seu discurso)

13 abril 2009

Há boas ideias e há Boas Ideias!

Nunca vos aconteceu fechar uma janela do browser e no instante seguinte dizerem "Merda! Não era para fechar esta!"?

Bom, a vós talvez nunca tenha acontecido, a mim está sempre a acontecer... é por isso que adoro o Google Chrome! Se fechei um separador (ou uma janela) que não queria ter fechado, basta abrir um novo separador. Por defeito aparecem, além de outras coisas úteis, a lista dos separadores que fechei recentemente. Com a grande vantagem de manter o histórico de navegação. Ou seja, posso re-abrir uma página e carregar no back para voltar ao sítio onde estava antes...

É por estas e por outras que sou fan dos produtos Google! (além do Chrome e do Blogger, uso o Gmail, iGoogle, Youtube, Google Docs, Google Calendar, Google Maps, Google Analytics, Google Images, Google Desktop, Google Groups e, claro, o próprio Google!)

06 abril 2009

Acredita quem quer...

Ao que parece, "a acreditar no regime norte-coreano, há músicas de louvor ao “Grande Líder” e ao “Querido Líder” a ecoar no espaço" (ver notícia). Acredita quem quer, mas como no espaço não há ar, logo não há som, eu não acredito que ecoem cânticos. Mas isso sou eu, que tenho mau feitio e sou desconfiado.

03 abril 2009

A pergunta do momento!

Foi a Raínha que abraçou Michelle ou Michelle que abraçou a rainha?. Dá que pensar. A importância dada a este episódio pelos media britânicos (e não só, como o comprova o texto do Público) diz-nos que a crise já acabou! Afinal, num país cujo sistema financeiro foi de tal forma abalado pela crise do subprime, com bancos a falir, despedimentos em massa e uma desvalorização sem precedentes da sua moeda, se este episódio não protocolar provoca tamanhas reacções, só se pode concluir que tudo vai bem, a crise já passou e nada mais preocupa os súbditos de sua Majestade, além de quem são as pessoas que abraçam ou são abraçadas pela sua soberana.

É bom saber que pelo menos num dos países da UE os fait divers já assumem esta importância, depois de um ano em que só se ouviu falar em falências, crise hipotecária, despedimentos, subida dos preços do petróleo e coisas afins. Espera-se para breve uma qualquer especulação acerca da marca da cera depilatória de Angela Merkl ou sobre o tamanho da copa dos soutiens de Carla Bruni para que se possa anunciar oficialmente que a crise acabou, a tranquilidade volte aos mercados financeiros e a retoma seja uma realidade.

Ah, e também parece que houve uma fulana qualquer que morreu há 15 dias e vai amanhã ser enterrada... em directo na TV! (não perguntem, não faço ideia de quem é, nem que história é esta ou porque é que é tão importante assim; apanhei uma meia conversa na diagonal, e ainda não percebo grande coisa)

30 março 2009

Mundial 2010

Esta semana jogamos contra a África do Sul, um jogo particular de preparação para o mundial do ano que vem. Este jogo vem em muito boa hora. Porque, pelo andar da carruagem, vamos ficar de fora do próximo mundial e tão cedo não teremos outra oportunidade de jogar contra os sul-africanos.

Mas, bem vistas as coisas, não é nenhuma calamidade ficar de fora de um mundial. Afinal, já aconteceu a todos (ou quase). A Inglaterra ficou de fora em 1994, a Holanda ficou de fora em 2002, a França ficou de fora em 1990 e 1994 (e veio a sagrar-se campeã em 1998), e por aí fora.

As selecções com melhor historial acabam por ser a Itália (o último mundial em que não esteve presente foi 1958, mas falhou a qualificação para os europeus de 84 e 92), a Alemanha que esteve em todos os mundiais (excepto 1930 em que não participou e 1950 em que foi banida) mas falhou o apuramento para o euro de 1968; e até a Argentina falhou a qualificação para o mundial de 1970. A excepção notável é o Brasil, que marcou presença em todos os mundiais, sem excepção.

Por isso, não é nenhuma desgraça nem vergonha ficar de fora. É pena, e havia a obrigação de conseguir a qualificação, mas não é nenhuma vergonha. Sobretudo num país que até há 10 anos atrás comemorava as qualificações para fases finais com dia feriado (ou quase). Há que lembrar que a história da selecção portuguesa de futebol fez-se com um mundial em 1966 e outro em 1986, um europeu em 1984 e outro em 1996. Depois, a partir de 2000, estivémos em todos e com muito bons resultados (só por uma vez ficámos na primeira fase, no mundial de 2002). Estamos mal habituados, sem dúvida. Pelo caminho convém não esquecer que falhámos a qualificação para 11 mundiais e 8 europeus!!!

Também não acho que seja uma tamanha desgraça a contratação do Carlos Queirós. Qualquer seleccionador, tal como qualquer treinador, precisa de tempo para fazer uma equipa. Claramente Queirós não o está a conseguir, mas já que está contratado, acho que é de ficar com ele até final do apuramento. A coisa há-de melhorar. Ou então não, e Queirós consegue a estranha acumulação de "honras" de ser o único treinador a ter ganho títulos com as selecções nacionais de futebol e por outro lado ter conseguido falhar apuramentos em mais de uma ocasião (era ele o treinador na qualificação para o mundial de 1994 nos Estados Unidos).

A reclamar de alguma coisa nem é do jogo de sábado. A bola estava enguiçada, não entrava nem por nada. 24 remates, alguns bem perigosos e ou ia ligeiramente ao lado, ou ao poste, ou Izaksson fazia uma excelente defesa. Reclamemos com a falta de eficácia dos nossos avançados (três jogos em branco, dois deles em casa), mas não é um jogo que estraga as contas. É uma sucessão de jogos com golos marcados a menos e, admito, algum azar à mistura.

Mas o que é mesmo digno de reclamação, é a atitude de Queirós no final do jogo. A primeira coisa de que falou é dos 4 penalties que ficaram por assinalar a nosso favor na qualificação. Nota-se logo que é sportinguista. Para já, o lance em questão no sábado não era penalty. A bola já tinha partido há que tempos. Se Cristiano a tivesse atirado à baliza o Izaksson teria provavelmente defendido e não era penalty. Só não lhe tocou porque foi 1 km ao lado. Além disso, uma equipa que em 5 jogos só conseguiu marcar em 2 deles (e um dos jogos foi contra Malta, terra de épicas cabazadas), só tem de se queixar de si própria, não dos árbitros. Não foi por o árbitro não ter marcado penalty naquele lance que não ganhámos. Foi por termos feito outros 23 remates que foram ao lado, ao poste ou encontraram o guarda-redes pela frente.

Mas pronto, nem estou particularmente chateado com os resultados. São coisas que acontecem.

E, claro, ainda há esperança! Ganhando ambos os jogos à Hungria (o que começo a duvidar) conseguimos ultrapassá-los; ganhando fora à Albânia ficamos em terceiro, atrás de suecos e dinamarqueses (supondo que a Suécia ganha o jogo que tem a menos). Ganhando à Dinamarca ficamos a 4 pontos da Dinamarca e estaremos a 3 da Suécia. Como Suécia e Dinamarca ainda têm de jogar entre si duas vezes, dependemos apenas de nós para nos apurarmos e até podemos chegar ao primeiro lugar, se suecos e dinamarqueses empatarem ambas as vezes (supondo que ganhamos por 2 de diferença na Dinamarca)

Por isso, acho que mais vale esperar pelos próximos jogos e evitar histeria colectiva.

22 março 2009

Benfica-Sporting

Não vi o jogo.

