30 abril 2007

Actualidades

Como já estava cansado de não fazer nenhum (fiquei o dia todo em casa e soube tãaaaaao bem!) resolvi abrir o site do Público para ver o que se passa no país e no mundo.

A primeira notícia era sobre a UnI, claro. Parece que a PGR vai abrir uma investigação.

O que me chamou a atenção não foi a notícia sobre a UnI, que ultimamente temos tido disso em quantidades obscenas. O que me chamou a atenção foram as outras três notícias relacionadas cujos títulos são os seguintes:
- UnI acusa Inspecção-Geral do Ensino Superior de parcialidade na investigação
- Inspecção-geral acusa Independente de obstruir investigações aos processos de alunos
- Mariano Gago acusa direcção da Universidade Independente de “irresponsabilidade”

É meio caminho de lado nenhum (como os outdoors que agora andam por aí): toda a gente acusa alguém de qualquer coisa. É bom viver em Portugal, um país em que as pessoas aceitam as responsabilidades pelos seus actos e não arranjam bodes expiatórios.

Perdoem-me a pergunta estúpida

mas porque raio é que não se trabalha no Dia do Trabalhador? Que homenagem é essa aos trabalhadores se toda a gente fica de papo para o ar sem fazer nenhum? Isso não seria mais apropriado para um Dia do Latifundiário Esclavagista ou coisa no género?


PS: eu sei que a piada de não se trabalhar no Dia do Trabalhador é velha e tal, mas hoje acordei com uma tal preguiça que até ver as notícias para ganhar inspiração está a custar...)

PPS: Por outro lado, escrevi Dia do Trabalhador com maiúscula e isso tem o seu valor.

Resumo dos principais eventos

A primeira coisa que se faz quando se volta de férias é tentar pôr-se a par das principais notícias. Eu já preparei um resumo com os eventos mais importantes dos últimos dias: no sábado o Boavista ganhou ao Porto; ontem o Benfica empatou com o Sporting.

E pronto, pelo que percebi, não se passou mais nada digno de nota.

Boltei!

Boltei, boltei, boltei de lá.

Aaaaaaaah, que bem que soube! 5 diazinhos no meio do nada (eu ia dizer no Cú de Judas mas parece que já existe uma aldeia chamada Cú de Judas, algures na ilha de S. Miguel), a dormir q.b. e a fazer muito pouco quando estava acordado.

Onde? Aqui. Recomendo o passeio para quem gosta de:
a) Vacas
b) Cabras
c) Calhaus
d) Geradores eólicos

É aconselhável levar um portátil e uns DVD para entreter à noite, senão pode ser um nadita aborrecido... Ah, e levem roupa quente! Antes de ir perguntei como era o tempo e disseram-me que "as noites eram frescas". Azar dos azares, a temperatura resolveu descer precisamente no dia em que arranquei. Tava um frio que não se podia e eu muito pouco prevenido para tal.

25 abril 2007

Dessa água não beberei

Último post antes de ir de férias; é grandito, mas vão ter uns quantos dias para o ler... ;)

Eu não gosto de provérbios. Em geral porque têm muito pouca informação factual e não fundamentam as suas alegações. Por exemplo, "em casa de ferreiro, espeto de pau"; nunca ninguém apresentou uma estatística credível sobre a percentagem de ferreiros que usa espetos de pau. Eu nem sequer sei se ainda há ferreiros! Ou "cão que ladra não morde" o que é de certeza mentira em muitos, muitos casos. Eu conheço um: o cão ladra que se farta enquanto não conhece as pessoas e, apesar de ser, em geral, pacífico e meiguinho, já houve umas excepções que decerto vos mandarão à merda se lhes disserem que cão que ladra não morde.

O provérbio de hoje é "Nunca digas 'dessa água não beberei'". Ainda por cima, este provérbio é parvo porque como tem uma citação dentro do provérbio tenho de usar aspas e plicas, o que confunde toda a gente menos os informáticos. E isso dá logo um aspecto geek ao post que era escusado.

O provérbio ensina-nos que não se deve dizer "Dessa água não beberei" porque acabamos todos por beber dessa água de que desdenhámos (também há um provérbio que diz que quem desdenha quer comprar, o que é mentira; uma vez tentei vender um carro e um gajo disse "quanto?! por esse chaço?" e não queria mesmo comprar o carro, estava só a desdenhar, mas sem intenção nenhuma de comprar e ainda por cima mandou-me para um determinado sítio feio; bom, voltemos à água, que é o que nos interessa hoje).

Será que este provérbio faz algum sentido? Será que quando alguém diz "não beberei dessa água" está enganado e irá beber parte dessa água mais tarde na sua vida?

Penso que esta questão é de importância vital para a sobrevivência a longo prazo da humanidade e devíamos investir um pouco do nosso tempo a desvendar a resposta.

E foi exactamente isso que eu fiz, até porque tinha outras coisas para fazer mas não me apetecia. A primeira coisa a saber é: quanta água há no planeta Terra.

A resposta a essa pergunta deixou-me logo mal disposto. Depois de muito blá, blá, blá que não me apetecia muito ler, lá encontrei um número em unidades de gente: 1360 milhões de km^3. O que assim de repente parece-me bué. Parece, mas não é. É que o nosso planeta tem mais ou menos um milhão de milhão de km^3. Ou seja, aqueles mil milhões de km^3 são só um milésimo do volume deste chaço (mais coisa menos coisa, é só para dar uma noção de perspectiva). Basicamente se fizéssemos um cubo com um vértice em Lisboa, outro em Andorra e outro em Londres (o quarto vértice ficaria algures no Oceano Atlântico) e com 1000 km de altura (o que nem é muito! é pouco mais que o limite superior da atmosfera; ou, se preferirem cavar um buraco em vez de erguer um cubo, menos de 1 sexto do raio do terceiro calhau a contar do Sol). Se preferem coisas mais redondas, dava para pôr a água TODA do planeta numa esfera com uns míseros 600 km de raio (o que nem chega para ultrapassar o tamanho do núcleo interno!).

Ou seja, nem é assim tanta água. E explica porque raio o planeta se chama Terra em vez de Água. Tá bem que a maior parte da superfície é água, mas isso é porque os calhaus são mais pesados e vão ao fundo! Ora, se a água é pouca (e andam sempre a dizer-nos para poupar água e tal), é natural que um gajo que diga "Dessa água não beberei", venha a bebê-la mais tarde ou mais cedo. Sobretudo, porque há aquela coisa do ciclo da água e a modos que a água que vemos passar no Tejo (ou no Douro, pronto, ou noutro rio qualquer que eu hoje não quero excluir ninguém) vai parar ao mar, depois evapora, chove, volta ao rio e ao fim de umas quantas tentativas algumas dessas moléculas hão-de jorrar da nossa torneira. Ou pelo menos assim eu pensava. Sobretudo porque nós bebemos p'raí um litro de água por dia, 365 dias por ano, uns 60 ou 70 anos de esperança média de vida... bem, havia de ser uma grande sorte não repetir umas moléculas durante a vida!

Acontece que o ciclo da água é um bocadito demorado; só um geólogo ou astrónomo ou assim é que pode achar que o ciclo da água é um fartote de animação (são os únicos gajos capazes de classificar como rápido um fenómeno que demora um milhão de anos). Ao que parece a água fica nos oceanos uns belos 3 ou 4 mil anos antes de voltar a evaporar (3 ou 4 mil anos na perspectiva de um geólogo ou astrónomo é mais ou menos como um Fórmula 1 visto por uma preguiça).

Ainda para mais, o nosso litro de água diária, ou que sejam dois, vá lá, já a contar com a água que ingerimos nos alimentos, dá uns míseros 50 mil litros de água durante a vida toda. Os mil milhões de quilómetros cúbicos de água do planeta são... mil milhões de milhões de milhões de litros de água (1018 se gostam dessa coisa das notações com numerozinhos em cima). Repetir nem que seja uma moleculazita... já vai ser uma sorte, não?

Ou seja, um gajo vê um rio e tal e diz "Dessa água não beberei". E provavelmente tem razão. Não irá beber essa água. Até podem ir mais longe, encher um copo de água no lava-louça, dizer "Desta água não beberei" e despejá-la pelo cano. O mais certo é nunca mais verem aquelas moléculas na vida. Este provérbio é estúpido.

Mas fico muito mais descansado. É que sempre tive problemas de consciência com a questão da poluição das águas e afinal parece que se estraçalharmos o mar todo o pior que nos pode acontecer é o aquecimento global, não é cairem postas de crude em vez de água quando chove; ainda temos uns milhares de anos de transporte de substâncias esquisitas em barcos grandes antes de começar a chover coisas desagradáveis e peganhentas.

24 abril 2007

Merda de dia. Ou dia de merda, como preferirem

Às vezes acontece. Hoje foi um dia de merda. Pode ser que a coisa melhore agora que o dia está quase a acabar. As férias vão-me fazer bem, lá isso vão.

23 abril 2007

Sondagem de férias

Agora que tou quase a ir de férias (apesar de ser por pouco tempo) tenho curiosidade em saber como vão ocupar o tempo que costuma ser ocupado a ler o Ó faxavor. Portantos, a modes que já troquei a sondagem (se por acaso lês isto e ainda não troquei a sondagem é porque tiveste a pontaria de aparecer aqui nos 30 segundos que se passam entre clicar no botão "publish" e alterar o template do blog; parabéns, és o meu heroi!).

