30 janeiro 2009

Uma boa razão para...

1) Piratear filmes
Num filme pirateado não precisamos de esperar 2 minutos pelas mensagens de copyright quando pomos o DVD no leitor e não temos de apanhar com os anúncios a dizer que é ilegal usar cópias piratas.

2) Piratear música
Os CDs originais tornam difícil usar cópias no auto-rádio do carro e dificultam o processo de cópia, ao passo que as músicas pirata podem ser copiadas à vontade para qualquer CD ou qualquer leitor de MP3, sem limitações.

3) Piratear jogos
Quando alguém faz asneira com o esquema de protecção anti-pirataria num jogo, o jogo original deixa de funcionar, mas a versão pirateada não!

Ah, claro, além dos preços exorbitantes cobrados pelos títulos, 99% dos quais revertem a favor dos accionistas das produtoras.


(obrigado pelo link, Pedro)

Ah, agora já querem???

E, de repente, de forma totalmente inesperada, eis que a Islândia pensa pedir a adesão à UE, o que poderá vir a acontecer em apenas 2 anos!!!

Hmmmm.... será que a súbita falência do sistema financeiro do país tem alguma coisa a ver? Ou é só coincidência?

Pronto, já chega!

Ok, ok, já são mais que horas de voltar a escrever qualquer coisa aqui...

Enfim, estive uns dias fora, numa conferência, num daqueles países europeus mais para o leste. Estava razoavelmente frio, nada de extraordinário, mas com a chuva e algum vento acabei por ficar de gripe.

De regresso, com escala num determinado aeroporto alemão, entro no terminal já a sentir-me um bocado doente, a ouvir o iPod e a dirigir-me depressa para a porta de embarque, que não tenho muito tempo, quando sou abordado por um fulano, com aspecto mais ou menos duvidoso, que me mostra qualquer coisa na mão e diz qq coisa em alemão. Eu faço o mesmo que faço sempre quando um estranho me aborda num avião: levanto a mão, digo "no, thanks", viro a cara ao lado e continuo a andar sem sequer abrandar.

Nem um segundo demorou e esbarro noutro fulano, o comparsa do primeiro, que se põe literalmente à minha frente a impedir-me de continuar e a dizer qualquer coisa em alemão. Foi nessa altura que olhei para o que seguravam nas mãos, e era... um distintivo da polícia!

Ok, eu tinha acabado de ser abordado pela polícia num aeroporto e em vez de imediatamente responder ao que me pediam tinha-lhes virado a cara ao lado e seguido como se não fosse nada comigo! Tiro os phones, e imediatamente peço desculpa pela confusão, mas eu nunca respondo a abordagens de estranhos em aeroportos. Pedem-me a identificação, eu mostro-lhes o BI, observam-nos com atenção por um minuto e dizem-me para seguir. Vá lá, não fosse eu ter visto o distintivo da polícia à segunda e era bem capaz de me ter tentado libertar dos gajos e largar a correr! ;)

A coisa passou-se, mas o voo para Lisboa foi uma merda. Estava enjoado, com um princípio de febre, e estive a tentar concentrar-me no meu livro para não sentir vontade de vomitar. Resultou, e após umas módicas 3h30 de algum desconforto, aterrei em Lisboa e passados mais 40 minutos estava em casa, para uma daquelas noites em que vejo os minutos a passar no despertador.

Terça-feira e quarta fiquei de cama, com gripe. Agora já estou melhor, tenho só uns restos de tosse, mas isto vai ao sítio depressa.

26 janeiro 2009

No news

Estive fora STOP Acabei de chegar STOP Viagem atribulada STOP Tou doente STOP Amanhã conto novidades STOP Over and out



PS: dispenso críticas ao facto de STOP ser o indicador de fim de frase nos telegramas e Over and out ser o indicador de fim de transmissão das comunicações rádio. Estou demasiado cansado para me preocupar com questões de coerência.

21 janeiro 2009

Quem viu, viu. Quem não viu, leia agora.