Tinha mais que fazer (já vos disse que fui passar o fim de semana a Paris?) e soube do resultado por sms. Hoje vinha eu descansadinho da vida (excepto as dores nos ouvidos - ler post abaixo) a ler o Record no avião e só leio sobre o penalty que o árbitro assinalou, e que não existiu e que o Sporting foi roubado e mais não sei o quê.

Como disse logo no princípio, não vi o jogo. Acredito que não tenha sido penalty. Que o Sporting tenha sido mesmo prejudicado. Que a verdade desportiva tenha sido falseada. Que a justiça desportiva esteja ofendida. E tou-me nas tintas!

Ganhar um título é sempre bom. Especialmente quando é tão raro (já lá iam 5 anos, se excluirmos o torneio do Guadiana de que o Fernando Santos tanto gostava). Ganhar um título ao Sporting é melhor ainda, é algo que dá uma satisfação particular. Não é apenas ganhar um título, é ganhar um título e o Sporting perder um título, tudo ao mesmo tempo!

Mas... ganhar um título ao Sporting com um penalty roubado? Eh pá, isso ainda é melhor! É da forma que dói mais aos lagartos!!! Esta Taça da Liga irei recordá-la com carinho durante décadas! É que nem lhes serve de consolo o facto de o Benfica ter jogado melhor, porque não jogou, nem o facto de terem desperdiçado oportunidades que os teriam deixado descansados e sem depender do tal penalty inventado, porque em termos de oportunidades parece que a coisa também foi equilibrada. Não, o Sporting não se pode queixar de ter jogado mal, nem de ter encontrado um adversário forte, nem de ter desperdiçado as ocasiões de que dispôs e o adversário ter sido mais eficaz, nada! Não há nada de que se possam queixar, a não ser do tal penalty. Lendo o que se diz do jogo, não parece haver ninguém que defenda que o Benfica mereceu ganhar a Taça (tirando a equipa técnica e a direcção do clube, claro!). E isso, sim, é doce! O título seria entregue, na óptica sportinguista, sempre ao Sporting. Isso sim, seria justo. A vitória seria sempre sua, havia todas as razões para o ser. E, contudo, não foi.

Essa azia que fica no estômago dos sportinguistas durante semanas, meses, talvez anos, essa sensação de injustiça que corrói a alma e arrasa o ânimo é a cereja no topo do bolo que dá ainda mais alegria à conquista, sempre importante, de um trofeu. Mesmo que seja o mais pequeno da época, mesmo depois de uma eliminação humilhante da Taça Uefa, mesmo depois de uma eliminação às mãos de uma equipa de menor gabarito na Taça de Portugal, mesmo estando em terceiro no campeonato. Ganhar ao Sporting é bom, ganhar ao Sporting causando o maior dano possível, melhor ainda!


Claro que o dano também se poderia causar com uma cabazada histórica, mas o Sporting já se habituou e os adeptos já desenvolveram uma qualquer anestesia que faz com que cabazadas não doam tanto. Por isso prefiro mesmo ganhar com um penalty roubado.

Ar de turista

Descobri que não tenho ar de turista. Ontem estava eu ao pé do Louvre (han, gostaram da maneira que arranjei de dizer que fui passar o fim de semana a Paris?) e sou abordado por um miudo francês. Pensei eu que me ia pedir lume, porque vi-o com um cigarro na mão e eu estava a fumar. Não. Vira-se para mim e pergunta onde fica Chatelet? Para quem não sabe, Chatelet é uma das estações de metro/comboio mais importantes de Paris (na realidade são 3 estações, 2 de metro e 1 de comboio, interligadas) onde se cruzam 8 linhas. Bom, eu sabia, por isso lá lhe respondi, no meu francês que até é bastante razoávelzinho.

Uns metros mais à frente vem outro gajo ter comigo a perguntar-me se eu sei onde fica uma ponte qualquer. Esta já não sabia, não conheço os nomes das pontes de Paris.

Hoje vou a entrar no comboio e vira-se um tipo (aparentemente francês) para mim na estação e pergunta se este comboio pára em La Croix de Berny! O mais incrível é que eu sabia a resposta e informei-o, correctamente, que seria a 4ª (ou 3ª, agora já não me lembro) paragem do comboio! É que por acaso eu ia sair na estação seguinte e tinha confirmado uns minutos antes em que estações parava aquele comboio.

Mas é que já não é a primeira vez! Já tive austríacos a pedirem-me indicações em Viena, franceses a pedirem-me indicações me Estrasburgo (morei lá um ano, mas na altura estava na cidade há 15 dias) e turistas a perguntarem-me em Veneza como se ia para a ponte Rialto! Para onde quer que vá tenho alguém que acha que eu sou de lá e devo saber onde ficam as coisas. Ou então que tenho uma antena de GPS implantada e um qualquer software de localização a correr em tempo real dentro da cabeça.

A parte mais estúpida é que às vezes até sei mesmo onde ficam as coisas que me perguntam!


PS: Paris estava bonita, como sempre, o tempo estava bom e a Torre Eiffel ainda está no mesmo sítio; só a constipação que apanhei no fim da semana passada é que estragou um fim de semana quase perfeito, porque fiquei com dores de ouvidos na aterragem de ambos os voos, fiquei quase surdo de ambos os ouvidos ontem o dia todo e hoje a maior parte, e ainda estou surdo do ouvido direito (o esquerdo já estalou e eu ia caindo para o lado!). Ah, sim, e os franceses continuam pedantes, mas isso já nem é defeito, é feitio.

19 março 2009

Big Brother is watching you!

A partir de agora todos os cidadãos do mundo terão de declarar perante as autoridades o que fazem a cada instante. Através de um serviço centralizado na internet as declarações são obrigatórias!

Exemplos:
O cidadão vai à casa de banho e escreve nesse serviço: "tou a cagar".
O cidadão está parado no trânsito e envia uma mensagem a partir do seu telemóvel: "Tou parado no IC19".
O cidadão está envolvido num momento romântico com a sua respectiva namorada/esposa e envia uma mensagem "estou a treinar para ser papá".
O cidadão chega a um país estrangeiro e envia a mensagem com o seu blackberry "acabei de aterrar em Pago-Pago".

E por aí fora.

Se tal legislação fosse aprovada, quais seriam as reacções da população? Imagino que ficasse toda a gente completamente histérica com tamanha invasão de privacidade, com os governos a controlarem todos os movimentos dos seus cidadão.

Mas... então porque raio é que anda meio mundo a abrir uma conta no twitter? Não chega já termos telefones disponíveis 24h por dia, recebermos alertas onde quer que estejamos a informar que chegou uma nova mensagem de mail e os programas de instant messaging a mostrar-nos disponíveis (ou indisponíveis) para uma conversa em qualquer parte do mundo onte tenhamos um computador? A malta quer mesmo aderir a um serviço em que voluntariamente informa de todos os seus passos ao longo do dia???

13 março 2009

O érre e o tê

QWERTY. O meu teclado é QWERTY. O que quer dizer que o R está ao lado do T. E o Q ao lado do W, e o A ao lado do S, e o N ao lado do M, e por aí fora, mas isso pouca relevância tem. O que importa mesmo é que o R está ao lado do T.

E eu tenho a mania de escrever o mais rapidamente que os meus dedos permitem, não olhando para o teclado mas para o ecrã, de modo a perceber em tempo útil que cometi uma gaffe qualquer. Felizmente hoje em dia existe corrector ortográfico para tudo e assim que me emgano e escrevo uma palavra mal, fica logo sublinhada com aquele sublinhado esquisito assim parece uma lombriga mal esticada.

O problema é quando uma pessoa se engana na palavra e a palavra errada também é uma palavra bem escrita em português. Por exemplo, Pata em vez de Para. E lá vem o R e o T à baila outra vez. Ou Casa em vez de Cada.

