31 março 2008

Hora de Inverno, hora de Verão

A hora mudou. Eu não gosto de mudanças de hora, deixam-me sempre um bocado chateado porque nunca sei a quantas ando. Numa de brincadeira quis pôr um post no blog com data de 30 de Março à 1:00 da manhã. O blogger não deixa. É que, por causa da mudança da hora, não existiu 1 da manhã de 30 de Março. Das 0:59:59 passámos para a 2:00:00. Raios, o blogger estragou-me a piada.

Ironias do destino

O grande paladino contra a pirataria, que dá pelo nome de Microsoft, usa (ou usou, ou contratou alguém que usa) uma versão pirateada de um programa de edição de som na criação de alguns ficheiros Wav que vêm incluídos com o Windows Media Player.

A história é muito, muito antiga, mas só hoje soube dela (obrigado Pedro). Pelo que percebi, não houve nenhum desenvolvimento posterior. Mas ao fim de mais de ano e meio deste este artigo (e outros similares), os ficheiros continuam a ser os mesmos.

Verificação: abrir a pasta C:\WINDOWS\Help\Tours\WindowsMediaPlayer\Audio\Wav. Abrir um dos 9 ficheiros Wav que se encontra nessa pasta com o Notepad (sim, é estranho abrir um ficheiro de audio com um editor de texto). Aparecem muitos caracteres esquisitos mas no fim, mesmo no fim do ficheiro, encontramos
"LISTB INFOICRD 2000-04-06 IENG Deepz0ne ISFT Sound Forge 4.5 "
Sound Forge 4.5 é o nome do programa usado para criar o ficheiro; até aqui, nada de estranho. Estranho é o facto de DeepzOne ser o nome do gajo que fez a versão crackada do programa.

Irónico, não?

And now, for something completely different



(obrigado Bruno)

28 março 2008

Grande escândalo!

O Primeiro-Ministro queria dizer 0,1% do PIB e disse 1%do PIB. Tou horrorizado. Depois de termos o Guterres a não saber quanto vale 6% do PIB agora temos o Sócrates a baralhar-se com as contas ao produto interno bruto.

É sina dos Governos PS, ou é do calor da discussão?

Dias úteis e dias inúteis

Lembram-se de 2004? Esse ano malvado em que perdemos duas vezes com os gregos? Além disso 2004 é recordado por outra má razão: foi o ano com mais dias úteis de que há memória: o 25 de Abril calhou a um domingo, o 1 de Maio foi no sábado, o 10 de Junho calhou em cima da quinta-feira do Corpo de Deus, o 13 de Junho foi domingo, o 15 de Agosto foi domingo e, para completar o ramalhete, o dia de Natal calhou no sábado e o de ano novo também (para mim o dia 1 de Janeiro é o último feriado do ano velho e não o primeiro do ano novo; o ano começa na prática a dia 2).

Safaram-se os fins de semana prolongados do 5 de Outubro (terça feira) e 1 de Novembro (segunda), porque ainda por cima aqueles dois feriados maravilhosos de Dezembro (1 e 8) foram logo calhar à quarta-feira, que não dá jeito nenhum a ninguém. Ao todo, sem contar com os feriados que calham obrigatoriamente em dias úteis só tivémos 4 feriados em dias úteis.

Por outro lado, 2008 é um ano em cheio: há pontes e fins de semana prolongados para todos os gostos (e além disso, até agora só perdemos 1 vez com os gregos).
Sem contar com o Carnaval e a Páscoa, temos:
25 de Abril numa sexta;
1 de Maio numa quinta;
22 de Maio: Quinta-feira de Corpo de Deus;
10 de Junho à terça, seguido do 13 de Junho na sexta (bela semana!);
15 de Agosto à sexta;
1 e 8 de Dezembro à segunda;
Natal à quinta (tira-se o 26, junta-se com a véspera de Natal e dá 5 dias)
Ano Novo à quinta também.

Só ficam a destoar o 5 de Outubro e o 1 de Novembro, que calham a um domingo e a um sábado respectivamente. Ao todo 10 fins de semana prolongados e pontes!!!

Isto é que são dias úteis: feriados à segunda, terça, quinta e sexta!

Gozem todas as pontes que puderem em 2008, porque em 2009 e 2010 a coisa vai piorar outra vez (2010 vai ser como 2004).


PS: para mim o 13 de Junho é feriado e conta como um feriado como os outros. Se no vosso concelho o 13 de Junho não é feriado é azar vosso. Dou-vos um conselho: mudem o feriado do vosso concelho ou mudem de concelho (este parágrafo foi só para usar as palavras conselho e concelho de seguida, para mostrar a minha mestria nesta coisa da ortografia).

26 março 2008

Urgência

O que está a fazer um carro celular, em marcha de urgência, em plena hora de ponta a circular em contra-mão na Avenida da Liberdade???

Tá bem que se assinalam marcha de urgência se calhar estão com pressa, mas é preciso fazer uma das avenidas principais de Lisboa em sentido contrário em plena hora de ponta? Valerá a pena o risco? Afinal, o mais certo é transportarem um gajo que vai ser condenado a uns 6 ou 7 anos de cadeia, não é por mais um quarto de hora que alguém se importa...