Em relação à sondagem anterior há umas quantas conclusões interessantes:
a) a maior parte dos leitores do Ó faxavor! tá-se nas tintas para as directas do CDS-PP. Apesar disso, houve maior percentagem de votantes a emitir opinião (que não seja o tar-se nas tintas) que o resultado do CDS-PP nas últimas legislativas.
b) entre os que não se estão nas tintas há mais gente contra o Portas que a favor; apesar disso Paulo Portas ganhou com 70% dos votos o que quer dizer que ou os leitores do blog não são militantes do CDS-PP e apesar disso não se estão nas tintas (o que é notável!) ou são militantes do CDS-PP, marimbaram-se para a eleição propriamente dita mas não para a sondagem (poderão ter ficado confundidos e achar que a sondagem no Ó faxavor ERAM as directas; tratando-se de militantes do CDS-PP, não admira muito)
c) entre a família, amigos e apoiantes do Ribeiro e Castro ninguém lê o blog ou ninguém conseguiu clicar no botão "Vote". Mais uma vez, são militantes do CDS-PP, portanto...

Opiniões oficiais e oficiosas.

Morreu Boris Ieltsin. Pelos vistos tinha problemas cardíacos, embora fossem muito mais famosos os seus problemas alcoólicos (sim, o homem morreu, mas não é por isso que deixa de ser um bebedolas, pois não?)

Mikail Gorbatchev disse sobre Ieltsin que tomou grandes decisões mas também cometeu erros graves. Esta é a versão oficial. É o mais próximo de "simpático" que Gorbatchev conseguiu ser.

A versão não oficial é que terá dito qualquer coisa como "bem feito, bêbado d'um raio!". Depois terá aberto uma garrafa de champagne, bebeu um copito, entornou o resto e disse "Quando o chão absorver este champagne podes bebê-lo todo!". Finalmente recompôs-se, respirou fundo, parou de rir e falou à imprensa, expressando as suas condolências à família do ex-presidente russo.

Segundas-feiras

É mesmo segunda-feira. De cada vez que pego em qualquer coisa de jeito para fazer o telefone toca. Ainda por cima, só me saem duques...

Esquerda, direita

Em frente, marche!

Para gáudio da esquerda Paulo Portas conseguiu ganhar a liderança do seu ex-ex-partido nas directas de sábado.

Lesões

Estes fins de semana têm sido uma loucura. E como dizia o António Variações, quando a cabeça não tem juizo, o corpo é que paga. No outro fim de semana foi por causa do futebol: o domingo todo a jogar à bola, fiquei todo partido.

Este fim de semana voltei à carga, numa série de emotivos jogos de futebol, 11 contra 11. Mas curiosamente não me doem as pernas. Só me doem as mãos e tenho uma bolha no polegar.

(se calhar devia dizer que não se tratou de um jogo de futebol a sério, mas sim uma tarde inteira a jogar matrecos...)

Assim não vais lá

Um gajo achou que a vida não merecia ser vivida. Como ele, há muitos. Vai daí, resolveu suicidar-se. E, talvez procurando na morte a notoriedade que não teve em vida, resolveu fazê-lo num sítio que garantisse a cobertura mediática: atirou-se da Ponte 25 de Abril.

Claro que quanto maior a audiência, maiores também os ecos do seu fracasso: atirou-se à água (teria sido muito mais eficaz atirar-se para o chão de Alcântara, embora no fim o resultado fosse mais badalhoco, com o âmago do seu ser espalhado ao comprido na Av. 24 de Julho) e, como entrou de pés, apenas partiu uma costela. Foi levado ao hospital e está livre de perigo.

A única coisa pior que admitir que fracassou na vida e tentar terminá-la é fracassar nesse último projecto. É o derradeiro fracasso. Nem para morrer teve jeito. Ainda por cima com o mundo todo a olhar. Ou pelo menos com a redacção do Correio da Manhã a olhar, a notícia saiu na edição de hoje, lá p'rá página 12.

Meu caro, se me estás a ler, deixo-te 2 conselhos:
1. Já que fracassas em tão grande escala nos teus projectos, começa a tentar fracassar na vida profissional, pode ser que a coisa comece a correr bem (mais ou menos como o George Costanza no Seinfeld que às páginas tantas começou a tentar fracassar em toda a linha e o sucesso veio ter com ele, quer na vida profissional, quer na vida pessoal).
2. Da próxima vez que te atirares da ponte, tenta entrar de chapão. É capaz de doer mais (mas não é mesmo esse o objectivo?) mas as probabilidaes de sucesso são maiores. De pés não vais lá.

20 abril 2007

Eu fico!

Diz Paulo Portas que fica no partido, seja qual for o resultado da eleição de amanhã. Não querendo criar polémicas, que tenho pouca pachorra para elas e nem sequer sou simpatizante do partido, lembro-me de um slogan igual, há 6 anos, dito pelo mesmo protagonista. Portas, candidato à Câmara Municipal de Lisboa em 2001 tinha um cartaz que dizia, em letras garrafais, "Eu fico". E ficou. No parlamento, que parece que o ordenado é melhor. Enfim, campanhas...

Pub

Hoje e amanhã, às 22h, no grande auditório do ISCTE, o maior intervalo do mundo. 6 horas de publicidade! Já fui umas quantas vezes e definitivamente vale a pena. Hoje também vou, em princípio. Alguém quer ir?

(interessados? bilhetes à venda na FNAC Colombo e Chiado, 15 euros)

Dabliu

E mais um.

Ouvi falar deste também nas Bolas com Creme. E depois saquei o vídeo a partir daqui.

Se não quiserem clicar no link (mas era simpático se o fizessem), carreguem no play, prontos.

Árveres

Ouvi ontem nas Bolas com Crene da Antena 3 e nem queria acreditar. Com vídeo ainda é melhor!



Será Testemunha de Jeová?

Jantar de curso

Ontem houve jantar de curso. Eu ainda apareço nessas coisas, de vez em quando. Tem uma certa piada. Cada vez conheço menos pessoas, mas continuo a conhecer a maior parte dos mais velhinhos.

A parte engraçada deste jantar foi o facto de não ter sido num restaurante. A receita é boa, tomem nota:
Ingredientes:
- um jardim, de preferência no campus da faculdade
- vários pacotes de batatas fritas (dezenas)
- muito pão (quilos e quilos de pão)
- garrafas de bebidas (umas quantas paletes de sumos, cola, etc.)
- um barril de imperial (e a respectiva máquina)
- muito vinho (desconheço a quantidade, mas deve ser muito)
- salada q.b.
- um porco
- um assador
- alguém para assar o porco e cortá-lo aos bocadinhos

No fim de contas acho que aquela malta comeu o porco quase inteiro. E olhem que não era muito pequeno.

Sonhos

Há quem acredite que os sonhos têm um carácter premonitório. Eu pessoalmente não. Mas esta noite sonhei que andava a conduzir na auto-estrada (pelo que percebi devíamos estar a fazer uma viagem para a Holanda ou o raio que o valha). Bom sei que sonhei que tinha sido apanhado pelo radar a uns 210 km/h no Luxemburgo. E como não acredito em sonhos premonitórios pelo menos nas próximas semanas vou andar calminho e a respeitar os limites. Só pelo sim, pelo não. É que se por acaso apanhar uma multa entretanto ainda começo a duvidar do meu sistema de crenças e isso é uma chatice.

(até hoje nunca fui multado, e não foi por não tentar, não costumo ser muito rigoroso no cumprimento dos limites de velocidade - caso não tenham percebido, isto é um eufemismo; a única multa em meu nome foi uma de estacionamento, há uns 6 ou 7 anos, e nem fui eu que estacionei mal o carro, foi o meu irmão)

19 abril 2007

Eh pá, assim não brinco!

Lembram-se das Testemunhas de Jeová?

A maior parte dos leitores não terá acompanhado essa saga, por isso vamos fazer como nas telenovelas e começamos pelas cenas dos episódios anteriores. Naturalmente, como nas novelas, se não quiserem ler as cenas dos episódios anteriores e saltar logo para o episódio de hoje não há grande problema, o enredo não é complicado, ficam a par da história num instante (embora, e ao contrário das novelas, acho que vale a pena perder uma horita a ler os posts e os comentários que se lhes seguiram).


Cenas dos episódios anteriores (isto passou-se tudo em Novembro):
O trailer (este é curtinho)

O post da polémica que critica o marketing das Testemunhas de Jeová (muito, muito grande, mas pelos vistos os leitores acharam que valia a pena ler até ao fim). Entre vários comentários de leitores habituais, começaram a aparecer comentários de Testemunhas de Jeová. Um leu a coisa como devia ser lida, os outros sentiram-se ofendidos, o que teve, obviamente, muito mais piada!

O folheto que originou o primeiro post (cortesia do Fausto). Neste ponto comecei a ter comentários de gente ofendida todos os dias (pesquisando no Google alguns termos relacionados com as Testemunhas de Jeová o Ó Faxavor! aparecia em primeiro lugar)! Diverti-me imenso, claro.

O meu portátil foi roubado. Por coincidência, nessa semana roubaram-me o computador. O que vale é que um dos mandamentos é "Não roubarás", senão ainda pensava que tinha sido alguém ofendido pelos posts anteriores. Tive várias mensagens de conforto, mas tive uma que tocou fundo no meu coração: uma Testemunha de Jeová que se deu ao trabalho de rejubilar com a minha desventura! Fiquei comovido, a sério.