Ontem tomou posse Barack Obama. Eu estava em casa e vi o discurso em directo. Gostei do que ouvi. Foi directo e sério. As expectativas são grandes para os próximos 4 anos, sobretudo do lado de lá do grande charco a que chamamos Oceano Atlântico, mas também do lado de cá e um pouco por todo o lado. A ver vamos...

O discurso foi muito bom, valeu a pena ouvi-lo. Para quem não viu, fica aqui a tradução do discurso para Português. Vale a pena ler.

Nota: teria posto antes um link para o texto original, mas a Casa Branca ainda não o publicou.

Algo que dá um gozo muito particular...

Por razões várias, senti a necessidade de instalar o Microsoft Office 2007. Estava a preparar um documento que tinha de enviar para outra pessoa para revisão / correcção / paginação, e mais vale verificar no MS Office que tudo corre como previsto que confiar na capacidade do Open Office de criar documentos no formato MS Word 100% fiáveis.

Vai daí, instalei. Tudo correu lindamente, o documento estava criado exactamente como o esperado. Ou seja, o Open Office conseguiu criar um documento DOC perfeitamente compatível com o MS Word.

E, curiosamente, demora cerca de 1/3 do tempo a abrir o documento que o próprio Word! Apesar de ter de o importar e converter de cada vez que o abro, o Open Office demora cerca de 2 segundos a abrir o ficheiro (sim, é grande!) ao passo que o MS Word 2007 demora uns 5 ou 6 segundos. Além disso, ao percorrer o documento tenho de esperar uns segundos no MS Word que as imagens sejam todas carregadas, ao passo que no Open Office isso é instantâneo. Assim que o documento abre posso carregar no Page Down sucessivamente no Open Office que todas as imagens são visíveis, ao passo que no MS Word a partir da página 5 ou 6 aparece só a moldura em branco e se quero ver a imagem tenho de esperar.

Moral da história: o Open Office não só é capaz de escrever documentos de texto (o mesmo vale para folhas de cálculo, bases de dados ou apresentações) num formato pelo menos tão bom (garantidamente melhor) como o da Microsoft, como é inclusivé mais rápido que o próprio software da Microsoft a editar, gravar e abrir ficheiros no formato da Microsoft.

Por isso, feita a verificação que queria fazer, tá na hora de eliminar esse virus que ocupa 634 MB de espaço no meu disco. Até porque o Open Office, que faz o mesmo, melhor e de forma mais fiável, além de ser muito mais rápido, ocupa menos de metade do espaço (278 MB). (Nota: o MS Office foi instalado apenas com os componentes comuns, ao passo que o Open Office está instalado com todos os componentes, mesmo aqueles de que nunca necessitei)

Aaaaaa, soube bem! Até dava para ouvir o disco a ficar mais limpo à medida que a barra de progresso avançava!

20 janeiro 2009

Average

Eu nem ia dizer nada, porque quando li a notícia achei que toda a gente concluiria o mesmo que eu. Mas... não!

O Belenenses ficou de fora das meias-finais da Taça da Liga e tentou impugnar o sorteio, alegando que, à luz dos regulamentos, passa a equipa com melhor "goal average", sendo que o Belenenses tem melhor goal average que o Guimarães.

E toda a comunicação social passou o dia (excepto durante as transmissões em directo da tomada de posse do Barack Obama) a referir o "erro nos regulamentos" da Taça da Liga!

Bom, vamos lá por partes... Goal average, definido como quociente entre golos marcados e sofridos, era um critério de desempate usado nos confins do tempo.

À luz desta maravilhosa definição, uma equipa que ganhe 1-0 tem melhor goal average que uma outra que ganhe 100-1, porque 100/1=100 e 1/0 é infinito.

O goal average foi substituido em meados dos anos 70 pela diferença entre golos marcados e sofridos, um critério muito mais justo.

Ora agora o Belenenses, com 2 golos marcados contra 1 sofrido, alega que tem melhor goal average que o Guimarães com 3 golos marcados contra 2 sofridos. O que até é verdade, à luz de uma definição caduca e em desuso há quase 40 anos.

Até na wikipedia, se procurarem por goal average, vão parar a um artigo que se intitula goal difference.