(obrigado pela história Nuno)

Maus filmes

Hoje há bola. Portugal-Grécia. Sinceramente não tenho muita vontade de ver. Já vi duas vezes e não gostei de nenhuma delas. Ver o jogo seria como ver um mau filme pela terceira vez. À primeira um gajo vê porque não sabe, à segunda vê porque tá a dar na televisão e alguém não viu e insiste em ver, mas à terceira já não há paciência.

Lotaria

Há uma frase, não sei de quem, que diz que o jogo é um imposto para as pessoas que não sabem matemática.

E não é preciso ser-se muito esperto para perceber que o jogo não pode compensar, senão ninguém o promovia. Uma parte das receitas do jogo serve para pagar prémios e outra parte é lucro para a entidade promotora. Estatisticamente a casa fica sempre a ganhar, estatisticamente o jogador fica sempre a perder. Sempre? Bom, nem sempre. É que, por vezes, o jogo compensa, estatisticamente.

Nota para quem não percebe matemática: compensar estatisticamente quer dizer que multiplicando o valor do prémio pela probabilidade de o conseguir obtemos um valor que é superior ao custo de uma aposta.

Nota para quem percebe matemática: é preciso somar os vários produtos Prémio x probabilidade, mas para o meu objectivo posso ignorar os prémios secundários. Também vou ignorar a possibilidade de ter de repartir o prémio, o que já é uma aproximação um bocado duvidosa. Não nos chateemos por aí.

Ou seja:
- Esta semana o Euro-milhões dá um prémio de 15 milhões de euros. Cada aposta vale 2 euros e a probabilidade de ganhar é de aproximadamente 1 em 73 milhões. 2*73 milhões = 146 milhões o que quer dizer que o Euro-milhões só compensa quando há aqueles jackpots monstruosos. Com um prémio de 15 milhões o concurso desta semana é claramente desvantajoso (a situação fica um pouco melhor quando consideramos os restantes prémios, mas mesmo assim o valor esperado por aposta é de menos de 1 euro, metade do que se apostou!)
- O totoloto por outro lado tem um jackpot de 3 milhões de euros! Como cada aposta custa 40 cêntimos e a probabilidade de ganhar é de 1 em aproximadamente 13 milhões, obtemos 0,40*13 milhões = 5,2 milhões de euros. O prémio desta semana ainda é inferior a isto, mas já está muito mais próximo (se somarmos os restantes prémios todos é capaz de chegar perto dos 80 cêntimos de retorno por euro apostado). Já é um jogo muito mais justo. Mais uma ou duas semanas sem sair a ninguém e é bem capaz de chegar ao ponto em que é vantajoso, estatisticamente, jogar.

Nota para quem acha que o meu raciocínio está viciado: o jogo continua a compensar para a casa. Acontece que estão acumuladas receitas por distribuir, à custa dos apostadores das semanas anteriores. É por essa razão que é possível numa semana que o s prémios compensem o risco. Semana após semana acumula-se dinheiro que altera o valor esperado das apostas no final.

Nota para quem ainda não ficou convencido: vejam o paradoxo das 3 portas (que não é paradoxo nenhum, mas é contra-intuitivo).

Nota para quem nem sequer ficou convencido com o paradoxo das 3 portas: façam a experiência: uma simulação por computador ou usem um dado para sortear a porta premiada e peçam a um colega para fazer de concorrente. Se os resultados da experiência não baterem certo com a vossa intuição, o problema é da vossa intuição, não é da experiência.

Gasosa

A gasolina tá cara. E o gasóleo também. Até há bem pouco tempo isso não me incomodava, como quem pagava o combustível era a empresa eu nem dava por ela. Mas agora... bom, agora a coisa é ligeiramente diferente.

Por isso, informações como as que se encontram neste site são preciosas. E permitem respostas à questão "onde devo atestar?" que não incluam incursões por Espanha.

(obrigado Jorge)

25 março 2008

7 diferenças

Bom, não são 7, é só uma mesmo.

Com a TMN, por causa de um problema de facturação, demorei 6 meses a reaver o dinheiro cobrado em excesso o que só consegui após recurso ao centro de arbitragem de conflitos de consumo.

Com a Vodafone, recebi um sms há uns dias a dizer que me vão creditar uma determinada quantia por causa de um débito indevido. Débito indevido esse de que eu nem sequer tinha dado conta.

Eficácia é: resolver problemas ainda antes de o cliente se aperceber deles! ;)

24 março 2008

Guerra de audiências

O Público resolveu incluir trackbacks nas notícias do publico.pt. Ou seja, se eu linko o Público, o Público linka-me a mim.

Agora é que vai ser, começa a guerra às audiências: linka-se o Público (coisa que até se faz de vez em quando mas começa a fazer-se mais), ganham-se links de borla, os links trazem visitantes e sobe-se a média do sitemeter! A vida é bela...

O link obrigatório

É penaaaaaaaalty!!!

Há duas formas de gritar "penalty" num estádio. Um penalty a nosso favor é saudado com um "PENAAAAAALTYYYYYY" com uma sonoridade parecida à de "GOOOOOOOOOOOOLOOOOO". Por outro lado, quando o penalty é contra nós grita-se "PENAALTY?!" (notem que as vogais duram muito menos tempo) com um ar de indignação como se acabássemos de ser invadidos por uma potência estrangeira, frequentemente seguido de um sonoro "filhodapuuuuuuuutaaaaaaa" vociferado para o árbitro ou fiscal de linha que assinalou a infracção ou então um "fodassssssssssse", olhando para o marcador e fazendo contas ao tempo que ainda falta caso o adversário o converta.

