27 fevereiro 2009

Paneleirices

Este post esteve quase para não se chamar Paneleirices. Ia-se chamar ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~paneleirices, porque por engano pus o dedo sobre a tecla ~ em vez da tecla Shift para fazer o P maiúsculo. Felizmente reparei a tempo!

Imaginem o que era um post com um título começado com ~~~~~~~~~~~~~. Um gajo até começa a ficar enjoado só de ver tantas ondinhas e como a palavra seguinte era paneleirice poderia vir a ser acusado de tentar com uma qualquer (muito mal disfarçada) mensagem subliminar associar a paneleiragem a uma sensação de enjoo ou náusea.

O que não é o caso, por mim os paneleiros são muito bem-vindos, não tenho nada contra eles. Como, aliás, muita gente em Portugal, país que prima por uma grande tolerância e respeito pela diferença. Desde, claro, que os paneleiros não se casem, não adoptem, não procriem, não contagiem ninguém com paneleiragem nem com SIDA, os portugueses são, em regra, bastante tolerantes com as orientações sexuais ditas alternativas, aquelas que não têm possibilidade de conduzir a um aumento da população.

Mas adiante, venho falar de uma paneleirice em concreto, não tanto da aceitação, ou falta dela, da paneleirice em geral.

Resolvi vir cá porque se no Público nada de novo se vê acontecer (parece que vai haver uma nova ponte a ligar Lisboa ao deserto, o desemprego aumentou, o BPP continua a não pagar aos investidores e mais uma notícia sobre as investigações do caso Freeport), já no site d'A Bola, vi algo que me deixou estarrecido! Diz A Bola que os adeptos do Zenit de São Petersburgo não querem mulheres nos estádios a ver o jogo.

Isto, meus caros, é grave! Mais que grave, gravíssimo! Pode colocar a espécie humana definitivamente à beira da extinção, coisa que, até agora, 2 guerras mundiais, uma peste negra, uma gripe espanhola, vários tipos de cancro, uma infecção sanguínea que afecta o sistema imunitário e o aquecimento global, TODOS JUNTOS, NÃO CONSEGUIRAM!

Se as mulheres deixarem de ir aos estádios de futebol a humanidade pode muito bem estar condenada para todo o sempre. É que já temos:
- um desporto jogado só por homens;
- que se abraçam e saltam para cima uns dos outros quando marcam um golo;
- que se agarram quando é marcado um canto;
- observados ao vivo por dezenas de milhares de homens;
- observados na televisão por vários milhões;
- responsável pela edição de milhares de jornais desportivos que são quase exclusivamente lidos por homens;
- que se juntam nos cafés e se embebedam, a ver os jogos;
E agora querem eliminar as mulheres do estádio???

Caros homens, colegas, parceiros de infortúnio que me lêem: a humanidade só não se extingue porque o futebol não é apreciado exclusivamente por homens, algumas mulheres também gostam e não é pouco e porque, apesar de haver jogos para o campeonato à sexta, sábado, domingo e segunda e jogos para as competições europeias à terça, quarta e quinta, ainda existe tempo suficiente sem jogos para permitir algum tipo de convivência entre os dois géneros.

Se continuamos a inventar competições futebolísticas para ocupar as (já poucas) terças, quartas e quintas que até ver não têm jogos de futebol, se continuamos a inventar canais que transmitem 4 ou 5 jogos de seguida ao sábado e, pior que tudo, retiramos as mulheres dos estádios... eu nem consigo imaginar o que poderá acontecer!

É um facto mais que sabido, e cientificamente comprovado, que os homens possuem uma natural inaptidão para encantar o sexo oposto; é também sabido, e comprovado por séculos de experiência, que apenas o papel subserviente reservado às mulheres na sociedade nos permitiu propagar a espécie, já que a elas a opção a um casamento não desejado era uma vida num convento ou a mendicidade;

Agora que elas estão emancipadas, já ganham mais que nós, são mais educadas que nós, são mais cultas que nós e, sobretudo, muito mais interessantes, inteligentes e bonitas que nós, se fazemos finca pé desse nosso bastião de interesse exclusivamente masculino que é o futebol e as banimos, logo agora que elas começam a querer ir à bola e até chamam filho da puta ao árbitro tão bem como qualquer pedreiro, a elas o que sobra? Muita coisa, mas muita coisa em que os homens não participam. Porque não estão interessados, porque são demasiado estúpidos, porque são demasiado labregos, porque têm demasiados pelos.