Basicamente o critério mudou, porque não fazia sentido mantê-lo. Contudo, desde sempre que em Portugal se usa a expressão goal average como o critério de desempate do futebol, apesar de, em rigor, esse critério ter sido eliminado do futebol nos anos 70. Nem é caso único uma expressão de uma língua estrangeira ser adoptada com um significado diferente do original. Querem um exemplo? Ciao, quer dizer "olá" ou "adeus" em italiano, mas é usada frequentemente em português somente como "adeus".

Mas, para os juristas que defendem o Belenenses, faz todo o sentido, porque é a única definição que lhes permite justificar a sua pretensão.

A propósito... average traduz-se para média que, não sendo especificado mais nada, é a média aritmética. Ou seja, a soma dos dados a dividir pelo número de eventos. A expressão goal average é bastante infeliz porque não representa nenhuma média, mas sim uma diferença. É comum dizer-se agora diferença de golos ou goal difference, em vez de goal average. A expressão faz sentido em competições em que as várias equipas jogam um número diferente de jogos, por exemplo. Toma-se a diferença entre golos marcados e sofridos e divide-se pelo número de jogos.

Já o quociente entre golos marcados e sofridos é tudo menos uma média. É o resultado de uma divisão, ou seja um quociente ou uma razão.

Bem sei que os juristas têm fraca (ou mesmo nula) formação em matemática. Seguiram humanidades no liceu e depois direito na faculdade. Mas uma vez que quociente é um conceito ensinado no primeiro ciclo, escolaridade obrigatória desde os tempos da primeira república, razão é um conceito ensinado na matemática do 2º ciclo, escolaridade obrigatória desde os anos 80 e média é um conceito ensinado, quer na matemática, quer nos métodos quantitativos, e portanto ensinada a todos os alunos que completem o ensino secundário desde meados dos anos 90, é de estranhar que um jurista consiga argumentar, mesmo sendo pago para isso, que uma razão, quociente ou divisão se possa confundir com uma média.

O desconhecimento da lei não pode ser invocado como justificação para o seu incumprimento. A frequência de cursos de humanidades não pode igualmente ser invocada como justificação para uma profunda ignorância da matemática.

19 janeiro 2009

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Eu não tive a mesma sorte. No outro dia cheguei ao carro e tinha dois riscos nas portas e o canto do pára-choques todo riscado. Mas sua excelência que não sabe fazer marcha-atrás com o volante direito não se dignou deixar-me um papelinho com o número de contacto. É pena, porque se tivesse, tinha-lhe ligado para o convidar para beber uns copos. Pagava-lhe umas 10 tequillas, vodkas, rums e afins. Depois, mais 10. E quando ele estiver quase a estrebuchar-se todo, punha-lhe um saco de plástico na cabeça e atava-lo no pescoço! Depois filmava e punha o vídeo no Youtube!

(já viram a vossa sorte que eu não sou um psicopata assassino? se fosse, imaginem bem o que sofreriam as minhas vítimas...)

15 janeiro 2009

Ossos do ofício...

Parte do meu trabalho, estes dias, é brincar com Legos. (já percebem a fraca actividade do blog? Brincar com Legos é muito mais giro...)

Enfim, não é para quem quer, é para quem merece.

13 janeiro 2009

Finanças

Não é sobre as minhas que venho falar. Bom, até podia ser. Alguém tem aí... sei lá, uns 20 mil euros que me possa dispensar? Não? Pronto, só perguntei por perguntar, não é que precise (mas davam jeito...).

Venho falar sobre as outras: as repartições de finanças.

Uma ida às finanças nunca é agradável. Mesmo que o assunto que nos leva lá o seja (é possível! é raro, mas é possível que uma pessoa seja levada às finanças por assuntos agradáveis), o facto de termos de esperar, por vezes horas, desmotiva qualquer um. Mas, é um daqueles factos da vida, não se conseguem ultrapassar. Ir às finanças é uma seca.