Mas esta regra não é absoluta: se o espectador seja adepto do Sporting em ambos os casos a reacção ao penalty é a segunda. Já se sabe que, independentemente de quem for chamado a tentar marcar a grande penalidade, o remate vai sair frouxo e à figura, bate no poste ou passa por cima da barra, por isso um penalty a favor do Sporting é mais ou menos como um remate que passa longe da baliza: mais um lance de perigo que se perde e a bola fica na posse do adversário.

Esta época já só falta um jogador do Sporting escorregar mesmo antes de chutar a bola e estatelar-se de costas no chão perante a gargalhada do estádio inteiro. Mas ainda faltam 7 jornadas para o fim do campeonato, mais as meias finais da Taça (e, longe vá o agoiro, a final da Taça) por isso ainda há esperança.

No sábado o Sporting nem falhou penalties durante o jogo mas é mesmo para isso que servem os empates: para dar 5 hipóteses de ver os jogadores do Sporting a falhar de seguida. Afinal, um penalty é quase golo: 9 em cada dez vezes marca-se. E falhar 3 penalties numa série de 5 é coisa que acontece uma vez num milhão. Mas como diz uma frase mais ou menos célebre que li há uns tempos, "uma vez num milhão é algo que acontece nove em cada dez vezes".



Nota para os mais distraidos: no sábado o Sporting perdeu a final da Taça da Liga contra o Vitória de Setúbal; empataram nos 90 minutos e nos penalties o Setúbal ganhou 3-2. O Setúbal falhou 2 e o Sporting falhou 3. Somam-se aos já nem sei quantos penalties falhados esta época (qualquer coisa como 8 ou 9!!!).

Manuais de instruções

Tou a ler o manual de instruções do meu carro (devo ser a única pessoa no mundo que lê manuais de instruções, mas já que tiveram o trabalho de o escrever acho que é o mínimo lê-lo). Como é habitual a qualidade dos textos é asquerosa. Desconfio que as marcas de automóveis traduzem os manuais com ferramentas de tradução automática.

A páginas tantas dou com a seguinte frase: "Ao transportar objectos volumosos, não conduza com a bagageira aberta ou entreaberta, por causa do risco da entrada de gases de escape tóxicos no habitáculo". Ah, é por isso? Um gajo leva um sofá na bagageira e não deve conduzir com a porta aberta por causa dos gases de escape! E eu a pensar que era pelo risco de queda de objectos para cima dos outros carros... afinal é só uma precaução contra o monóxido de carbono!!!

Boas intenções

No outro dia deram-me um folheto sobre a fadiga ao volante. Foi nas portagens. O papelito dava conselhos úteis, como os sinais de cansaço a que devemos prestar atenção, alertava para a necessidade de descansar, etc.

Mas se o objectivo é alertar os condutores para a importância de repousar durante uma viagem porque é que entregam o folheto à saída da auto-estrada em vez de ser na entrada? Eu bem sei que na entrada das auto-estradas só temos a máquina para tirar o ticket, que só há operadores humanos nas saídas, mas quando chego a Alverca depois de uma viagem os conselhos sobre a necessidade de descansar já não vão muito a tempo, não é? Afinal faltam-me só 15 km para chegar a Lisboa e já não há mais áreas de serviço.

Digo eu, que disto não percebo muito, que mais valia entregar os tais folhetos em cada área de serviço, fosse na caixa da bomba de gasolina, nas lojas ou no bar. A meio da viagem e portanto bem a tempo de aconselhar alguém de forma útil.

Em vez disso fiquei com mais uma folha de papel para reciclar.

21 março 2008

Educação

Em virtude dos acontecimentos que recentemente vieram a lume, com a divulgação de um vídeo amador que mostra um caso de agressão a um professor, o Ministério da Educação já reagiu.

Assim, e a partir do próximo ano lectivo, além da formação contínua sobre a utilização das tecnologias de informação ou quadros interactivos os professores vão passar a poder assistir a acções de formação sobre defesa pessoal, pugilismo e karate.

Aviso

Começa hoje a Primavera. Por isso não estranhem se virem pessoas, das mais novas às mais velhas, a comportarem-se como se tivessem as hormonas aos saltos. Provavelmente têm.

20 março 2008

350 km, 3/8 de depósito

Até ver tou contente com os consumos do carrito. Hoje fui dar uma "voltinha" de 300 km e o ponteiro desceu até meio caminho entre o meio depósito e os três quartos. Claro que ainda estou a fazer a rodagem e por isso ando devagarinho; esta média vergonhosa (uns míseros... ora, 3 vezes 9 vinte sete, noves-fora-nada... 4 litros aos 100 ou 4,5) não se deve manter muito tempo. Mas mesmo assim é animador!

De caminho, já passei uma série de marcos que são históricos na vida de qualquer automóvel:

1. Primeira chuva: foi logo que o fui buscar, chovia; tão novo e já está todo cheio de pó, parece que tem p'ra cima de 15 dias!!!

2. Primeira vez que o deixei ir abaixo: uns 15 minutos depois de ter pegado nele pela primeira vez, ao terceiro semáforo (o primeiro que era a subir). Depois disso já aconteceu mais uma meia dúzia de vezes (oh pá, o motor é mesmo pequenino, é preciso dar-lhe uma aceleradelazita, mas... tenho pena dele, tadinho!!!)