Quem sobra? Quem sobra para conviver com as mulheres, se os "homens de barba rija" estão todos no futebol, rodeados de outras dezenas de milhar de homens? Sobram os paneleiros, que também gostam disso dos museus e salas de chá e spas e os metrossexuais (que é uma espécie de paneleiro só que não leva no cú porque tem medo de gostar) que partilharão com elas os ginásios e as esteticistas e os cabeleireiros e as lojas de perfumes e roupas.

E nós, os homens "a sério"? Rodeados de outros homens a ver homens musculados e de calções, todos suados, a correr e a atirarem-se para um monte de pernas masculinas quando marcam um golo, enquanto que os espectadores se abraçam, porque um golo, uma bola de couro a entrar entre três bocados de madeira, se tornou subitamente mais importante que tentar juntar 23 dos nossos cromossomas a 23 cromossomas de uma moça jeitosa.

Futebol é coisa de homem? Só se for de panascas! Homem que é homem depila as pernas, depila o peito, põe base e vive rodeado de gajas.

26 fevereiro 2009

cHOQUE!

bOM, O PRIMEIRO CHOQUE É QUE TENHO O caps LOCK LIGADO, E POR ISSO AS MAIÚSCULAS E AS MINÚSCULAS ESTÃO A SAIR TROCADAS. sE CALHAR DEVIA DESLIGÁ-LO. eSPEREM SÓ UM BOCADINHO... pronto, já tá. Ah, já se lê melhor.

Mas não é sobre maiúsculas e minúsculas de que venho falar, embora fosse fácil a piada sobre a EXIBIÇÃO do Porto em Madrid e a exibição do sporting em alvalade (desculpem, mas com 5 secas nem o clube nem o estádio merecem maiúscula), para a Champions League.

É sobre taxis. A DECO descobriu que, apesar de significativas melhorias, continuam a registar-se irregularidades nos serviços de taxi. Sobretudo nos taxis da praça do aeroporto de Lisboa.

Dizem eles que, sobretudo com os clientes estrangeiros, continuam a verificar-se os mesmos problemas que dantes, só que em menos quantidade: taxímetros escondidos, tarifas inventadas, recusa de passar recibo e percursos alternativos. E eu fiquei chocado!

Primeiro, porque nem me lembrava que havia entre os taxistas tal hábito de esticar um pouco a corda a ver se aguenta. Segundo porque, sendo Portugal um país em que impera um elevado respeito pelas regras, ao contrário de alguns países mais selvagens do norte da Europa, como a Alemanha ou a Dinamarca, nunca me passaria pela cabeça que tal tipo de práticas fosse cometido que não por imigrantes do cú da Europa (o do outro lado). E terceiro porque, de entre todos os taxistas, sempre imaginei que fossem os do aeroporto, com quem já tive o prazer de conviver uma ou outra vez, os que levassem mais a sério a dignidade da sua profissão.

Acredito que os tais 120 casos de que fala a DECO não passem de um mal entendido já que, como qualquer pessoa que conduza habitualmente em Lisboa sabe, o melhor caminho raramente é o mais curto e aquele que é o caminho aconselhável às 15:30 pode já não o ser às 16:00, não sendo de estranhar ter dar a volta a Badajoz para ir do Aeroporto até Queluz, evitando de uma assentada o trânsito da segunda circular, CRIL, CREL, Eixo N-S e IC19: à hora a que se volta de Badajoz já está tudo calmo e até se pode circular na Baixa a uma velocidade quase igual à dos peões.


NOTA: na verdade não tinha muito para dizer sobre taxis que não fosse semi-óbvio. O grande, o único propósito deste post era, apenas, falar sobre o esportém clube de alvalade e a mão cheia que apanharam na pá.

20 fevereiro 2009

O valor educativo da televisão

A televisão é, na opinião de alguns, a fonte de (quase) todo o mal do mundo. É pela televisão que nos chegam as notícias das desgraças alheias, é pela televisão que chegam (bom, agora também há outros meios, mais práticos) as obscenidades, a violência, o total desrespeito pelos valores tradicionais. Graças à caixa que mudou o mundo (e às caixas que vieram a seguir) os valores tradicionais perdem-se, o mundo só quer saber como andam a mais recente adopção do(a) Brangellina, tornámo-nos uma sociedade descartável.