Mas o pior de tudo (e já me aconteceu umas quantas vezes, felizmente dei por ela a tempo), foi enganar-me a escrever a expressão "pura e simplesmente".

Será que no caso de pessoas que escrevem sem olhar para o teclado e conhecem as posições das teclas de cor, este tipo de gralhas é o equivalente informático a um lapso freudiano? (a bem da honra da pessoa a quem estava a escrever o mail em questão, espero que não...)


PS: quem é que reparou, à primeira, que me enganei a escrever a palavra engano, no segundo parágrafo?

11 março 2009

Quase...

Não tive oportunidade de ver o jogo do Sporting. Quer dizer, até tive oportunidade, mas como não sou lagarto e eles perderam 5-0 em casa, não tinha grande interesse. Ou melhor, não tinha interesse nenhum.

Depois, quando ouvi que o resultado foi de 7-1 até me caiu tudo ao chão. Pensei "Caramba, conseguiram dar a volta e eliminar o Bayern em Munique?". Na verdade, nem pensei caramba, pensei num palavrão bem sonoro, mas caramba serve para este propósito.

Só depois é que percebi que como o jogo foi lá, 7-1 quer dizer que não foi bem isso que aconteceu, o Sporting não eliminou o Bayern de Munique. Muito pelo contrário, levou 7 a 1 depois de ter levado 5 na pá em casa. Tudo junto soma uns módicos 12-1 de desvantagem. Não sendo nenhum dos resultados um record europeu absoluto, o resultado final da eliminatória, sobretudo na fase em que só resistem 16 equipas na principal prova da UEFA, deve ser um record pelo menos dos últimos 30 anos!

Enfim, foi quase o resultado desejado. Foi mesmo quase, faltou-lhe só um pormenorzinho: é que tinha de ser ao contrário.

Mas há coisa em que o Sporting tem mérito e esse tem de ser dado. Paulo Bento tinha dito que, apesar de a passagem à próxima eliminatória não estar em discussão, havia que lugar pela dignidade do clube. E de facto, assim fizeram. Se após a pesada derrota em Alvalade havia dúvidas sobre a dignidade do clube, agora essas dúvidas ficaram desfeitas: o Sporting não tem dignidade nenhuma! Se dúvidas houvesse da dimensão europeia do Sporting, algo que o clube tem tentado construir nos últimos anos, também ficaram completamente desfeitas: o única dimensão em que o Sporting consegue ser "europeu" é a quinta dimensão. E àqueles que criticam o Sporting por não saber rentabilizar os jogadores que saem da formação, de cujas transferências vivem as finanças de Alvalade, eu digo apenas o seguinte: Toda, mas mesmo TODA, a Europa do futebol vai ver e rever e rever e rever e rever estes dois jogos do Sporting contra o Bayern de Munique. Que é muito mais do que se pode dizer dos jogos europeus do Porto, Benfica, Braga ou qualquer outro! Uma equipa pequena nesta competição de gigantes só consegue dar nas vistas de duas formas: ganhando por muitos ou perdendo por muitos. E o Sporting, humilde e ciente das suas reais capacidades, sabia que era impossível dar uma cabazada ao Bayern de Munique.

Parabéns ao Sporting e aos sportinguistas por este grandioso feito!


PS: apesar de ser lampião estava a torcer pelo Sporting; tive pena que perdessem contra o Bayern em casa e mais pena ainda que tivessem feito tão triste figura em Munique. Mas, já que perderam, deixem-me pôr sal na ferida enquanto ainda está aberta.

09 março 2009

O homem está de volta!!!

Quem diria? Aos 31 anos e 4 anos depois de ter ganho a última medalha numa grande competição (3º nos mundiais de 2005), Rui Silva voltou e ganhou ouro nos 1500m nos europeus indoor! É o fim de um calvário de lesões que o tem afastado dos bons resultados e, esperamos, o princípio de um belo período final de carreira, que pelo que dá para perceber ainda tem pernas para mais uns anitos!

Devo dizer que os 1500m são há muito tempo o meu evento preferido de corrida. É aquela mistura de velocidade e resistência, uma grande dose de táctica nos primeiros 2 minutos e meio a 3 minutos e um sprint final de arregalar os olhos. E também sempre gostei de ver as corridas do Rui Silva, embora metam nervos. Costuma arrancar nos últimos lugares, deixa-se estar por lá durante os primeiros 1000m e só no fim, no finzinho, é que decide vir para a frente e atacar (foi assim nos JO 2004 em que na última volta passou de último para terceiro). Ontem (não deu para ver a corrida, mas tive pena) parece que fez tudo ao contrário. E funcionou!

Bom, esta vai-se juntar às outras duas medalhas de ouro nos europeus indoor, além de várias outras em grandes competições. O que é notável é que, numa distância muito competitiva em que a forma física para o sprint final é essencial para conseguir bons resultados nos grandes campeonatos, entre a primeira medalha de ouro do Rui Silva e a última passaram-se... 11 anos.

06 março 2009

Filho da puta? Cabrão? Paneleiro?

Ontem no parlamento zangaram-se as comadres. Um deputado disse não sei o quê ao outro e o outro respondeu com um palavrão qualquer. O assunto é importante o suficiente para vir referido no Público online. Infelizmente, o Público não diz o mais importante: qual foi o palavrão usado?

Terá sido um dos verdadeiramente cabeludos, ou foi um daqueles insultos que nem os miudos da primária usam por serem demasiado suaves mas que não se pode escrever na comunicação social que peca pelo exagero do politicamente correcto?

Isso sim, é o mais importante da história! O povo, especialmente em ano de eleições, tem o direito de saber! E isso, infelizmente, o Público não diz. Resta-nos imaginar o que terá sido...

04 março 2009

Censura

É por estas e por outras que sou um acérrimo defensor da liberdade de expressão. Abaixo a #######!!! (palavra censurada)



(obrigado Tânia)

02 março 2009

Especialistas

Portugal é um país de especialistas! Especialistas em tudo, absolutamente tudo! Pergunte-se em qualquer café quem matou, perdão, raptou a Maddie e todos sabem quem foi, de que forma, o que tinha vestido e se gosta da comida com muito ou pouco sal.

Fale-se de futebol e todos são entendidos na matéria, dissertando sobre qualquer assunto minimamente relacionado. Mesmo que isso implique fazer um diagnóstico aos problemas dos joelhos do Mantorras sem ver uma única radiografia ou ressonância magnética, qualquer tuga que se preze a qualquer momento é capaz de referir, indicando os factos que tal fundamentam, quem são os responsáveis da fraca recuperação de Mantorras, quais as decisões médicas que deviam ter sido tomadas e qual o prognóstico.

Muda-se de assunto, fala-se no Freeport e chovem especialistas em aprovação de projectos de interesse nacional, declarações de impacto ambiental, ecologia da reserva natural do estuário do Tejo, corrupção do poder político e interesses dos grandes grupos económicos. Como se conhecessem todos os intervenientes pessoalmente (se calhar, sei lá, até conhecem!).

O português gosta de opinar e fá-lo sempre com um tal conhecimento de causa que me espanta que Portugal não seja mais desenvolvido que a Noruega, a Finlândia ou a Suécia. Sim, porque também os temos, e podemos encontrá-los em qualquer tasca, especialistas em prospecção de petróleo, desenvolvimento de telemóveis de última geração e concepção de automóveis com elevados padrões de segurança. Admira-me que estejamos tão mal colocados entre os nossos parceiros europeus havendo uma tal concentração de especialistas a residir por cá.

Eu diria que, seja qual for o assunto, há em Portugal dezenas de milhão de especialistas! E não me venham com pormenores sobre a população de Portugal e o disparate que é, aparentemente, esta afirmação, porque há especialistas tão especializados que contam a dobrar ou a triplicar. Temos especialistas de tudo, um pouco por todo o lado, é só procurá-los, o que nem dá muito trabalho.