3. Primeira lomba: foi ontem à noite. Até me vieram as lágrimas aos olhos.

4. Primeira cagadela de pássado: esta noite; quando peguei no carro de manhã tinha lá uma poia de passaroco no vidro do condutor. A sorte do pássaro é que não estava por perto que tinha-o cortado às postas e alimentava a ninhada dele com os restos mortais do progenitor (sim, eu sei, às vezes dou uns toques nisso do sadismo; aprendi com o Hannibal Lecter)

5. Primeiro buraco: ontem à noite. Ainda doeu mais que a primeira lomba.

6. Primeiro carro que vejo com matrícula mais recente que a minha: hoje de manhã. Mesma marca, mesmo modelo, cor mais ranhosa (era prateado) e matrícula uns 1800 números mais à frente. Mesmo assim foi melhor que o anterior: fui buscá-lo num dia à tarde, chego ao escritório e já lá estava estacionado outro com matrícula mais recente! E agora a chegar a casa passei por outro que também é mais novo que o meu. Mas, que eu saiba, ainda tenho o carro mais recente aqui da rua.

7. Primeiro troço de estrada que me arrependi de fazer: hoje de manhã, fui pela nacional 1 e aquilo entre Aveiras e Rio Maior está uma vergonha. O piso é de cimento que com o tempo fracturou; há uns anos fizeram obras, mas em vez de substituir o piso limitaram-se a injectar alcatrão líquido para as fendas. Já está tudo partido outra vez e em vez de reparar o piso puseram uns sinais a dizer "Piso em mau estado" a cada 1 ou 2 km.

8. Primeira buzinadela: hoje de tarde; alguém que não podia mesmo estacionar 100 metros à frente (onde havia lugares disponíveis) tava a bloquear-me. Apeteceu-me fazer-lhe o que merecia o pássaro que me cagou o vidro

9. Primeiro esquecimento da antena: foi agora. Acabei de me lembrar que deixei a antena no sítio. A ver se amanhã ainda tenho antena. Ao contrário do carro anterior, se não tiver a antena não consigo ouvir a Radio Capital na maior parte dos sítios; com o outro carro não precisava de antena, ouviam-se bem quase todas as rádios, pelo menos em Lisboa.

10. Primeiro pontapé no pneu: também foi há bocado, estava a fumar um cigarro (por enquanto institui a regra de não fumar dentro do carro; pelo menos até apanhar o primeiro engarrafamento) ao lado do carro e aproveitei para dar um biqueiro ao pneu da frente. (isto do pontapé no pneu é uma coisa que só os homens entendem; para dar a ideia que sabem do que estão a falar quando falam de carros uns com os outros, dão um pontapé ligeiro no pneu, como que a verificar a pressão; claro que não interessa para nada porque não se consegue distinguir 1,5 de 1,8 ou de 2,0 atm à biqueirada, mas dá um ar de expert; é como espreitar para dentro do capot quando algo corre mal com o carro; não sabem do que estão à procura, mas procuram para parecer que sabem o que se passa e só ao fim de 2 minutos a olhar para as entranhas da viatura é que ligam para a assistência em viagem, geralmente após manifestações de irritação da companheira de viagem)

E pronto, é o top 10 das efemérides do popó novo.

19 março 2008

Cabeçalhos

Acabadinho de regressar a casa após a aquisição desse omnipresente símbolo do capitalismo que é a viatura própria, passo os olhos pelas gordas no site do Público.

Um título chamou-me a atenção: «"Êxito que está a ser vivido no Iraque é inegável", diz Bush». Um pouco mais abaixo, as notícias relacionadas têm os seguintes títulos: « Quase um quinto dos iraquianos é refugiado ou está deslocado», «150 ou 600 mil? Quantos iraquianos morreram?» e «A segunda guerra mais cara de sempre para os americanos».

Imagino que os 20% de refugiados, os familiares das 150 a 600 mil vítimas e os "tax-payers" americanos consigam negar esse sucesso sem grandes dificuldades, por isso interrogo-me qual terá sido a amostra usada no estudo de opinião que permite concluir a inegabilidade desse êxito.

Atestar custa

'da-se!!! 1,35 por litro de gasóleo??? Dói, han? Antes tinha carro da empresa, tava-me a borrifar para o preço que não era eu que pagava, mas agora largar 48 euros por 30 e poucos litros provoca dores na alma. Ó leitores deste blog que possuem viatura própria: entre Repsol, BP e Galp, qual tem o gasóleo mais barato?

A propósito: já comprei o carro. Estive até agora à espera do certificado provisório de seguro e essas trapalhadas todas. É cinzento, funciona a gasóil e tem entrada para leitor de mp3. O resto das informações acho que é secundária.

18 março 2008

A Anna

A Anna é uma fulana engraçada. Cruzei-me com ela no outro dia, fomos apresentados por outra Ana.