Podia continuar, on and on, a falar dos malefícios da televisão, da forma como corrompem os jovens e por aí fora, mas nem por isso, não me apetece. Até porque nem concordo muito, acho que a televisão, tendo os seus defeitos, tem muitas virtudes. Se bem usada pode ser educativa, permite-nos aprender coisas interessantes através dos documentários, mantém-nos informados através dos noticiários, entretém-nos com programas de qualidade (poucos, é verdade, mas existem), enfim, permite, desde que não nos deixemos alienar por causa dela, alargar os nossos horizontes e garante-nos um estímulo constante à nossa mente, potenciando o desenvolvimento individual.

Desde que seja bem usada, claro. Quem se limita a ver o Curto-Circuito, a Buffy e a telenovela da TVI não será muito estimulado intelectualmente. Mas nem toda a gente quer ser estimulada, por isso ainda bem que existem programas que não o fazem, ou o fazem menos. Alguns abusam dos enlatados televisivos e limitam-se à programação de baixa qualidade, mas não é pelo mau uso de alguns que devemos condenar a televisão.

Até porque temos, sobretudo na era actual de televisão por cabo, uma grande diversidade de bons canais de documentários que nos permitem aprender algo novo todos os dias. Seja sobre a forma como (não) foi feito o resgate do Kursk, os tesouros das pirâmides, a dieta e relações familiares de um clã de leões africanos, etc.

Por exemplo, ontem não conseguia dormir. Levantei-me e fui até à sala. Liguei a televisão e como os canais de enlatados não davam nada de jeito, fiz um zapping pelos canais de documentários. No Discovery Science estavam a falar de uns quaisquer insectos. Tema interessante, parece, útil e educativo! Então fiquei a ver durante uns minutos. O primeiro diálogo foi qualquer coisas como isto:

Cientista com ar de quem gosta de insectos: estes, por exemplo, são de uma espécie do Suriname.
Protagonista do documentário, ao estido do David Attenborough mas sem o sotaque característico: Suriname? Isso é o quê, um país em África?
Cientista com ar de quem gosta de insectos: sim, vieram de lá.

E continua a falar, a propósito dos insectos do Suriname, de outras espécies de insectos de África.

E eu mudei de canal e fui ver outra coisa qualquer. Querem saber porquê? Leiam a primeira frase desta página. Que o David Attenborough wannabe não saiba onde fica o Suriname, vá lá, percebe-se. Mas que a tal cientista que gosta de insectos se confunda com a origem dos bichos que ela própria estuda, chateia. E que na revisão científica (será que foi feita?) do documentário alguém tinha a obrigação de dar por ela.

A televisão tem, potencialmente, um elevado valor educativo. É pena que se perca em pormenores destes...

19 fevereiro 2009

Bom sinal!

Olegário Benquerença é o árbitro nomeado para o Sporting-Benfica deste fim de semana.

Quer sportinguistas, quer benfiquistas têm razões de queixa e já começaram a barafustar com a escolha.

O que é bom sinal! Se estão ambos insatisfeitos, não há razões para esperar que a arbitragem seja má. Se, por outro lado, um dos clubes tivesse queixas e o outro não, aí sim, era caso para nos preocuparmos...


PS: eu sei que isto tem andado morto. A falta de tempo explica parte, a falta de vontade explica o resto. :P

17 fevereiro 2009

Quem quer ser milionário?

Como ser multi-milionário em meia dúzia de anos? (nota: a história aconteceu nos estados unidos; tanto quanto sei não há centros de detenção privados por cá)

Passo 1: tornar-se juiz do tribunal de menores;
Passo 2: com um cúmplice que controla o orçamento da comarca, encerrar o centro de detenção juvenil;
Passo 3: chegar a acordo com os donos do centro de detenção juvenil privado para um esquema de pagamentos: uma sentença = n dólares;
Passo 4: desatar a condenar miudos a uns meses (ou mesmo anos!) no reformatório por terem atirado uma pedra à janela, por terem andado à pancada no recreio ou por passarem papelinhos nas aulas.
Passo 5: levantar os cheques.

Parece incrível, não é? Então leiam para acreditar.

(obrigado Pedro)

Paradoxo?