Mas se há assunto em que todos os portuguese são mesmo peritos, mais que em qualquer outro assunto, é África! Morreu Nino Vieira, presidente da Guiné Bissau, vítima de um golpe de estado. O Opinião Pública, na SIC Notícias, é, naturalmente, dedicado ao assunto. E os espectadores ligam para lá para falar sobre o assunto, sobre a situação na Guiné Bissau, sobre o futuro do país, etc. E devo confessar que fiquei maravilhado. Pois não ouvi nenhum espectador que admitisse desconhecer, pelo menos em parte, qualquer pormenor da situação na Guiné Bissau. Todos os espectadores eram grandes especialistas da história da Guiné Bissau, da economia da Guiné Bissau, da política da Guiné Bissau, do potencial da Guiné Bissau, nomeadamente tecendo comparações com as restantes ex-colónias portuguesas, até mesmo da cultura da Guiné Bissau, das várias etnias que habitam o país e das relações entre elas.

Não há nenhum pormenor da vida ou história da Guiné Bissau que seja desconhecido dos espectadores do Opinião Pública! Sejam dois anos lá colocados durante a guerra colonial ou 20 ou 30 anos que lá moraram antes de voltar para Portugal durante ou após a guerra, qualquer período de convivência com as gentes da Guiné Bissau vale tanto quando um doutoramento em estudos africanos por qualquer das mais conceituadas universidades mundiais.

Mesmo que nenhum dos espectadores consiga responder correctamente a qualquer destas questões básicas:
a) quantas "Guinés" existem?
b) quantas são em África?
c) quantas das "Guinés" africanas foram colónias portuguesas e quem mais as colonizou?

Claro que isso não interessa para nada! O Tuga é especialista em assuntos africanos.
Mesmo que a sua experiência africana tenha sido passada na Guiné Bissau, um país com menos de metade da área de Portugal, quando África tem uma área 2 vezes e meia maior que a da Europa.

27 fevereiro 2009

Paneleirices

Este post esteve quase para não se chamar Paneleirices. Ia-se chamar ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~paneleirices, porque por engano pus o dedo sobre a tecla ~ em vez da tecla Shift para fazer o P maiúsculo. Felizmente reparei a tempo!

Imaginem o que era um post com um título começado com ~~~~~~~~~~~~~. Um gajo até começa a ficar enjoado só de ver tantas ondinhas e como a palavra seguinte era paneleirice poderia vir a ser acusado de tentar com uma qualquer (muito mal disfarçada) mensagem subliminar associar a paneleiragem a uma sensação de enjoo ou náusea.

O que não é o caso, por mim os paneleiros são muito bem-vindos, não tenho nada contra eles. Como, aliás, muita gente em Portugal, país que prima por uma grande tolerância e respeito pela diferença. Desde, claro, que os paneleiros não se casem, não adoptem, não procriem, não contagiem ninguém com paneleiragem nem com SIDA, os portugueses são, em regra, bastante tolerantes com as orientações sexuais ditas alternativas, aquelas que não têm possibilidade de conduzir a um aumento da população.

Mas adiante, venho falar de uma paneleirice em concreto, não tanto da aceitação, ou falta dela, da paneleirice em geral.

Resolvi vir cá porque se no Público nada de novo se vê acontecer (parece que vai haver uma nova ponte a ligar Lisboa ao deserto, o desemprego aumentou, o BPP continua a não pagar aos investidores e mais uma notícia sobre as investigações do caso Freeport), já no site d'A Bola, vi algo que me deixou estarrecido! Diz A Bola que os adeptos do Zenit de São Petersburgo não querem mulheres nos estádios a ver o jogo.

Isto, meus caros, é grave! Mais que grave, gravíssimo! Pode colocar a espécie humana definitivamente à beira da extinção, coisa que, até agora, 2 guerras mundiais, uma peste negra, uma gripe espanhola, vários tipos de cancro, uma infecção sanguínea que afecta o sistema imunitário e o aquecimento global, TODOS JUNTOS, NÃO CONSEGUIRAM!

Se as mulheres deixarem de ir aos estádios de futebol a humanidade pode muito bem estar condenada para todo o sempre. É que já temos:
- um desporto jogado só por homens;
- que se abraçam e saltam para cima uns dos outros quando marcam um golo;
- que se agarram quando é marcado um canto;
- observados ao vivo por dezenas de milhares de homens;
- observados na televisão por vários milhões;
- responsável pela edição de milhares de jornais desportivos que são quase exclusivamente lidos por homens;
- que se juntam nos cafés e se embebedam, a ver os jogos;
E agora querem eliminar as mulheres do estádio???

Caros homens, colegas, parceiros de infortúnio que me lêem: a humanidade só não se extingue porque o futebol não é apreciado exclusivamente por homens, algumas mulheres também gostam e não é pouco e porque, apesar de haver jogos para o campeonato à sexta, sábado, domingo e segunda e jogos para as competições europeias à terça, quarta e quinta, ainda existe tempo suficiente sem jogos para permitir algum tipo de convivência entre os dois géneros.

Se continuamos a inventar competições futebolísticas para ocupar as (já poucas) terças, quartas e quintas que até ver não têm jogos de futebol, se continuamos a inventar canais que transmitem 4 ou 5 jogos de seguida ao sábado e, pior que tudo, retiramos as mulheres dos estádios... eu nem consigo imaginar o que poderá acontecer!

É um facto mais que sabido, e cientificamente comprovado, que os homens possuem uma natural inaptidão para encantar o sexo oposto; é também sabido, e comprovado por séculos de experiência, que apenas o papel subserviente reservado às mulheres na sociedade nos permitiu propagar a espécie, já que a elas a opção a um casamento não desejado era uma vida num convento ou a mendicidade;

Agora que elas estão emancipadas, já ganham mais que nós, são mais educadas que nós, são mais cultas que nós e, sobretudo, muito mais interessantes, inteligentes e bonitas que nós, se fazemos finca pé desse nosso bastião de interesse exclusivamente masculino que é o futebol e as banimos, logo agora que elas começam a querer ir à bola e até chamam filho da puta ao árbitro tão bem como qualquer pedreiro, a elas o que sobra? Muita coisa, mas muita coisa em que os homens não participam. Porque não estão interessados, porque são demasiado estúpidos, porque são demasiado labregos, porque têm demasiados pelos.

Quem sobra? Quem sobra para conviver com as mulheres, se os "homens de barba rija" estão todos no futebol, rodeados de outras dezenas de milhar de homens? Sobram os paneleiros, que também gostam disso dos museus e salas de chá e spas e os metrossexuais (que é uma espécie de paneleiro só que não leva no cú porque tem medo de gostar) que partilharão com elas os ginásios e as esteticistas e os cabeleireiros e as lojas de perfumes e roupas.

E nós, os homens "a sério"? Rodeados de outros homens a ver homens musculados e de calções, todos suados, a correr e a atirarem-se para um monte de pernas masculinas quando marcam um golo, enquanto que os espectadores se abraçam, porque um golo, uma bola de couro a entrar entre três bocados de madeira, se tornou subitamente mais importante que tentar juntar 23 dos nossos cromossomas a 23 cromossomas de uma moça jeitosa.

Futebol é coisa de homem? Só se for de panascas! Homem que é homem depila as pernas, depila o peito, põe base e vive rodeado de gajas.

26 fevereiro 2009

cHOQUE!

bOM, O PRIMEIRO CHOQUE É QUE TENHO O caps LOCK LIGADO, E POR ISSO AS MAIÚSCULAS E AS MINÚSCULAS ESTÃO A SAIR TROCADAS. sE CALHAR DEVIA DESLIGÁ-LO. eSPEREM SÓ UM BOCADINHO... pronto, já tá. Ah, já se lê melhor.