A Anna, a tal que eu conheci no outro dia, trabalha no IKEA. Não vale a pena irem à loja, podem encontrá-la no site do IKEA (canto superior direito)

Um exemplo de diálogo que mantive com a Anna:

Eu: Olá!
Ela: Olá, tudo bem? Tem alguma questão sobre a IKEA? Como posso ajudar?
Eu: Não, sinto-me abatido.
Ela: Sinto muito! Talvez umas compras na IKEA fossem um bom remédio! Porque não dá uma vista de olhos na página das novidades?
Eu: És muito prestável
Ela: Obrigada, é sempre bom ouvir elogios! Vamos falar sobre a IKEA!
Eu: E gira! És gira.
Ela: Muito obrigada pelo elogio! Falemos agora da IKEA!
Eu: Tens namorado?
Ela: Dedico-me exclusivamente a responder a perguntas sobre a IKEA e por isso não tenho tempo para procurar namorado. Pergunte-me algo sobre a IKEA.
Eu: Ah é? Onde vives?
Ela: Estou na Internet! Vivo na página da IKEA.
Eu: Vamos pinar?
Ela: Suponho que já se terá apercebido que eu sou um robô e não posso fazer nada disso. Mas posso falar consigo sobre a IKEA, por exemplo.
Eu: Vamos pinar!
Ela: De certeza que será muito divertido, mas eu apenas estou preparada para responder a questões sobre a IKEA.
Eu: Feia!
Ela: Sou uma assistente virtual, não tenho sentimentos nem reajo a insultos. No entanto, estou disponível para responder a questões sobre a IKEA.
Eu: Mostra-me as mamas!
Ela: Os meus criadores não me permitem mostrar o meu corpo.
Eu: Estúpida!
Ela: Não entendo porque está a usar essa linguagem comigo. Podemos continuar a falar da IKEA, por favor?
Eu: Vou-me embora.
Ela: Muito bem! Quer saber mais alguma coisa sobre a IKEA?
Eu: Não. Vai à merda!
Ela: Por favor, faça questões relacionadas sobre a loja e não se zangue comigo.

(é isto o que acontece quando se dá tempo livre aos informáticos...)

17 março 2008

Zon

Quem é Zon está On.

É este o fabuloso slogan da Zon Multimédia, anteriormente conhecida como PT Multimédia. Tá bem que quando se muda o nome e a identidade é preciso fazer campanhas maciças para que a nova imagem seja assimilada pelo público, mas... Quem é Zon está On? Quem é que inventou esta merda de slogan? Ao menos venham a público dizer que não pagaram pelo slogan, que foi de borla e que a cavalo dado não se olha o dente.

Já agora, deixo-vos umas sugestões de novos slogans para a Zon multimédia, que podem usar no futuro e nem sequer têm de pagar nenhuma fee criativa (mandem-me só um mail a avisar, faxavor). Só é preciso mudarem outra vez o nome da empresa (mas também Zon não é grande nome...):
- Zin: Quem tem Zin está In
- Zout: Se não tens Zout estás Out
- Zoff: Mete Zoff para não ficares Off
E esta, ao melhor estilo da agência publicitária de Chelas:
- Zalho: Instala esta m"#$% ou então vai p'ó ca#$%*&

Mas se fizerem questão em manter o nome de Zon, que tal:
- Zon: A net do Camón
- Zon: Uma velocidade do colhón
- Zon: A net a bombar que é uma curtiçón
- Zon: TV, net e telefón

13 março 2008

Smart choice

Se hoje virem um daqueles Smarts todos pintados com publicidade dêem-lhe uma buzinadela. Se calhar sou eu. Aluguei um Smart por um dia, que já estou farto de transportes públicos. Pelo menos até ter carro próprio, sempre que precisar de me deslocar para fora do centro da cidade alugo um Smart e tá a andar.

Coisas a lembrar quando se conduz um Smart:

1. O carro não tem embraiagem, por isso o pé esquerdo fica muito sossegado em posição de descanso. É de evitar carregar na embraiagem que não existe porque o mais certo é embraiar o travão que existe e bate-se com a testa no pára-brisas. Já me aconteceu, da primeira vez que conduzi um carro de caixa automática.

2. A caixa é sequencial mas lenta como o raio. Nada de picanços nos semáforos, a não ser com outros Smarts.

3. Em qualquer sítio onde caiba um carro atravessado cabe o Smart ao comprido. Estacionei-o à porta de casa em meio lugar de estacionamento, que é logo para começar a meter nojo.

Das duas, uma

Uma acessora da campanha de Hillary Clinton demitiu-se depois de dizer que Obama só chegou tão longe na campanha por ser negro. E ainda acusou a comunicação social de o ajudar por serem machistas.

Bom, podíamos dizer também que Hillary Clinton só chegou tão longe por ser mulher e que a comunicação social estáa levá-la ao colo por ser racista.

12 março 2008

Nacionalismos

Os nacionalistas existem. É um daqueles factos da vida. Existem os nacionalistas, tal como existem as micoses e os aumentos de impostos. Não estou aqui a querer comparar os nacionalistas a micoses ou a aumentos de impostos, foi só para dar um exemplo de coisas que existem. Também existem arco-íris, só que não me lembrei de escrever que os nacionalistas existem tal como existem os arco-íris.

Existem e andam aí. Há grupos organizados de nacionalistas e tudo. Alguns até raparam o cabelo todo, não sei se será por questões de higiene ou coisa assim. Pelo que li não sei onde na segunda guerra mundial rapava-se o cabelo todo aos prisioneiros dos campos de concentração para evitar os piolhos. Também não estou a tentar com isto dizer que os nacionalistas têm piolhos ou que deixam de os ter, ou a compará-los com os prisioneiros dos campos de concentração até porque acho que eles não gostam.