Diz o Público: Constâncio admite que a economia deverá comportar-se pior do que as previsões. Ora, sendo Vítor Constâncio o Governador do Banco de Portugal, não será esta frase equivalente a uma previsão? E se sim, referir-se-á a frase a si própria, fazendo com que essa própria previsão falhe por excesso? Ou seja, que a frase que diz que a economia vai portar-se pior que o previsto seja, ela própria, optimista? Fazendo com que a economia se porte ainda pior, mas, por outro lado, a previsão mantém-se, que a economia irá portar-se pior que o previsto? E assim sucessivamente? Acho que preciso de um ben-u-ron, tou a ficar com dor de cabeça.

Bom, a moral da história é: o comportamento da economia portuguesa em 2009 vai ser infinitamente mau.

Lá mais para a frente pode ler-se na notícia que Vítor Constâncio deixou-se de frases de elevado significado lógico-filosófico, quiçá paradoxais, partindo para as afirmações semi-tautológicas: afirmou que a recessão é uma "recessão mundial que pela primeira vez desde a II Guerra Mundial atinge todas as regiões do mundo". Bom, eu achava que qualquer coisa mundial automaticamente afectaria todas as regiões do mundo. Senão, não seria mundial. A parte surpreende é mesmo descobrir que isso só acontece desde a segunda guerra mundial! Mais ou menos como o campeonato do mundo de futebol: até à segunda guerra mundial o campeão do mundo de futebol era decidido apenas entre as selecções da Europa e América do Sul, sendo só após a segunda guerra mundial que países de outros continentes começaram a participar.

13 fevereiro 2009

Engrish

veri well video, my verhappy.


Acho que a frase chave é "I am no speak English very very well"

(tanks very mush Nuno!)

10 fevereiro 2009

Este post não é meu

Antes de mais, queria dizer que este post não é meu. Achei tanta piada à frase que resolvi limitar-me a citá-la (porque no que é perfeito não se mexe).

Há certos factos da vida que tomamos como certos: o céu é azul, a Terra é redonda e os caranguejos não sobem às árvores. Será?

(kudos, Mariana)

09 fevereiro 2009

Quem quer ser milionário?

O célebre concurso vai ter uma nova edição, com um formato algo diferente.

Aproveitando o regresso da popularidade do concurso pela mão do filme Slumdog Milionaire (a propósito, se não viram, vejam. Recomendo vivamente), os produtores resolveram re-editar o concurso, mas em moldes diferentes.

O cenário passa a ser o estádio do Chelsea e em vez de perguntas, disputam-se jogos de futebol. O concorrente tem a responsabilidade de treinar a equipa e levá-la ao título inglês e europeu.

Há também um outro twist em relação às regras originais: na edição original, caso o concorrente errasse uma pergunta, saia sem qualquer prémio. Nesta nova edição, caso o concorrente falhe muitas etapas de seguida é substituido pelo concorrente seguinte, mas sai com o prémio integral, na ordem dos vários milhões de euros (a título de indemnização).

E vem isto a propósito do quê? Do recente despedimento de Luis Felipe Scolari de treinador do Chelsea. À semelhança do que aconteceu com José Mourinho há pouco mais de 1 ano, não me parece que Felipão tenha saído de mãos a abanar.

Alguém viu?

Tira Yebda fez com que a camisola de Lisandro Lopez fosse violentamente sacudida, provocanndo o árbitro do jogo de ontem e meia dúzia de portistas mais fanáticos, alguém viu o penalty? Sim, aquele que o árbitro assinalou, provavelmente porque a corrente de ar provocada pelo braço do Yebda fez com que a camisola do Lisando fosse violentamente sacudida o que provocou a inevitável queda do avançado do FCP.

Uma teoria alternativa à da corrente de ar é a da influência electromagnética. A proximidade do corpo do Yebda, talvez carregado electricamente devido a um qualquer desiquilíbrio hormonal ou coisa assim, provocou interferências electromagnéticas com os neurónios do Lisandro o que fez com que ele se desiquilibrasse e caísse.

Tirando estas duas opções, não consigo imaginar qualquer razão que fizesse o árbitro considerar Yebda o responsável pela queda de Lisandro Lopes e assinalasse a respectiva grande penalidade.