Hate mail: a minha resposta a tantos quanto me insultaram, ameaçaram, ou de outra forma tentaram incomodar, ignorando que receber uma ofensa como troco a um post ofensivo é um grande elogio que me fazem e não me incomoda minimamente.


Agora que acabaram as cenas dos episódios anteriores, bora ao episódio de hoje.

Atão não é que volta e meia continuo a receber comentários a esses posts de Testemunhas de Jeová ofendidas? Já se passaram 6 meses, pá! Alguns ameaçam-me com o inferno, outros lamentam a minha ignorância, mas o sentido é quase sempre o mesmo. À conta disso estes posts devem ser os que têm mais comentários do Ó Faxavor!

O último foi espectacular: recebi um mail (não foi um comentário, foi um mail mandado para o mail do blog) que dizia somente isto: "Como se sente ,sabeno que vai ser destruido pelo cridor?"

Ao que eu respondi "muito bem, obrigado. Já agora, criador não devia ser escrito com maiúscula?"

Bom, pelos vistos isto ainda vai dar para divertir mais um bocado ;)

Adoro quando a ortografia de uma mensagem de uma Testemunha de Jeová me vem dar razão mesmo antes de lhe dar troco. Acabam-se logo os argumentos.

Mas o pior estava para vir... o e-mail veio devolvido! :( mailbox unavailable, disse o Mail Delivery Subsystem (nunca o conheci pessoalmente, mas já recebi toneladas de mail dele; como não sei que tipo de pessoa é costumo responder a agradecer as informações que me dá). Eh pá, não se faz!

Férias e mais não sei o quê

Pronto, voltei às contagens decrescentes, desta vez para assinalar a minha ida para férias (vá, não fiquem tristes, são só uns dias!).

Títulos

E a malta continua a falar nas habilitações do Sócrates. Por mim, tudo bem, acho bem que se resolvam as questões relevantes. Embora a maior parte das questões sejam irrelevantes, mas isso não interessa.

Só não percebo é a incoerência entre a quantidade de papel gasto (e consequentemente árvores abatidas) a falar do processo estudantil de uma pessoa que à data até era Secretário de Estado do Ambiente. Um bocadito incoerente, não?

A questão que mais me diverte é a dos títulos académicos que traz à baila a questão dos Eng. e Dr. e afins.

Atão, butes por partes.

Quem não tem título académico é "Sr.". Até aqui, acho que não há dúvidas.
Quem tem uma licenciatura é "Licenciado", cuja abreviatura é "Lic.". Seja qual for o curso. Um licenciado em medicina tem o grau "Licenciado em Medicina". Um licenciado em direito tem o grau de "Licenciado em Direito" e um licenciado em engenharia tem o grau de "Licenciado em Engenharia". Um médico só é "Doutor" após inscrição na ordem dos médicos, o que implica a conclusão do curso, estágio, especialidade, e mais não sei o quê. Quem duvida que olhe para o certificado de conclusão de curso de qualquer licenciado em medicina e que veja qual é o grau que a faculdade lhe conferiu. Um licenciado em Direito após inscrição na Ordem dos Advogados (passando no respectivo exame) passa a "Sr. Advogado". E um licenciado em engenharia, após inscrição na ordem (ou seja, após estágio orientado por um Engenheiro inscrito na OE e, caso o curso não seja reconhecido, exame de admissão) para a ser "Engenheiro".

Quem tem um mestrado tem o grau de Mestre. Não sei se Mestre tem alguma abreviatura. Quem tem um MBA não tem qualquer grau académico. Um MBA é equivalente à parte curricular de um mestrado, excluindo a dissertação. Não é um grau académico por si, mas a nível internacional é uma pós-graduação que é devidamente acreditada.

Quem tem um doutoramento é Doutor, cuja abreviatura é Dr. O grau de doutor é conferido pela faculdade após defesa da tese de doutoramento.

Dr. não é nenhum grau. Muito menos um grau atribuido a uma pessoa por conclusão de uma licenciatura. É apenas uma expressão de língua corrente e, na minha opinião, mal usada. Um sociólogo tem o grau de Licenciado em Sociologia, não tem nenhum grau de Dr.

Em geral não me chateiam os Drs. que andam por aí, mas numa altura em que se chegou a discutir se o nosso PM é Engenheiro ou Licenciado em Engenharia acho que a questão se torna pertinente.

Já agora, sendo eu licenciado em engenharia e não inscrito na ordem, também devia ser Dr., não?

Legislação relevante sobre os graus académicos, sua obtenção, e por aí fora: DL 74/2006 de 24 de Março (em PDF). É a legislação em vigor actualmente, substitui as anteriores. Quem quiser contradizer esta história dos Dr. que apresente a Lei ou Decreto-Lei relevante que diga explicitamente que o detentor do grau de Licenciado é Dr.

Update: havia uma gralha num dos parágrafos (uma frase a mais que retirava o sentido todo); foi corrigido

18 abril 2007

Buracos

Lisboa tem estradas. Não só Lisboa, o país inteiro tem estradas. E as estradas (algumas) têm buracos (mais do que o desejável). E a malta reclama dos buracos (e com razão).

Por exemplo queixam-se dos buracos ao dono do café ondem bebem a bica de manhã. Que há um buraco aqui, há outro ali, que não sei quem ficou com uma jante empenada num buraco acolá.

O que não ajuda muito a câmara municipal, junta de freguesia, instituto de estradas, brisa ou outra entidade qualquer a reparar o buraco porque não são muitos os donos de cafés por esse país fora que têm serviço de recepção de reclamações sobre buracos no pavimento. Quanto muito têm serviço de recepção de apostas da SCML e nalguns cafés têm serviço de pagamento de facturas de luz e água e coisas assim.

Outra forma comum de reclamar é muito adoptada por taxistas: queixam-se do buraco ao cliente que transportam no momento.

Infelizmente é pouco provável que o cliente trabalhe no serviço responsável pela manutenção da estrada em questão, por isso dificilmente poderá fazer algo para reparar o buraco. Se por acaso o cliente for o presidente da junta de freguesia pode ser que a reclamação do taxista chegue ao destinatário. Mas se não for... (ora, uma freguesia como São Domingos de Benfica têm uns 100 mil habitantes, o que dá uma probabilidade de 0,001% de o cliente ser o presidente da junta; isto se considerarmos que todos os habitantes viajam de taxi com a mesma frequência, o que nem é verdade, provavelmente o presidente da junta tem carro próprio).

Isto é muito típico dos portugueses: gostam de reclamar. Infelizmente raramente o fazem a quem de direito. Reclamam tipicamente com alguém que lhes dê razão, mas que não pode resolver o problema. Porque se o problema desaparecer a reclamação deixa de fazer sentido e os portugueses gostam de reclamar.

A minha rua tem um buraco. Houve obras para reparar uma conduta e o piso agora cedeu. Ao longo de toda a rua o piso cedeu ligeiramente mas numa zona cedeu e deu lugar a um buraco. Que já tem perto de 1,5x1 metros. O que chateia porque é complicado passar com duas rodas de cada lado (é preciso pontaria, quase tanta como para acertar numa velha com a porta do carro a 70 km/h).

E como eu não gosto de reclamar junto de pessoas que não podem resolver o problema (e detesto ter reclamações pendentes), resolvi telefonar para um número muito simpático da CML (o L é de Lisboa; se não moras no concelho de Lisboa, este número não é para ti. Procura o número que te interessa na tua CM, não venhas entupir a CM dos outros com reclamações que não são de cá! Experimenta ligar para o nº geral da Câmara, pode ser que ajude), que é o 808 20 32 32.

Fui atendido por uma senhora muito simpática que me perguntou qual é o motivo da minha reclamação, dei o meu nome, contacto telefónico, disse qual a rua em questão e qual o tamanho do buraco e ela disse que vai dar instruções para se proceder à reparação do piso. Agora é ver quanto tempo demora, espero que não seja muito, senão tenho de trocar de carro por um com os eixos mais largos, como um Scania, ou DAF.

E pronto, cumpri o meu dever cívico e reclamei junto de quem pode ajudar-me a resolver o problema. Façam o mesmo! Liguem para as vossas Câmaras Municipais e reclamem dos buracos. Pode ser que sejam reparados, nunca se sabe!

(Este é provavelmente o post que mais vezes utiliza a palavra buraco em toda a história! - liguem para o Guiness Book! se ninguém atender liguem para a marca de cerveja Guiness ou para o Alec Guiness - E para comprovar a minha convicção, atribuo um prémio "Ó Faxavor! É uma imperial e um pires de tremoços" ao primeiro leitor que encontrar um post noutro blog qualquer, com data anterior a esta, e que tenha a palavra buraco - singular ou plural; buraca não conta, porque buraca é um sítio, não é o feminino de buraco - escrita mais vezes! O prémio consiste, obviamente, em 1 fabulosa imperial e um delicioso pires de tremoços, a serem entregues, como é costume, em cerimónia pública e televisionada, que é como quem diz num café que tenha televisão. Caso não haja vencedores até ao final do mês o prémio fica em casa; note-se que neste parêntesis a palavra buraco apareceu mais 4 vezes, incluindo esta última)

Música, maestro

Olha, mais um. O motor pode não ser o melhor da F1 em potência, binário, recuperações e fiabilidade, mas é sem dúvida o melhor em termos de ouvido! Ou pelo menos o mais original.