E alguns grupos de nacionalistas gostam de usar a sua liberdade de expressão escrevendo grafitis em paredes. Não tenho nada contra a liberdade de expressão, mas preferia que usassem, por exemplo, folhetos que se podem mandar fora, em vez de pintar paredes que aquilo até é chato de limpar. Também neste caso, e para que fique bem claro, não estou a dizer que deitaria os panfletos dos nacionalistas todos fora ou de qualquer outra forma a comparar a sua literatura com lixo. É só para fazer o paralelo com as paredes, que não dá jeito deitar fora.

Outra característica que é comum encontrar entre os nacionalistas é um orgulho exacerbado na pátria. Têm orgulho de Portugal, da história de Portugal, do povo português, da língua de Portugal, da bandeira de Portugal, do hino de Portugal. Também com este parágrafo não estou a querer insultar de algum modo o meu país ou os seus símbolos nem de algum modo a criticar o orgulho que se pode sentir em ser português. Sou português, gosto de Portugal, gosto da língua que falo, não queria ser de outra nacionalidade, identifico-me com a bandeira e até sei a letra do hino toda.

Mas hoje vi um grafiti que dizia "brazileiros fora de Portugal", que eu presumo tenha sido feito por algum nacionalista. Mas se não foi, desde já peço desculpa pela minha assumpção que denota algum preconceito contra nacionalistas. Eh pá, não me levem a mal os nacionalistas que eventualmente leiam o Ó Faxavor, que não tou aqui para ofender ninguém, mas não podiam ao menos escrever "brasileiros fora de Portugal"? É que em português, seja em português de Portugal ou em português do Brasil, escreve-se Brasil e não Brazil e como consequência, escreve-se brasileiro e não brazileiro.

É que acho que fica um bocado mal, num grafiti nacionalista, mandar uma barda deste gabarito. Suscitam a risota alheia (os brasileiros que lerem aquilo são capazes de achar piada) e ninguém os leva a sério.

Um destes dias arranjo um spray de tinta preta e vou lá corrigir o grafiti.

Nota: Não vale a pena corrigir as bardas deste post. Eu sei que mando bardas em português, algumas intencionais, outras não. Só acho incoerente mandar bardas em português quando se sente tão superlativo orgulho na pátria ao ponto de a querer preservar só para aqueles que são parecidos consigo, segundo uns quaisquer critérios de nacionalidade de difícil justificação (sobretudo se considerarmos que, por exemplo, os brasileiros são todos descendentes de portugueses e portanto também são portugueses num certo sentido).

Nota para nacionalistas irados que tenham aqui caído de pára-quedas sabe-se lá porquê: não estou interessado em discutir idiologias nacionalistas nem em entrar em argumentações sobre questões relacionadas com fronteiras, vistos de residência e trabalho, emprego ou a falta dele, herança genética, diferenças biológicas ou de outro tipo entre as várias etnias, etc. Se se sentirem ofendidos pelo teor deste post basta um comentário a dizer "Olá, eu sou o (escrever nome), sou nacionalista e fiquei ofendido". Se quiserem até podem assinar como anónimos que eu não me chateio.

11 março 2008

Desta não caio!!!

Quando o Fernando Santos veio para o Benfica eu fiquei um nadita preocupado. Estava todo contente porque uns dias antes a imprensa andava a falar em Carlos Queirós, notícia prontamente negada pelo Benfica e pelo próprio. E eu pensei "Bom, se eles se despacharam tanto a desmentir, então deve ser verdade". Acreditei que Fernando Santos era só um nome atirado ao acaso para despistar enquanto o Benfica negociava com aquele que viria a ser o seu novo treinador, Carlos Queirós. E eu tremia de expectativa, antecipando tempos gloriosos. Mas isto não se confirmou e foi mesmo o Fernando Santos que foi contratado.

Agora que Camacho saiu a imprensa já fala, novamente, em Carlos Queirós. Mas desta vez não caio na esparrela, que bem sei que me andam a enganar. Entre os nomes apontados hoje no Público houve um que me vez tremer, mas não pelas melhores razões. Foi um tremer apavorado só de pensar nisso. E esse nome é... Peseiro.

Pois é, caros benfiquistas que me lêem, temo que seja mesmo este senhor o nosso próximo treinador. Adeptos dos outros clubes, podem começar já a fazer pouco. Contra factos não há argumentos e com Peseiro a treinar a equipa vou começar a sair de casa com a cara coberta, por vergonha.

Bonificações

Uma pessoa faz um seguro automóvel. E à medida que o tempo passa, desde que não tenha acidentes, vai acumulando bonificações. Já no seguro de vida a situação é ao contrário: quanto mais tempo passa sem morrer, maior o risco de isso vir a acontecer. Por isso, em vez de bonificações há agravamentos.

Invenções que fazem falta

Há inúmeras coisas que já deviam ter sido inventadas há que tempos e ainda não foram. Já aqui falei de algumas delas, mas sinceramente nem me lembro quando, e ontem lembrei-me de outra, de vital importância para a nossa sociedade, à espera da primeira mente capaz de o fazer. Falo, como já devem ter percebido, da mesa de jantar sem pernas, que resolva de uma vez por todas o problema de haver zonas da mesa de jantar onde não dá jeito que as pessoas se sentem. Não me interessa como o fazem. Seja uma mesa suspensa por cabos de aço, seja uma mesa que levite magneticamente, seja uma mesa que se sustém a flutuar por conseguir ser mais leve que o ar, não interessa bem como o fazem, mas façam-no. A humanidade necessita urgentemente que as pessoas não tenham de ficar sentadas desconfortavelmente por causa das pernas da mesa de jantar.