Mas não é sobre maiúsculas e minúsculas de que venho falar, embora fosse fácil a piada sobre a EXIBIÇÃO do Porto em Madrid e a exibição do sporting em alvalade (desculpem, mas com 5 secas nem o clube nem o estádio merecem maiúscula), para a Champions League.

É sobre taxis. A DECO descobriu que, apesar de significativas melhorias, continuam a registar-se irregularidades nos serviços de taxi. Sobretudo nos taxis da praça do aeroporto de Lisboa.

Dizem eles que, sobretudo com os clientes estrangeiros, continuam a verificar-se os mesmos problemas que dantes, só que em menos quantidade: taxímetros escondidos, tarifas inventadas, recusa de passar recibo e percursos alternativos. E eu fiquei chocado!

Primeiro, porque nem me lembrava que havia entre os taxistas tal hábito de esticar um pouco a corda a ver se aguenta. Segundo porque, sendo Portugal um país em que impera um elevado respeito pelas regras, ao contrário de alguns países mais selvagens do norte da Europa, como a Alemanha ou a Dinamarca, nunca me passaria pela cabeça que tal tipo de práticas fosse cometido que não por imigrantes do cú da Europa (o do outro lado). E terceiro porque, de entre todos os taxistas, sempre imaginei que fossem os do aeroporto, com quem já tive o prazer de conviver uma ou outra vez, os que levassem mais a sério a dignidade da sua profissão.

Acredito que os tais 120 casos de que fala a DECO não passem de um mal entendido já que, como qualquer pessoa que conduza habitualmente em Lisboa sabe, o melhor caminho raramente é o mais curto e aquele que é o caminho aconselhável às 15:30 pode já não o ser às 16:00, não sendo de estranhar ter dar a volta a Badajoz para ir do Aeroporto até Queluz, evitando de uma assentada o trânsito da segunda circular, CRIL, CREL, Eixo N-S e IC19: à hora a que se volta de Badajoz já está tudo calmo e até se pode circular na Baixa a uma velocidade quase igual à dos peões.


NOTA: na verdade não tinha muito para dizer sobre taxis que não fosse semi-óbvio. O grande, o único propósito deste post era, apenas, falar sobre o esportém clube de alvalade e a mão cheia que apanharam na pá.

20 fevereiro 2009

O valor educativo da televisão

A televisão é, na opinião de alguns, a fonte de (quase) todo o mal do mundo. É pela televisão que nos chegam as notícias das desgraças alheias, é pela televisão que chegam (bom, agora também há outros meios, mais práticos) as obscenidades, a violência, o total desrespeito pelos valores tradicionais. Graças à caixa que mudou o mundo (e às caixas que vieram a seguir) os valores tradicionais perdem-se, o mundo só quer saber como andam a mais recente adopção do(a) Brangellina, tornámo-nos uma sociedade descartável.

Podia continuar, on and on, a falar dos malefícios da televisão, da forma como corrompem os jovens e por aí fora, mas nem por isso, não me apetece. Até porque nem concordo muito, acho que a televisão, tendo os seus defeitos, tem muitas virtudes. Se bem usada pode ser educativa, permite-nos aprender coisas interessantes através dos documentários, mantém-nos informados através dos noticiários, entretém-nos com programas de qualidade (poucos, é verdade, mas existem), enfim, permite, desde que não nos deixemos alienar por causa dela, alargar os nossos horizontes e garante-nos um estímulo constante à nossa mente, potenciando o desenvolvimento individual.

Desde que seja bem usada, claro. Quem se limita a ver o Curto-Circuito, a Buffy e a telenovela da TVI não será muito estimulado intelectualmente. Mas nem toda a gente quer ser estimulada, por isso ainda bem que existem programas que não o fazem, ou o fazem menos. Alguns abusam dos enlatados televisivos e limitam-se à programação de baixa qualidade, mas não é pelo mau uso de alguns que devemos condenar a televisão.

Até porque temos, sobretudo na era actual de televisão por cabo, uma grande diversidade de bons canais de documentários que nos permitem aprender algo novo todos os dias. Seja sobre a forma como (não) foi feito o resgate do Kursk, os tesouros das pirâmides, a dieta e relações familiares de um clã de leões africanos, etc.

Por exemplo, ontem não conseguia dormir. Levantei-me e fui até à sala. Liguei a televisão e como os canais de enlatados não davam nada de jeito, fiz um zapping pelos canais de documentários. No Discovery Science estavam a falar de uns quaisquer insectos. Tema interessante, parece, útil e educativo! Então fiquei a ver durante uns minutos. O primeiro diálogo foi qualquer coisas como isto:

Cientista com ar de quem gosta de insectos: estes, por exemplo, são de uma espécie do Suriname.
Protagonista do documentário, ao estido do David Attenborough mas sem o sotaque característico: Suriname? Isso é o quê, um país em África?
Cientista com ar de quem gosta de insectos: sim, vieram de lá.

E continua a falar, a propósito dos insectos do Suriname, de outras espécies de insectos de África.

E eu mudei de canal e fui ver outra coisa qualquer. Querem saber porquê? Leiam a primeira frase desta página. Que o David Attenborough wannabe não saiba onde fica o Suriname, vá lá, percebe-se. Mas que a tal cientista que gosta de insectos se confunda com a origem dos bichos que ela própria estuda, chateia. E que na revisão científica (será que foi feita?) do documentário alguém tinha a obrigação de dar por ela.

A televisão tem, potencialmente, um elevado valor educativo. É pena que se perca em pormenores destes...

19 fevereiro 2009

Bom sinal!

Olegário Benquerença é o árbitro nomeado para o Sporting-Benfica deste fim de semana.

Quer sportinguistas, quer benfiquistas têm razões de queixa e já começaram a barafustar com a escolha.

O que é bom sinal! Se estão ambos insatisfeitos, não há razões para esperar que a arbitragem seja má. Se, por outro lado, um dos clubes tivesse queixas e o outro não, aí sim, era caso para nos preocuparmos...


PS: eu sei que isto tem andado morto. A falta de tempo explica parte, a falta de vontade explica o resto. :P

17 fevereiro 2009

Quem quer ser milionário?

Como ser multi-milionário em meia dúzia de anos? (nota: a história aconteceu nos estados unidos; tanto quanto sei não há centros de detenção privados por cá)

Passo 1: tornar-se juiz do tribunal de menores;
Passo 2: com um cúmplice que controla o orçamento da comarca, encerrar o centro de detenção juvenil;
Passo 3: chegar a acordo com os donos do centro de detenção juvenil privado para um esquema de pagamentos: uma sentença = n dólares;
Passo 4: desatar a condenar miudos a uns meses (ou mesmo anos!) no reformatório por terem atirado uma pedra à janela, por terem andado à pancada no recreio ou por passarem papelinhos nas aulas.
Passo 5: levantar os cheques.

Parece incrível, não é? Então leiam para acreditar.

(obrigado Pedro)

Paradoxo?

Diz o Público: Constâncio admite que a economia deverá comportar-se pior do que as previsões. Ora, sendo Vítor Constâncio o Governador do Banco de Portugal, não será esta frase equivalente a uma previsão? E se sim, referir-se-á a frase a si própria, fazendo com que essa própria previsão falhe por excesso? Ou seja, que a frase que diz que a economia vai portar-se pior que o previsto seja, ela própria, optimista? Fazendo com que a economia se porte ainda pior, mas, por outro lado, a previsão mantém-se, que a economia irá portar-se pior que o previsto? E assim sucessivamente? Acho que preciso de um ben-u-ron, tou a ficar com dor de cabeça.