Vejam também os outros dois no post abaixo

(obrigado mano)

Tele(in)com(petência)

Desta vez, para variar, não vou reclamar da PT. Até porque já não sou cliente deles.

Mas, pela primeira vez na minha vida, consigo ter DUAS reclamações simultâneas em relação a DOIS operadores de telecomunicações distintos! Tou ansioso para que a TMN faça asneira para aumentar o meu record pessoal.

Bora lá por partes.

1. Oni
São uns gajos porreiros e o ADSL a 512 kbps era porreiro e a assinatura de 20 euros por mês dava para o ADSL e o telefone fixo e eu não me queixava muito. Mas apareceu melhor (ver ponto dois) e resolvi rescindir o contrato. Já tinham passado os 12 meses de fidelização e a minha fidelidade a operadores de telecomunicações só existe enquanto for contratualmente estabelecida. A partir do momento em que a cláusula perde a validade, venham eles que eu mudo para a melhor oferta (ou para a segunda melhor se a melhor for do grupo PT, porque ele há ódios de estimação que não se explicam). Tudo porreiro, eles disseram-me logo para onde mandar o fax a pedir a rescisão, cancelaram o serviço e nem me exigiram a devolução do modem nem do telefone nem nada (alguém precisa de um modem ADSL ranhoso ou um telefone fixo de caca? tenho para a troca!). E agora recebi uma factura. A última. A derradeira. E não é que os cabrões apresentaram-me uma factura de 180 euros?! Pois é, vem lá uma cláusulazita de fidelização no valor de 150,00 euros mais IVA. Obviamente reclamei, naturalmente deram-me razão e claro está que fui ao banco anular a autorização de débito directo. Agora mandei-lhes um fax a indicar que anulei a autorização e fico À espera da nota de crédito bem como que me indiquem os meios de pagamento para pagar o restante. E agora é que vem a parte engraçada: a factura tem duas parcelas: 150 euros da tal cláusula e 0,1945 euros de comunicações. Somando o IVA isto dá 181,73. Agora vão ter de me mandar uma nota de crédito no valor de 181,50 euros e dizer-me como é que devo fazer para pagar 23 cêntimos! Este pagamento vai dar gozo fazer no multibanco, lá isso vai!

2. AR Telecom
Também são uns gajos porreiros. Não sabem escrever nem fazer contas, mas são uns gajos porreiros. Não sabem escrever porque se enganaram na morada, as facturas vão parar ao meu vizinho do lado (vá lá, este é um gajo porreiro, se fossem os de cima nunca recebia as facturas). Já lhes disse duas vezes para alterar a morada. A ver se desta é de vez! E depois também se enganaram em 4 euros e pouco numa das campanhas. Nada de especial, toca de reclamar e chamar-lhes burros. Aquilo tinha uma promoção de oferta de 1 mensalidade e a meia mensalidade de desconto da factura deste mês (a outra meia foi na do mês passado) ficou um bocadito curta. Aaaaaah, já tinha saudades de reclamar contra empresas de telecomunicações, a última foi a PT (a coisa resolveu-se em Agosto de 2006, vejam os arquivos se estiverem para aí virados.

Carreira académica

Há muito, muito tempo (uns 2 anos, p´rai) comecei a vascuhar os editais de concursos para o ensino superior, a ver se aparecia alguma coisa que me desse jeito. Resolvi desistir da vida académica (e do doutoramento) quando vi um anúncio que pedia um licenciado em Marketing com pós-graduação em Gestão (ou áreas parecidas) para ensinar Métodos Quantitativos no Politécnico de Viseu.

Bem, agora o IPV tem outro concurso... original. Sobretudo pela especificidade do curriculo académico do candidato pretendido.

A "notícia" no site do SNESup

O edital em PDF

Ó senhor ministro Mariano Gago: isto é normal?

Eu não percebo nada de betão armado nem de engenharia civil (se calhar o nosso primeiro-ministro é capaz de perceber alguma coisa; bom, e daí, a licenciatura dele foi na UnI e ainda estão por esclarecer os moldes em que foi obtida) mas tá-me cá a parecer que este concurso é um nadita específico demais. Não seria melhor, não vá aparecer outro candidato com as mesmas habilitações, pôr também a fotografia do senhor ou senhora a quem se destina este concurso no edital, só por via das dúvidas?


(obrigado pela dica Pedro)

Vrrrrruuum, vrrrruuum

Lembram-se destes?

Pois é, nem só com scanners dá para fazer coisas originais. Há quem o consiga fazer com motores de Fórmula 1!

A Marselhesa (ou parte dela) "tocada" por um motor Renault F1:


O mesmo motor (ou outro igual), mas desta vez com o God Save the Queen (os primeiros 50 segundos são só os ensaios):



(obrigado pelo vídeo Nuno)

Religião hi-tech

O que se faz quando se recebe um mail em que o remetente é "Satanás x Jesus. o desafio final, façam suas apostas"? (escusam de responder, acho que é óbvio: marca-se como spam)

E pronto, as religiões (neste caso acho que será uma seita, mas o princípio é o mesmo) também aderiram à tecnologia para espalhar a Palavra.

17 abril 2007

Sondagem directa

Com directas ou sem directas, quero saber a opinião dos meus leitores. Por isso, tá aí a nova sondagem, desta vez sobre o partido do Taxi. Votai, carago!

(resultados da sondagem sobre as habilitações do Sócrates aqui)

Serviços mínimos

Bom, os fregueses não têm culpa do meu mau humor. Ao menos uma piada geek para cumprir com as minhas obrigações.



(obrigado Pedro)

Nem tentem!

Hoje não falo de futebol. Aliás, hoje não falo de nada, estou de trombas. Nem tentem puxar conversa.

16 abril 2007

F1

3º lugar no GP da Austrália
2º lugar no GP da Malásia
2º lugar no GP do Bahrain

Actualmente lidera o mundial de F1 com 22 pontos, os mesmos de Kimi Raikonnen e Fernando Alonso. Não seria estranho se falássemos de um piloto experiente e com um bom carro, como Fisichela (antes do 1º GP supunha-se que teria um bom carro, depois percebeu-se que não) ou Felipe Massa (bem montado num Ferrari e já conhecendo os cantos à casa). Mas não. Falamos de Lewis Hamilton, 22 anos, estreante (melhor estreia de sempre na F1), ao volante de um Maclaren. E ainda por cima (hmmm.... vou pelo politicamente correcto ou ignoro as regras? bah, que se lixe o politicamente correcto!) o primeiro preto da Fórmula 1, um desporto que, tal como o golfe, goza da duvidosa honra de ser um desporto de meninos ricos e brancos. Se poderia haver dúvidas sobre as reais intenções da Maclaren quando o contratou, com 14 anos (afinal, o primeiro preto da F1 é um truque publicitário tremendo, os patrocinadores acotovelam-se para se associarem a esta grande mostra de democratização do desporto que ultimamente mais parece um circo em que os palhaços são os espectadores), os resultados mostram porque é que o homem mais arrogante das boxes (Ron Dennis, sócio maioritário e director-geral da Maclaren) lhe deu um volante.

(sinceramente não me parece que o miudo aguente o ritmo e consiga ser campeão do mundo já este ano; mas nunca se sabe!)

Destruidor de mitos

Hmmmm... encontrei um site muito, muito bom para destruir mitos: Nation Master.

Sempre que ouvirem alguém alegar qualquer coisa sobre dados estatísticos e não saibam onde os comprovar/refutar, comecem por aqui. Indicam as fontes, têm algumas notas de rodapé e links externos. Muito completo (até tem o Big Mac Index um índice económico ridiculamente interessante). Nem todas as estatísticas têm uma amostra significativa (comparada com o número total de países no mundo), mas dá pelo menos para comparar algumas grandezas.

Até permite ver a taxa de mortalidade por causa de epidemias como o... acne! (seleccionem "Mortality" no menu e vejam as opções disponíveis!)

Bang Bang

Passam esta quinta feira 8 anos sobre o massacre de Columbine.

Hoje (sabe-se lá se numa mórbida comemoração da efeméride) morreram pelo menos 22 pessoas num tiroteio numa universidade norte-americana, a Virginia Tech (notícia do Público).

Vale a pena dizer mais alguma coisa?

Férias

Ando a planear as minhas férias. Com antecedência que eu gosto de ver muito bem primeiro antes de me decidir. Quero fazer um raide por Marrocos incluindo algumas incursões pelas dunas. E vai daí comecei a recolher informação. Até aqui, tudo bem. Nomes como Marraquexe, Ouarzazate, Merzouga, Zagora, Erfoud, Rissani, Tinerhir já me são completamente familiares. E até já vi fotos (o Google Earth é mesmo fixe, não é?).

Depois encontrei uns circuitos porreiros numa agência de viagens a preços muito interessantes e, ainda por cima, com recomendação de pessoas que conheço. Óptimo! Vai daí vou ao site, vejo o número de telefone e tento ligar. E nada. E ligo para as informações: o número de telefone não tem qualquer registo, e aquele nome não aparece nas listagens. Desconfio que esta agência já deu o berro.