10 março 2008

Sexualidade saudável

A melhor forma de ter uma vida sexual saudável e satisfatória é através da abstinência. Claro que não é bem isto que é defendido por algumas religiões, mas percebe-se a confusão...

Han?

Há coisa que não dá para explicar.

Nomeadamente, o que passou pela cabeça de quem legendou esta canção, com uma tradução fonética para inglês.



(obrigado Ana Rita)

Lógica infalível

Ela: tens um pelo branco na barba.
Eu: pois, é o que tu me fazes.
Ela: sim, tá bem.
Eu: a sério! Fazes-me envelhecer.
Ela: ...
Eu: Que idade é que eu tinha quando me conheceste?
Ela: 28.
Eu: E que idade tenho agora?
Ela: 31.
Eu: Lá está!

(é com truques destes que ainda vou ganhando algumas discussões cá por casa)

Cam(bal)acho

Bazou. Deu de frosques. Pirou-se.

Por um lado, agora que a merda já estava feita, mais valia ficar e fazer melhor para o ano que vem. Por outro lado, dá dó ver a equipa jogar assim.

A única coisa que continua a alegrar os meus fins de semana são os resultados do Sporting (estão tão mal que em sinal de respeito escrevo o nome do clube correctamente). Hoje até vou ver o jogo do Belenenses, na esperança que os lagartos caiam para sexto (o Belenenses está só dois pontos atrás). Se isso acontecesse era algo único: perder 3 posições no campeonato em três jornadas: eram terceiros à jornada 19, quartos à jornada 20, quintos à jornada 21 e arriscam-se a passar para sextos à jornada 22. E ainda não despediram nenhum treinador esta época! A coisa tá bonita, lá isso está.

07 março 2008

Injustiças

Ainda bem que ontem não pude ver o jogo. Ainda bem, que só me tinha enervado. Parece que não jogámos um peido e ver o Cardozo ser expulso aos 8 minutos não é uma boa maneira de começar a eliminatória. Só perder 2-1 até foi o mal menor.

Na verdade só não pude ver a primeira parte. Se quisesse podia ter visto a segunda, pelo menos a partir dos 20 minutos, mais ou menos. Até tentei, mas só consegui resistir durante 5 minutos. Depois achei que empregava melhor o meu tempo a ver Dexter. E não me enganei.

PS: a brincar, a brincar, e apesar de estarem apenas em quinto lugar, os lagartos são o único clube português que ainda está em todas as frentes. Bom, no campeonato só lutam por um lugar de acesso à Champions e não pelo título, mas mesmo assim continuam na luta. Vamos a ver se não lhes acontece o mesmo que em 2004, em que conseguiram em apenas 1 semana perder o campeonato, a taça de Portugal e a Taça UEFA.

Roda viva

Isto de estar desempregado dá muito trabalho! Tenho passado os dias a correr de um lado para o outro, sem tempo para quase nada... raios, preciso mesmo de um carro. Só em transportes desperdiço umas boas duas horas diárias...

05 março 2008

Rapidinha

Só uma coisinha, muito rápida, antes de ir dormir.

Instalei o Google Desktop, aquela coisa jeitosa que dá para pôr tralha na barra lateral do ecrã assim com coisas úteis e outras que nem tanto. Mas como tenho 22" de desktop para esbanjar, tenho espaço de sobra.

Uma das tralhas que acrescentei foi o estado do tempo. É um bonequinho pequenino, que me diz que agora está sol (confirmo) que a temperatura actual é de 15ºC, a mínima é de 12ºC e a máxima é de... 13ºC. Vá-se lá confiar nestas merdas para decidir se se leva casaco ou não...

Vantagens/Desvantagens

Tou com sono, não me apetece fazer nada. Se ainda estivesse a trabalhar, provavelmente ia passear na net, de página em página, eventualmente iria encontrar algo digno de nota e escrevia um post sobre o assunto. Como já não estou a trabalhar, vou dormir a sesta! Benesses do desemprego!

04 março 2008

Aviso

Tá vento. Muito vento. Deve estar a chegar uma tempestade. Avisam-se todos os proprietários de sítios que têm o mau hábito de parecer a Atlântida quando chove o favor de começarem já os trabalhos de remoção de coisas que se estraguem com a água. Pelo sim, pelo não...

Target

Ao pé de minha casa há carros estacionados. Bom, dizer que há carros estacionados é um eufemismo. Há muitos carros estacionados. Há carros para todos os gostos: carros pequenos e carros grandes, carros caros e carros baratos, carros velhos e carros novos. Há carros de todas as marcas, de todas as cores. Acho que já deu para perceber a ideia.

E hoje quando estava a chegar a casa reparei que muitos carros, quase todos por sinal, tinham um papelito preso ao limpa-vidros. Ao limpa-vidros traseiro por sinal. O papelito dizia "compro carros a partir de 10 anos". E depois tinha o número de telemóvel para onde ligar caso o proprietário do carro estivesse interessado em vender. E aqui reside a questão. Para já, os papéis estavam presos ao limpa-vidros traseiro, onde não são tão notados como no limpa-vidros da frente. Mas além disso, o pormenor que me fascinou, foi o facto de os papéis estarem colocados, todos sem excepção, em carros novos. Carros com 6 meses, carros com 1 ano, carros com dois anos, 3 anos no máximo. E olhem que havia muitos carros velhos por onde escolher! Mas nenhum desses tinha o dito papel preso ao limpa-vidros traseiro. Nem ao dianteiro, que eu fui dar a volta ao carro a espreitar.