Bom, a moral da história é: o comportamento da economia portuguesa em 2009 vai ser infinitamente mau.

Lá mais para a frente pode ler-se na notícia que Vítor Constâncio deixou-se de frases de elevado significado lógico-filosófico, quiçá paradoxais, partindo para as afirmações semi-tautológicas: afirmou que a recessão é uma "recessão mundial que pela primeira vez desde a II Guerra Mundial atinge todas as regiões do mundo". Bom, eu achava que qualquer coisa mundial automaticamente afectaria todas as regiões do mundo. Senão, não seria mundial. A parte surpreende é mesmo descobrir que isso só acontece desde a segunda guerra mundial! Mais ou menos como o campeonato do mundo de futebol: até à segunda guerra mundial o campeão do mundo de futebol era decidido apenas entre as selecções da Europa e América do Sul, sendo só após a segunda guerra mundial que países de outros continentes começaram a participar.

13 fevereiro 2009

Engrish

veri well video, my verhappy.


Acho que a frase chave é "I am no speak English very very well"

(tanks very mush Nuno!)

10 fevereiro 2009

Este post não é meu

Antes de mais, queria dizer que este post não é meu. Achei tanta piada à frase que resolvi limitar-me a citá-la (porque no que é perfeito não se mexe).

Há certos factos da vida que tomamos como certos: o céu é azul, a Terra é redonda e os caranguejos não sobem às árvores. Será?

(kudos, Mariana)

09 fevereiro 2009

Quem quer ser milionário?

O célebre concurso vai ter uma nova edição, com um formato algo diferente.

Aproveitando o regresso da popularidade do concurso pela mão do filme Slumdog Milionaire (a propósito, se não viram, vejam. Recomendo vivamente), os produtores resolveram re-editar o concurso, mas em moldes diferentes.

O cenário passa a ser o estádio do Chelsea e em vez de perguntas, disputam-se jogos de futebol. O concorrente tem a responsabilidade de treinar a equipa e levá-la ao título inglês e europeu.

Há também um outro twist em relação às regras originais: na edição original, caso o concorrente errasse uma pergunta, saia sem qualquer prémio. Nesta nova edição, caso o concorrente falhe muitas etapas de seguida é substituido pelo concorrente seguinte, mas sai com o prémio integral, na ordem dos vários milhões de euros (a título de indemnização).

E vem isto a propósito do quê? Do recente despedimento de Luis Felipe Scolari de treinador do Chelsea. À semelhança do que aconteceu com José Mourinho há pouco mais de 1 ano, não me parece que Felipão tenha saído de mãos a abanar.

Alguém viu?

Tira Yebda fez com que a camisola de Lisandro Lopez fosse violentamente sacudida, provocanndo o árbitro do jogo de ontem e meia dúzia de portistas mais fanáticos, alguém viu o penalty? Sim, aquele que o árbitro assinalou, provavelmente porque a corrente de ar provocada pelo braço do Yebda fez com que a camisola do Lisando fosse violentamente sacudida o que provocou a inevitável queda do avançado do FCP.

Uma teoria alternativa à da corrente de ar é a da influência electromagnética. A proximidade do corpo do Yebda, talvez carregado electricamente devido a um qualquer desiquilíbrio hormonal ou coisa assim, provocou interferências electromagnéticas com os neurónios do Lisandro o que fez com que ele se desiquilibrasse e caísse.

Tirando estas duas opções, não consigo imaginar qualquer razão que fizesse o árbitro considerar Yebda o responsável pela queda de Lisandro Lopes e assinalasse a respectiva grande penalidade.

06 fevereiro 2009

Só faltam os ovos

Imaginem que uma pessoa está ao computador, por exemplo a ler um blog, e de repente apetece comer, sei lá, umas tiras de bacon. É complicado, porque se um gajo se põe a comer bacon ao pé do computador arrisca-se a sujar o teclado e o rato com gordura do bacon.

Mas agora existe a solução!!! Um serviço inovador (e extremamente útil), que permite acompanhar qualquer site com uma tira de bacon! Só faltam os ovos mexidos a acompanhar...

Experimentem o Ó faxavor! com bacon. (se mudarem a parte final do endereço para outro site qualquer, podem ver qualquer site com bacon; por exemplo, o Google)


(obrigado Ana Rita!)

04 fevereiro 2009

Claques

As 4 claques de futebol com pior fama no país estão neste momento todas num raio de 2km, com centro, mais ou menos, no cruzamento do Eixo N-S com a 2ª circular. São as claques do Porto, do Sporting, do Benfica e do Guimarães.

Por isso, e caso Lisboa não resista à noite de hoje, queria aproveitar para me despedir dos leitores e desejar votos de boa recuperação do cataclismo que se avizinha.

Eh pá, pena de morte, já!!!!

Michael Phelps, o super-homem que ganhou 8 medalhas de ouro nos últimos jogos olímpicos e soma agora a módica quantia de 16 medalhas olímpicas na sua carreira, admitiu ter fumado um charro uns meses depois dos JO de 2008.

E agora anda toda a gente a falar nisso, é notícia de telejornal pelo mundo fora! Porque o gajo fumou um charro!!! Até o xerife lá do sítio diz que vão acusar o Phelps, o que provavelmente implicará o pagamento de uma multa e uma menção no seu cadastro. Porque fumou um charro!!!

A pergunta que eu faço é: o sistema legal americano não tem nada mais importante com que se preocupar? Sei lá, se calhar o facto de 2% da população estar encarcerada, de terem uma das mais altas taxas de homicídios do mundo, de a taxa de reincidência entre a população condenada por crimes ser de quase 100%, a falência do seu sistema financeiro pela ambição desmedida de alguns, condimentada com umas fraudes e desfalques aqui e acolá, a sistemática evasão fiscal entre os mais ricos... com tanto problema a afectar aquela sociedade, será que não há nada mais importante para o xerife daquela terreola que prender o atleta superstar por ter fumado um charro? Que tal multar carros mal estacionados?

Em apoio ao Michael Phelps, eu admito aqui publicamente que também já fumei charros, ocasionalmente. Embora nunca tenha ganho medalhas olímpicas. Agora fico a aguardar as reacções de choque e uma eventual visita das autoridades americanas, possivelmente preocupadas com o mau exemplo que aqui dou aos cidadãos norte-americanos que visitem o Ó faxavor! (será que há algum?)

02 fevereiro 2009

Pluralidade de informação

Aqui há umas semanas a manchete dos jornais desportivos dizia:
"Ano Novo, Porto Velho", "Ano Novo, Velho líder" e "Ano novo, líder velho". Ou qualquer coisa assim. Já não me recordo exactamente qual dizia o quê, mas fiquei impressionado com a espectacular coincidência de todos noticiarem a entrada em 2009 com o FCP à frente do campeonato com a mesma figura de estilo, ou algo parecido. E todas elas tinham fotografias semelhantes, com o Record e O Jogo a terem fotografias tiradas ou pelo mesmo fotógrafo em instantes sucessivos ou por fotógrafos vizinhos um do outro na área a eles destinada no estádio.

Ontem as capas dos jornais desportivos falavam do Benfica e da sua vitória contra o Rio Ave, fruto de um golo de Mantorras.

Dizia a manchete do Record: "Voltou a alegria do povo". Já O Jogo alinhava por uma linha totalmente diferente e a sua manchete era "Voltou a alegria do povo". A Bola dizia somente "A alegria do Povo". Todas as capas tinham também uma fotografia, praticamente idêntica (se calhar era a mesma, não me demorei a procurar as diferenças) de Pedro Mantorras a comemorar o golo.