Encontrei outras agências com o mesmo circuito mas a preços ligeiramente diferentes (mais ou menos o dobro!). O que mais há por aí é o "Circuito das Cidades Imperiais" o que em "plain portuguese" quer dizer "férias radicais para meninas". Homens a sério querem um raide em 4x4 com saída de Marraquexe, viagens de 200 ou 300 km por dia, uma noite a dormir em tendas no meio do Sahara e as habituais coisas "típicas", para turista ver. Para cidades imperiais fico por Lisboa que foi a capital do vasto império português, ou então vou a Roma! Pffff.

Acho que o melhor é planear eu a viagem, reservar os vários hoteis e afins e tratar de tudo sozinho, que já percebi que as agências só servem para férias tipificadas (uma semana de papo para o ar no Brasil ou Rep. Dominicana, ou uma viagem a Marrocos para ficar de papo para o ar no Club Med e poder dizer que se foi a Casablanca). Raios partam esta mania de ser original. Ando sempre à frente das ofertas do mercado, depois acabo por não conseguir fazer nada.

Se alguém já fez este tipo de raides pelo sul de Marrocos (tem de ter dunas! Se não tem dunas para atascar o jipe não vale a pena!), xutem aí o nome da agência nos comentários. Eu depois trago-vos uma recordação de Marrocos, tipo baba de camelo ou coisa no género.

Caberão?

Há verbos que não convém usar. Toda a gente sabe que usar o verbo meter ou vir (sobretudo na forma passiva) devem ser evitados na maior parte das situações.

Mas agora temos outro verbo que convém evitar: o verbo caber. Convém evitar a 3ª pessoa do plural do futuro do indicativo do verbo caber. No outro dia o Durão Barroso parece que disse "Caberão" na televisão (ou pelo menos assim me disseram) o que lhe podia trazer dissabores sérios (e todos nós sabemos que o Durão Barroso já tem problemas de sobra na Comissão Europeia para andar a arranjar problemas novos com questões de pronúncia; e por falar em pronúncia, há muita gente com problemas de pronúncia, por exemplo os responsáveis da UnI andam todos a braços com despachos de pronúncia)

Deixo-vos um conselho para a vida: não usem a palavra "caberão" a não ser por escrito. Só para evitar chatices.

(se não perceberam qual é o problema, experimentem dizer "Caberão ou não caberão, eis a questão", ou "Aquele gajo é um caberão", frase esta que pode não fazer muito sentido, mas que ilustra o cerne do problema...)

Descansar do fim de semana

Sexta saí de Lisboa pelas 11h, fui para Leiria, com 2 paragens pelo caminho para ir buscar pessoas; cheguei por volta da 1 e meia da manhã.

Sábado estive num casamento (não, ainda não foi desta. Não foi o meu), deitei-me perto das 2h.

Domingo acordo em Leiria, de manhã, venho para Lx (com as mesmas paragens pelo caminho), chego a Lisboa, mudo de roupa e vou para um pic-nic (eu devia escrever piquenique, mas não me apetece), e passo a tarde toda a jogar futebol.

No caminho de regresso o carro fica parado (correia de alimentação partida) e ficamos na Malveira da Serra 1 hora à espera do reboque.

Moral da história: tou todo partido, tenho um ligamento do tornozelo a chatear, tou com voz de bagaço, tenho sono e dói-me a cabeça (nota para o futuro: evitar o jogo de cabeça; o futebol fez-se para jogar com os pés). Preciso de um fim de semana para descansar do fim de semana.

13 abril 2007

Miau

Recebi esta mensagem por mail (pelo próprio autor, não é uma mensagem re-encaminhada), no passado dia 11 de Abril. E por isso, ao contrário do que é habitual, resolvi dar-lhe tempo de antena.

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Caros Amigos,

Dos que já me conhecem, sabem que não sou pessoa para xaropadas
sentimentais, bem como não tenho paciência para me deixar levar por
causas que puxam à lágrima fácil.

No entanto, trago-vos esta situação, que sinto pessoalmente, e que me
leva recorrer a vocês para ajuda. Nomeadamente, falo de uma ninhada de
seis gatos que nasceu e que procura uma casa para tomar conta de cada um
deles.

A gata Mãe é uma gata de rua. Na realidade, é a matriarca “lá do sítio”.
Através de procedimentos que (julgo eu) já conhecem, engravidou. O fim
da gravidez foi problemático porque não conseguia fazer o parto.
Temeu-se o pior, mas foi recolhida e levada a um veterinário. Teve um
parto de cesariana e, como resultado do sucesso da intervenção, teve uma
ninhada de sete filhotes. Morreu um. Sobreviveram seis extraordinários
bebés (um menino e cinco meninas) e estão temporariamente numa família
de acolhimento.

Procuramos, dentro de vós ou na vossa rede de contactos, uma família
para cada um destes gatos. Naturalmente, e não querendo parecer “pobre e
mal agradecido”, não entregaremos os gatos a quem não demonstre ter
condições e consciência do que é ter um animal doméstico. Os animais dão
trabalho e são uma responsabilidade. Mas o retorno que eles nos dão é
infinitamente superior ao que gastamos com eles. A mãe é uma gata muito
meiga e é saudável, foi esterilizada aquando da cesariana, e regressará
à rua caso não encontre uma família que a deseje adoptar.

Dirijo-me assim, a vós, à procura de ajuda. Em anexo envio fotos da
pandilha. Aproveito também para deixar os meus contactos, para dúvidas,
questões e pedidos:

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(os contactos foram obviamente apagados por mim, mas se alguém quiser mais informações é só mandar um mail para o endereço do blog que eu faço-o chegar ao destino)


Querem ver fotos dos bichanos? Tá bem (cliquem para ver a foto em tamanho GRANDE, apesar de os gatitos ainda serem pequenos)






Bzzzzzzzzzzzzzzz

Ia-me esquecendo! Parece que o Beckam ofereceu um vibrador em platina com diamantes incrustados à Victoria. O brinquedo sexual custou a módica quantia de 2 milhões (não sei se dólares se euros).

Quando ouvi a notícia, na Linha Avançada da Antena 3 (segunda a sexta-feira, às 8:50 e às 18:50, o único programa sobre futebol que vale a pena ouvir na radio, até para gente que não liga nenhuma a futebol), fiquei a pensar no assunto, a meditar, a matutar, a reflectir, enfim, a perder tempo com isso e cheguei a algumas conclusões:

1. Pelos vistos o Beckam já não dá conta do recado. Ou está cansado ou a Victoria é difícil de satisfazer; ou então aleija-se nos ossos da mulher que quase nem tem pele a cobrir o esqueleto.

2. Eu não sou gaja e percebo muito pouco de vibradores. Os únicos que vi foi na montra de algumas sex-shops. Mas parece-me que... enfim, diamantes incrustados?... não sei, é capaz de aleijar, não?

3. Como disse (e muito bem) o José Nunes na Linha Avançada, seria preferível que com o mesmo dinheiro o Beckam comprasse meia equipa de futebol americano, a mulher ficava melhor servida.

Diplomas de fim de semana

A saga continua... ainda se fala nas habilitações do Sócrates. Já chateia, mas pronto.

Uma das coisas que me chamou a atenção foi o facto de o José Sócrates ter acabado o tal curso na UnI a um domingo, o que é algo... invulgar. E vai daí eu resolvi olhar para meu certificado de fim de curso. E não é que eu acabei o curso a um sábado?

Tirei uma licenciatura no IST, faculdade da Universidade Técnica de Lisboa, apresentei o projecto final de curso numa terça-feira, 23 de Julho de 2002, a nota foi lançada na sexta-feira seguinte e o certificado de fim de curso diz que eu acabei o curso a 27 de Julho de 2002, sábado.

Será que afinal o meu curso também foi aldrabado? Espero bem que não me venham chatear com isso no futuro...

Outra das coisas que me despertou a curiosidade é a diferença entre "Engenheiro" e "Licenciado em Engenharia". Eu também sou "Licenciado em Engenharia" (em Eng. Física Tecnológica para ser mais preciso), curso esse que não é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros, e como tal não sou Engenheiro. Mas também, ao que julgo saber, quem acaba um curso de engenharia reconhecido pela ordem também não é Engenheiro. Quem é Engenheiro é quem acaba um curso de engenharia reconhecido e completa com sucesso o estágio profissional, ou quem acaba um curso de engenharia não reconhecido, passa no exame de admissão à ordem e completa com sucesso o estágio profissional.

Mas nem vou por aí, tou-me a borrifar se o homem é Engenheiro ou Licenciado em Engenharia. O que me faz confusão é de repente ser relevante se ele se diz Engenheiro ou não quando ninguém contesta os "Doutores" que por aí andam e cujo grau académico mais elevado é uma Licenciatura. Se bem me lembro, Doutor é quem:
a) tem um doutoramento
b) conclui o curso de Medicina, incluindo estágio, internato, especialização e não sei o quê mais.

Desde sempre que os advogados são doutores, os sociólogos são doutores, os psicólogos são doutores, os economistas são doutores e ninguém se chateia, e agora vêm implicar com um engenheiro que afinal é somente licenciado em engenharia.

Não seria muito mais importante referir no telejornal o lance em que o Micolli é empurrado e que, como a bola estava em jogo, devia ter dado lugar à marcação de uma grande penalidade a favor do Benfica? (sim, era penalty: o guarda-redes defenfeu, logo a bola está em jogo. O Micolli é empurrado por um jogador do Espanyol, logo é falta; como foi na área é penalty). Em vez disso passaram o noticiário todo a falar do Sócrates e o resumo do jogo de ontem só teve uns 30 segundos de tempo de antena.