E para complicar a vida ao pessoal, quando chega à nossa vez, apanhamos um funcionário que: (a) claramente não gosta do que faz; (b) está a contar anos para a reforma e acha que o tempo nunca mais passa; (c) está francamente mal disposto; (d) gosta de descarregar em estranhos as frustrações da sua vida pessoal; ou (e) todas as anteriores. E isso só nos fode o juizo. Quer dizer: para começar, tivémos de ir lá. É quase certo que a nossa ida lá implica um qualquer pagamento que ninguém tem grande vontade de fazer; tivémos de pagar parquímetro; esperámos duas horas e meia e tínhamos dito ao patrão que só precisávamos de chegar meia horinha atrasados; o parquímetro já expirou e, muito provavelmente, já lá temos a cartazinha da EMEL; e ainda por cima, apanhamos um qualquer imbecil que parece que acordou com o único propósito de nos moer o juizo até fazer sangue!

Pois bem, digo eu, BASTA! Tou farto das finanças!!! Odeio ir lá, odeio tratar de assuntos dos quais não percebo, que ninguém me explica e ainda por cima apanhar os olhares de absoluto frete do funcionário, pago para me atender com civilidade, mas que vai fazendo esgares de horror perante a minha natural ignorância como se eu fosse tão estúpido que devia ser tributado o oxigénio que consumo.

Mas, na verdade, não é bem assim. Hoje fui às finanças (já tinham percebido, não é?); numa repartição ao pé da qual é relativamente fácil arranjar ou improvisar um lugar de estacionamento; onde não há parquímetros; onde consigo tirar a senha 28 e está a ser atendido o senhor da senha 21 (e olhem que não eram 127 ou 227 as senhas que nos separavam, eram só sete mesmo); em que, uns míseros 15 minutos depois ouço a campainha anunciar a minha vez; e, a pièce de résistance (reparem que bem disposto que estou que até pus os acentos todos bem!), sou atendido por um funcionário que (preparem-se convenientemente antes de ler o que se segue): (a) é cortês; (b) é bem-educado; (c) está muito bem informado; (d) notoriamente gosta do que faz e fá-lo com gosto; (e) responde até às dúvidas que eu ainda não tenho, mas que poderei vir a ter em breve; (f) fornece informação completa, clara, sucinta; e... (g) fala em português corrente!!!

Queriam que eu vos dissesse onde é, não queriam? Pois, pois, aposto que queriam.

09 janeiro 2009

Coisas a não esquecer

1. Cuidado com as lâmpadas de incandescência. Estão quentes e qualquer choque com outros objectos pode provocar danos à lâmpada (e ao objecto).

2. Quando um objecto com partes metálicas fica encaixado no casquilho de uma lâmpada, desligar o interruptor ANTES de tentar remover o objecto estranho. E não tocar ao mesmo tempo no objecto estranho, entranhado nos restos mortais da lâmpada e no exterior do candeeiro, igualmente metálico.

3. Falhando os pontos 1 e 2, não pôr o vídeo no Youtube.

O senhor deste vídeo ignorou todos os pontos deste aviso...

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É lixado quando a medicina nos prega uma partida destas, pá... a marca já existia há umas décadas e por causa de uma coisa tão comezinha como o nome de uma doença acabou por ser retirada do mercado (mais informação aqui)

(obrigado Tânia)

07 janeiro 2009

Cartas temíveis

Acabei de abrir a caixa do correio e vejo uma carta da minha seguradora. E eu pensei "oh merda, já tá na altura de pagar o seguro... onde é que vou arranjar o guito?".

Mas não, nada disso. Por uma vez, recebi uma carta da seguradora que não incluia nada para pagar. Era só um postal de aniversário! Atrasado uns dias, mas o que conta é a intenção!

Ano novo

Pronto, já chega de férias...

Isto tem andado parado porque, basicamente, não tenho muito para dizer.

A altura das festas é sempre meio morta. Tirando o habitual (comer doces, dar prendas, receber prendas, beber champagne no ano novo, apanhar uma bebedeira, aguentar a ressaca durante o dia 1,...) pouca coisa se passa.

Mas agora já chega! Tá na altura de arregaçar as mangas e voltar ao trabalho. E em má hora, que ainda agora o ano começou e o Benfica já perdeu um jogo. Mas pronto, melhores dias virão.

Como me disse o meu irmão aqui há tempos, Feliz 2010, que 2009 já se percebeu que não vai ser grande coisa!