É bom viver num país democrático, com uma sociedade madura e bem informada, em que a qualidade da informação é assegurada por uma comunicação social que prima pela pluralidade, por um espírito de sã concorrência e em que os padrões de qualidade são permanentemente elevados por jornalistas e proprietários de jornais de alto gabarito!!! Sim, sim, assim dá gosto!

30 janeiro 2009

Uma boa razão para...

1) Piratear filmes
Num filme pirateado não precisamos de esperar 2 minutos pelas mensagens de copyright quando pomos o DVD no leitor e não temos de apanhar com os anúncios a dizer que é ilegal usar cópias piratas.

2) Piratear música
Os CDs originais tornam difícil usar cópias no auto-rádio do carro e dificultam o processo de cópia, ao passo que as músicas pirata podem ser copiadas à vontade para qualquer CD ou qualquer leitor de MP3, sem limitações.

3) Piratear jogos
Quando alguém faz asneira com o esquema de protecção anti-pirataria num jogo, o jogo original deixa de funcionar, mas a versão pirateada não!

Ah, claro, além dos preços exorbitantes cobrados pelos títulos, 99% dos quais revertem a favor dos accionistas das produtoras.


(obrigado pelo link, Pedro)

Ah, agora já querem???

E, de repente, de forma totalmente inesperada, eis que a Islândia pensa pedir a adesão à UE, o que poderá vir a acontecer em apenas 2 anos!!!

Hmmmm.... será que a súbita falência do sistema financeiro do país tem alguma coisa a ver? Ou é só coincidência?

Pronto, já chega!

Ok, ok, já são mais que horas de voltar a escrever qualquer coisa aqui...

Enfim, estive uns dias fora, numa conferência, num daqueles países europeus mais para o leste. Estava razoavelmente frio, nada de extraordinário, mas com a chuva e algum vento acabei por ficar de gripe.

De regresso, com escala num determinado aeroporto alemão, entro no terminal já a sentir-me um bocado doente, a ouvir o iPod e a dirigir-me depressa para a porta de embarque, que não tenho muito tempo, quando sou abordado por um fulano, com aspecto mais ou menos duvidoso, que me mostra qualquer coisa na mão e diz qq coisa em alemão. Eu faço o mesmo que faço sempre quando um estranho me aborda num avião: levanto a mão, digo "no, thanks", viro a cara ao lado e continuo a andar sem sequer abrandar.

Nem um segundo demorou e esbarro noutro fulano, o comparsa do primeiro, que se põe literalmente à minha frente a impedir-me de continuar e a dizer qualquer coisa em alemão. Foi nessa altura que olhei para o que seguravam nas mãos, e era... um distintivo da polícia!

Ok, eu tinha acabado de ser abordado pela polícia num aeroporto e em vez de imediatamente responder ao que me pediam tinha-lhes virado a cara ao lado e seguido como se não fosse nada comigo! Tiro os phones, e imediatamente peço desculpa pela confusão, mas eu nunca respondo a abordagens de estranhos em aeroportos. Pedem-me a identificação, eu mostro-lhes o BI, observam-nos com atenção por um minuto e dizem-me para seguir. Vá lá, não fosse eu ter visto o distintivo da polícia à segunda e era bem capaz de me ter tentado libertar dos gajos e largar a correr! ;)

A coisa passou-se, mas o voo para Lisboa foi uma merda. Estava enjoado, com um princípio de febre, e estive a tentar concentrar-me no meu livro para não sentir vontade de vomitar. Resultou, e após umas módicas 3h30 de algum desconforto, aterrei em Lisboa e passados mais 40 minutos estava em casa, para uma daquelas noites em que vejo os minutos a passar no despertador.

Terça-feira e quarta fiquei de cama, com gripe. Agora já estou melhor, tenho só uns restos de tosse, mas isto vai ao sítio depressa.

26 janeiro 2009

No news

Estive fora STOP Acabei de chegar STOP Viagem atribulada STOP Tou doente STOP Amanhã conto novidades STOP Over and out



PS: dispenso críticas ao facto de STOP ser o indicador de fim de frase nos telegramas e Over and out ser o indicador de fim de transmissão das comunicações rádio. Estou demasiado cansado para me preocupar com questões de coerência.

21 janeiro 2009

Quem viu, viu. Quem não viu, leia agora.

Ontem tomou posse Barack Obama. Eu estava em casa e vi o discurso em directo. Gostei do que ouvi. Foi directo e sério. As expectativas são grandes para os próximos 4 anos, sobretudo do lado de lá do grande charco a que chamamos Oceano Atlântico, mas também do lado de cá e um pouco por todo o lado. A ver vamos...

O discurso foi muito bom, valeu a pena ouvi-lo. Para quem não viu, fica aqui a tradução do discurso para Português. Vale a pena ler.

Nota: teria posto antes um link para o texto original, mas a Casa Branca ainda não o publicou.

Algo que dá um gozo muito particular...

Por razões várias, senti a necessidade de instalar o Microsoft Office 2007. Estava a preparar um documento que tinha de enviar para outra pessoa para revisão / correcção / paginação, e mais vale verificar no MS Office que tudo corre como previsto que confiar na capacidade do Open Office de criar documentos no formato MS Word 100% fiáveis.

Vai daí, instalei. Tudo correu lindamente, o documento estava criado exactamente como o esperado. Ou seja, o Open Office conseguiu criar um documento DOC perfeitamente compatível com o MS Word.

E, curiosamente, demora cerca de 1/3 do tempo a abrir o documento que o próprio Word! Apesar de ter de o importar e converter de cada vez que o abro, o Open Office demora cerca de 2 segundos a abrir o ficheiro (sim, é grande!) ao passo que o MS Word 2007 demora uns 5 ou 6 segundos. Além disso, ao percorrer o documento tenho de esperar uns segundos no MS Word que as imagens sejam todas carregadas, ao passo que no Open Office isso é instantâneo. Assim que o documento abre posso carregar no Page Down sucessivamente no Open Office que todas as imagens são visíveis, ao passo que no MS Word a partir da página 5 ou 6 aparece só a moldura em branco e se quero ver a imagem tenho de esperar.

Moral da história: o Open Office não só é capaz de escrever documentos de texto (o mesmo vale para folhas de cálculo, bases de dados ou apresentações) num formato pelo menos tão bom (garantidamente melhor) como o da Microsoft, como é inclusivé mais rápido que o próprio software da Microsoft a editar, gravar e abrir ficheiros no formato da Microsoft.

Por isso, feita a verificação que queria fazer, tá na hora de eliminar esse virus que ocupa 634 MB de espaço no meu disco. Até porque o Open Office, que faz o mesmo, melhor e de forma mais fiável, além de ser muito mais rápido, ocupa menos de metade do espaço (278 MB). (Nota: o MS Office foi instalado apenas com os componentes comuns, ao passo que o Open Office está instalado com todos os componentes, mesmo aqueles de que nunca necessitei)

Aaaaaa, soube bem! Até dava para ouvir o disco a ficar mais limpo à medida que a barra de progresso avançava!

20 janeiro 2009

Average

Eu nem ia dizer nada, porque quando li a notícia achei que toda a gente concluiria o mesmo que eu. Mas... não!

O Belenenses ficou de fora das meias-finais da Taça da Liga e tentou impugnar o sorteio, alegando que, à luz dos regulamentos, passa a equipa com melhor "goal average", sendo que o Belenenses tem melhor goal average que o Guimarães.

E toda a comunicação social passou o dia (excepto durante as transmissões em directo da tomada de posse do Barack Obama) a referir o "erro nos regulamentos" da Taça da Liga!

Bom, vamos lá por partes... Goal average, definido como quociente entre golos marcados e sofridos, era um critério de desempate usado nos confins do tempo.

À luz desta maravilhosa definição, uma equipa que ganhe 1-0 tem melhor goal average que uma outra que ganhe 100-1, porque 100/1=100 e 1/0 é infinito.