12 abril 2007

Esmeralda II

Conhecem a Esmeralda? A menina de Torres Novas que foi dada para adopção e afinal o pai biológico quer ficar com ela, e agora é uma salganhada e anda tudo em tribunal e o pai adoptivo tá na cadeia e mais não sei o quê?

Serei eu o único a notar que estamos à beira de assistir a mais um caso Esmeralda, mas desta vez com personagens mais famosas?

Será possível que mais ninguém reparou na notável semelhança entre o Ruca e o Charlie Brown?

Tou mesmo a ver o filme: daqui a uns meses aparece o Charlie Brown, ainda por cima beneficiando do seu estatuto de celebridade, a reclamar a custódia do Ruca, descobre-se que o Ruca tinha sido dado para adopção pela mãe biológica com um papel reconhecido em notário mas sem valor legal, vão os pais adoptivos do Ruca parar à cadeia e temos manchetes do 24 horas a retratar o Charlie Brown como um parasita da sociedade, um oportunista, incapaz de dar ao Ruca o carinho e o bem-estar que os pais adoptivos conseguiriam e faz-se um Prós e Contras sobre o assunto, a tentar perceber quem deve educar o Ruca.

Claro que aqui a coisa terá contornos terríveis, não só para os intervenientes, como acontece no caso da Esmeralda, mas para todos nós! Afinal, o que se irá "aprender com o Ruca" depois de ele passar uns anitos a ser educado pelo Charlie Brown e o seu gang, com a terrível influência do Snoopy? Trata-se de uma geração inteira de crianças que vai passar a ser educada por um Ruca que passa o tempo todo de papo para o ar, a mandar bocas e a tratar mal os que o rodeiam.

E aí, o que será de nós? Quando essa geração educada pelo "novo Ruca" for adulta e mandar neste estaminé à beira mar plantado a nossa geração estará a precisar de reforma, cuidados médicos, lares de terceira idade... e os seguidores deste Ruca vão-se estar nas tintas para nós.

Por isso eu acho que temos de tomar medidas urgentes! Temos de eliminar o Ruca da televisão portuguesa e recomeçar a transmitir os Teletubies. Afinal, o maior defeito desses é serem bichas, com isso posso eu bem!


Este indivíduo vai dar cabo de nós



Por causa deste indivíduo. Ponham-se a pau...

11 abril 2007

O meu mano

O meu maninho querido hoje faz aninhos. É bebé. O que quer dizer que hoje posso dar-lhe duas lachetas bem assentes! É a prenda. E é bem feito! E mai nada! (é só hoje, porque apesar de ser 1 ano mais novo que eu o gajo resolveu crescer uns centímetrozitos e ganhar uns quilitos a mais que eu, por isso em geral não arrisco).

About me...

Pronto, voltei a mudar a frase "About me" no profile do blogger. Já estava cansado da anterior (que dizia "A vida é complexa: tem uma parte real e uma parte imaginária"). Enfim, a mudança é precisa. As únicas coisas que não mudam são as cores do blog (um dia, talvez um dia...) e o sub-título do blog (aquela coisa ali em cima em letras pequeninas por baixo do título)

Demasiado tempo livre?

Há gente com demasiado tempo livre. Ou isso ou presumem que os outros têm demasiado tempo livre.

Acabaram de me ligar. Uma empresa daquelas grandes de estudos de mercado e mais não sei o quê. Era uma sondagem sobre a utilização de telemóveis nas empresas.

Depois da breve introdução ao objectivo da chamada, seguem-se as perguntas e respostas:
Pergunta nº 1: Qual o operador móvel que utilizam?
Resposta nº 1: O operador X (obviamente não era X, era TMN, Optimus ou Vodafone, mas isso agora não interessa).
Pergunta nº 2: E quantos trabalhadores tem a empresa? Mais de 100 ou menos de 100?
Resposta nº 2: Menos de 100.
Depois a senhora diz: "Ah, pronto, o nosso estudo é só para empresas com mais de 100 trabalhadores, obrigado pelo seu tempo".

E acabou-se a sondagem. A parte curiosa é que já é a segunda vez que me telefonam da mesma empresa de estudos de mercado a fazer as mesmas perguntas e quando eu digo que temos pouca gente mandam-me dar uma curva.

Das duas uma: ou esta gente não faz puto de ideia da dimensão das empresas para quem telefona ou tem demasiado tempo livre.

Ou então, estamos na presença do último truque de selecção de potenciais clientes: fazem-se passar por uma empresa de sondagens, começam com perguntas de caca, e desligam pouco tempo depois, conseguindo assim obter alguma informação, nomeadamente qual o operador utilizado e a dimensão aproximada da empresa. Se interessar, um ou dois dias depois voltam a ligar como quem não quer a coisa a propor os seus serviços. Hmmmmm.... será?

PS: porque raio é que hoje me parece segunda-feira? Já ontem tava com cara de segunda feira; e anteontem também. Afinal quantas segundas feiras tem esta semana? Acho que tou a precisar de ir de férias...

O assunto do momento

Logo à noite o Engenheiro/Licenciado em Engenharia/Bacharel (riscar o que não interessa) José Sócrates, também conhecido como Primeiro-Ministro de Portugal, vai esclarecer a história das suas habilitações académicas. Vai daí, a direcção do Ó Faxavor! decidiu perguntar às maiores autoridades em habilitações literárias alheias, os leitores do blog, qual a sua opinião.

Para a história fica a confirmação do que já se desconfiava: a culpa da queda de morteiros na bancada do estádio da Luz no último Benfica-Porto é do Isaac Newton.Por isso resolvi instituir uma prémio para a primeira pessoa que o consiga prender e entregar à justiça para que seja julgado pelos seus crimes.

Momento "musical"

(as aspas no título são obrigatórias, dado o conteúdo)



Aviso: o video acima pode conter imagens que ferem a susceptibibilidade dos espectadores mais sensíveis. Se alguém se sentir ofendido peço desde já as minhas sinceras desculpas, mas depois de ter passado três minutos a ver isto, achei que tinha de partilhar com alguém.

(obrigado Pedro por mais um vídeo inesquecível)

Eh pá, não se faz uma coisa dessas!

Ontem houve bola. Para a Liga dos Campeões.

Tivémos um Valência-Chelsea e um Manchester United-Roma.

Em Valência o Chelsea ganhou 2-1 com um golo no último minuto! Em Manchester o United vingou-se da derrota por 2-1 da primeira mão e espetou 7-1 à Roma. SETE!

Não se faz, meus senhores! Se juntarmos estes requintes de malvadez à mania britânica de não aderir ao euro e à contestação crescente à União Europeia eu acho que já são horas de escorraçar os bifes de vez e fazer-lhes um boicote pior que o que os americanos fazem a Cuba.

Marcas próprias

Senhores dos super-mercados: há marcas que podem ser substituidas e os produtos de marca própria são uma boa alternativa. Há outras que não. E até é fácil perceber quais são. As giletes têm de ser da Gilette. Os caldos knorr têm de ser da Knorr. O guloso tem de ser o Guloso da Compal. Os post-its têm de ser os Post-It da 3M. Os sumóis (não venham com merdas sobre o plural de Sumol; já fiz uma sondagem sobre o assunto há que tempos e a maior parte dos leitores concordou que era "sumóis") têm de ser da Sumol. E, obviamente, os compais têm de ser da Compal. Nem puxem por mim, senão começo a falar dos Actimel, da Cerelac ou de outros produtos (aceitam-se mais sugestões nos comentários).

E há boas razões para isso. No caso dos caldos knorr, toda a gente sabe que um caldo Knorr "realça o sabor natural dos alimentos". Por exemplo, um caldo Knorr na canja realça o sabor natural da galinha. Ou um caldo Knorr na salada de frutas realça o sabor natural da fruta. Da mesma forma, o Guloso "torna tudo mais apetitoso". Por exemplo, uma torrada com Guloso em vez de manteiga fica logo mais apetitosa.

E vem isto a propósito do quê? Ah, sim! O supermercado onde costumo fazer compras agora deu-lhe para só ter produtos de marca própria. Só têm guloso de marca Pingo Doce, e o mesmo se passa com os caldos knorr. Refeições congeladas da Iglo desapareceram, tal como as conservas Compal (cogumelos e afins). Até já têm uma cerelac de marca própria, mas ao menos a original, da Nestlé, ainda está disponível. Gel de banho: além de uma meia dúzia de frascos em promoção, da Nivea, só há de marca própria. Um gajo quer comprar Skip é só encontra skip de marca Pingo Doce (chama-se Ultra e é uma merda; tive a infelicidade de comprar uma embalagem de 72 doses há que tempos, tou desertinho para que acabe; só reparei que não era Skip depois de chegar a casa). Com as massas é a mesma coisa, há cada vez menos escolha das marcas tradicionais de massa, é tudo de marca Pingo Doce.

Moral da história: vou começar a fazer compras no Continente. Pode demorar mais tempo mas ao menos tenho maior escolha de marcas.

09 abril 2007

Conselhos de carreira

Jovem, procuras uma carreira com sucesso?

Então, a coisa é simples: ou és dos bons, ou és dos maus. Em qualquer dos casos, e para evitar dissabores, segue conselhos de carreira. São ideais para qualquer pessoa que
a) seja um génio do mal a querer dominar o mundo;
b) seja um heroi a tentar salvar o mundo do génio do mal;
c) seja um dos múltiplos personagens que ajudam um ou o outro.