06 fevereiro 2009

Só faltam os ovos

Imaginem que uma pessoa está ao computador, por exemplo a ler um blog, e de repente apetece comer, sei lá, umas tiras de bacon. É complicado, porque se um gajo se põe a comer bacon ao pé do computador arrisca-se a sujar o teclado e o rato com gordura do bacon.

Mas agora existe a solução!!! Um serviço inovador (e extremamente útil), que permite acompanhar qualquer site com uma tira de bacon! Só faltam os ovos mexidos a acompanhar...

Experimentem o Ó faxavor! com bacon. (se mudarem a parte final do endereço para outro site qualquer, podem ver qualquer site com bacon; por exemplo, o Google)


(obrigado Ana Rita!)

04 fevereiro 2009

Claques

As 4 claques de futebol com pior fama no país estão neste momento todas num raio de 2km, com centro, mais ou menos, no cruzamento do Eixo N-S com a 2ª circular. São as claques do Porto, do Sporting, do Benfica e do Guimarães.

Por isso, e caso Lisboa não resista à noite de hoje, queria aproveitar para me despedir dos leitores e desejar votos de boa recuperação do cataclismo que se avizinha.

Eh pá, pena de morte, já!!!!

Michael Phelps, o super-homem que ganhou 8 medalhas de ouro nos últimos jogos olímpicos e soma agora a módica quantia de 16 medalhas olímpicas na sua carreira, admitiu ter fumado um charro uns meses depois dos JO de 2008.

E agora anda toda a gente a falar nisso, é notícia de telejornal pelo mundo fora! Porque o gajo fumou um charro!!! Até o xerife lá do sítio diz que vão acusar o Phelps, o que provavelmente implicará o pagamento de uma multa e uma menção no seu cadastro. Porque fumou um charro!!!

A pergunta que eu faço é: o sistema legal americano não tem nada mais importante com que se preocupar? Sei lá, se calhar o facto de 2% da população estar encarcerada, de terem uma das mais altas taxas de homicídios do mundo, de a taxa de reincidência entre a população condenada por crimes ser de quase 100%, a falência do seu sistema financeiro pela ambição desmedida de alguns, condimentada com umas fraudes e desfalques aqui e acolá, a sistemática evasão fiscal entre os mais ricos... com tanto problema a afectar aquela sociedade, será que não há nada mais importante para o xerife daquela terreola que prender o atleta superstar por ter fumado um charro? Que tal multar carros mal estacionados?

Em apoio ao Michael Phelps, eu admito aqui publicamente que também já fumei charros, ocasionalmente. Embora nunca tenha ganho medalhas olímpicas. Agora fico a aguardar as reacções de choque e uma eventual visita das autoridades americanas, possivelmente preocupadas com o mau exemplo que aqui dou aos cidadãos norte-americanos que visitem o Ó faxavor! (será que há algum?)

02 fevereiro 2009

Pluralidade de informação

Aqui há umas semanas a manchete dos jornais desportivos dizia:
"Ano Novo, Porto Velho", "Ano Novo, Velho líder" e "Ano novo, líder velho". Ou qualquer coisa assim. Já não me recordo exactamente qual dizia o quê, mas fiquei impressionado com a espectacular coincidência de todos noticiarem a entrada em 2009 com o FCP à frente do campeonato com a mesma figura de estilo, ou algo parecido. E todas elas tinham fotografias semelhantes, com o Record e O Jogo a terem fotografias tiradas ou pelo mesmo fotógrafo em instantes sucessivos ou por fotógrafos vizinhos um do outro na área a eles destinada no estádio.

Ontem as capas dos jornais desportivos falavam do Benfica e da sua vitória contra o Rio Ave, fruto de um golo de Mantorras.

Dizia a manchete do Record: "Voltou a alegria do povo". Já O Jogo alinhava por uma linha totalmente diferente e a sua manchete era "Voltou a alegria do povo". A Bola dizia somente "A alegria do Povo". Todas as capas tinham também uma fotografia, praticamente idêntica (se calhar era a mesma, não me demorei a procurar as diferenças) de Pedro Mantorras a comemorar o golo.

É bom viver num país democrático, com uma sociedade madura e bem informada, em que a qualidade da informação é assegurada por uma comunicação social que prima pela pluralidade, por um espírito de sã concorrência e em que os padrões de qualidade são permanentemente elevados por jornalistas e proprietários de jornais de alto gabarito!!! Sim, sim, assim dá gosto!