O goal average foi substituido em meados dos anos 70 pela diferença entre golos marcados e sofridos, um critério muito mais justo.

Ora agora o Belenenses, com 2 golos marcados contra 1 sofrido, alega que tem melhor goal average que o Guimarães com 3 golos marcados contra 2 sofridos. O que até é verdade, à luz de uma definição caduca e em desuso há quase 40 anos.

Até na wikipedia, se procurarem por goal average, vão parar a um artigo que se intitula goal difference.

Basicamente o critério mudou, porque não fazia sentido mantê-lo. Contudo, desde sempre que em Portugal se usa a expressão goal average como o critério de desempate do futebol, apesar de, em rigor, esse critério ter sido eliminado do futebol nos anos 70. Nem é caso único uma expressão de uma língua estrangeira ser adoptada com um significado diferente do original. Querem um exemplo? Ciao, quer dizer "olá" ou "adeus" em italiano, mas é usada frequentemente em português somente como "adeus".

Mas, para os juristas que defendem o Belenenses, faz todo o sentido, porque é a única definição que lhes permite justificar a sua pretensão.

A propósito... average traduz-se para média que, não sendo especificado mais nada, é a média aritmética. Ou seja, a soma dos dados a dividir pelo número de eventos. A expressão goal average é bastante infeliz porque não representa nenhuma média, mas sim uma diferença. É comum dizer-se agora diferença de golos ou goal difference, em vez de goal average. A expressão faz sentido em competições em que as várias equipas jogam um número diferente de jogos, por exemplo. Toma-se a diferença entre golos marcados e sofridos e divide-se pelo número de jogos.

Já o quociente entre golos marcados e sofridos é tudo menos uma média. É o resultado de uma divisão, ou seja um quociente ou uma razão.

Bem sei que os juristas têm fraca (ou mesmo nula) formação em matemática. Seguiram humanidades no liceu e depois direito na faculdade. Mas uma vez que quociente é um conceito ensinado no primeiro ciclo, escolaridade obrigatória desde os tempos da primeira república, razão é um conceito ensinado na matemática do 2º ciclo, escolaridade obrigatória desde os anos 80 e média é um conceito ensinado, quer na matemática, quer nos métodos quantitativos, e portanto ensinada a todos os alunos que completem o ensino secundário desde meados dos anos 90, é de estranhar que um jurista consiga argumentar, mesmo sendo pago para isso, que uma razão, quociente ou divisão se possa confundir com uma média.

O desconhecimento da lei não pode ser invocado como justificação para o seu incumprimento. A frequência de cursos de humanidades não pode igualmente ser invocada como justificação para uma profunda ignorância da matemática.

19 janeiro 2009

Pub



Eu não tive a mesma sorte. No outro dia cheguei ao carro e tinha dois riscos nas portas e o canto do pára-choques todo riscado. Mas sua excelência que não sabe fazer marcha-atrás com o volante direito não se dignou deixar-me um papelinho com o número de contacto. É pena, porque se tivesse, tinha-lhe ligado para o convidar para beber uns copos. Pagava-lhe umas 10 tequillas, vodkas, rums e afins. Depois, mais 10. E quando ele estiver quase a estrebuchar-se todo, punha-lhe um saco de plástico na cabeça e atava-lo no pescoço! Depois filmava e punha o vídeo no Youtube!

(já viram a vossa sorte que eu não sou um psicopata assassino? se fosse, imaginem bem o que sofreriam as minhas vítimas...)

15 janeiro 2009

Ossos do ofício...

Parte do meu trabalho, estes dias, é brincar com Legos. (já percebem a fraca actividade do blog? Brincar com Legos é muito mais giro...)

Enfim, não é para quem quer, é para quem merece.

13 janeiro 2009

Finanças

Não é sobre as minhas que venho falar. Bom, até podia ser. Alguém tem aí... sei lá, uns 20 mil euros que me possa dispensar? Não? Pronto, só perguntei por perguntar, não é que precise (mas davam jeito...).

Venho falar sobre as outras: as repartições de finanças.

Uma ida às finanças nunca é agradável. Mesmo que o assunto que nos leva lá o seja (é possível! é raro, mas é possível que uma pessoa seja levada às finanças por assuntos agradáveis), o facto de termos de esperar, por vezes horas, desmotiva qualquer um. Mas, é um daqueles factos da vida, não se conseguem ultrapassar. Ir às finanças é uma seca.

E para complicar a vida ao pessoal, quando chega à nossa vez, apanhamos um funcionário que: (a) claramente não gosta do que faz; (b) está a contar anos para a reforma e acha que o tempo nunca mais passa; (c) está francamente mal disposto; (d) gosta de descarregar em estranhos as frustrações da sua vida pessoal; ou (e) todas as anteriores. E isso só nos fode o juizo. Quer dizer: para começar, tivémos de ir lá. É quase certo que a nossa ida lá implica um qualquer pagamento que ninguém tem grande vontade de fazer; tivémos de pagar parquímetro; esperámos duas horas e meia e tínhamos dito ao patrão que só precisávamos de chegar meia horinha atrasados; o parquímetro já expirou e, muito provavelmente, já lá temos a cartazinha da EMEL; e ainda por cima, apanhamos um qualquer imbecil que parece que acordou com o único propósito de nos moer o juizo até fazer sangue!

Pois bem, digo eu, BASTA! Tou farto das finanças!!! Odeio ir lá, odeio tratar de assuntos dos quais não percebo, que ninguém me explica e ainda por cima apanhar os olhares de absoluto frete do funcionário, pago para me atender com civilidade, mas que vai fazendo esgares de horror perante a minha natural ignorância como se eu fosse tão estúpido que devia ser tributado o oxigénio que consumo.

Mas, na verdade, não é bem assim. Hoje fui às finanças (já tinham percebido, não é?); numa repartição ao pé da qual é relativamente fácil arranjar ou improvisar um lugar de estacionamento; onde não há parquímetros; onde consigo tirar a senha 28 e está a ser atendido o senhor da senha 21 (e olhem que não eram 127 ou 227 as senhas que nos separavam, eram só sete mesmo); em que, uns míseros 15 minutos depois ouço a campainha anunciar a minha vez; e, a pièce de résistance (reparem que bem disposto que estou que até pus os acentos todos bem!), sou atendido por um funcionário que (preparem-se convenientemente antes de ler o que se segue): (a) é cortês; (b) é bem-educado; (c) está muito bem informado; (d) notoriamente gosta do que faz e fá-lo com gosto; (e) responde até às dúvidas que eu ainda não tenho, mas que poderei vir a ter em breve; (f) fornece informação completa, clara, sucinta; e... (g) fala em português corrente!!!

Queriam que eu vos dissesse onde é, não queriam? Pois, pois, aposto que queriam.

09 janeiro 2009

Coisas a não esquecer

1. Cuidado com as lâmpadas de incandescência. Estão quentes e qualquer choque com outros objectos pode provocar danos à lâmpada (e ao objecto).

2. Quando um objecto com partes metálicas fica encaixado no casquilho de uma lâmpada, desligar o interruptor ANTES de tentar remover o objecto estranho. E não tocar ao mesmo tempo no objecto estranho, entranhado nos restos mortais da lâmpada e no exterior do candeeiro, igualmente metálico.

3. Falhando os pontos 1 e 2, não pôr o vídeo no Youtube.

O senhor deste vídeo ignorou todos os pontos deste aviso...

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É lixado quando a medicina nos prega uma partida destas, pá... a marca já existia há umas décadas e por causa de uma coisa tão comezinha como o nome de uma doença acabou por ser retirada do mercado (mais informação aqui)

(obrigado Tânia)