Se não seguires estes conselhos arriscas-te a fracassar na tua missão e morrer, ou a ser sacrificado para que a tua missão seja bem sucedida (e qual é o interesse em conseguir o objectivo da missão se depois não podes ver o resultado?).

Outsourcing

Vi agora no noticiário uma notícia (passe a redundância) que diz que, porque a reprodução medicamente assistida ainda não está regulamentada em Portugal, há casais portugueses a recorrer a bancos de esperma espanhois.

Moral da história: até ao referendo íamos a Badajoz desfazê-los; agora vamos lá fazê-los.

(Já agora, reprodução medicamente assistida é o quê? Dar uma queca no gabinete do médico?)

Não há direito!

Esta semana tem 5 dias úteis. Não há direito.

A propósito: porque raio se chamam "úteis" aos dias de trabalho? Para mim, úteis são os outros!

Insuficiências da língua portuguesa

Existem toneladas de palavras para descrever características humanas e grupos de pessoas que partilhem essas características, quer sejam características físicas, religiões, posições políticas, orientações sexuais, condição socio-económica, grau de literacia, habilitações académicas, profissões, etc.

Nalguns casos há dois tipos de palavras: as politicamente correctas, que podem ser usadas em quase qualquer ocasião, e as politicamente incorrectas, tipicamente usadas com sentido pejorativo e que devem ser evitadas em determinadas situações, nomeadamente em documentos oficiais ou na presença dos visados.

O problema é que nalguns casos não há termos pejorativos em quantidade suficiente para esclarecer qualquer pessoa do real sentido de uma determinada frase.

Por exemplo: se eu disser negro, referindo-me a uma pessoa de cor, ninguém acha que esteja a tentar insultar seja quem for. Posso referir-me à "população negra da Amadora" em segurança, mesmo no centro da Amadora. Contudo, se disser "os pretos da Amadora" já corro o risco de ser riscado com lâminas metálicas afiadas no meu abdomen.

Se disser sobre alguém que "é gay", por exemplo referindo-me a um colega de trabalho, tou apenas a referir-me à sua orientação sexual, sem segundos significados. Ai de quem disser que o mesmo colega de trabalho é bicha (mesmo que venha trabalhar vestido de Carmen Miranda). Aí está patente a homofobia do sujeito e arrisca-se a ter problemas.

Já os monhés, aliás, os indianos, é a mesma coisa. Dizer "quéfrô" ou "monhé" é ofensivo e um gajo arrisca-se a ser acusado de racismo, mas se disser "indiano" tá tudo bem.

Até para chulo existe um termo que pode ser usado sem ofender: proxeneta!

O problema não são estes, estes casos são simples. O problema são aqueles grupos que não têm termos ofensivos que possam ser usados para ofender. Por exemplo, judeu, democrata cristão, engenheiro ou maratonista (imaginem que querem ofender toda a gente que corre maratonas; que palavra é que usam? não há nenhuma, é o que é!)

Se um gajo usar a palavra "judeu" para catalogar alguém como é que podemos saber se a pessoa queria ofender ou não? Por exemplo, o Filipe Moura referiu-se a uma determinada pessoa como racista judia. Até parece que é verdade, a senhora é racista e é judia. E apareceu muita gente a mostrar-se ofendida com a frase. Lá está, devia haver uma palavra pejorativa para judeu. Se houvesse tava tudo esclarecido: usava-se a palavra "judeu" e não havia ofensas, usava-se o termo pejorativo e a malta podia exigir que o Filipe fosse queimado na praça pública. É como dizer "preto racista". Esta expressão é ela própria racista. Mas se eu disser "negro racista" ou "pessoa de cor racista" não há problema nenhum. Aí estou apenas a explicitar a etnia da pessoa e a mencionar o facto de que é racista. Se eu disser "negro filho de uma meretriz" não estou a ofender ninguém, já que uso as palavras politicamente correctas. Cai o Carmo e a Trindade se eu porventura disser "o preto fez uma grande corrida", referindo-me ao Lewis Hamilton, piloto da Maclaren e o primeiro preto na história da Fórmula 1 que já mostrou soberbas qualidades de condução (e já conquistou a minha admiração). Eu até podia dizer "o preto vai ser o novo Schumacher" que estaria a ser, obviamente, racista.

Eu acho que devíamos lutar contra estas limitações da língua portuguesa e inventar insultos novos para que as outras palavras fiquem com o seu sentido devidamente esclarecido.

08 abril 2007

Bullying

Por razões que me ultrapassam está a dar em directo na RTP2 um jogo de futebol entre Benfica e Barcelona em infantis ou lá perto. E por razões que decerto vos ultrapassam eu estou a ver esse jogo.

O árbitro do encontro é o Olegário Benquerença (que mede mais ou menos 1,90 m).

Num lance de bola dividida o jogador do Benfica empurrou o do Barcelona, um dos putos do Barcelona reclama com o árbitro e vê o cartão amarelo.

E um raspanete. O árbitro fez valer o seu tamanho para pôr o pirralho no seu devido lugar. É caso para dizer: Mete-te com alguém do teu tamanho, pá!

05 abril 2007

Rescaldo

Nunca uma derrota 3-2 soube tão bem.

Páscoa XXX

Será que as coelhinhas da Playboy também põem ovos?

(lembrei-me por causa disto)

Aljubarrota

Hoje jogamos contra espanhois. Na bancada devem estar, na melhor das hipóteses 5000 portugueses contra 30000 espanhois. De bom grado trocava o Nuno Gomes pelo Nuno Álvares.

Salchicha

Será que entre os anglófonos há muita gente a dizer "saushage" em vez de "sausage"?

No outro dia no café:
Eu: É uma bica e um folhado. Estes são de quê?
A senhora do café: São de salchicha. Quer um?
Eu: Xim.


(estreei uma tag nova; a tag "han?" aplica-se a posts curtos cujo objectivo não se percebe muito bem)

04 abril 2007

Não gosto da Páscoa

Eu não gosto de tradições importadas. Por isso não gosto da Páscoa, nem do Halloween nem do dia de S. Valentim.

Só comemoro festas tradicionais portuguesas, como o 5 de Outubro, o 25 de Abril ou o 10 de Junho. E o Natal também, porque afinal Jesus era da Nazaré.

A Páscoa é uma festa importada. Provavelmente da ilha de Páscoa, que deve ser o único local do mundo onde há coelhos que põem ovos.

Sentido de oportunidade

Volta e meia recebo spam. Em geral ignoro, mas acabo por passar os olhos à procura de... singularidades. Às vezes a malta do spam é particularmente inventiva e por isso merecem a minha admiração.

Hoje recebi um desses mails. Não é tanto pela forma como o mail foi construido para passar pelos filtros, mas mais pelo assunto.

Começa por, em letras gordas, anunciar o produto do mês: Introdução da política anti-tabaco. Em letras vermelhas e grandes, para se ver bem. Fiquei curioso. O que quererão vender? Pensos de nicotina? Livros de auto-ajuda para deixar de fumar? Seminários sobre o tabaco nas empresas? Continuei a ler.

Segue-se um parágrafo a introduzir o assunto: as directivas comunitárias, as proibições que se prevêm em relação ao tabaco em espaços públicos, etc, etc...

Continuo intrigado, por isso continuo a ler. E finalmente chego ao parágrafo importante. O mail faz publicidade a... cinzeiros para exteriores! Grande mail, sim senhor! A proibição de fumar em locais fechados vai fazer aumentar a procura dos cinzeiros para exteriores.

Este é daqueles spams que merece passar pelos filtros.

E por falar em publicidade que nos deixa à nora sem saber o que nos estão a vender, vejam este, de 45 segundos, que só nos deixa perceber qual é o produto a 5 segundos do fim.

03 abril 2007

Assunto do dia

Se a frase do dia diz respeito à Universidade Independente, o assunto do dia tem a ver, mas só indirectamente, com a UnI: são as habilitações literárias do José Sócrates. Todos os dias há uma notícia nova sobre um qualquer canudo que o Primeiro-Ministro tem ou deixa de ter ou sabe-se lá como conseguiu.

Será que não há nada de importante a acontecer no mundo? Sei lá, qualquer coisa! Uns militares britânicos reféns no Irão, um tsunami no Pacífico, qualquer coisa?

É por estas e por outras que ao jantar em vez de ver o noticiário, seja de que canal for, vejo os Simpsons na FOX.

(pronto, já chega de actualidades. Hoje resolvi inteirar-me do que se passa no país, mas fiquei um bocado enjoado. Vou espairecer e concentrar-me na bela temperatura primaveril, para voltar a gostar de morar aqui)

Frase do dia

Eh pá, disseram-me que o novo vice-reitor sou eu, mas já não me lembro quem foi.

Tolerância de ponto

Antes de começar, um ponto prévio: diz-se "tolerância de ponto" e não "tolerância de ponte". Dizer tolerância de ponte é pior que dizer salchicha. Dá-se tolerância de PONTO para a malta fazer a PONTE. Tá percebido? Pronto, avancemos!

O ano passado a coisa correu mal na Páscoa. Só apareceram 110 deputados no Parlamento na quinta-feira Santa (para quem não sabe, deviam ser 230), apesar do livro de presenças estar devidamente assinado por toda a gente, claro. Moral da história: ninguém teve falta injustificada mas a verdade é que estavam menos de metade dos deputados presentes. Olha que bonito, han? Tudo a baldar-se!