Porque haverá um negociante de carros velhos anunciar-se apenas em carros novos? Será um investimento para o futuro? Contará ele que os proprietários irão guardar o papel durante anos a fio até terem vontade ou necessidade de vender o seu carro, na altura já um chaço, e o contactem? Não seria mais eficaz limitar a sua publicidade a carros com uma idade próxima dos tais 10 anos que o senhor anuncia como idade mínima? Pelos vistos o senhor em questão acha que a melhor forma de promover um negócio de compra de carros velhos é fazer-se anunciar junto de proprietários de carros novos.

Vá-se lá perceber...

Diferenças

Entre andar de carro e andar de transportes há muita coisa que é diferente. A começar pelo meio de transporte, mas isso parece-me óbvio. As alterações de percurso também não justificam o trabalho de escrever sobre o assunto.

Mas há diferenças, e notórias, nas pessoas. Nos seus hábitos, na forma como se relacionam.

Por exemplo, no automóvel as pessoas ouvem rádio ou CD, ao passo que nos transportes ouvem o leitor de mp3. Há excepções, claro, e há quem ouça mp3 no autorádio do carro e há quem ande de transportes a ouvir rádio ou a ouvir música em CD (ainda há discman?!).

Nos transportes as pessoas lêm um jornal de distribuição gratuita. Pegam num exemplar e levam-no consigo. E vão lendo ao longo da viagem. Os automobilistas, não. Não têm de ir buscar o exemplar, ele é entregue em mão pela janela do carro e não se limitam a pegar num exemplar. Levam um de cada. E acabam por não os ler, limitam-se a passar os olhos pelas gordas, porque o ritmo dos semáforos não o permite.

Contudo, apesar de todas as diferenças, há semelhanças. Uma delas é o aparente gosto pelo risco.

Os automobilistas arriscam um bocado e queimam semáforos vermelhos para tentar parar um pouquinho mais à frente. Com isto não estão a ganhar tempo (o minuto que "ganham" vão perdê-lo no semáforo vermelho seguinte), mas há a sensação de ganho. Nos transportes as pessoas arriscam de forma diferente: correm para o autocarro, chegando a atravessar a rua sem olhar para os dois lados, tentam entrar no metro ou comboio quando as portas já se estão a fechar, arriscando uma valente cabeçada no vidro, para tentar apanhar este autocarro, metro ou comboio em vez do seguinte. O automobilista arrisca um acidente pela ilusão de ganhar 1 minuto. O utente de transportes públicos arrisca-se por um ganho real de 5, 10 ou mesmo 15 minutos. Que depois desperdiça na fila das finanças ou do super-mercado.

Ontem vi um indivíduo (a palavra indivíduo quando usada assim, para nos referirmos a uma pessoa genérica, não identificada, é um bocado parva, mas para o efeito serve) a arriscar uma cabeçada ou um entalão, não para entrar no Metro, mas para sair. O metro pára no Marquês e o indivíduo (lá está outra vez a palavra) só quando as portas já fechavam é que se lembrou que queria sair ali. Largou a correr que nem uma bala e passou pelas portas da carruagem numa cena que fazia lembrar a tentativa do Indiana Jones de recuperar o chapéu quando não sei o quê se estava a fechar.

O que leva as pessoas a arriscarem-se por tão pouco? Concordo que tempo é dinheiro, mas não vale tanto dinheiro assim. E por poupar 5 minutos não me aparece um euro na carteira por artes mágicas. É só uma força de expressão e cai por terra quando as pessoas se atropelam por 3 minutos que depois desperdiçam utilizam a ver uma telenovela ou a fazer o sudoku no jornal do café.

Sempre me intrigou o facto de as pessoas correrem riscos parvos por tão pouco. Ficar entalado entre as portas do metro não é agradável. Só a ideia de ficar preso dá vontade de seguir para a estação seguinte e apanhar outro metro no sentido inverso.

E eu acho que a conclusão está directamente relacionada com esta notícia. A malta tá deprimida, vai ao médico e começa a tomar comprimidos. Os comprimidos não funcionam e continuam deprimidos e sem vontade de viver. E por isso, para tentar apanhar um autocarro, atravessam uma via rápida sem olhar para os dois lados, tentam saltar para dentro de uma carruagem por uma fresta de 30 cm e que se está a fechar, ou passam a 70 km/h por um semáforo que já está vermelho há 5 segundos sem reparar que os carros da outra rua já começaram a andar.

Boas ideias

O site do dia chama-se Transporlis. Digam-lhe de onde para onde querem ir (dentro da Grande Lisboa), se querem o percurso mais rápido ou com menos transbordos, a que horas querem começar e o site dá-vos o trajecto a seguir. Quais os transportes, qual o tempo de espera, qual o preço do bilhete... é uma grande ideia, sim senhor! Vai já para os bookmarks.

03 março 2008

Dia 1

Primeiro dia de "desemprego". Dia calminho, com pouco que fazer.
É dia de pôr o e-mail em ordem, arrumar coisas pendentes cá em casa (pendentes no sentido figurado, não estou a falar de objectos dependurados) e sair para almoçar com amigos.

Da parte da tarde: fazer compras e começar a instalar coisas em falta no computador. Ah, e importar o bookmarks, que isto de ter de escrever os endereços dos sites à mão não dá jeito nenhum.

Volto já.