E como se resolve o problema? Nada mais simples! Dá-se o dia a todos os deputados este ano e assim a malta balda-se com autorização para isso. É a cereja no topo do bolo. Controlar as assinaturas a ver quem andou a assinar pelos outros? Naaaa, dá muito trabalho. Instaurar processos aos deputados que apareceram lá para assinar e depois deram de frosques? Eh pá, é capaz de levantar problemas. Assim a malta balda-se porque pode, não é porque se está a borrifar.

Esta medida "justa" do Governo vem mesmo a jeito. Depois da história com as reformas e subvenções vitalícias para "melhorar a imagem da classe política", nada como uma balda oficial para resolver o problema da balda à socapa.

Eu pensei fazer a mesma coisa aqui no escritório: chegamos todos às 9h da manhã, dizemos olá ao chefe, aproveitamos quando ele for beber café e damos à sola. Picamos o ponto, recebemos o dia e gozamos à mesma de um fim de semana de 4 dias. Vai daí alguém apontou a falha no meu raciocínio: é que o meu cargo não é "democraticamente eleito" e a minha reforma não vem ao fim de 8 anos de trabalho. Vai daí, tenho a quinta-feira de tarde como toda a gente e agradeço ao chefe pela amabilidade de nos dar a tarde de quinta-feira e não me armo em carapau de corrida.

O seu nome é: Mateus

Mateus é nome de santo, autor de um dos evangelhos. É também nome de ministro das finanças, autor de um plano de regularização de dívidas. É também nome de vinho rosé. E também é nome de palácio/fundação.

E também é nome de jogador da bola angolano. Sim, ainda o caso Mateus!

(se não queres ouvir outra vez o resumo da história do caso Mateus e/ou não ligas pevas a futebol, salta os próximos dois parágrafos)

Para resumir que a história é tão longa que já mete nojo, arrastou-se durante tanto tempo que até parece o caso dos hemofílicos contaminados com HIV: o Mateus foi contratado pelo Gil Vicente. O Mateus não podia ser inscrito, o Gil Vicente foi para tribunal, andaram os gajos uma carrada de tempo a falar de um fax, era fax para aqui, fax para ali, e recurso e mais direitos e FIFA e mais não sei o quê, vai o Gil Vicente parar à segunda divisão. E os senhores do Gil Vicente ficaram danados e não compareceram nos jogos e resolveram em vez disso aparecer no estádio da Luz para a primeira jornada e ninguém sabia oficialmente de nada e etc.

Bom, o caso morreu, o Gil Vicente lá está na segunda liga, faltou a 3 jogos, perdeu uma carrada deles porque a equipa, naturalmente, não estava com ritmo competitivo e estava desmotivada, foi penalizada em 9 pontos, passou as passas do Algarve (mais ou menos como o Farense, mas esse com mais propriedade porque é do Algarve, ao contrário do Gil Vicente que é de Barcelos) e a coisa ficou assim. O Gil Vicente em princípio safa-se de descer de divisão outra vez e o Mateus lá continua no clube.

(a partir daqui é que falo da notícia propriamente dita e deixo de falar no caso Mateus; podes continuar a ler)

Até que... o Gil Vicente transfere o Mateus para o Dínamo de Bucareste (aqueles que perderam contra o Benfica em Fevereiro), chega lá, faz uns exames médicos e é devolvido à procedência: mercadoria com defeito. E isto porquê? Porque o Mateus tem hepatite B (coisa boa para jogador da bola! é quase tão bom como ter uma ruptura do ligamento cruzado anterior, seja isso o que for; parece que é uma coisa que dá a meio da perna, assim perto do joelho) e ao que parece o clube (o Gil Vicente) sabia que o gajo tava infectado com uma doença algo... bom, digamos chata, e não lhe disse! À conta disso o Mateus tá danado, já anda a ameaçar com processos e queixas (lá anda o Gil Vicente outra vez a dar dinheiro aos advogados) e rescindiu o contrato com o clube.

Segundo o presidente do clube, o insubstituível (até porque ameaça dar porrada a quem o quiser substituir) António Fiuza, a doença foi detectada, mas em "valores mínimos".

Agora vem a parte da pergunta importante: o que raio é ter "Hepatite B em valores mínimos"? É mais ou menos a mesma coisa que ter "só um bocadinho de HIV", ou ter "algo parecido com cancro"? Eu sei que há aquelas questões todas de sigilo e mais não sei o quê, mas é em relação a terceiros. O próprio doente deve ser informado, não? Ou um gajo vai ao médico, faz umas análises, vai lá saber o resultado e o médico diz-lhe "Já sei os resultados das suas análises. Mas não digo".

O admirável mundo do futebol!

(a notícia aqui)

Enzima do acontecimento

Para que não digam que nada se aprende neste blog aqui fica uma notícia de hoje (eh lá! hoje até passei os olhos pelo site do Público, han? Quem é que disse que eu sou inculto e só falo de bola, quem foi? quantos são?).

Há uns gajos que descobriram umas enzimas que são capazes de trocar letras! Mais concretamente, encontraram um método (esperemos que funcione, ainda faltam uns pormenores) para transformar sangue de tipos A, B ou AB em sangue de tipo O!

Investigadores do Instituto Abel Salazar procuram agora enzimas capazes de transformar os B em V e vice-versa para ver se acabam de vez com o estigma do sotaque do Norte.

Nota: a utilização destas enzimas é considerada doping pela Federação Francesa de Scrabble (sabiam que existia? Eu também não! Mas olhem que a animação inicial do site deles é excelente! Deve ser a coisa mais geek que vi nos últimos anos). Esperam-se em breve reacções idênticas das suas congéneres no mundo inteiro.

Ainda o Benfica-Porto

O jogo já lá vai, os feridos já devem ter saido do hospital, as criancinhas já devem ter ultrapassado o trauma, tá na altura de fazer o balanço e trocar acusações a ver de quem é a culpa de haver petardos na bancada da claque do Porto.

Vai daí, acho que devo auscultar os meus leitores, não vá ser-me pedida uma posição oficial do blog nesta situação e eu não saber o que dizer. Toca a votar.

Quanto à sondagem anterior, a maior parte dos adeptos, errr.... leitores ficaria contente se tivéssemos ganho nem que fosse por meio a zero. Bom, dado o estado da situação ao intervalo, não perder já foi bom. Os resultados estão aqui

02 abril 2007

Desporto

Para descomprimir do jogo de ontem e porque nem só de futebol vive o homem, deixo aqui algumas sugestões desportivas alternativas:

Baseball com pinguins (estupidamente viciante para uma coisa tão imbecil; o melhor resultado que já consegui foi à volta de 320)

Baseball com pinguins Hardcord (para quem acha que o jogo acima é para meninas e isto só tem piada quando já sangue; já consegui 900 e tal!)

Baseball com bicicletas (para descontrair, porque os pinguins fartam ao fim de 7 ou 8 horas; a minha melhor marca é de 1244.9. Conseguem fazer melhor?)

E se o baseball já farta, podem sempre ficar com a colecção original, incluindo algumas das futuras modalidades olímpicas previstas já para Pequim 2008! (gosto particularmente do das orcas...)

Notoriedade Pública

Voltei a sair no Público. Tenho de começar a comprar o jornal, que isto agora tá a ser moda. Depois de ter saído um post meu sobre o Porto-Sporting na edição de 19 de Março, saiu a antevisão ao Benfica-Porto no Público de ontem. No mesmo sítio (caderno P2, página 2). Eu sei que alguns dos meus leitores aborrecem-se quando eu só falo de futebol, mas pelos vistos só assim consigo notoriedade, portantos, e porque estes fugazes aparecimentos na comunicação social fazem-me muito bem ao ego (e espero que um dia também o façam à carteira), vou começar a falar mais de futebol que um gajo tem de fazer pela vida.

Balanço do jogo

3 feridos, uns 7 petardos, 2 cadeiras arrancadas e atiradas para os espectadores do nível 0, alguns distúrbios na área de serviço da Mealhada. 3 adeptos do Porto detidos, 50 retirados da bancada. Tudo normal, portanto. A claque do Porto fez jus à sua fama de manada de animais selvagens e mostrou-se ao seu melhor nível. Foi um bocado disparatada a ideia de os colocar no terceiro anel do estádio. Mais vale haver objectos a aterrar no relvado que na bancada. Probabilisticamente falando o mais certo é os objectos atirados para o relvado não acertarem em ninguém (que o diga o Quaresma: no primeiro canto que marcou foram atirados vários isqueiros mas nenhum lhe acertou).

Em relação ao futebol propriamente dito, apenas um pormenor tornou este jogo invulgar: houve mais golos que cartões vermelhos. Acabar um Benfica-Porto com 11 jogadores de cada lado é uma raridade. Mas se tudo correr bem no início da próxima época já voltamos à média habitual.

E pronto, continamos a um ponto. Menos mal, que a coisa esteve mal parada. Fica a confirmação, se ainda fosse necessária, que sem o Luisão a nossa defesa é um passador.

01 abril 2007

BENFICAAAAAAAA!

Vou ver a bola.
Até logo.

(vou estar no sector mais perto da bandeirola de canto, do lado oposto às câmaras da televisão, na baliza do lado direito)